
Biológicos, WhatsApp e pagamento à vista. A “mente” do agricultor, segundo a McKinsey
Pesquisa divulgada pela consultoria a cada dois anos indica preferências do agricultor no Brasil e reforça tendências como maior adoção de biológicos e digitalização nos meios de pagamento
Um dos mercados que mais tem recebido investimentos, mesmo em meio ao período de margens apertadas no agro, é também o segmento que segue entusiasmando o produtor brasileiro: os biológicos.
De acordo com o estudo “A mente do agricultor brasileiro 2024”, realizado pela consultoria McKinsey, o uso de biocontroles, biofertilizantes e bioestimulantes praticamente dobrou na região do Cerrado, especialmente em lavouras de grãos e no algodão, na comparação com a última pesquisa, divulgada em 2022.
O levantamento, que ouviu 757 produtores e avaliou o comportamento deles entre 2022 e 2024, aponta que os grãos colhidos no Cerrado, que inclui o Centro-Oeste, foram os que mais tiveram alta no uso de biocontroles, de 66%, contra 35% anteriormente. Com isso, é a área que mais aplica esse tipo de produto (58%).
O uso de biofertilizantes e bioestimulantes deu um salto no período, no qual passou de 34% dois anos antes para 73% em 2024, com 60% da área recebendo a aplicação, a maior entre as culturas apresentadas na pesquisa.
No algodão, a aplicação de biocontroles aumentou de 67% para 95%, com aplicação em 49% de sua área plantada. O uso de fertilizantes e estimulantes biológicos disparou no intervalo de dois anos, de 53% para 97%.
Por outro lado, a aplicação desses produtos caiu em outras culturas, como a de grãos produzidos no Sul do País, saindo de 49% em 2022 para 27% este ano, com a menor de aplicação de biocontroles (25%). Em linha, os produtores da região também reduziram para 40% o uso de biofertilizantes e bioestimulantes, contra 47% apontado na pesquisa realizada dois anos antes.
Na cana, a aplicação de biocontroles recuou de 56% para 47% este ano. Já a de biofertilizantes e bioestimulantes diminuiu de 59% para 53% na atual pesquisa.
As áreas de frutas e hortaliças estão entre as que mais recebem aplicação de produtos biológicos, no qual a de biocontrole chega a 57%, com leve variação negativa em dois anos, saindo de 68% para 67%. A de estimulantes e fertilizantes à base biológica também foi menor, de 61% para 56%, com aplicação em 59% das áreas.
Os produtores de café e de grãos da região conhecida como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e oeste da Bahia) têm índice alto de uso de produtos biológicos. Porém, reduziram a aplicação nos últimos dois anos.
Na cafeicultura, a aplicação de biocontroles reduziu de 71% para 67% entre 2022 e 2024, enquanto na área de grãos passou de 69% para 65%. Em contrapartida, o uso de biofertilizantes e bioestimulantes nessas áreas aumentou, saindo de 57% para 73% no café e de 62% para 64% no Matopiba.
Na amostra geral da McKinsey, 62% dos produtores afirma que usam biocontrole por que buscam melhor eficácia, enquanto 33% querem custo mais baixo e 31% usam para proteção de insetos. Em relação aos biofertilizantes e bioestimulantes, 42% querem melhorar a produtividade, como também a saúde do solo, com o mesmo percentual. E 42% dos agricultores buscam melhorar a qualidade do solo.
Na média geral, em linha com os Estados Unidos, o Brasil elevou o uso de produtos biológicos, de 55% para 61%, com aplicação de biocontroles, biofertilizantes e bioestimulantes em mais de 50% das áreas agricultáveis.
Com o segmento de biológicos em alta, a tendência é que 67% dos produtores ouvidos pela pesquisa, realizada entre fevereiro e junho deste ano, mantenham e até mesmo aumentem os investimentos nesses produtos, “independentemente de mudanças nos preços de proteção de cultivos e de fertilizantes”.
De acordo com um outro levantamento, o da Blink Inteligência de Mercado, os insumos biológicos movimentaram R$ 6,7 bilhões na safra 2022/2023, com projeção de chegar a R$ 10,2 bilhões em 2027/2028, o que representa aumento de mais de 50%.
Mais otimismo e riscos no radar
Os 750 produtores rurais ouvidos pela McKinsey também se mostram mais otimistas para os próximos dois anos. Questionados sobre lucros, 57% deles acreditam que serão mais altos em 2026, enquanto 33% acreditam em estabilidade. Cafeicultores, produtores de frutas, hortaliças e de grãos do Matopiba e do Sul são os mais animados em relação aos ganhos.
No entanto, puxados por quem cultiva algodão e grãos no Cerrado, 11% acreditam em menos lucro no período. Enquanto 29% veem lucros um pouco ou muito mais baixos ao fim deste ano.
Apesar da expectativa de cenário mais benigno nos próximos anos, agricultores estão de olho nos riscos que podem impactar a rentabilidade. Com alta ou queda nos lucros, os eventos climáticos extremos e o aumento do preço de insumos são as principais preocupações do setor. A escassez de trabalhadores no campo também é outro risco considerado pelos produtores.
“O risco crescente de eventos climáticos pode fazer com que os agricultores tentem adotar novas práticas, a exemplo da agricultura regenerativa. Ou busquem produtos que possam ajudar a melhorar a saúde do solo”, observa a consultoria McKinsey sobre uma tendência para 2025.
Mais digital, produtor financia mais por terceiros
Outro dado exposto pelo estudo “A mente do agricultor brasileiro” é que, neste ano, eles estão pagando menos as suas compras à vista, recorrendo ao financiamento de terceiros.
Sendo assim, este ano, 58% dos produtores estão fazendo pagamentos imediatos, abaixo dos 73% observados em 2022. Ainda assim, o pagamento à vista é o principal meio (44%).
Como produtores estão cada vez mais se apoiando em outros fundos, para 2024, uma parcela de 38% afirma pagar as contas por meio de financiamento bancário ou crédito na loja, ante 34% em 2022. Já o crédito em loja exibiu ligeira variação, com 33% dos agricultores recorrendo a esse meio, de 34% dois anos atrás. Essas duas fontes financiam 42% das compras agrícolas.
“Embora o gasto com agricultura no Brasil seja financiado por um mix de fontes, os agricultores pesquisados afirmaram usar, em média, duas fontes para financiar seus gastos”, diz o estudo.
O pagamento à prazo inverteu a tendência, com agricultores recorrendo fortemente a tal método, subindo de 6% dois anos atrás para 22% na pesquisa atual. Enquanto a quitação por meio de permuta caiu pela metade, para 9% em 2024. O uso do cartão de crédito recuou, de 7% para 4% este ano.
Na era do Pix, o agronegócio não fica de fora dos meios de pagamentos digitais. Pelo contrário, uma vez que o uso de tecnologias para tal fim só cresce. O levantamento aponta que 88% dos produtores de algodão estão dispostos a utilizar os meios digitais na hora de efetuar pagamentos.
Na passagem de 2022 para este ano, os produtores de grãos do Cerrado e do Sul foram os que mais se mostraram dispostos a fazer pagamentos digitalmente. No consolidado, o Brasil avançou de 27% para 54% o número de produtores aptos a usar os meios de pagamentos digitais. Para a McKinsey, a adoção de pagamentos digitais deve continuar crescendo nos próximos anos.
Falando em tecnologia, um dos aplicativos mais usados pelos brasileiros é o queridinho dos produtores rurais: o WhatsApp. Entre os consultados para a pesquisa, 28% preferem a ferramenta na hora de fazer compras agrícolas, mesmo exibindo estabilidade após o pico alcançado durante os anos de pandemia de covid-19.
Quando o assunto é interação digital na jornada de compra, 40% dos agricultores recorrem aos meios de mensagens instantâneas, como o WhatsApp. Os serviços de pós-venda e de recompra são os que mais recebem interações digitais no processo de compra de insumos. Porém, 60% dos produtores ainda preferem ir presencialmente às lojas ou realizar as compras por meio de voz.
Fonte: AG Feed

Áreas tratadas por defensivos agrícolas crescem 9,3% no primeiro semestre de 2024
Atrelado ao desenvolvimento positivo da safra de soja e às condições climáticas enfrentadas pelo País, o primeiro semestre de 2024 foi marcado pela expansão de áreas tratadas por defensivos agrícolas, com alta de 9,3% quando comparado com o mesmo período do ano anterior, contabilizando mais de 1 bilhão de hectares. É esse o resultado da pesquisa encomendada pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg) à Kynetec Brasil.
De janeiro a junho deste ano, o volume de defensivos utilizados no controle de pragas, doenças e plantas daninhas cresceu 8,3%, dividido entre herbicidas (40%), inseticidas (28%), fungicidas (24%), tratamentos de sementes (1%) e outros (9%).
Para chegar a estes resultados, a iniciativa considera a metodologia que projeta dados do mercado em PAT (produto por área tratada), destacando o volume efetivamente utilizado pelo produtor rural e o número de aplicações de defensivos na área cultivada, de acordo com a necessidade.
Quando dividida por cultivos, a área PAT é representada da seguinte forma: soja (31%), milho (31%), algodão (16%), pastagem (7%), cana (4%), trigo (3%), hortifruti (1%) café (1%), citros (1%) e outros (1%). Neste cenário, o valor de mercado totalizou US$ 8.8 bilhões, ou seja, número 9% menor que no primeiro semestre de 2023, com US$ 9.6 bilhões. A queda, segundo o levantamento da Kynetec para o Sindiveg, está atrelada ao aumento no custo de produção por perdas de lavouras em decorrência da mudança climática – principalmente do milho 2ª safra – e ao crescente impacto cambial, com salto de 3% na mesma comparação.
Em perspectiva regional, o valor de mercado dos defensivos agrícolas no Brasil, nos seis primeiros meses do ano, foi dividido entre Mato Grosso e Roraima (33%), São Paulo e Minas Gerais (18%), BAMATOPIPA (14%), Paraná (10%), Mato Grosso do Sul (8%), Goiás e Distrito Federal (8%), Rio Grande do Sul e Santa Catarina (7%) e outros (2%). Já em área PAT, Mato Grosso e Roraima se destacaram, com 37%, seguidos de BAMATOPIPA (17%), São Paulo e Minas Gerais (12%), Paraná (9%), Goiás e Distrito Federal (8%), Mato Grosso do Sul (8%), Rio Grande do Sul e Santa Catarina (7%) e outros (2%).
Produção de soja alavanca área tratada por defensivos agrícolas
Ao se destacar entre os principais cultivos associados à expansão de área tratada no primeiro semestre de 2024, a produção de soja brasileira enfrentou uma crescente proliferação de pragas como mosca branca (+157%), lagartas (+52%) e percevejos (+22%).
O cenário desafiador, como aponta a pesquisa, exigiu do produtor brasileiro a utilização de diferentes defensivos agrícolas, como é o caso de fungicidas protetores (+56%) e fungicidas premium (+35%).
Fonte: Sindiveg

13º Congresso Andav amplia debate sobre o Papel do Agronegócio Brasileiro na Segurança Alimentar Mundial
Maior evento da distribuição no agronegócio acontece de 06 a 08 de agosto no Transamérica Expo Center na capital paulista.
São Paulo – A programação oficial do 13º Congresso Andav já está disponível e conta com nomes de peso para debater o cenário futuro da produção brasileira de alimentos. Já na abertura oficial, com a presença de Autoridades, a Palestra Magna do evento tratará sobre o tema “Como Assegurar o Nosso Propósito de Alimentar e Abastecer o Mundo?” ministrada pelo Professor Emérito da FGV Agro, Roberto Rodrigues.
Diante de um ano desafiador para o agronegócio em relação a mercado, clima, legislação e várias outras vertentes, é fundamental analisar o “Cenário para o Agronegócio Global e Brasileiro em 2024/2025”, tema da palestra de Carlos Cogo, Sócio-Diretor de Consultoria Cogo Inteligência em Agronegócio, que antecipou em entrevista alguns destaques de sua participação:
“Vamos falar sobre como o Brasil se inseriu no agronegócio global de maneira correta conquistando títulos importantes na liderança de produção e exportação de várias commodities importantes e, como consequência, o quanto isso criou para nós grandes desafios internos além do que enfrentamos em relação à volatilidade de preços e clima. Vamos avaliar o futuro, saber quais culturas serão mais demandadas e como o Brasil conseguirá se manter como líder e enfrentar gargalos imediatos como a limitação da capacidade estática de armazenagem, frotas de máquinas agrícolas sucateadas, portos insuficientes para escoar, falta de investimentos em irrigação, poucos recursos para seguro rural, conectividade e muito mais”, compartilha Cogo.
A programação do Congresso Andav em 2024 também traz como destaque a palestra internacional com Daren Coppock, Presidente & CEO da Agricultural Retailers Association (EUA), que é a associação que representa os distribuidores norte-americanos. Ele apresentará como funciona atualmente o “Mercado Agro nos Estados Unidos e a Distribuição de Insumos”, mostrando a importância da relação dos Estados Unidos com o Brasil e de que forma pode ser a cooperação entre o setor da distribuição do agronegócio nos dois países. O palco do Congresso Andav receberá, ainda, o ex-Ministro da Economia, Paulo Guedes, o escritor e filósofo Luiz Felipe Pondé, entre vários outros especialistas e representantes do segmento no país.
Este ano, o tema central do Congresso Andav é Agroeconomia Brasileira em Primeiro Lugar: Como assegurar o nosso propósito de alimentar o mundo. “Esse tema coloca em foco o papel fundamental do Brasil como um dos principais produtores de alimentos do mundo e os desafios de garantir a sustentabilidade e a eficiência desse setor. Em paralelo, é uma homenagem aos milhões de profissionais que dedicam as suas vidas ao agro, e colocam o agro brasileiro sempre em primeiro lugar”, afirma Paulo Tiburcio, Presidente Executivo da Andav.
Com quatro pavilhões e mais de 24 mil metros quadrados de exposição, a 13ª edição do evento traz ainda mais espaço para novas tendências, tecnologias e conexões, com a participação de 250 marcas expositoras e expectativa recorde de 13,5 mil participantes. Na edição de 2023, foram 220 marcas e 12 mil congressistas. O Congresso Andav faz parte do calendário oficial de eventos do agronegócio e é uma realização da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav), organizado pela Zest Eventos.
SOBRE OS ORGANIZADORES
Andav
A Andav – Associação Nacional dos Distribuidores de Insumo Agrícolas e Veterinários há 33 anos representa o Distribuidor de Insumos Agropecuários e atualmente reúne mais de 3.300 unidades comerciais de todas as regiões do Brasil, responsáveis por levar as boas práticas ao campo e acima de tudo zelar pelo bom funcionamento da cadeia produtiva, ao estender conhecimento, produtos, serviços e tecnologia.
Zest Eventos
A Zest Eventos nasce da união de mais de uma década de excelência e sucesso em construir eventos e trabalhar em equipe. Uma empresa dedicada a entregar experiências: além de criar e promover eventos físicos, digitais e híbridos, é especialista em desenvolver consultorias especializadas em marketing, vendas e projetos especiais para o setor B2B.
SERVIÇO
Congresso Andav 2024
Data: 6 a 8 de agosto de 2024
Horário da Plenária: Dia 6 das 10h às 17h10 | dia 7 das 9h às 17h | dia 8 das 9h às 16h
Horário de Exposição:
Dia 6 das 9h às 22h (20h – encerramento do credenciamento)
Dia 7 das 8h às 22h (20h – encerramento do credenciamento)
Dia 8 das 8h às 18h (16h – encerramento do credenciamento)
Local: Transamerica Expo Center
Endereço: Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro – São Paulo-SP
Mais informações: https://eventosandav.com.br/
Agendamentos de entrevistas e outras informações à imprensa:
Lilian Munhoz (11) 98279-9847 – Comunicativas

Exportações do agronegócio brasileiro atingem US$ 15,20 bi em junho e US$ 82,39 bi no semestre
Complexo de soja, carnes, complexo sucroalcooleiro, produtos florestais e café foram os setores que tiveram destaque neste mês
As vendas externas brasileiras de produtos do agronegócio foram de US$ 15,20 bilhões em junho de 2024, um aumento do valor das exportações comparado ao mês de maio/2024, que atingiu 15,02 bilhões.
As exportações brasileiras de grãos subiram de 14,96 milhões de toneladas em junho de 2023 para 15,07 milhões de toneladas em junho de 2024 (+0,7%). Além do incremento do volume exportado de grãos, houve aumento na quantidade exportada de: açúcar de cana (+335,1 mil toneladas); celulose (+182,8 mil toneladas); algodão não cardado nem penteado (+100,1 mil toneladas); farelo de soja (+84,0 mil toneladas); café verde (+64,6 mil toneladas). Com base nesses dados, o índice de quantidade apurado para as exportações do agronegócio ficou positivo em 4,5%.
“O aumento nas sexportações no primeiro semestre de 2024 reflete não só a excelência dos nossos produtos, mas também o resultado dos recordes nas aberturas de mercado e o constante diálogo com outros países. O incentivo do governo e o apoio do setor e das associações têm sido fundamentais para esse crescimento, demonstrando a força e a competitividade do agronegócio brasileiro no cenário internacional, bem como a qualidade e o rigoroso controle sanitário dos nossos produtos”, destacou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.
Já no período acumulado dos últimos 12 meses, as exportações do agronegócio somaram US$ 166,20 bilhões, o que representou crescimento de 2,4% em relação aos doze meses imediatamente anteriores. Entre julho de 2023 e junho de 2024, os produtos do agronegócio representaram 48,6% de todas as exportações brasileiras, 0,2 ponto percentual acima da participação verificada entre julho de 2022 e junho de 2023.
DESTAQUES DOS PRODUTOS DO AGRO BRASILEIRO
No primeiro semestre de 2024, as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram o valor de US$ 82,39 bilhões. Esse é o segundo maior valor registrado para a série histórica.
Neste período, os cinco principais setores do agronegócio brasileiro se destacaram significativamente nas exportações. O complexo soja liderou, alcançando US$ 33,53 bilhões, representando 40,7% do total exportado pelo agronegócio. Em seguida, o setor de carnes exportou US$ 11,81 bilhões, equivalentes a 14,3% das exportações do agronegócio. O complexo sucroalcooleiro registrou US$ 9,22 bilhões, correspondendo a 11,2% do total, enquanto os produtos florestais somaram US$ 8,34 bilhões, representando 10,1%. Por fim, o setor de café alcançou US$ 5,31 bilhões, o que equivale a 6,4% das exportações. Juntos, esses setores foram responsáveis por 82,8% das vendas externas do agronegócio brasileiro.
O setor de carnes, segundo maior exportador, apresentou um crescimento de 1,6% em comparação a 2023, atingindo US$ 11,81 bilhões. A carne bovina destacou-se, representando 48,1% do valor exportado, com US$ 5,14 bilhões, um aumento de 18,3%. A quantidade de carne bovina in natura exportada foi recorde, totalizando 1,14 milhão de toneladas, um crescimento de 29,1%.
O complexo sucroalcooleiro viu suas exportações aumentarem de US$ 5,99 bilhões em 2023 para US$ 9,22 bilhões em 2024, um crescimento de 54,1%. O açúcar, principal produto do setor, alcançou US$ 8,66 bilhões, um aumento de 62,8%. As exportações de açúcar de cana em bruto também foram recordes, tanto em valor, com US$ 7,21 bilhões, quanto em quantidade, com 14,33 milhões de toneladas.
Os produtos florestais registraram um crescimento de 11,9%, somando US$ 8,34 bilhões. A celulose foi responsável por 59,6% desse total, com US$ 4,97 bilhões, um aumento de 19,5%. A quantidade exportada de celulose também atingiu um recorde para o primeiro semestre, com quase 10 milhões de toneladas, um crescimento de 3,1%.
O setor de café destacou-se com vendas externas de US$ 5,31 bilhões, um crescimento de 46,1% em valor e de 52,1% em quantidade comparado ao ano anterior.
Além desses, outros produtos também apresentaram desempenhos notáveis. O algodão não cardado e não penteado atingiu um recorde de US$ 2,68 bilhões, um aumento de 236%, com 1,39 milhão de toneladas exportadas, um crescimento de 228%. O suco de laranja também bateu recorde, com US$ 1,25 bilhão em exportações, um aumento de 24%.
Fonte: MAPA

25 de maio ou 25 de julho? Conheça a história do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural
Temos duas datas para lembrar que somos trabalhadores e trabalhadoras, como profissão
Jaime Amorim – Brasil de Fato | Caruaru (PE)

Em 25 de julho também é celebrado o Dia Internacional da Agricultura Familiar – Foto: FLD/Divulgação
Nós camponeses e camponesas no Brasil temos duas datas para comemorar e celebrar o Dia dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais. Existe uma certa confusão no nosso meio, muita gente nos pergunta: celebramos o dia do trabalhador rural no dia 25 de maio ou dia 25 de julho?
O mais importante é que temos duas datas para lembrar que somos trabalhadores e trabalhadoras, como profissão.
A ocasião é para lembrar também que produzimos para esse país e que, na maioria das vezes, somos discriminados e desvalorizados, mesmo sendo responsáveis por mais de 70% do alimento que a população brasileira consome e coloca na mesa. Para lembrar que dependemos da terra para cultivar este alimento e para exercer nosso trabalho – a mesma terra, que em sua grande maioria está concentrada na mão de uma minoria de grandes proprietários de terras e de empresas.
A reforma agraria é uma das principais ações que o Brasil, independente de governos, terá que realizar, por decisão política ou por obra da mobilização dos camponeses e camponesas.
Trata-se de uma ação necessária para desenvolver o campo, acabar com a violência e fazer justiça, àqueles e àquelas que durante toda a história desse país foram determinantes para abrir novas fronteiras agrícolas, produzir alimentos e que resistiram lutando para sobreviver e para construir um país mais justo. Justiça essa que prevê a divisão das terras, para que o agricultor e a agricultora possam ser tratados com dignidade.
Por que 25 de maio?
A data do 25 de maio, que em especial a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) comemora como o dia do trabalhador rural, homenageia todas as pessoas que trabalham na agricultura: os agricultores, os trabalhadores assalariados e os camponeses.
Essa data foi oficialmente criada como o Dia do Trabalhador Rural pela lei nº 4.338, de 1º de junho de 1964. O dia foi escolhido em razão do falecimento, por acidente aéreo, do deputado federal Fernando Ferrari, em 25 de maio de 1963. Ferrari foi um dos políticos mais engajados na luta dos trabalhadores rurais, por seus direitos e questões sociais.
Fernando Ferrari, gaúcho, natural de São Pedro do Sul, foi economista e político de vários mandatos como deputado estadual e federal. Foi filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e depois fundou o Movimento Trabalhista Renovador (MTR).
Segundo a biografia, foi responsável por dois projetos para o campo: ajudou a redigir o estatuto do Trabalhador Rural e estava junto na elaboração do projeto de reforma agraria que, alguns meses depois foi sancionado pelo presidente João Goulart meses. Em 1971, durante o regime da ditadura militar, foi instituído o programa de Assistência ao Trabalhador Rural, que ficou conhecida como lei Fernando Ferrari.
Em síntese, podemos dizer que na data de 25 de maio comemoramos o dia do agricultor e o reconhecimento do trabalhador rural como uma profissão, como um sujeito de direito.
E o 25 de julho?
Já no dia 25 de julho, celebramos também como o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural e Dia Internacional da Agricultura Familiar. Esta data é mais celebrada pelo Movimento Sem Terra (MST) e pela Igreja Católica, que reconhecem este dia como o nosso dia, embasado na questão histórica.
O MST tem por tradição, desde sua gênese, transformar o dia 25 de julho em dia de luta, convocando todos os anos jornadas de lutas, com ocupações e marchas.
Para entender este processo, temos que nos remeter a um tempo mais longínquo da nossa história. Tempo que tem como origem o processo de substituição promovida pelas elites agrárias brasileira sobre a força de trabalho no campo. Força de trabalho negra e escravizada, por camponeses e camponesas imigrantes, brancos da Europa, que aqui foram chamados de colonos.
A data 25 de julho, está relacionada à celebração do desembarque dos primeiros imigrantes alemães, que chegaram no dia 25 de julho de 1824, em Porto Alegre, e foram levados à Feitoria Real do Linho Cânhamo que, posteriormente, constituiria a sede de São Leopoldo. Lá, eles formaram a primeira comunidade germânica no Brasil.
Desde então, no sul do Brasil, é celebrado o dia 25 de julho como o dia do colono. Politicamente esta data foi lembrada e celebrada nas comemorações do centenário da chegada dos imigrantes no Brasil, em 1924.
O termo colono se refere ao trabalhador e à trabalhadora rural que vivem em colônias, em comunidades, e recebe um lote pra trabalhar na agricultura. Também podemos dizer que “colono era aquele que se fixava em uma colônia”.
Existem diferenças regionais no Brasil para caracterizar o colono. No sul do país e no sul do Espírito Santo, colono é o trabalhador rural que vive com sua família em uma pequena ou média propriedade. Em São Paulo, por exemplo, o termo era utilizado para identificar trabalhadores rurais meeiros, que trabalhavam de meia para o patrão. Ou seja, entregava ao dono da terra a metade do que produzia.
Já no Nordeste, ainda se usa o termo colono quando se fala de proprietários de lotes situados em áreas de projetos de irrigados, em especial na Bahia e em Pernambuco, às margens do São Francisco. Colonos são, hoje, trabalhadores e trabalhadoras rurais da agricultura familiar, camponeses que vivem e produzem trabalhando na terra.
As diferenças entre as datas
A diferença entre as duas efemérides podem ser assim sintetizadas: o 25 de maio tem a simbologia mais voltada à celebração da criação da lei que oficializa a data como o dia do trabalhador rural, enquanto o 25 de julho tem se configurado como dia de luta, de mobilizações, de ocupação de terras. Mas o 25 de julho também é dia de celebrar. É o nosso dia, o dia da luta do trabalhador e trabalhadora rural.
Neste mesmo dia – creio que por influência do então presidente da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o brasileiro Jose Graziano da Silva – a FAO celebra o Dia Internacional da Agricultura Familiar e do Trabalhador e Trabalhadora Rural, desde em 2014.
Temos o desafio de superar o atual modelo do agronegócio agressivo, da monocultura agroexportadora, para o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, tendo como base a agroecologia e lutar para garantir melhores condições de vida, para aqueles e aquelas que produzem alimento para a sociedade. Que o sonho dos trabalhadores e trabalhadoras rurais possa, enfim, um dia, ser comemorar com a realização de uma ampla reforma agrária no Brasil.
*Dirigente do MST e da Via Campesina
**Este é um texto de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.
Edição: Geisa Marques
Fonte da matéria: Brasil de Fato

Agronegócio bate recorde de exportações em abril, com US$ 15,24 bilhões
O resultado correspondeu a 49,3% das exportações totais do Brasil
Com valor recorde, as vendas externas brasileiras de produtos do agronegócio foram de US$ 15,24 bilhões em abril de 2024, um valor 3,9% superior na comparação com os US$ 14,67 bilhões exportados no mesmo mês de 2023. Esse resultado correspondeu a 49,3% das exportações totais do Brasil.
O saldo de abril foi fortemente influenciado pela elevação do volume embarcado, que subiu 17,1%. Em relação aos preços médios dos produtos da agropecuária, houve queda de 11,3%, impossibilitando o registro de um valor ainda mais expressivo nas exportações.
As exportações brasileiras de grãos atingiram um volume próximo de 18,5 milhões de toneladas em abril de 2024, número que corresponde a uma expansão de 6,7% na comparação com os 17,3 milhões de toneladas exportadas no mesmo mês de abril de 2023.
PRODUTOS BRASILEIROS
Segundo os dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, açúcar de cana, carne bovina in natura, café, algodão não cardado nem penteado e celulose são os produtos que mais contribuíram para o crescimento das exportações no mês.
Destaque por ter o maior valor exportado dentre todos os produtos do agronegócio brasileiro, a soja em grãos respondeu pela maior parte das exportações do setor. O volume exportado atingiu 14,70 milhões de toneladas, com elevação de 362,4 mil toneladas na comparação com a quantidade embarcada em abril de 2023. A quantidade é a terceira maior já registrada para um mês em toda a série histórica.
A China é o principal importador da oleaginosa brasileira, tendo adquirido praticamente dez milhões de toneladas ou o correspondente a US$ 4,29 bilhões.
Já as vendas externas de carnes brasileiras atingiram US$ 2,21 bilhões em abril de 2024, com crescimento de 27,5% frente às exportações de abril de 2023. Os registros de vendas externas de carne bovina foram de US$ 1,04 bilhão (+69,2%), com forte expansão do volume exportado, que passou de 133,40 mil toneladas para 236,77 mil toneladas no período em análise (+77,5%). Este volume é recorde para os meses de abril. Um dos maiores motivos para a expansão da quantidade exportada está no aumento da demanda chinesa por carne bovina in natura brasileira.
Outro destaque é o complexo sucroalcooleiro, que continua registrando recordes de exportação. Em nenhum mês de abril da série histórica as exportações do setor tinham ultrapassado a cifra de um bilhão.
Nesse mês de abril de 2024, as vendas externas do complexo sucroalcooleiro foram de US$ 1,07 bilhão, número que significou um crescimento de 77,6% na comparação com os US$ 600,07 milhões exportados em abril de 2023. O crescimento foi obtido em função das exportações de açúcar, que quase dobraram em volume (+94,7%), na comparação entre abril de 2023 e 2024.
EXPORTAÇÕES JANEIRO A ABRIL (1º QUADRIMESTRE)
No primeiro quadrimestre de 2024 as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram o valor recorde de US$ 52,39 bilhões, o que representou crescimento de 3,7% em relação aos US$ 50,52 bilhões exportados no mesmo período do ano anterior. O aumento na quantidade embarcada é o fator que explica a expansão em valor, uma vez que o índice de quantum aumentou 14,8%, enquanto o índice de preço caiu 9,6%.
Os principais produtos que explicam o crescimento das exportações no acumulado do ano de 2024 foram: açúcar de cana em bruto (+US$ 2,41 bilhões); algodão não cardado e não penteado (+US$ 1,36 bilhão); café verde (+US$ 958,32 milhões); carne bovina in natura (+US$ 814,62 milhões) e açúcar refinado (+US$ 589,73 milhões). A soma do incremento das vendas externas desses cinco produtos mencionados foi de US$ 6,13 bilhões, enquanto o crescimento das exportações totais foi de US$ 1,87 bilhão.
ACUMULADO DOZE MESES (MAIO DE 2023 A ABRIL DE 2024)
Entre maio de 2023 e abril de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram o montante de US$ 168,36 bilhões, o que representou expansão de 4,7% em comparação aos US$ 160,86 bilhões exportados nos doze meses imediatamente anteriores.
Dessa forma, os produtos do agronegócio brasileiro representaram 49,3% das exportações brasileiras no período, 1,3 ponto percentual a mais do que a participação do agronegócio nas vendas externas entre janeiro e novembro de 2022.
Fonte: MAPA

Exportações do agronegócio brasileiro batem recorde no primeiro trimestre de 2024 e atingem US$ 37,44 bilhões
Em comparação ao mesmo período de 2023, o aumento foi de quase 4,4%
De janeiro a março de 2024, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 37,44 bilhões, recorde para o período, representando um crescimento de 4,4% em relação aos US$ 35,85 bilhões exportados entre janeiro e março de 2023.
De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), esse aumento em valor reflete a expansão na quantidade embarcada, uma vez que o índice de quantum aumentou 14,6%, compensando a queda no índice de preços, que foi de 8,8%.
O agronegócio representou 47,8% das vendas externas totais do Brasil no período, um pouco acima dos 47,3% observados no primeiro trimestre de 2023.
Nestes três meses, a balança foi puxada, principalmente, pelo aumento nas vendas externas de açúcar (+US$ 2,52 bilhões), algodão (+US$ 997,41 milhões) e café verde (+US$ 563,64 milhões), principais responsáveis pelo incremento das exportações brasileiras. O bom resultado nas vendas desses produtos compensou a queda nas exportações de milho (-US$ 1,2 bilhão); soja em grãos (-US$ 901,30 milhões) e óleo de soja (-US$ 543,45 milhões).
Março de 2024
Para o mês de março, as exportações atingiram US$ 14,21 bilhões. A cifra foi 10,8% menor em comparação com os US$ 15,93 bilhões de março de 2023. O resultado é explicado pela queda internacional dos preços dos alimentos. O índice de preços dos produtos do agronegócio exportados pelo Brasil caiu 11,9% em março em comparação com o mesmo mês de 2023, apesar da quantidade exportada ter aumentado em 1,3%.
Os cinco principais setores exportadores em março foram: complexo soja (44,3% de participação nas exportações do agronegócio brasileiro); carnes (12,8% de participação); complexo sucroalcooleiro (11,3% de participação); produtos florestais (9,4% de participação); e café (5,7% de participação). Os cinco setores foram responsáveis por 83,4% do valor total exportado pelo Brasil do mês.
Já entre os países importadores de produtos do agronegócio brasileiro, a China continua com o primeiro lugar no pódio, com participação nas exportações brasileiras do agronegócio de 35,9% ou o equivalente a US$ 5,10 bilhões (-23,0%).
Fonte: MAPA

Índice aponta cenário favorável para agricultor investir em fertilizantes
O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de março de 2024 alcançou o valor de 1,02. Esse resultado representa um crescimento de 5% em comparação com o mesmo período do ano anterior e um aumento de 1% em relação ao mês anterior, ainda sinalizando uma tendência positiva para o poder de compra dos fertilizantes e reforçando o potencial de crescimento contínuo no setor agrícola. A relação de troca dos principais produtos agrícolas permanece favorável, demonstrando a resiliência e adaptabilidade do setor. Ao longo do último ciclo, observou-se uma diminuição de 0,6% na média de preços das commodities agrícolas, enquanto a média de preços dos fertilizantes registrou um modesto aumento de 1,5%. Esses ajustes nos preços refletem as dinâmicas de mercado e estão incorporados no cálculo do índice.
Durante março os preços das commodities sofreram variações. A soja com destaque foi a que apresentou recuperação, com um aumento de aproximadamente 2%, em resposta às projeções de redução na produção brasileira, conforme relatado tanto pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) quanto pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O milho registrou a maior queda, com uma diminuição de cerca de 3%, impulsionada pelo aumento da área plantada na safrinha, o que gerou perspectivas mais otimistas para a produção. Adicionalmente, os sólidos números de safra na Argentina influenciaram essa pressão nos preços, embora as intensas chuvas no país tenham posteriormente limitado as expectativas positivas. Também foi observada uma diminuição de 1% no algodão e de 2% na cana-de-açúcar.
Quanto aos fertilizantes, foi verificado um aumento médio de preços de 1,5% e, ainda assim, o Brasil tem os menores preços do mundo. Houve uma recuperação de cerca de 6% no MOP, atrelado a forte demanda de mercado; um aumento de 1,5% no SSP, um aumento de 1% no MAP e queda significativa, de quase 5%, apenas na ureia. O câmbio permaneceu estável em relação ao mês anterior, refletindo uma reação mais positiva em meio a um cenário global de menor risco, apesar da continuidade dos conflitos geopolíticos. Como resultado, houve uma leve variação do dólar para baixo, mantendo-se praticamente estável.
Os investidores continuam atentos ao encerramento do plantio da safrinha no Brasil e às divulgações do USDA sobre os planos de plantio nos Estados Unidos, que já estão influenciando o mercado com previsões de uma safra de soja maior, em comparação com o ano anterior, e uma safra de milho menor.
Entendendo o IPCF
O IPCF é divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas. A metodologia consiste na comparação em relação à base de 2017, indicando que quanto menor a relação mais favorável o índice e melhor a relação de troca. O cálculo do IPCF leva em consideração as principais lavouras brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão.
Metodologia
*A fonte para o cálculo dos preços dos fertilizantes no porto brasileiro é a CRU, empresa de consultoria internacional. Já os preços das commodities são apurados pela média do mercado brasileiro, em dólar, calculados com base nas publicações feitas pela Agência Estado e CEPEA.
**O índice de preços de fertilizantes inclui os valores de MAP, SSP, Ureia e KCL ponderados pelas participações respectivas de seu uso no país. Já o das commodities inclui soja, milho, açúcar, etanol e algodão, ponderado pelo consumo de fertilizantes.
***O índice é também ponderado pelo câmbio, considerado 70% dos fertilizantes (custo) e 85% das commodities (receita).
****Culturas analisadas: soja, milho, açúcar, etanol (cana-de-açúcar) e algodão.
*****Dados referentes a março/2024.
Fonte: Mosaic Fertilizantes

BNDES disponibiliza mais R$ 1,4 bi para o Plano Safra 2023-24
Banco já aprovou mais de R$ 28 bilhões, em mais de 120 mil operações, para o Plano Safra 2023-2024
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em esforço conjunto com o Governo Federal, disponibilizará no dia 11 de abril mais R$ 1,4 bilhão para operações de crédito no âmbito dos Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGF) para o Plano Safra 2023-2024. Com a medida, o total de recursos ainda disponível nos diferentes PAGF a serem repassados pelo Banco é de R$ 4,6 bilhões, com prazo de utilização até junho de 2024.
O Banco já aprovou mais de R$ 28 bilhões, em mais de 120 mil operações, para o Plano Safra 2023-2024, um crescimento de 23% em relação ao mesmo período da safra passada.
“São recursos importantes que poderão ser utilizados por produtores rurais, inclusive agricultores familiares, e cooperativas agropecuárias, para custeio e investimento em diversas finalidades, e revelam a prioridade com que o governo do presidente Lula trata o setor agropecuário do país”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Segundo ele, os produtores poderão ampliar a produção, a aquisição de máquinas e equipamentos, a armazenagem e investir em inovação.
O BNDES é um dos principais apoiadores do setor agropecuário. Além dos PAGF, o Banco também oferece soluções próprias para garantir a oferta de crédito durante todo o ano, como o BNDES Crédito Rural.
Fonte: BNDES

ANDAV oficializa novo conselho diretor em cerimônia com autoridades em Brasília
Deputados e Senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram a importância da Associação para o agronegócio e sua recente filiação ao Instituto Pensar Agropecuária.