
Tecnologia e empreendedorismo no meio rural tornam o Brasil protagonista na produção de alimentos
A agropecuária desempenha papel fundamental na segurança alimentar mundial. Neste domingo (16/10) é comemorado o Dia Mundial da Alimentação, estabelecido pela FAO
Brasília (14/10/2016) – Grande parte dos alimentos consumidos pela população mundial é resultado da produção agropecuária brasileira. Nesse sentido, o Brasil tem dado uma inegável e expressiva contribuição. Nos últimos 35 anos, a agricultura brasileira cresceu 335% em produção e atingiu 202 milhões de toneladas de grãos e fibras na safra 2014/2015. A expansão da pecuária também acompanhou o desenvolvimento rural agrícola, com um aumento de 38,2% nos últimos 10 anos, contando 12,38 milhões de toneladas de carne bovina, em 2015.
Neste domingo (16/10) é comemorado o Dia Mundial da Alimentação, estabelecido em 1979 na 20ª Conferência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). A data marca o dia da fundação da FAO, ocorrida em 1945. Todos os anos, a entidade lança um tema de comemoração e o deste ano será “o clima está mudando: a alimentação e a agricultura também”.
No cenário mundial, o Brasil apresenta um importante papel na segurança alimentar. Além de reunir os recursos necessários de produção, como condições climáticas favoráveis, água em abundância e 383 milhões de hectares agricultáveis, possui ainda tecnologia de produção e o empreendedorismo dos produtores, o que torna o País um dos principais protagonistas na tarefa de alimentar o mundo. O setor agropecuário brasileiro evoluiu muito nos últimos anos, passando de importador de alimentos, na década de 1960, para autossuficiente e exportador, desde a década de 1980. O Brasil também passou a ser a principal referência em pesquisa científica em agricultura tropical, incrementando cada vez mais tecnologia aos sistemas produtivos – principal pilar da competitividade nacional.
O aumento da produtividade permitiu uma verticalização da produção evitando avanço sobre novas áreas e produzindo mais em um mesmo espaço. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) faz parte deste desenvolvimento, atuando diretamente na promoção da ampliação da capacidade dos pequenos, médios e grandes produtores rurais, promovendo políticas ambientais, de crédito e de orientações públicas. Além disso, estimula a implementação de tecnologias, capacitação de mão de obra e cumprimento de leis que regulamentam o setor. Segundo o coordenador de Sustentabilidade, da CNA, Nelson Ananias, “a busca por segurança alimentar tem como pilar o alimento, em quantidade e qualidade. Essa é a meta da CNA e do produtor rural”, afirma.
Agro em Questão – Para entender e debater o atual cenário de gestão estratégica da segurança alimentar e qualidade do alimento, a CNA realiza, em 1º de novembro, o seminário Agro em Questão – Alimentos Saudáveis. Estudos de caso de países que possuem mercado relevante e regulado, como os Estados Unidos, servirão de referência nas discussões.
As experiências compartilhadas neste evento poderão ajudar o Brasil a encontrar soluções para os problemas de forma mais rápida e eficaz. Também está prevista apresentação sobre produção orgânica, convencional, transgênica e de modelos nacionais de governança e casos nacionais de gestão. O evento contará com a presença de gestores internacionais, produtores rurais, técnicos e representantes dos governos federal e estaduais.
Para o coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias, o evento busca comparar as realidades entre sistemas produtivos, tanto dentro da cadeia produtiva, quanto comparada à de outros países. “Queremos divulgar e comparar as diversas maneiras adotadas nos sistemas produtivos do Brasil e absorver o que está funcionando mundo afora”.
Fonte: CNA

Acaba obrigatoriedade de Seguro Rural
Publicado em 31/05/2016 17:37
A obrigatoriedade de contratação do seguro rural para acessar linhas de crédito rural foi suspensa na semana passada. O Congresso Nacional derrubou um veto presidencial à Medida Provisória 682/2015 deixando claro, a partir de agora, que condicionar o financiamento de agricultores à compra do seguro é ilegal.
“Esse assunto está em nossa pauta de trabalho há muitos anos. Sempre foi comum ouvir que o produtor só conseguia ter crédito rural se adquirisse o seguro. Por isso, essa votação é uma grande conquista para o nosso setor”, sintetiza o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Endrigo Dalcin.
A conquista foi resultado da articulação política da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Duas emendas à MP 682/2015 foram propostas no ano passado pelo senador Waldemir Moka (PMDB-MS), mas haviam sido vetadas pela presidente Dilma Rousseff. As duas emendas proibiam claramente a venda casada e criavam condições para que o agricultor tivesse mais opções para contratar seguro quando preciso.
Para orientar seus associados, a Aprosoja liberou um Informe Técnico detalhando as emendas e mostrando como proceder na prática.
De acordo com o gerente de Política Agrícola da Aprosoja, Frederico Azevedo, o foco agora é trabalhar para que as modalidades de seguro rural disponíveis no mercado possam ser efetivamente atrativas para o agricultor. “O seguro rural precisa ser aperfeiçoado no Brasil. Precisamos ter contratos mais simples, limites e opções maiores de cobertura e subvenção para contratos de renda”, observa o gerente.
Acesse o Informe Técnico sobre seguro rural aqui.