
Cerca de 50% do sucesso de uma lavoura está atrelado à qualidade da semente, explica especialista
Cinquenta por cento da responsabilidade em gerar planta é da semente, bem como seu vigor e sua capacidade de germinação. Os outros 50% estão ligados ao ambiente, temperatura, profundidade, percentual de umidade compactação e espelhamento. A afirmação é do professor, Alexandre Gazzola Neto, que apresentou palestra a centenas de agricultores brasileiros, por meio da live do Circuito Aprosoja/MS, nesta quinta-feira (15).
Segundo o professor a qualidade da semente pode ditar a produtividade da lavoura. “Quando falo de qualidade de semente, me refiro a qualidade física, genética, fisiológica e sanitária”, explica. “É preciso também estar atento a uma série de fatores, a semente precisa do contato com o solo, semente exposta na palha, semente na palha germina, mas demorar muito mais e impacta na produtividade”, alerta o professor ao sinalizar para o risco de altas temperaturas e apontar que germinação ideal ocorre entre 20º e 30º graus Celcius.
Durante o processo de semeadura, segundo Gazzola, que também é diretor da Vigor Consultoria para Agronegócio, a profundidade ideal para a semente está entre 3 a 4 centímetros. “Três é ideal, mas podemos ir no máximo até quatro. Uma semente que vai a mais que isso, já prejudica o desenvolvimento da planta”.
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), André Dobashi, concorda com os apontamentos do professor e ainda reforça a necessidade de se estar atento a outros fatores. “Tão importante quanto a qualidade, é escolher a melhor hora de se colocar a semente no chão, bem como a forma, velocidade e profundidade corretas. Precisamos nos lembrar de colocar a tecnologia para trabalhar a nosso favor […] e fazer o que a academia nos mostra que é correto”, completa Dobashi.
Durante a live o Head Comercial na Agropastoril Jotabasso, Fábio Franco, alertou para o período de chuvas e na necessidade de se conhecer a fundo a qualidade das sementes. “Este é o momento de avaliar quais os talhões que valem a pena uma semeadura de qualidade. A partir de agora teremos condição de semear, um ativo importante, cheio de tecnologia, qualidade, vigor e com uma germinação muito satisfatória. Sobre as sementes que fornecemos, o agricultor pode confiar na qualidade, aplicamos 15 testes em um mesmo lote, e por isso pedimos que confiem no laudo e na equipe, que vão tomar todas as medidas necessárias para o bom andamento da safra”, esclareceu o representante da Jotabasso.
As orientações aos agricultores ocorreram nesta quinta-feira (16), durante a live realizada pela Aprosoja/MS e o Canal Rural, em parceria com a Sementes Jotabasso, Bayer e Semagro, com recursos do Fundems.
Fonte: Aprosoja MS

SuperN®PRO com a nova tecnologia Duromide para inibição de urease
A ciência aplicada para aumento da eficiência na adubação nitrogenada
A busca dos pesquisadores por soluções para o aumento de produtividade no campo expandiu a fronteira da ciência com a tecnologia de inibição de urease Duromide, presente na nova geração do fertilizante SuperN®PRO.
A nova molécula contribui para superar um imenso desafio na adubação nitrogenada: a redução das perdas por volatilização de amônia. O processo ocorre porque a ureia, fonte de nitrogênio mais utilizada pelas lavouras do Brasil e no mundo, não é absorvida diretamente pelas raízes das plantas, precisando antes ser quebrada, passando por um processo de transformação conhecido como hidrólise da ureia.
Essa transformação consiste na conversão da ureia em amônio, reação facilitada pela enzima urease, um catalisador, na presença de umidade.
Produzida pelas plantas e por microorganismos, a urease é uma enzima que está presente em todos os solos. Seu contato com a ureia acelera o tempo de transformação em milhares de vezes, causando aumento abruto de pH ao redor dos grânulos, desta forma, favorecendo a transformação da ureia em amônia, que é volatilizada, ao invés do íon amônio, que permanece no solo.
Como atualmente os plantios são feitos, cada vez mais, sobre os resíduos culturais da safra anterior (palhada) e com grande quantidade de urease no solo, se acelera o processo de conversão em amônia, potencializando as perdas.
O fertilizante SuperN®PRO, com sua inovadora tecnologia Duromide, propicia proteção muito eficiente contra a urease, maximizando a manutenção do suprimento de nitrogênio no solo e consequente aproveitamento pelas plantas.
Quanto se perde no sistema convencional?
A intensidade das perdas depende de muitos fatores como: tipo de solo, umidade, ocorrência de chuvas, temperatura, vento, pH do solo, presença de palhada, etc., mas, em média, 40% do nitrogênio aplicado como ureia é desperdiçado pela volatilização de amônia, com enormes prejuízos para os produtores. Além do investimento no fertilizante ser literalmente “evaporado”, a planta deixa de receber a quantidade correta do nutriente, com reflexos extremamente negativos na produtividade da lavoura.
Quais as alternativas para correto fornecimento de N via ureia?
O produtor pode utilizar diversas estratégias para minimizar as perdas como:
a) Incorporação da ureia em sulcos mais profundos que 10 cm.
b) Aplicação antes de uma chuva com mais de 20 mm em um período de 48 horas.
c) Uso de inibidores de urease.
Devemos nos atentar que para no cenário “a”, incorporação da ureia, haverá aumento de tempo e custo operacional e no cenário “b”, aplicação anterior a chuva, faz com que o produtor dependa das condições meteorológicas logo após a aplicação, fator que não está sob seu controle e uma vez que as perdas mais acentuadas ocorrem nos primeiros dias após a aplicação de ureia sem estabilizadores, não é uma opção segura.
Outra opção de fornecimento que alia segurança no fornecimento de N e, também, não onera a eficiência operacional e custos são os inibidores de urease, que permitem a aplicação em cobertura independente da meteorologia.
Poderiam ser usadas outras fontes além da ureia?
Sim, os fertilizantes, por exemplo, à base de nitrato de amônio, que não sofrem perdas por volatilização. Tais produtos, contudo, apresentam algumas desvantagens em relação a Ureia tais como: menor concentração (teor) de nitrogênio, maior higroscopicidade, maior potencial de empedramento e geração de pó. Tais características dificultam a sua utilização resultando em aplicações desuniformes, comprometendo a correta distribuição do Nitrogênio na lavoura. Além disto, estão mais sujeitos a perdas através de um outro processo, a lixiviação, que é a percolação dos nutrientes no solo.
Em relação aos pontos citados acima, temos a ureia como excelente fonte de N, sendo mais concentrada (46% de nitrogênio), muito mais fácil e segura de manusear e reconhecida como uma excelente escolha, desde que haja controle de suas perdas.
Como funciona a tecnologia Duromide?
Solução avançada para o campo, o inibidor de urease Duromide maximiza a eficiência do nitrogênio, faça chuva ou faça sol. O produto é um aditivo incorporado ao grânulo de ureia que, ao atingir a superfície do solo, se liga às moléculas de urease reduzindo a velocidade da reação de hidrólise. Assim, a ureia se converte lentamente em amônio, sem mudança brusca de pH, evitando a produção da amônia. O nitrogênio então se mantém disponível para a planta, garantindo o aproveitamento dos nutrientes e maior potencial produtivo.
Há mais de 20 anos no mercado, os inibidores de urease são uma tecnologia consagrada no cenário mundial. No Brasil, o Grupo Fertipar foi pioneiro ao lançar o Agrotain – SuperN®, inibidor de urease da Koch, o produto mais consolidado em cenário mundial. Sua fórmula tem como base o princípio ativo n-butil-tiofosfórico triamida, mais conhecido como NBPT.
Duromide representa um novo salto tecnológico em inibição de urease, desenvolvido e patenteado pela Koch, supera o NBPT em estabilidade, protegendo a ureia por um tempo prolongado, nos mais variados tipos de solo. Segundo estudos científicos, sua ação reduz as perdas em 25%, em média, na comparação com a tecnologia anterior, à base de NBPT.
SuperN®PRO incorpora o inibidor Duromide em sua fórmula, levando ao mesmo tempo o nitrogênio que a planta precisa e a tecnologia para a proteção desse nutriente. E nessa fábrica a céu aberto, que é a natureza, permite ao produtor aplicar o produto na hora em que a planta precisa, sem depender da meteorologia, nas diferentes condições de nosso país.
Produtividade reconhecida pela ciência
Testado em diversas universidades e instituições de pesquisa renomadas com excelentes resultados e comprovado na prática por vários produtores nacionais, SuperN®PRO é indicado para todas as culturas que utilizam fertilizantes nitrogenados como: cana de açúcar, milho, café, trigo, arroz, pastagens, algodão, hortifruti, feijão e florestas.
Em relação à ureia sem tratamento, os resultados mostram que as perdas por volatilização são reduzidas em 50% ou até mais.
Com uma quantidade maior de nitrogênio no solo, a planta fica bem nutrida e mais produtiva ao ser adubada com SuperN®PRO em comparação com a ureia sem tratamento, alcançando diferenças de produtividade muito significativas em áreas responsivas à adubação nitrogenada. Experimentos realizados em milho, pastagem e arroz demonstraram esses resultados.
Parceria global para os campos do Brasil
SuperN®PRO é distribuído com exclusividade no Brasil pelas empresas do Grupo Fertipar, que importam o aditivo da empresa Koch e, em suas fábricas, agregam o inibidor Duromide à ureia em Unidades de Mistura, através de um processo controlado.
O sistema de manuseio e armazenamento do SuperN®PRO é o mesmo utilizado na ureia, mantendo ainda o alto teor de nitrogênio (46%).
O Grupo Fertipar está presente em todo o país. São 12 empresas que atuam nas principais regiões agrícolas brasileiras, oferecendo soluções inovadoras e inteligentes para o agronegócio, com respeito ao meio ambiente e a ciência.
SuperN®PRO faz parte do portfólio de todas as empresas do grupo, que incentivam quem produz e trabalham ao seu lado.

Cenários da economia e a perspectiva do agronegócio, por Marcelo Prado
Marcelo Prados fala sobre os cenários da economia e a perspectiva do agronegócio. Vale a pena assistir!

China ‘tem fome’ de produtos agrícolas importados em meio à recuperação da demanda
A China aumentou as importações de produtos agrícolas que vão de milho a carne suína e sorgo no mês passado, sinalizando uma recuperação da demanda por proteína no país mais populoso do mundo.
As importações de milho, usado na ração animal pelo segundo maior consumidor do mundo, subiram para uma alta de três anos em julho, à medida que o país buscava mais suprimentos para cobrir uma escassez cada vez maior e baixar os preços.
O clima seco nas regiões de cultivo do nordeste da China está ameaçando a produção em um momento em que a demanda está crescendo na indústria de suínos e aves. A nação asiática tem comprado grandes quantidades de milho dos Estados Unidos, o que de certa forma cumpriu seus compromissos no acordo comercial com os Estados Unidos.
Um aumento nas remessas de entrada pode dar suporte adicional ao milho de Chicago, que avançou mais de 7% neste mês. Os futuros dos EUA para entrega em dezembro subiram tanto quanto 1,7% para US $ 3,5075 por bushel na terça-feira, um terceiro dia de ganhos. Os preços na China estão oscilando perto de uma alta de cinco anos devido a preocupações com a produção doméstica.
A China fez sua maior compra de milho dos EUA em julho, com cargas definidas para chegar aos portos chineses nos próximos meses. Está sob pressão para cumprir sua meta de 2020 para compras de produtos agrícolas dos EUA depois que os embarques no primeiro semestre do ano atingiram apenas 20% da meta de 2020 de US $ 36,5 bilhões, de acordo com o USDA.
Os negociadores comerciais dos EUA e da China discutiram a primeira fase do acordo comercial, com os EUA dizendo que ambos os lados viram progresso e estão comprometidos com seu sucesso. Os dois países conversaram sobre o que a China fez como parte do acordo, disse o representante comercial dos EUA em um comunicado. Ambos os lados concordaram em criar condições para levar adiante o acordo, disse o Ministério do Comércio da China em um comunicado separado na manhã de terça-feira em Pequim.
As importações da maioria das commodities agrícolas aumentaram no mês passado, de acordo com dados publicados pela Administração Geral das Alfândegas da China. As importações de milho aumentaram 136,5% em relação ao ano anterior, para 910.000 toneladas em julho, as compras de carne suína saltaram 120% para 430.000 toneladas, enquanto os embarques de carne bovina aumentaram 35% para 210.000 toneladas.
O país tem aumentado suas compras de produtos de proteína animal em um momento em que o maior consumidor de carne suína do mundo tenta reconstruir seu suprimento de suínos depois que surtos de peste suína africana devastaram rebanhos.
As importações de trigo saltaram 325% em julho, enquanto as compras de sorgo, amplamente utilizado para substituir o milho, aumentaram 147%. A China tem comprado cargas de sorgo no âmbito do acordo comercial com os EUA.

Congresso derruba vetos na Lei do Agro
Com 440 votos na Câmara e 64 no Senado, os parlamentares retomaram medidas da Lei do Agro para evitar tributos ao produtor rural.
Em sessão remota, o Congresso Nacional derrubou nessa quarta-feira (12) vetos a três artigos da Lei do Agro (13.986/2020) que altera as regras do crédito rural. Entre os trechos retomados estão a desoneração de produtores rurais, na transação de créditos de descarbonização, o pagamento de contribuições à Seguridade Social e os custos com despesas de cartório.
A lei do Agro é resultado das modificações feitas pelo Poder Legislativo na Medida Provisória 897/2019, aprovada em abril deste ano, que ficou conhecida como MP do Agro. Relator da medida na Câmara, deputado Pedro Lupion (DEM-PR), destacou que a norma trata da concessão de créditos e de financiamentos de dívidas de produtores rurais. “A derrubada dos vetos vem num bom momento e vai ajudar a desburocratizar o acesso do produtor rural ao crédito. Essas medias podem ampliar em R$ 5 bilhões as receitas de financiamento do agronegócio no Brasil,” disse o parlamentar.
Os parlamentares também retomaram o trecho do artigo 55 que muda o entendimento da Receita Federal na Solução de Consulta Cosit 11/2017. Segundo o vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR), a norma altera a base de cálculo da contribuição devida pelo empregador rural que é pessoa física à Seguridade Social, excluindo determinadas parcelas da produção do conceito de receita bruta para cobrança do tributo. “A medida super tributava o sistema integrado de cooperativas. Um cooperado, por exemplo, pagava até dez vezes mais tributos que o integrado de uma empresa multinacional,”.
Com à derrubada do veto, conforme o deputado Evair de Melo (PP-ES), o sistema de cooperativismo no país passa ter segurança jurídica nas operações não comerciais realizadas pelas cooperativas agropecuárias com seus cooperados.
“Independentemente da bandeira partidária, o que precisamos é ter foco no Brasil.” A retomada da medida equipara ainda o sistema integrado de cooperativas ao de empresas, o que garante aos cooperados a redução da alíquota de contribuição social e a equiparação tributária.
Também foi derrubado o veto ao artigo 56 que reduzia os custos com cartórios (emolumentos) no registro de operações de crédito. Ao vetar a medida, o governo alegou que o trecho invadiria competência dos estados e do Distrito Federal para legislar sobre tributação.
“Importante conquista para o agro brasileiro, agora os emolumentos passarão a vigorar com teto nacional para evitar as cobranças abusivas para registros e averbações cartoriais,” disse o deputado Zé Mario Schreiner (DEM-GO).
Os deputados e senadores também votaram pela derrubada do veto ao artigo 60, trecho que fixava alíquota de 15% no imposto sobre a receita dos Créditos de Descarbonização (CBIOs). O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) afirmou que “a ideia do programa é impor metas de descarbonização individuais a cada ano aos setores poluidores, como as distribuidoras de combustíveis fósseis, por exemplo. Para cumprir essas metas, é preciso comprar os créditos, que, desde abril, são comercializados na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).”
Fonte: Agência FPA

China irá dobrar demanda por produtos agrícolas até 2050 e Brasil se destaca como fornecedor
Consumo não será só maior, como será também mais sofisticado; destaque para carnes e soja
A China deverá dobrar sua demanda por produtos agrícolas até 2050. A declaração é do Ministro Conselheiro Qu Yuhui da Embaixada da China no Brasil, durante o webinar “Agricultura e Inovação: Um olhar estratégico para as relações entre Brasil e China”, promovido pelo Conselho Empresarial Brasil-China, nesta quarta-feira (23).
Segundo Yuhui, até 2027, as importações chinesas de carne bovina já poderiam dobrar e chegar as 8 milhões de toneladas. Hoje, as compras da nação asiática já podem alcançar um volume maior do que a produção total da União Europeia, por exemplo. “Temos a maior classe média do mundo com 400 milhões de pessoas. E assim, a demanda não vai só aumentar, como será mais sofisticada para produtos agropecuários”, afirma o ministro.
E o Brasil tem papel determinante para atender a este crescimento. Hoje, a participação da carne bovina brasileira é de cerca de 30%, mas o potencial para ampliar esse percentual é bastante grande. O essencial é, todavia, que o agronegócio brasileiro e seus empresários e exportadores possam aprimorar as relações comerciais entre os dois países.
“Os empresários brasileiros deveriam investir mais no estudo do mercado chinês e serem mais agressivos no mercado da China, com uma melhor integração das cadeias produtivas”, acredita o ministro. “A demanda chinesa ainda vai crescer muito e o papel do Brasil será determinante.
O embaixador Orlando Leite Ribeiro, do Ministério da Agricultura, lembrou ainda que as exportações de carnes do Brasil para a China registraram um crescimento de 114% no primeiro semestre deste ano se comparadas ao mesmo período de 2019, citando o combustível para este aumento vindo ainda dos impactos causadas pela Peste Suína Africana, principalmente nos últimos dois anos, nos planteis chineses.
SUSPENSÃO DE FRIGORÍFICOS
Sobre os frigoríficos braisleiros com sua habilitação de exportação para a China ainda suspensa, o ministro explicou que tratam-se “de medidas temporárias e que ainda precisam de ajustes, mas que vale como medidas apenas de precaução e prevenção”. Yuhui explica que os indícios de que a embalagem e até mesmo o próprio alimento poderiam ser veículos para o novo coronavírus fez com que a China tomasse medidas como esta para evitar novas ondas de contágio.
“Ainda ná há total certeza sobre isso, mas é uma prevenção. E como há 102 outros frigoríficos habilitados, não acredito que haverá grande impacto para o comércio entre China e Brasil”, afirma Yuhui.
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

Agronegócio: Brasil obtém 50 aberturas comerciais neste ano para produtos do setor
O Brasil conquistou em julho o direito de exportar produtos do agronegócio para novos países e também a ampliação de mercado para parceiros comerciais já consolidados, segundo levantamento do Ministério da Agricultura obtido pelo Broadcast Agro . Foram 10 no total até a terceira semana do mês, com destaque para novas permissões de exportação de carnes e subprodutos de proteínas ao mercado asiático. O Egito, por exemplo, permitiu a importação de carnes e produtos de carne de aves brasileiras. Desde o início do ano, houve 50 aberturas comerciais, ante 35 do ano passado inteiro – destas 26 ações envolveram países asiáticos.
Ainda em julho, Mianmar liberou a comercialização de carne suína e seus derivados, sêmen bovino, bovinos vivos para abate, bovinos vivos para reprodução, subprodutos para alimentação animal do Brasil. Material genético como embriões bovinos e sêmen bovino brasileiros também foram permitidos pelo Qatar. A China abriu o mercado para aparas bovinas oriundas do Brasil, enquanto a Argentina liberou a entrada de óleo de aves destinados à alimentação animal.
Em junho, outras 10 ações foram concluídas. Somente Cingapura permitiu a entrada de sete produtos brasileiros, foram eles: ovos com casca, carne em conserva de frango, carne em conserva bovina, carne em conserva suína, carne em conserva de pato, carne em conserva de ganso e carne em conserva de peru. O Mianmar liberou a entrada de produtos lácteos brasileiros. Além desses novos mercados, mais cinco plantas brasileiras foram habilitadas para exportar carne suína e de frango para o Vietnã, outros seis frigoríficos foram credenciados a exportar carne bovina para o México e uma unidade foi habilitada para enviar carne de aves para o Canadá.
Em maio, também foram realizadas 10 aberturas ou ampliações de mercado. A Tailândia permitiu a importação de carne bovina desossada e com osso, miúdos bovinos e produtos lácteos brasileiros. Os lácteos nacionais, especificamente os queijos, também obtiveram certificado para exportação ao mercado australiano.
Ainda em maio, Taiwan autorizou a importação de alimentos preparados para animais, a Coreia do Sul abriu o mercado para castanha-de-baru e o Peru liberou a entrada de três plantas brasileiras – eucalipto, tillandsia e stevia. Também no mês, o Irã aprovou a importação de folhas de tabaco do Brasil e as Filipinas credenciaram mais 13 frigoríficos brasileiros para exportação de carnes bovina, de aves, de peru e suína.
Em abril, todas as ações foram voltadas à Argentina. O país vizinho aprovou a importação de produtos avícolas termoprocessados, lanolina e recortes de pele bovina para gelatina.
Em março, para o Egito foram habilitadas 42 novas plantas de carne bovina e de frango e liberada a importação de miúdos bovinos brasileiros. Marrocos e os Emirados Árabes Unidos autorizaram a importação de pintos de um dia e de ovos férteis do Brasil. Do lado do mercado asiático, a China autorizou a exportação de pescado por 108. Ainda no mês de março, a Colômbia liberou a importação de milho pipoca brasileiro.
Em fevereiro, os Estados Unidos e o Kuwait anunciaram a reabertura para a carne bovina in natura brasileira. No mês, também foram autorizadas exportação de embriões bovinos, sêmen suíno e carne de rã para a Argentina. Em janeiro, a Índia liberou a entrada de gergelim brasileiro e a Colômbia de carnes e miúdos de aves desidratados ou liofiliziados.
Em pronunciamentos recentes, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tem afirmando que, com o avanço da covid-19, o movimento de abertura de mercados foi intensificado por vários países. Estes países, segundo a ministra, buscam assegurar o abastecimento interno de alimentos diante das restrições logísticas impostas pela doença, e, procuram o Brasil interessados em firmar certificados sanitários e viabilizar esse comércio.
Fonte:
Estadão Conteúdo
Emater-MG faz levantamento de iniciativas de vendas on-line por agricultores familiares durante a pandemia
Frutas, hortaliças e produtos processados são os itens mais vendidos pelas plataformas digitais
Um levantamento feito pela Emater-MG mostra que as iniciativas de vendas on-line de produtos da agricultura familiar aconteceram em quase todo o estado, após a surgimento da pandemia da Covid-19. O estudo preliminar identificou 35 iniciativas de comercialização, usando os canais virtuais, que contaram com orientação e assistência da empresa, vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
Em muitos locais, as vendas nos sistemas tradicionais foram prejudicadas. Um exemplo foi a suspensão de feiras livres e da comercialização de produtos da agricultura familiar para alimentação escolar em várias cidades. Por isso, produtores e técnicos da Emater-MG buscaram alternativas para o escoamento da produção de pequenas propriedades.
“O uso de plataformas digitais era pouco explorado pelo segmento da agricultura familiar, principalmente quando as vendas eram feitas na região de produção. Com o surgimento da pandemia, foi a alternativa que os agricultores tiveram para permanecer no mercado e garantir a renda da família”, afirma o coordenador estadual de Comercialização e Gestão da Emater-MG, Raul Machado.
As frutas, hortaliças e produtos processados, como queijos e doces, são os itens mais vendidos pelos agricultores familiares com a ajuda das ferramentas digitais. Este grupo representa 77% das vendas pelos canais virtuais.
De acordo com o levantamento, as 35 experiências de vendas on-line envolvem 1.501 agricultores familiares. Quase todas as iniciativas são feitas em grupos de até 50 produtores rurais e estão localizadas, principalmente, nas regiões Nordeste (34%), Norte (26%) e Sul (23%) de Minas Gerais.
A Emater-MG estima que, com comercialização on-line, os produtores das experiências identificadas atingem mais de 10,6 mil clientes. A maior parte das vendas (88%) está focada no consumidor final e 12% já incluem o comércio varejista entre a clientela.
Ferramentas
O aplicativo de troca de mensagens Whatsapp é a ferramenta preferida para as negociações. Em 46% das experiências, ele é o único meio utilizado. Já uma parcela de 28% utiliza, além do aplicativo, as redes sociais como Facebook e Instagram. Também há casos de usos de sites, blogs e aplicativos de venda.
“Quase todos os agricultores não tinham conhecimento de como oferecer os produtos usando essas plataformas digitais. Foi um aprendizado para eles, que contaram com o apoio da Emater-MG, prefeituras, sindicatos e outras instituições. Há casos até de trabalho voluntário de pessoas que criaram as contas nas redes sociais para que os agricultores pudessem vender”, afirma Raul Machado.
Na maioria das vendas on-line (85%), os clientes recebem os produtos em casa. Já em 15% dos casos, as entregas são feitas em residências e também em pontos estabelecidos para retirada pelos consumidores.
Apesar de ser novidade para muitos, o aprendizado para usar as ferramentas digitais na comercialização dos produtos não foi a maior dificuldade relatada pelos agricultores. Segundo a pesquisa, o transporte para entrega direta aos consumidores foi o item mais citado, com 31% das respostas. Por outro lado, a mesma porcentagem de produtores informou que não teve nenhuma dificuldade para se adaptar à nova realidade.
A coordenadora estadual de Organização e Mercado da Emater-MG, Ana Luiza Resende, considera normais as dificuldades enfrentadas pelos agricultores no início da comercialização pela internet. “A gente observou dificuldade com o controle das vendas, recebimento de pedidos e, principalmente, com a logística da entrega. Por ser uma coisa nova, é normal que eles tenham dificuldade, pois estão aprendendo”.
Ela observa ainda a atuação da Emater-MG, em parceria com as prefeituras e demais instituições, foi fundamental para o uso das plataformas digitais na comercialização pelos agricultores. “A Emater-MG tem um grande potencial para trabalhar nestas estratégias para escoar a produção. A maior leitura que faço, é de que os agricultores se adaptaram rapidamente e foram à luta para não ficar sem renda. E o papel da Emater, como empresa de assistência técnica, contribuiu muito para que isso fosse possível. Foi muito bom para todos os lados desta parceria”.
Pós-pandemia
Para Ana Luiza, os novos canais de comercialização pelos agricultores familiares vieram para ficar, mesmo quando a pandemia já estiver controlada. “A venda pela internet deve ser considera como outro importante canal de comercialização, além daqueles que já eram utilizados. Essa pandemia está mostrando para os empreendedores, incluindo os agricultores familiares, que eles devem incorporar esta alternativa, evitando que sofram tantos impactos financeiros quando ocorre uma situação como esta que estamos vivendo”, afirma a coordenadora.
Um exemplo vem de Rio Preto, na Zona da Mata. Após o surgimento da pandemia, a feira local foi suspensa. Com dificuldade de escoar a produção, agricultores familiares procuraram a Emater-MG para pensar numa alternativa. Com a participação da prefeitura e voluntários das áreas de gestão tecnologia e marketing, foi criada a Feira Livre On-Line. Cerca de 26 agricultores familiares e feirantes passaram a adotar este sistema para a venda de queijos, biscoitos, bolos, pães, doces, ovos, hortaliças, artesanato e frutas.
Os produtos são anunciados pelas redes sociais, como Instagram e Facebook. Semanalmente, são postadas fotos e informações dos itens que estarão à venda, para serem entregues pelos produtores, aos sábados. Os pedidos também podem ser feitos pelo aplicativo de mensagens Whastapp.
“Após o término da pandemia da Covid-19, há a intenção de manter a feira on-line, atuando em conjunto com feira presencial, devido ao grande impacto positivo. Podemos ressaltar a maior visibilidade que os produtores estão tendo, a maior organização dos feirantes e os serviços de tele-entrega”, afirma a técnica da Emater-MG em Rio Preto, Viviane Clementino.
O produtor Luiz Fernando da Costa preside a Associação de Feirantes de Rio Preto. Ele conta que ficou surpreso com as vendas on-line. Agora comercializa pães, doces, queijos e artesanato de bambu pelas redes sociais. Tudo produzido junto com a esposa.
“Surgiram novos clientes. Mesmo quem não ia à feira presencial, passou a ter acesso aos nossos produtos. A tecnologia é um recurso que todo mundo tem que usar agora. Foi uma novidade que está revolucionando a agricultura familiar e a nossa feira”, afirma.

PIB do agronegócio cresce 3,78% de janeiro a abril de 2020
Resultado foi puxado pelo crescimento de 8,22% da atividade “dentro da porteira”
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro teve alta de 3,78% no primeiro quadrimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado, puxado principalmente pelo crescimento de 8,22% do segmento primário (dentro da porteira).
Os dados são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), calculados em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Segundo o estudo, de janeiro a abril deste ano, o resultado se manteve positivo para todos os segmentos. Além da alta da atividade primária, o setor de agrosserviços cresceu 3,98%, seguido por insumos (0,97%) e agroindústria (0,44%).
Tanto a agricultura quanto a pecuária tiverem crescimento no acumulado do primeiro quadrimestre, de 1,72% e 8,01%, respectivamente. No segmento primário agrícola, os produtos destaques em termos de altas de preços foram milho, café, cacau e arroz, com altas superiores a 20%, além de soja, trigo, mandioca e cana.
Já o bom comportamento do segmento primário pecuário é reflexo dos preços elevados em 2020, com destaque para boi gordo, suínos e ovos. O resultado reflete um efeito inercial da forte elevação ao longo de 2019, relacionada à Peste Suína Africana.
“Se por um lado a demanda doméstica de carnes tem sido afetada pela crise econômica desencadeada pelo coronavírus, por outro, a demanda externa segue em alta puxada ainda pelos efeitos da Peste Suína Africana na China, e mais recentemente pela desvalorização do Real frente ao dólar que amplia a competividade das proteínas brasileiras”, diz o estudo.
Abril – O PIB do agro em abril teve alta de 0,36%, menor crescimento mensal registrado ao longo deste ano, diante os impactos da pandemia da Covid-19. Todos os segmentos registraram alta, exceto a agroindústria, que teve queda de 1,08%, pressionada pela base agrícola.
“Nesse mês, que foi o primeiro marcado em sua totalidade pelos efeitos das medidas relacionadas ao coronavírus, houve forte queda de produção da agroindústria de base agrícola, com baixas acentuadas para móveis e produtos de madeira, biocombustíveis, têxteis e vestuário e bebidas. Ao contrário, os segmentos de insumos e primário cresceram no mês, 0,46% e 3,26%, respectivamente”, explica a publicação.
Fonte: CNA

Exportações do agronegócio mineiro crescem no período de janeiro a maio
Puxado pelo desempenho recorde registrado em maio, valor alcança US$ 3,45 bilhões. Agronegócio contribui com mais da metade do saldo da balança comercial mineira.
As exportações do agronegócio mineiro totalizaram US$ 3,45 bilhões, no acumulado de janeiro a maio deste ano, com crescimento de 6,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O setor também registrou crescimento de 24,0% no volume exportado, que totalizou 4,8 milhões de toneladas. O agronegócio respondeu por 33,6% das exportações totais do estado, nos primeiros cinco meses.
Em relação ao saldo da balança comercial, que é a diferença entre o valor das exportações e importações, o agronegócio alcançou US$ 3,2 bilhões, respondendo por 51,2% do saldo de todos os setores no estado e evidenciando a importância do agronegócio para a economia mineira.
De acordo com a análise da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com base nos dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), o cenário sinaliza que o comércio exterior da produção agropecuária do estado vem se mantendo aquecido e competitivo. “A crescente demanda pela aquisição de alimentos e a necessidade latente da manutenção de estoques nesse período de pandemia, bem como o dólar alto, têm sido fatores importantes para o bom desempenho das vendas, que têm garantido maior renda para o setor”, avalia a assessora técnica da Superintendência de Inovação e Economia Agrícola da Seapa, Manoela Teixeira de Oliveira.
Recordes em maio
De acordo com os dados analisados pela Seapa, a receita das exportações do agronegócio, no mês de maio, foi marcada pelo recorde na série histórica do comércio exterior de Minas Gerais. O valor alcançado de US$ 937,47 milhões foi 20% maior que o obtido em maio de 2011, quando o estado verificou o melhor desempenho nas transações.
Segundo Manoela Oliveira, o valor obtido no mês passado contribuiu para elevar a média mensal das exportações do agronegócio mineiro para US$ 690,36 milhões. “Mantida essa cifra, o ano de 2020 pode responder pelo segundo melhor desempenho da série histórica, atrás somente de 2011, quando o valor alcançado foi de US$ 9,72 bilhões”, afirma.
O aumento das vendas ocorreu em um importante momento do cenário mundial, durante a pandemia da Covid-19, marcado por incertezas e conjuntura adversa à retomada da economia. Esse fato demonstra a importância do agronegócio e corrobora com a qualidade dos produtos mineiros, o trabalho de abertura a novos mercados, bem como com o cumprimento das rígidas exigências sanitárias e de cuidados com a prevenção do novo coronavírus.
Líder das exportações
Principal produto da pauta de exportações do agronegócio mineiro, o café representou 44,9% do total comercializado, no período de janeiro a maio. O volume exportado foi de 11,1 milhões de sacas, que totalizaram US$ 1,55 bilhão. Segundo a assessora técnica Manoela Oliveira, o bom desempenho foi atrelado à alta do preço médio praticado no mercado internacional, que chegou ao patamar de US$ 2.327,42 a tonelada.
A colheita atual da safra, marcada pela bienalidade positiva em Minas Gerais, iniciou em maio e deve garantir bons negócios ao longo deste ano. O café mineiro foi exportado para 79 países, liderados pelos Estados Unidos e a Alemanha, cujas importações aumentaram em 9,4% e 10,3%, respectivamente.
As exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo) totalizaram US$ 876,48 milhões, com volume embarcado de 2,4 milhões de toneladas. O setor registrou crescimento tanto no valor (+27,9%) quanto no volume (+32,7%). De acordo a assessora técnica da Seapa, mesmo nesse período de pandemia, a demanda chinesa pelo grão manteve o crescimento e já ultrapassou em cerca de US$ 180 milhões o valor obtido no mesmo período do ano anterior. “A safra recorde de soja em 2020, estimada em 5,9 milhões de toneladas, sinaliza que será um bom ano para as vendas do grão”, afirma Manoela.
O setor de carnes também permaneceu aquecido no período, registrando acréscimos no valor e volume. As carnes bovinas seguiram na liderança e representaram 77% das vendas do segmento. A receita alcançada foi de US$ 296,54 milhões e 63 mil toneladas. O mercado asiático manteve-se como principal destino das carnes bovinas do estado, com destaque para a China, Hong Kong, Rússia e Arábia Saudita. O mercado também se manteve aquecido para as carnes suínas, com volume exportado de 8,6 mil toneladas (+117,6%), totalizando US$ 16 milhões (+139,9%).
O setor sucroalcooleiro (açúcar, álcool e demais açúcares) obteve receita de US$ 248,40 milhões com o embarque de 841,67 mil toneladas. Há grande expectativa para o segmento neste ano, já que o Brasil é o principal fornecedor de açúcar para o mundo e Minas Gerais, encontra-se na 3ª posição do ranking nacional.
Diversificação
A variedade da pauta do agronegócio mineira permite que alguns produtos não tão tradicionais obtenham destaque, como foi o caso do segmento de rações para animais que registrou US$ 23,60 milhões e 29,7 mil toneladas, crescimento de 27,8% no valor e 39,7% no volume. No grupo animais vivos, a venda de bovinos, isoladamente, totalizou US$ 5,6 milhões, com crescimento de 65,5%, na comparação com o mesmo período de 2020.