
BNDES antecipa início do prazo para adesão a programa de crédito rural
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) antecipou para o dia 3 de março o início do prazo para adesão ao programa BNDES Crédito Rural, conforme circular publicada nesta segunda-feira, 17, em seu site. Inicialmente, as contratações pelas instituições financeiras credenciadas poderiam ser feitas a partir de 10 de março.
O BNDES Crédito Rural – programa voltado ao financiamento de atividades agropecuárias e agroindustriais – terá recursos de R$ 1,5 bilhão para projetos de investimento (BNDES Crédito Rural Investimento) e para aquisição de máquinas e equipamentos (BNDES Crédito Rural Finame).
O prazo dessas operações pode chegar a 15 anos para projetos de investimento e a 10 anos para aquisição de bens de capital, com a participação do BNDES em até 100% dos itens financiáveis. No caso de financiamento a máquinas e equipamentos, a taxa final será próxima a 9% ao ano (0,72% ao mês), e para projetos será em torno 10% ao ano (0,78% ao mês).

Voltamos à crise política quando vencíamos a econômica, diz Maggi
Na Arábia Saudita, ministro da Agricultura disse que está atento aos fatos
POR REDAÇÃO GLOBO RURAL
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que “não podemos desanimar” ao comentar a divulgação pelo jornal O Globo de delação premiada dos donos da JBS. Em postagens no Twitter, Maggi disse que está “atento aos fatos”, e que vai “esperar informações oficiais”.
Maggi está em viagem oficial ao Oriente Médio, onde negocia acordos comerciais. Da Arábia Saudita, o ministro destacou em suas postagem que o Brasil voltou a viver uma crise política “no momento em que começávamos a vencer a crise econômica”.
Antecessora de Maggi no cargo e uma das principais defensoras da ex-presidente Dilma Rousseff durante o processo de impeachment, a ex-ministra Kátia Abreu, também via Twitter classificou a atual situação como “pesadelo”. No entanto, disse acreditar que o Brasil “sairá maior que tudo isto”.
Senadora pelo PMDB de Tocantins, Kátia defendeu o que chamou de “pacto suprapartidário pela reconstrução do Brasil”.
Fonte: Revista Globo Rural.

Agronegócio sofre efeito colateral da lista da Odebrecht
A lista fruto da delação premiada da Odebrecht – que aponta o pagamento de caixa 2 e de propina a políticos, partidos e outros segmentos da sociedade “desorganizada” – não poupou nem mesmo o agronegócio. Ou melhor, os representantes do agronegócio, a começar pelo atual ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi (PP-MT).
Ele também é senador licenciado, foi governador do Mato Grosso e produtor rural e é um dos maiores empresários do agronegócio do Brasil e do mundo. Blairo Maggi teria recebido R$ 12 milhões na campanha de reeleição ao governo do Mato Grosso em 2006. Kátia Abreu (PMDB-TO), a titular que lhe antecedeu na pasta, também não escapou. A ex-ministra é acusada de receber R$ 500 mil em dinheiro ilícito na campanha de 2014.
É o agro mais uma vez sofrendo o efeito colateral de problemas de natureza política, que insistem em perseguir o setor. Demandas de gabinete, desvios de colarinho branco que colocam o Brasil e o agronegócio sob suspeita no ambiente internacional. Nos últimos meses, aliás, foram inúmeros os episódios que jogaram luz sobre questões negativas envolvendo o país. Primeiro, a Operação Carne Fraca, que provocou um estrago na imagem do Brasil como fornecedor mundial de proteína animal. Em seguida veio o contingenciamento pelo governo federal dos recursos do Ministério da Agricultura. E, agora, em mais uma exposição, ministros, ex-ministros, senadores e deputados e ex-parlamentares da bancada ruralista envolvidos nos casos de caixa 2.
Algumas pessoas intimamente ligadas ao setor tentam colocar panos quentes. Como que para aliviar a responsabilidade deste ou daquele sujeito, consideram o fato de mais de 170 políticos, de vários partidos e que representam vários segmentos estarem na lista do ministro Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Mas isso só piora as coisas. Não dá para generalizar ou institucionalizar a situação. Que cada um olhe para o seu quadrado, que cada um fiscalize e cobre dos seus, daqueles que estão mais próximos de você, do segmento que você atua e da parte da sociedade organizada de que você participa.
Leia a notícia na íntegra no site Gazeta do Povo.