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- O sabor da agricultura familiar nas festas juninas
As bandeirinhas coloridas já enfeitam os ambientes. É tempo de festa junina. De clima de cidade do interior, de roupas com estampas xadrez e de músicas com letras que lembram a vida simples do antigo sertanejo. Época de calçar a bota, colocar o vestido de chita, pegar aquele CD antigo de forró, pular fogueira e saborear as diversas comidas típicas, muitas delas vindas das mãos da agricultura familiar.
Entre os toques da zabumba e das sanfonas, uma das grandes atrações das festas juninas são as barraquinhas, com os diversos sabores dessa época. Entre os produtos, pipoca, canjica, pé de moleque e o famoso milho. Por trás delas, muitas famílias e muito trabalho na zona rural.
Há quem diga que as festas juninas surgiram na Europa para celebrar a colheita do trigo. Mas, aqui no Brasil, um outro grão roubou a cena da festa: o milho. As comemorações viraram tradição brasileira e atraem milhões de visitantes nas mais diversas festas espalhadas pelo país. Para acompanhar o milho, outros produtos entraram no arraial, como o amendoim e o cocô.
Muitas receitas dependem do milho. Seja para prepará-lo assado, na palha, ou como canjica e até a tradicional pipoca. Outras receitas, como bolo e cural, também trazem o sabor do típico grão amarelo.
As festas começam no meio do ano, mas o trabalho com os grãos começa bem antes, como conta o agricultor familiar e produtor de milho verde lá em Limoeiro do Norte (CE), Antônio Rodrigues, de 53 anos. “A gente começa a plantar e, cerca de 70 dias depois, a gente já consegue colher algumas espigas para comer”, explica o produtor.
Antônio vem de uma típica família do interior e há 10 anos trabalha com a produção de milho. O agricultor fica feliz em ver a mulher e os quatros filhos envolvidos na produção. Seu Antônio conta que a colheita do grão sempre foi motivo para reunir os integrantes da família e os amigos. “Todos os anos a gente planta e tem o milho para comer assado na fogueira de São João. Quando chega a época, junta todo mundo para quebrar o milho e assar, em volta da fogueira”.
Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário