- Home
- /
- 2016

ANDAV 2016: Inteligência Territorial Estratégica possibilita desenvolvimento da agropecuária no Brasil
A Inteligência Territorial Estratégica (ITE) tem sido uma ferramenta importante no planejamento da pesquisa agropecuária no Brasil. Com ela, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) desenvolve produtos estratégicos que são utilizados por parceiros para o entendimento e o desenvolvimento de territórios no país, possibilitando, inclusive, a identificação de áreas mais suscetíveis a pragas.
A ITE pode ser entendida, segundo a Embrapa, como um conjunto de ferramentas e métodos aplicados para a compreensão de um território em sua totalidade, através da integração de informações provenientes de diferentes bancos de dados. Essas informações integradas servirão para apoiar tomadas de decisão para o desenvolvimento territorial.
Os Sistemas de Inteligência Territorial Estratégicas (SITEs), desenvolvidos pela Embrapa Monitoramento por Satélite, por meio do Grupo de Inteligência Territorial Estratégica (Gite), utilizam a ITE para o desenvolvimento de estudos e outros produtos. Esses sistemas integram, e não apenas reúnem ou sobrepõem, informações de um território relativas aos quadros agrário, agrícola, natural, socioeconômico e de infraestrutura.
“Temos como foco a pesquisa e o desenvolvimento básico, mas sempre desejamos que isso reflita em soluções para a sociedade. Essa é a nossa visão e compromisso”, disse o Chefe do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Celso Luiz Moretti, durante o VI Congresso ANDAV nesta terça-feira (16).
Através desse sistema, a Embrapa verificou, por exemplo, que a região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) tem 73,2 milhões de hectares e 20% dessas áreas são atribuídas como reserva legal. “O Brasil tem cerca de 60% de todo seu território brasileiro protegido, não há no mundo nenhum outro país que tenha mais de 10% de área de reserva”, disse Moretti.
Utilizando o sistema de Inteligência Territorial é possível, inclusive, identificar quais áreas do país são suscetíveis a pragas e por onde é mais fácil sua disseminação. Por exemplo, rodovias federais e estaduais. Atualmente, a região Norte é a principal porta de entrada das pragas quarentenárias no Brasil, e Roraima é o estado que apresenta maior número de registros. Um dos motivos da alta incidência desses organismos está no aumento do fluxo de mercadorias e pessoas circulando pelas fronteiras estaduais e internacionais dos estados da região Norte.
Serviço:
VI Congresso ANDAV – Fórum & Exposição
Data: 15 a 17 de agosto de 2016.
Local: Transamérica Expo Center
Endereço: Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro – São Paulo (SP)
- Home
- /
- 2016

Estoque de soja cresce em 2015, mas milho registra maior volume
- Estadão Conteúdo Web
Apesar de uma redução de 9,5% em comparação a 2014, cereal fecha ano com o maior volume de grãos em estoque
De acordo com dados da Pesquisa de Estoques divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (09), a soja em grão alcançou um volume estocado de 3,2 milhões de toneladas no Brasil em 31 de dezembro de 2015, um aumento de 2,6% na comparação com o mesmo período de 2014. O volume é pequeno frente à produção nacional de 97 milhões de toneladas do ano passado, mas a oleaginosa foi o único produto que teve crescimento em volume estocado.
No entanto, o milho em grão foi o produto com maior volume estocado, de 10,1 milhões de toneladas, apesar de uma redução de 9,5% em comparação a 31 de dezembro de 2014. Segundo o IBGE, a queda do estoque está relacionada ao aumento das exportações do produto, impulsionadas por problemas climáticos em áreas produtoras no mundo.
“A soja teve safra recorde e o produtor optou por deixar o produto estocado até o preço melhorar”, explica o gerente da Coordenação de Agropecuária do IBGE, Mauro Andreazzi.
Percentualmente, o trigo em grão teve a maior queda de estoque, de 25,1%, para 4,4 milhões de toneladas. O comportamento é explicado pelo efeito da chuva excessiva sobre as lavouras da região Sul, que concentra 90% da produção nacional. O volume estocado de arroz em casca também recuou 9,5%, para 1,9 milhão de toneladas.
Já o café em grão teve uma redução de 16,7% em seus estoques, que passaram a 1,1 milhão de toneladas. A queda dos estoques é explicada pela seca que afetou a produção brasileira de café nos últimos anos.
Segundo Andreazzi, o Brasil tem uma capacidade de armazenagem satisfatória. Levando em conta a estimativa de safra de grãos no Brasil este ano (195,9 milhões de toneladas) mais a produção de café prevista (3 milhões de toneladas), seria possível armazenar 83,5% desse volume nos estabelecimentos ativos. Somados os inativos esse porcentual subiria a 92,7%. “Temos boa capacidade de armazenagem, o problema é a distribuição da produção”, conclui.
Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/agricultura/estoque-de-soja-cresce-em-2015-mas-milho-registra-maior-volume-8jhft71khnldejvh7x6qb6ed4