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- PIB do agronegócio em Minas tem alta de 0,7%

O PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio de Minas Gerais encerrou maio com alta de 0,7% – nono crescimento consecutivo –, acumulando aumento de 3,7% na estimativa para o ano. Com o resultado, a renda do setor no Estado, estimada para 2016, é de R$ 193,57 bilhões. Do valor total, a previsão é que R$ 100,07 bilhões ou 51,7% sejam oriundos da agricultura e o restante, R$ 93,5 bilhões (48,3%), da atividade pecuária.
Todos os segmentos que compõem o PIB apresentaram elevação no mês: insumos (1,58%), básico (0,75%), indústria (0,6%) e distribuição (0,56%). No ano, todos também mantiveram o ritmo de crescimento, com desempenhos de 2,88%, 2,15%, 6,37% e 3,66%, respectivamente.
De acordo com o superintendente de Política e Economia Agrícola da Seapa (Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento), João Ricardo Albanez, o segmento da agricultura contribuiu de forma positiva para o resultando mensal do PIB do agronegócio de Minas Gerais, enquanto a pecuária continuou apresentando números inferiores. “Como, proporcionalmente, os ganhos na agricultura foram maiores que as perdas da pecuária, o resultado total foi positivo”, analisa.
O PIB da produção agrícola formado pelo conjunto das cadeias produtivas da agricultura apresentou aumento de 1,4% em maio de 2016. Este resultado é reflexo do crescimento observado em todos os segmentos: primário (2,6%), de insumos (2,2%), serviços (1,3%) e indústria (0,9%). Os insumos, que em abril apresentaram queda, em maio tiveram resultado positivo devido ao aumento da quantidade utilizada pelo produtor.
Para a pecuária observou-se movimento oposto: queda de 0,8% no mês, com alta apenas no segmento de insumos (1,1%). O primário teve resultado praticamente estável (-0,01%) e os demais registraram reduções de 0,9% na indústria e de 0,3% em serviços.
Considerando os dados até maio, as participações dos segmentos na geração da renda do agronegócio de Minas Gerais tiveram participação de 38,5% do setor primário, 30,8% do segmento de serviços, 25% do setor industrial e 5,8% insumos. Assim, o PIB do agronegócio de Minas passa a ter uma participação de 13,8% no PIB do agronegócio brasileiro.
Itens
Em relação ao segmento primário da agricultura, Albanez cita que dos 13 itens analisados, apenas três apresentaram resultados negativos. No caso dos insumos com crescimento, ele destaca o café, produto de maior representatividade no PIB do segmento primário da agricultura mineira.
Neste sentido, o superintendente lembra que o crescimento projetado para a produção de café é de 23,31% com relação ao ano anterior. Ele ressalta a grande elevação nas cotações de produtos como feijão, mandioca, laranja, batata, algodão e milho, tendo, este último, impactado também nos custos da produção pecuária, via alimentação animal.
“A tendência é que continue em patamares elevados, o que está fazendo com que os criadores de gados comecem a estudar a importação de milho da Argentina, para suprir as alimentações bovina e suína. No Espírito Santo isto já está ocorrendo. Avalio a medida como positiva, pois surtirá efeito na demanda dos nossos grãos e, consequentemente, nos preços”, diz.
Já no segmento primário do ramo pecuário, bois, vacas e suínos seguem com baixa acumulada de preços. Com relação ao leite, a captação permanece apresentando queda significativa, o que se refletiu em elevação de preços e na baixa produção de derivados.
É importante ressaltar a importância da pecuária bovina (leite e corte) de Minas Gerais, que foi responsável por 42% do valor do PIB do agronegócio estadual, totalizando R$ 50,13 bilhões, somando os segmentos básico e industrial.
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