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Inmet esclarece boatos sobre inverno de 2018 ser o mais rigoroso em 100 anos
Circularam nos últimos dias informações de que o inverno no Brasil neste ano seria o mais frio dos últimos 100 anos. O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), instituição oficialmente responsável pelas informações meteorológicas e climatológicas do país, no entanto, esclarece que essas notícias não passam de boatos.
Informações disponíveis sobre a próxima estação, inclusive, não mostram anomalias. “Comunicamos que a grande maioria dos modelos de previsão de temperaturas para o inverno de 2018 indicam que teremos condições dentro da normalidade, com algumas ondas de frio que devem atingir até a parte sul da Região Norte do Brasil”, disse o Inmet em nota.
O órgão aponta ainda que a informação divulgada, principalmente, através das redes sociais “não possui qualquer fundamento técnico/científico, nenhuma base de estudo de pesquisa climatológica ou de previsão climática”. O Inmet tem um amplo banco de registro histórico climatológico e traz os invernos mais severos que atingiram as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte:
18 DE JULHO DE 1975 (A MAIS INTENSA: -10,0°C, em Guarapuava/PR),
31 DE MAIO DE 1979 (-0,7°C, em Orleans/SC),
21 DE JULHO DE 1981 (-8,4ºC, em Maria da Fé/MG),
JULHO DE 1985 (-4,8ºC, dia 11/07, em Campos Novos/SC),
26 DE JUNHO DE 1994 a 10 DE JULHO DE 1994 (-6,2ºC, dia 26/06, em Bom Jesus/RS),
JULHO DE 1999 (-1,5ºC, dias 05/07 e 31/07, em Bom Jesus/RS),
JULHO DE 2000 (-9,0ºC, dia 14/07, em São Joaquim/SC) e
JULHO DE 2017 (-4,0ºC, dia 19/07, em Irati/PR).
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Condições climáticas favorecem desenvolvimento vegetativo das lavouras de inverno
De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, a área semeada com trigo no Estado se encontra com 95% das lavouras em desenvolvimento vegetativo e 5% em floração. No geral, o aspecto das lavouras melhorou com a recente ocorrência de chuvas, o que possibilitou um melhor crescimento vegetativo e viabilizou os trabalhos de adubação nitrogenada em cobertura, que estava atrasada. Em termos sanitários, as lavouras estão com bom aspecto, sem presença significativa de doenças e pragas.
Entretanto, as lavouras de trigo deverão ter redução de produtividade em relação à expectativa inicial, devido ao longo período sem chuvas mais abundantes durante o perfilhamento e emborrachamento das plantas. Algumas regiões, como Fronteira Noroeste e Missões, estimam diminuição entre 5% e 15%, respectivamente. Porém, neste momento, estes percentuais deverão ser melhor apurados no período da plena floração e espigamento das lavouras, daqui a 20 dias. A pouca comercialização de trigo só ocorre para troca de insumos para as lavouras de verão, ao preço médio de R$ 32,32 para a saca de 60 kg.
Da área semeada na safra da canola (52,5 mil ha), 28% ainda estão em desenvolvimento vegetativo uma vez que foi plantado no final do período recomendado, ao passo que 47% estão em floração e 25% já se encontram em enchimento do grão, que são as lavouras plantadas mais cedo. Em termos gerais, a produtividade da cultura está comprometida pelas geadas ocorridas no início de julho e pela falta de chuva regular por um longo período. Com as recentes precipitações, parte das lavouras do tarde poderão se beneficiar. Dependendo da região, estimativas preliminares preveem redução em relação à produtividade, mas uma melhor avaliação deverá ser realizada no decorrer de agosto, pois há diversas solicitações de Proagro em todas as regiões produtoras.
Outra cultura de inverno, a aveia branca, que tem lavouras em floração e formação de grãos, apresenta aspecto geral considerado ruim, inclusive com incidência de doenças foliares, espigas pequenas e grãos chochos, devido ao longo período com baixa umidade do solo. A expectativa de produtividade terá redução de 20% a 30% sobre a inicial, dependendo da região, necessitando ainda de avaliação final das equipes municipais. Há solicitação de Proagro de algumas lavouras devido à péssima expectativa de produção.
SAFRA DE VERÃO
O plantio das lavouras de milho do cedo no RS já iniciou e se intensificou na última semana após as chuvas. Na região de Santa Rosa, por exemplo, já atinge 18% da área prevista de 140 mil hectares da área de milho destinado à colheita de grão (englobando a primeira e a safrinha), com uma expectativa de produtividade ao redor dos 6 mil kg/ha. Tal estimativa preliminar é válida apenas para esta região.
Normalmente nesta época do ano, uma grande quantidade de lavouras a ser implantadas com milho já estaria semeada, mas com a falta de umidade do solo em julho o plantio atrasou.
OLERÍCOLAS
A chuva da semana foi benéfica para as hortas e as temperaturas beneficiam o desenvolvimento das hortaliças, ainda assim é necessário continuar a irrigação para suprir o déficit hídrico. Enquanto isso, os cultivos hidropônico e semi-hidropônico em ambientes protegidos têm mantido a oferta de produtos, porém em volumes menores e com preços mais elevados.
Na cultura do alho, as condições climáticas são benéficas para a emergência das últimas lavouras plantadas e para o desenvolvimento vegetativo das demais áreas. Plantas com boa sanidade, crescimento e uniformidade, mantendo, para a Serra, a perspectiva de aumento de 12% na área cultivada, totalizando 1.700 ha na região.
FRUTÍCOLAS
O retorno das chuvas e as baixas temperaturas beneficiam os macieirais e abrandam os ânimos dos maleicultores. Na Serra, segue forte a prática cultural da poda seca, que atinge 80% da área, além da retirada de ramos contaminados e eliminação (queima) de restos de poda. Durante a semana foram aplicados tratamentos com calda sulfocálcica para reduzir a presença de pragas e incidência de fitomoléstias nas fases vegetativas e reprodutivas.
Na região Ijuí, o pêssego encontra-se em final de floração, com formação inicial de frutos. Produtores realizam a poda em atraso na maioria dos pomares. Videiras em dormência, embora os produtores estejam realizando a poda para antecipar a produção.
PISCICULTURA
A queda da temperatura da água dificultou a piscicultura e os piscicultores aguardam melhores condições ambientais para voltar a alimentar os peixes e adubar os açudes, evitando transtornos alimentares e por consequência a morte de peixes. O piscicultor deve aproveitar esse período para adubar e corrigir a qualidade da água para o próximo ciclo de crescimento.
Na Lagoa Mirim a safra de pesca está em andamento e há captura de espécies como Viola (comercializado a R$ 3,00/kg), Cascudo (comercializado a R$ 2,00/kg) e Trairão (comercializado a R$ 5,50/kg). Já em Santa Vitória do Palmar, os pescadores destacam a forte escassez de peixes nas lagoas, o que impacta de forma negativa na renda do pescador.
Apicultura – Na região de Bagé, as temperaturas mais elevadas em pleno julho estão antecipando em um mês os trabalhos de manutenção das colmeias e de organização dos favos e dos ninhos para a postura da rainha. A floração também foi antecipada nos bosques de eucalipto e nativas, aumentando a atividade dos enxames. O período é de realização do manejo de inverno, fazendo limpeza de favos velhos e alimentando as colmeias mais fracas. Apicultores constroem e reformam as caixas.