
O Agronegócio, setor que deve faturar quase 1,3 trilhão, lançará uma marca para ajudar a fortalecer sua reputação
O Agronegócio, setor que deve faturar quase 1,3 trilhão, lançará uma marca para ajudar a fortalecer sua reputação. O projeto “Marca Agro do Brasil” conta com o apoio de entidades do setor e autoridades e tem como objetivo aproximar a cidade do campo, despertando a admiração dos brasileiros pelo Agro brasileiro.
O agronegócio brasileiro se prepara para dar um passo estratégico para melhorar e consolidar sua imagem no mercado nacional e internacional com o lançamento da marca “Agro do Brasil”. Com o apoio de autoridades, entidades e associações, e a Associação Brasileira de Marketing Rural e Agrícola (ABMRA) como mentora, o projeto tem como ponto de partida a pesquisa “Percepções sobre o Agro: O que pensa o Brasileiro”.
De acordo com o estudo, que entrevistou 4.215 pessoas seguindo a amostragem do IBGE, sete a cada 10 brasileiros têm uma posição positiva e estão solícitos a ouvir as histórias do setor, que aparece entre os mais apreciados pela população. No entanto, 30% se dizem propensos a boicotar o Agro, e destes, 51% são jovens com idades entre 15 e 29 anos.
Durante uma apresentação magna do projeto realizada em São Paulo, no primeiro semestre de 2024, o ex-ministro da agricultura, Roberto Rodrigues, declarou estar admirado com a iniciativa que reúne tantas pessoas em prol do reconhecimento do setor agropecuário: “Eu estou encantado com o projeto. Eu estou há muitos anos engajado nessa luta da comunicação do Agro e percebo claramente que faltava uma iniciativa como essa, que unisse o setor todo na causa. Nós precisamos amar, respeitar e admirar o agro. Porque é a admiração que traz o orgulho. O Agro vai fazer o Brasil campeão mundial na segurança alimentar, que trará paz. E eu sonho com o momento em que nós levantaremos essa taça de campeões mundiais no combate à fome e na conquista da paz”.
A marca “Agro do Brasil” pretende ir além de destacar o agronegócio como o responsável por alimentar o Brasil e uma grande população ao redor do mundo. O objetivo é ampliar o entendimento sobre o setor, evidenciando também seu papel como um robusto mercado consumidor, repleto de oportunidades para negócios e inovação.
Para o presidente do sistema Faesp/Senar-SP, Tirso Meirelles, o projeto Marca Agro do Brasil simboliza uma evolução na representação do agronegócio tal como ele é. “Essa iniciativa é essencial para a construção de uma imagem do Agro mais próxima da realidade. A falta de informação, assim como a inexistência de uma política de Estado para o setor agropecuário, enfraquece o campo e as cadeias produtivas. Esse é um momento de união de esforços para que o Agro assuma seu lugar de direito, como motor da economia nacional e derrube os mitos construídos ao longo de décadas”, destaca Meirelles.
A conquista da confiança e da simpatia tanto da população urbana quanto rural é um dos pilares do movimento. “O Agro não é apenas produção; é mercado, tecnologia, sustentabilidade e uma força econômica que atinge diretamente a vida de todos os brasileiros. Queremos aproximar a cidade do campo e mostrar que o Agro é de todos e para todos”, ressalta o presidente da ABMRA, Ricardo Nicodemos.
Mais do que produção de alimentos, com a força de um setor que alimenta uma boa parte do mundo e gera empregos para milhões de brasileiros, a marca “Agro do Brasil” chega como um símbolo de orgulho e oportunidade, conectando o Agro brasileiro ao futuro.
Para o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion, o projeto Marca Agro do Brasil ajudará a combater as narrativas inverídicas contadas sobre o setor, que atrapalham seu desenvolvimento como um todo. “A grande dificuldade que nós, que trabalhamos com o Agro, temos no dia a dia é a comunicação. Eu passo o dia todo combatendo inverdades acerca do nosso setor. Infelizmente, nós precisamos sempre jogar na defensiva, ficar nos explicando. Então, nós precisamos incutir isso na nossa sociedade da forma mais natural possível. Precisamos falar sobre o desenvolvimento social e das grandes fronteiras agrícolas, como o Agro está presente na vida de cada brasileiro”.
Apoio de peso para um movimento robusto
Com a expectativa de fechar o Valor Bruto da Produção agropecuária (VPB) em quase R$1,3 trilhão em 2024, segundo levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o agronegócio brasileiro é fundamental para a economia e o bem-estar do país. A união das entidades do setor em torno do projeto reforça a seriedade e a importância do projeto “Marca Agro do Brasil”. O apoio de autoridades e especialistas do segmento agrega ainda mais credibilidade à iniciativa, que visa construir uma reputação consistente e duradoura para o Agro.
A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, ressalta a dificuldade latente da comunicação para a construção de credibilidade em um contexto de grande crescimento do setor nos últimos cinquenta anos, quando o Brasil deixou a condição de importador para exportador de alimentos. “O Agro teve um crescimento muito grande nos últimos cinquenta anos. Entretanto, a questão da comunicação ainda é um desafio, porque muitas vezes nós nos comunicamos apenas internamente, com os produtores. É essencial que o Agro melhore a sua comunicação, especialmente com o meio urbano. Nós precisamos mostrar para a sociedade todo o impacto do setor, seja ele ambiental, social ou econômico. Por isso, é muito interessante ver a união desta iniciativa, que junta os setores público e privado, porque ninguém faz nada sozinho”, explica a presidente da Embrapa.
Um site que apresenta o projeto para as lideranças e para patrocinadores
Diversas empresas e associações têm procurado a ABMRA a fim de apoiarem e patrocinarem o projeto “Marca Agro do Brasil”. Há, inclusive, várias negociações de patrocínio em estágio bem avançado. No entanto, notou-se que há muitas pessoas que atuam no Agro e entidades que ainda não conhecem em detalhes o projeto. Por essa razão, foi desenvolvido um site bem completo que mostra o quão estruturada a iniciativa é, apresentando suas bases, disponibilizando o relatório da pesquisa “Percepções Sobre o Agro: O Que Pensa o Brasileiro” e o plano comercial com o detalhamento das entregas do projeto para os patrocinadores. O link para o site é Link
Fonte: ABMRA

Produtores começam a colher os primeiros resultados de uma safra histórica
Nos próximos meses, o Brasil colherá a safra 24/25 de soja, com previsão de produção recorde de 170 milhões de toneladas. Caso esse número se confirme, será a maior safra de soja da história do país e do mundo. Apesar dos desafios climáticos, que têm causado atrasos nos trabalhos de campo, alguns produtores já iniciaram a colheita e começam a observar os primeiros resultados de uma safra que promete ser histórica.
O Paraná é um dos estados que conseguiu avançar nessa fase final do ciclo. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Paraná, 8% da área cultivada com soja da safra 2024/25 já foi colhida. No entanto, os produtores paranaenses ainda enfrentam desafios como o estresse hídrico e as altas temperaturas, fatores que podem impactar o rendimento final. O Mato Grosso do Sul passa por uma situação semelhante, enfrentando uma longa estiagem que também afeta a produção no estado.
“Dentro desse cenário, podemos destacar três cultivares que vêm se sobressaindo frente às condições climáticas adversas. A GH2361IPRO destacou-se principalmente na abertura de plantio no Sul do MS e Oeste do Paraná, sendo uma excelente opção para o produtor abrir plantio e buscar estabilidade produtiva. Essa cultivar demonstrou resiliência mesmo submetida a temperaturas elevadas, entregando precocidade para oferecer ao produtor uma boa janela para o plantio de safrinha. A GH2463I2X, um lançamento da Golden para a safra, vem entregando altos tetos produtivos, mesmo diante de altas temperaturas e estresse hídrico. Trata-se de uma cultivar importante para o portfólio do produtor, que em anos de boas condições entregará altas produtividades e em anos de adversidade climática trará segurança na produção. Já a GH6433I2X, ganhou notoriedade por sua boa tolerância à Macrophomina, sendo uma opção confiável para essa doença, que apresenta maior severidade em safras como essa que estamos presenciando”, afirma João Paulo Schechtel, líder de marketing de campo da Golden Harvest.
A Golden ainda conta com mais um lançamento, a GH2459I2X, que embora seja um material direcionado para plantios de melhor época e áreas de alto potencial, tem demonstrado ser uma cultivar muito resiliente diante das dificuldades da safra para a região do oeste do Paraná e que vem para reforçar o principal objetivo da marca: oferecer cultivares de alto potencial produtivo aliados à estabilidade produtiva.
Confira alguns resultados obtidos no Paraná:

No Centro-Oeste, as chuvas constantes e a falta de luminosidade impactaram o andamento da colheita, causando atrasos nos trabalhos de campo. Apesar disso, a safra mantém boas perspectivas de produtividade. Segundo dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a colheita da soja no Mato Grosso alcançou 4,38% da área total na safra 2024/25. Esse índice reflete um ritmo mais lento em comparação a janeiro do ano passado, quando 21,51% da área já havia sido colhida, e também está abaixo da média histórica para o período, que é de 13,01%.
O ritmo da colheita, que sinaliza a disponibilidade da nova safra no estado responsável por mais de um quarto da produção brasileira, está mais lento este ano devido à redução no número de produtores que optaram pelo plantio antecipado. Ainda assim, todas as regiões do Mato Grosso já registram algum percentual colhido, incluindo Ipiranga do Norte e Boa Esperança do Norte.
Nessas localidades, a variedade GH2483IPRO demonstrou alto potencial produtivo e ampla adaptabilidade para diferentes janelas de semeadura. Os resultados foram expressivos: uma das áreas colhidas atingiu 90,7 sacas por hectare, superando em 3 sacas outras variedades IPRO e I2X de GM 8.0 disponíveis no mercado. Além do elevado desempenho, a área apresentou sanidade superior, excelente manejo de cisto (raças 3, 9 e 14) e baixo custo de plantabilidade, com 200.000 plantas nascidas em uma área de alta fertilidade.
“Essa cultivar foi lançada na safra 23/24, marcada por desafios como estresse hídrico no início e meio do ciclo e chuvas intensas na colheita. Mesmo nessas condições, surpreendeu pela estabilidade e produtividade. A GH2483IPRO, com ciclo GM 8.1 para o Mato Grosso, oferece resistência a múltiplas raças de cisto, uma das melhores sanidades de planta do mercado e altíssimo potencial produtivo. Essas características garantem segurança e estabilidade ao produtor rural. De Rondônia ao Piauí, a Golden Harvest tem como premissa desenvolver cultivares com ampla adaptabilidade, e a GH2483IPRO é um exemplo de sucesso em diversas regiões”, destaca Marcos Marchioro, representante de licenciamento de soja para o Centro/Cerrado.
Confira alguns resultados obtidos no Mato Grosso:

Fonte: Notícias Agrícolas

Aprovar Agropecuária Completa 31 Anos com Compromisso e Inovação no Agro Brasileiro
Sul de Minas, 20 de janeiro de 2025
A Aprovar Agropecuária, uma das principais empresas do setor agropecuário no Sul de Minas, celebra hoje, 20 de janeiro, seus 31 anos de trajetória marcada por dedicação, cuidado e inovação no agro brasileiro. Com o lema “Cuidado e Dedicação ao Agro Brasileiro – Construindo o Futuro com Responsabilidade”, a empresa reforça seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, a qualidade e a segurança no setor agropecuário.
Fundada em 1994, a Aprovar Agropecuária se consolidou como uma empresa referência em soluções voltadas para o agronegócio, oferecendo produtos e serviços que atendem às demandas dos produtores rurais em diversas regiões de Minas Gerais. Ao longo de sua trajetória, a empresa investiu em tecnologia, sustentabilidade e capacitação para garantir a melhoria contínua dos processos e a excelência em tudo o que se propõe a fazer.
“Hoje, ao comemorarmos 31 anos de história, olhamos para o passado com orgulho e para o futuro com confiança. Nosso maior compromisso é com a sustentabilidade e com a evolução do setor agropecuário, buscando sempre oferecer soluções que agreguem valor aos nossos clientes e à sociedade como um todo. O agro é a base do desenvolvimento do Brasil, e a Aprovar Agropecuária tem o orgulho de fazer parte dessa jornada”, afirmou Adelino Nogueira, Sócio fundador da Aprovar Agropecuária.
Ao longo de mais de três décadas, a Aprovar Agropecuária se tornou uma aliada importante do agricultor, implementando práticas de cuidado com o meio ambiente, sem abrir mão da qualidade e produtividade. Com um portfólio diversificado que inclui, soluções e apoio técnico especializado, a empresa segue sendo um pilar fundamental para o fortalecimento do agro no Brasil.
Neste ano de celebração, a Aprovar Agropecuária reafirma seu compromisso com o futuro do setor agropecuário, investindo em novas tecnologias e práticas responsáveis que visam um impacto positivo no meio ambiente e na sociedade. A companhia tem como foco a construção de um agro mais inovador e sustentável, acompanhando as tendências do mercado e adaptando-se às necessidades do produtor rural.
A Aprovar Agropecuária agradece a todos que fizeram parte dessa jornada e reforça seu compromisso em seguir contribuindo para um futuro próspero para o agronegócio brasileiro.
Sobre a Aprovar Agropecuária
Com sua matriz localizada em Varginha/MG, a Aprovar Agropecuária possui outras lojas em Três Pontas, Cruzília, Madre de Deus de Minas, Lagoa Dourada e em breve na cidade de Alterosa/MG. A empresa é especializada em soluções para o agronegócio, com foco em assistência técnica e insumos de alta qualidade. A empresa é reconhecida pelo seu comprometimento com a qualidade, sustentabilidade e a inovação no campo, oferecendo produtos e serviços que atendem às necessidades dos produtores rurais de todo o Brasil.

Exportações do agro mineiro alcançam nova marca histórica nos primeiros nove meses de 2024
Produtos agropecuários representaram 40% das exportações totais do estado, de janeiro a setembro, um número ainda maior que no recorte anterior
As exportações dos produtos agropecuários mineiros, no acumulado de janeiro a setembro deste 2024, registraram novos patamares históricos. Com um total de US$ 12,4 bilhões e 13,9 milhões de toneladas embarcadas para 167 destinos globais, o setor experimentou um crescimento de 17% na receita e de 12% no volume, em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior.
Para fins de comparação, no período anterior, de janeiro a agosto deste ano, os montantes apurados foram de US$ 11,1 bilhões em receita e 12,4 milhões de toneladas embarcadas para 165 destinos globais. Até então, esses eram considerados os melhores resultados desde o início da série histórica, em 1997. E a projeção é otimista: se o cenário atual se mantiver, a previsão é que a receita anual atinja cerca de US$ 17 bilhões.
“Os números do agro em Minas Gerais são sempre muito significativos, sua representatividade na nossa economia é inquestionável – e o setor continua crescendo, mesmo diante das adversidades de clima e de preço do mercado internacional. Apoiar e incentivar quem quer produzir, inovar e gerar empregos é um compromisso do Governo de Minas”, avalia o vice-governador de Minas, Professor Mateus.
O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Thales Fernandes, lembra que a nova quebra de recorde é reflexo do empenho dos produtores rurais mineiros e do trabalho sério feito pelo governo para apoiar o setor.
“O crescimento constante da nossa comercialização com mercados internacionais prova que, quem busca conhecimento e segue as boas práticas de produção e ambientais, alcança reconhecimento. E quando esse reconhecimento vem em forma de renda para o campo e receita para o Estado, é ainda melhor. A economia se movimenta e todos ganham”, analisa o secretário.
Especificamente no mês de setembro deste ano, os números foram de US$ 1,4 bilhão em receita e 1,2 milhão de toneladas embarcadas. O café obteve valorização e, por sua grande participação na pauta exportadora do agro (52% no mês), influenciou positivamente a receita arrecadada.
Café à frente
O café continua sendo o carro-chefe do desempenho do setor. Café verde, torrado, extratos e derivados totalizaram US$ 5,2 bilhões, com o embarque de 21,9 milhões de sacas para 85 países. Foi mais um recorde para o setor, tanto na receita quanto no volume embarcado. O café ainda responde por cerca de 42% das exportações do agronegócio de Minas Gerais, representando um acréscimo de 37% na receita e 28% no volume.
Todos os principais mercados importadores de café seguiram com acréscimos nas aquisições.
Soja e produtos sucroalcooleiros
O chamado complexo soja, formado pela soja em grãos, farelo de soja e óleo de soja, atingiu a marca de US$ 3,1 bilhões e 7 milhões de toneladas. Os números, no entanto, revelam uma leve queda de 3,2% na receita obtida, em comparação com o ano anterior. O volume exportado aumentou em 16%, mas também aponta para um cenário de desvalorização no preço médio. A China segue sendo o maior destino de soja, com 77% dos envios.
No grupo de produtos formado por açúcar de cana, álcool e demais açúcares, o açúcar vem mantendo as vendas aquecidas com aumento de 30% no valor e 24% no volume exportado. No total, o complexo sucroalcooleiro representou 14% das exportações mineiras, com receita de US$ 1,7 bilhão e comercialização de 3,6 milhões de toneladas.
Carnes registram crescimento
As proteínas bovinas, suínas e de frango aumentaram em 10% a quantidade embarcada no período, com 351 mil toneladas. A receita somou US$ 1,1 bilhão, um crescimento de 9%. A carne bovina ainda é a principal venda do grupo, com 73% da receita. Foram US$ 816 milhões e 190 mil toneladas – um novo recorde para o volume embarcado.
Os principais clientes dessa proteína são a China, os Estados Unidos, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos e Filipinas.
A carne suína manteve desempenho positivo com acréscimos de 8% no valor e 25% no volume embarcado, com receita de US$ 40 milhões e 21 mil toneladas. Já o frango registrou quedas em seus números e no volume de compras pela China, que recuou em cerca de 40%.
No entanto, os outros principais países compradores da ave, como Emirados Árabes Unidos, México e Singapura, aumentaram suas aquisições. No período apurado, a exportação de frango alcançou US$ 256 milhões em receita e 135 mil toneladas embarcadas.
Silvicultura
No grupo formado pela celulose, madeira, papel, borrachas e gomas naturais, as exportações totalizaram US$ 888 milhões, com embarque de 1,3 milhão de toneladas. A celulose, principal produto do setor, voltou a apresentar crescimento nas vendas, alcançando um total de US$ 865 milhões e 1,2 milhão de toneladas, o que equivale a 97% da receita do segmento.
Mercado comprador
Os principais parceiros comerciais de Minas Gerais no exterior foram a China (US$ 3,6 bilhões), Estados Unidos (US$ 1,2 bilhão milhões), Alemanha (US$ 919 milhões), Itália (US$ 544 milhões) e Bélgica (US$ 515 milhões).
Em relação ao cenário nacional, Minas Gerais se posiciona no quarto lugar como principal estado fornecedor de produtos agropecuários, responsável por 10% das exportações brasileiras.
Fonte: Governo de Minas Gerais

Tecnologia mostra momento certo de aplicar fungicidas na lavoura
Solução digital da Basf com Inteligência Artificial tem assertividade de 99% na comparação com análises de especialistas
Fernanda Farias | Porto Alegre | fernanda.farias@estadao.com
A hora certa de entrar com fungicidas na lavoura de soja e garantir plantas saudáveis é um desafio para os agricultores, mesmo seguindo as recomendações dos produtos. E uma aplicação em tempo errado pode ser a diferença entre uma lavoura produtiva e uma afetada pela ferrugem asiática.
Hoje, a ferrugem é um dos principais problemas da soja e pode provocar perdas de até 90%, segundo a Embrapa. Em média são necessárias de três a quatro aplicações de fungicidas, além de um manejo com muita atenção.
“Cada dia de atraso na aplicação do fungicida pode significar uma perda de produtividade de até R$ 100 por hectare”, avalia Davi Köhntopp, pesquisador de novos produtos do xarvio® Digital Farming Solutions, a marca global de agricultura digital da BASF.
A empresa está lançando a Timing de Aplicação, uma solução digital que promete precisão na aplicação dos fungicidas. Baseada em Inteligência Artificial, a ferramenta analisa informações e dados sobre clima, fase da planta, características genéticas de tolerância ou não a doenças, entre outras variáveis, para recomendar o momento ideal para a entrada de fungicidas.
“Por exemplo, você fez a primeira aplicação, e quando está chegando a data recomendada para a segunda aplicação, se o ambiente não for favorável para a ocorrência de doenças, a ferramenta vai mostrar isso e indicar que ainda não precisa de uma nova aplicação. Assim você não gasta o produto antes do tempo, e evita que, aplicando o fungicida sem a necessidade, vá faltar a ação dele lá na frente, quando for mais suscetível”, explica o pesquisador.
Além de analisar as informações da planta, a solução avalia as condições do clima de hora em hora, em tempo real, e para os próximos sete dias. Ela não substitui o profissional, mas é uma aliada na tomada de decisão. “A gente aliou IA, tecnologia de ponta e conhecimento técnico. A solução possibilita ganhar escala e realizar análises em áreas muito maiores, que seriam humanamente inviáveis de percorrer, gerando mais economia e eficiência”, afirma Köhntopp ao Agro Estadão.
Assertividade de 99% na comparação com recomendação dos especialistas
A ferramenta reproduz o que um engenheiro agrônomo faria – praticamente igual. Segundo Köhntopp, o modelo foi testado comparando a sua análise com a atuação dos especialistas em áreas experimentais.
“Esses especialistas iam visitar todos os dias. Especialistas com 15, 20 anos de experiência. E o modelo replicou as decisões com 99% de assertividade”, conta o executivo. “Na prática, isso quer dizer que, ao utilizar a IA, o agricultor tem um suporte adicional para a melhor tomada de decisão na aplicação de fungicidas, com base em dados, para seguir as melhores práticas de manejo preventivo, defendidas por especialistas na área”, completa.
Köhntopp diz ainda que o acerto não é de 100% porque sempre existe “um pequeno desvio” entre os modelos e a realidade e, por isso, o sistema está em constante aprimoramento. A ferramenta foi importada da Alemanha e vem sendo validada desde 2018. Na cultura do milho, o produto já é usado desde o ano passado. Para a soja, está disponível nesta safra e custa R$ 4 mil para uma área de até 2 mil hectares.
De acordo com os estudos realizados pela BASF, a solução digital baseada em IA teve resultados agronômicos confiáveis no controle de fungos causadores das seguintes doenças:
- cercospirose (Cercospora kikuchii)
- mancha alvo (Corynespora cassiicola)
- míldio (Peronospora manshurica)
- mancha parda (Septoria glycines)
- ferrugem asiática (Cercospora sojina)
- mancha do olho de rã (Cercospora sojina)
- antracnose (Cercospora sojina)
- crestamento bacteriano (Pseudomonas savastanoi pv. glycinea)
Fonte: https://agro.estadao.com.br/inovacao/tecnologia-mostra-momento-certo-de-aplicar-fungicidas

Dia Nacional da Distribuição ANDAV celebra com solidariedade ao Rio Grande do Sul
Hoje é o Dia Nacional da Distribuição de Insumos Agropecuários. É o dia em que se comemora o excelente trabalho realizado pela rede de revendas da distribuição de um setor que leva tecnologia, educação, dias de campo, treinamento. É um setor privado vinculado à ciência, à tecnologia, e que faz um excelente trabalho para o agronegócio brasileiro. Então neste dia a ANDAV vai celebrar e eu convidei o Paulo Tibúrcio, que é o presidente executivo da associação, para deixar uma mensagem em comemoração a este dia. “Hoje, dia 18 de outubro, celebramos o Dia Internacional do Distribuir de Insumos Agrícolas.
Hoje é o Dia Nacional da Distribuição de Insumos Agropecuários. É o dia em que se comemora o excelente trabalho realizado pela rede de revendas da distribuição de um setor que leva tecnologia, educação, dias de campo, treinamento. É um setor privado vinculado à ciência, à tecnologia, e que faz um excelente trabalho para o agronegócio brasileiro. Então neste dia a ANDAV vai celebrar e eu convidei o Paulo Tibúrcio, que é o presidente executivo da associação, para deixar uma mensagem em comemoração a este dia.

“Hoje, dia 18 de outubro, celebramos o Dia Internacional do Distribuir de Insumos Agrícolas e Veterinários. Uma data de grande importância para o setor, conquistada pela ANDAV que também comemora seus 34 anos de fundação. E para marcar essa ocasião especial, a ANDAV está promovendo uma palestra on-line imperdível, com o tema: Tendências e projeções para o mercado da distribuição de insumos agropecuários, com o especialista Carlos Cogo. A palestra acontece hoje, ao vivo, as 10 horas da manhã, no horário de Brasília, direto do YouTube da ANDAV. A apresentação será feita pela jornalista Lilian Munhoz da Comunicativas e o evento tem o apoio da Zest Eventos. Mas essa celebração vai além da troca de conhecimento e em um gesto de solidariedade a ANDAV convida a todos os participantes a se unirem em uma importante campanha de doação em apoio a reconstrução do Rio Grande do Sul. As contribuições podem ser feitas via PIX em nome do Instituto Vanda e Jairo Casagranda. Todas as informações estão em nosso site – www.andav.com.br. Para a ANDAV e seus mais de 3 mil associados de todo o Brasil é um momento para celebrarmos as conquistas do setor e, ao mesmo tempo, fazermos a diferença na vida daqueles que precisam. Participe desse evento, contribua para essa causa tão necessária. Muito obrigado”, disse Tibúrcio.
Muito obrigado ao Paulo Tibúrcio, presidente executivo da ANDAV, mais de 3 mil revendas por este país, fazendo um trabalho ótimo e parabéns pela iniciativa solidária ao Rio Grande do Sul. Vamos acompanhar essa sua informação estratégica on-line sem dúvida alguma!
José Luiz Tejon para o Canal Rural.
Fonte: Canal Rural

Consumo de café dispara na China, e Brasil pega carona em ‘hype’ que tem até delivery por drones
País do chá está abraçando o café, diante de mudança de hábito de jovens chineses. Fenômeno fez Brasil mais que triplicar exportações do grão à China em 2023, e acelerar negociações para os próximos anos.
Por Paula Salati, g1 | 16/10/2024 05h30
A China, país que inventou o chá há milênios, começou a “descobrir” o café só na última década, e, mais recentemente, a bebida acabou virando moda entre os jovens chineses.
Até 2009, o consumo de café na China não passava de 300 mil sacas de 60 quilos por ano, número que, hoje, chega a 6 milhões, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
“Para os chineses, o café é uma bebida muito nova. A cultura de deles café foi criada nesses últimos anos”, conta o barista campeão mundial Boram Um, brasileiro que tem parceria com uma cafeteria chinesa.

📈A mudança na China “bateu forte” no Brasil só em 2023, quando as vendas nacionais do produto dispararam 275% ao país asiático, em relação a 2022, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), que participa de novos acordos com o país.
Essa alta catapultou a China da 20ª para a 6ª posição no ranking dos principais importadores de café do Brasil, que é o maior produtor e exportador mundial do grão.

Tudo isso coincidiu com o ano em que a China se tornou líder mundial em número de cafeterias de marca, alcançando 49,6 mil lojas, segundo a consultoria britânica World Coffee Portal.
Os chineses ultrapassaram ninguém menos que os EUA (42,8 mil lojas), criador da Starbucks, cafeteria com o maior número de franquias do planeta.
☕Por trás desse marco, há vários motivos. Um deles é a expansão acelerada da cafeteria chinesa Luckin Coffee. Fundada em Pequim, em 2017, a empresa cresceu expressivamente no último ano, ao saltar de 8 mil lojas no início de 2023, para 20 mil, atualmente, em toda a China, conta Fernando Maxiliano, analista de mercado de café da StoneX.
E os exportadores brasileiros conseguiram aproveitar essa onda. “Hoje, 50% de todo o café que a Luckin Coffee compra é só do Brasil. O resto é dividido com outros países”, diz o diretor-geral da Cecafé, Marcos Matos.
Até um dos embaixadores globais da marca chinesa é brasileiro: o próprio Boram Um, que também é um dos responsáveis por escolher os cafés que a Luckin compra, além de desenvolver novas bebidas para a empresa.

Apesar da proximidade com o café brasileiro, os chineses têm outras formas de consumo. Para eles, o grão é mais um ingrediente de bebidas misturadas com leite ou água de coco (que fazem muito sucesso entre os jovens) e até mesmo com suco de limão ou “moutai”, um tradicional licor chinês.
É bem diferente do brasileiro que se contenta com a apresentação solo do cafezinho na forma de um coado ou espresso.
Mas nem isso é uma barreira para o grão nacional: até um museu sobre o café brasileiro será inaugurado em novembro, na cidade chinesa de Kunshan, conta o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana, que participa de negociações com o país parceiro.
Além da Luckin, outras cafeterias chinesas estão crescendo no país, assim como fábricas de torrefação, o que aponta que a China vai continuar bebendo café por mais tempo, observa Matos.
Estrangeiras também estão presentes, como a própria Starbucks, que está na China desde 1999. Uma viajante brasileira conseguiu até que um pedido da loja fosse entregue por drone no meio de uma rua de Shenzhen (veja vídeo na matéria do G1).
Fonte notícia: G1.globo.com/economia/agronegocios
Esta notícia e todas as imagens foram captadas do site G1 apenas para fim de informação.
Foto destaque: Swapnil Bapat
Gráficos e informações: G1 | Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) | Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)

Mapa alcança mais um recorde histórico com número de novos mercados abertos para o agro brasileiro
Até o momento, são 246 novos mercados internacionais em 60 destinos, ultrapassando o número registrado em gestões anteriores
Outubro começou com uma conquista histórica para o governo brasileiro, marcando um novo patamar nas exportações agrícolas do país sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Em apenas 21 meses, o Mapa atingiu a abertura de 246 novos mercados internacionais em 60 destinos, ultrapassando o número registrado nos quatro anos da gestão anterior, que alcançou 239 aberturas.
“Esse resultado é reflexo do nosso compromisso em fortalecer a agropecuária brasileira e abrir novas oportunidades para agricultores e pecuaristas. As aberturas de mercado representam uma vitória não apenas para o setor, mas para toda a economia do país. Nosso trabalho continua, e temos a certeza de que ainda há muito a ser conquistado”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Desde o início de 2023, setembro foi o mês com o maior número de mercados alcançados. Foram 50 mercados em 14 países, superando o recorde da série histórica registrado em junho deste ano, quando 26 mercados foram abertos em apenas 30 dias.
Neste mês de outubro, já ocorreram aberturas de mercado em Cuba (para sêmen e embriões bovinos e caprinos) e no Japão (para farelo de mandioca, feno, polpa cítrica desidratada, flor seca de cravo-da-índia, flor seca de erva-mate e fruto seco de macadâmia, com ou sem casca).
Ao longo dos últimos anos, o crescimento é evidente. Em 2023, foram 78 aberturas em 39 países; em 2022, 53 mercados em 26 países; em 2021, 77 aberturas em 33 países; em 2020, 74 mercados em 24 países; e em 2019, 35 mercados em 18 países.
Neste ano, o Mapa abriu 168 novos mercados, com recordes sendo estabelecidos quase todos os meses. Essa diversificação abrange uma ampla variedade de produtos além dos tradicionais, como carnes e soja, incluindo pescados, sementes, colágeno, café verde e açaí em pó.
“Esse recorde, com as novas aberturas de mercado, é resultado da retomada do diálogo internacional e das boas relações diplomáticas, lideradas pelo presidente Lula e pelo ministro Carlos Fávaro. Isso cria novas oportunidades para produtores do agro nacional exportarem dezenas de produtos e acessarem destinos até então inéditos, gerando renda e emprego em todo o país”, destaca Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.
O resultado positivo é fruto dos esforços conjuntos entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Fonte: MAPA

Programa Global de Agricultura de Baixo Carbono da BASF indicam caminhos para reduzir emissões
Resultados apresentam uma redução de até 30% nas emissões de gases de efeito estufa nos principais cultivos que usam soluções personalizadas
m estudo recém-publicado, a BASF compartilhou os primeiros resultados de seus ensaios do Programa Global de Agricultura de Baixo Carbono. Os resultados demonstram que é possível reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na agricultura em até 30% em comparação às iniciativas agrícolas padrão – uma meta com a qual a empresa se comprometeu em 2020 para ajudar os agricultores a reduzir suas emissões de GEE por tonelada de cultivo produzido. A redução das emissões requer iniciativas inteligentes e adaptadas ao clima e varia de acordo com o cultivo e a região.
Os testes foram realizados em várias regiões agrícolas relevantes em nível global e com cultivos estratégicos (soja, milho, arroz, trigo e canola). Os resultados de 2021 a 2023 apontam que a redução das emissões de GEE exige uma combinação de práticas, produtos e tecnologias. O relatório destaca o sucesso das iniciativas para reduzir as emissões de GEE, como o uso otimizado de fertilizantes com sistemas digitais para ajudar na tomada de decisão, além da utilização de estabilizadores de nitrogênio e de sementes de alto desempenho, considerando também o rendimento dos cultivos.
“A emergência climática já é uma realidade. Os métodos de cultivo precisam ser adaptados para reduzir significativamente as emissões sem comprometer a produtividade. Esse é um desafio, mas temos as soluções certas para apoiar os agricultores e tenho certeza de que, se você ama a agricultura, deve se comprometer com a sustentabilidade como nós estamos fazendo”, disse Marko Grozdanovic, vice-presidente sênior de Marketing Global da Divisão de Soluções para Agricultura da BASF. “Os dados que obtemos de nossos ensaios de campo apoiam nosso Programa Global de Agricultura de Baixo Carbono, com recomendações para capacitar os agricultores a se tornarem pioneiros em mudanças positivas no clima e na natureza.”
Os ensaios também destacam os desafios que os agricultores enfrentam para reduzir as emissões, especialmente as condições climáticas adversas ou os impactos na produtividade. É por isso que a BASF, juntamente com parceiros, continuará a testar em campo as estratégias agrícolas por meio dos seus ensaios do Programa Global de Agricultura de Baixo Carbono, para encontrar soluções práticas e inteligentes para o clima, apoiadas pela ciência e por dados para agricultores em todo o mundo.
Para acessar o relatório completo e obter mais detalhes, visite nosso site.
Fonte: Comunicação Basf

Conab projeta aumento das safras de arroz, algodão, feijão, milho e soja no ciclo 2024/25
Com área e produtividade maiores, a expectativa é de uma colheita de soja de 166,28 mi de t, 12,82% superior a 23/24
Em meio aos desafios climáticos que se apresentam a cada nova safra, arroz e feijão devem apresentar novo crescimento no volume a ser colhido no ciclo 2024/2025. A alta é influenciada pela ligeira recuperação na área plantada dos dois principais produtos de consumo dos brasileiros, como mostra a 12ª edição das Perspectivas para a Agropecuária. A publicação, divulgada nesta terça-feira (17) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Banco do Brasil (BB), aponta ainda que a produção de grãos na temporada 2024/2025 tem potencial para atingir 326,9 milhões de toneladas, o que seria um novo recorde na série histórica.
De acordo com a análise da Conab, a projeção é de um incremento na área destinada ao arroz na temporada 2024/2025 mais intenso do que o identificado na safra 2023/2024. Os preços e a rentabilidade da cultura encontram-se em um dos melhores patamares históricos para o produtor. Com isso, a perspectiva é de uma alta expressiva de 11,1% na área destinada para o grão, e uma produção que deve ficar em torno de 12,1 milhões de toneladas, recuperando o volume obtido na safra 2017/2018. Para a safra de 2024/2025, a perspectiva de maior disponibilidade interna do grão, aliada à demanda aquecida do mercado internacional pelo arroz brasileiro, e a projeção de arrefecimento dos preços internos, abre espaço para um possível aumento das exportações do produto, que podem chegar a 2,0 milhões de toneladas.
Dupla do arroz no prato dos brasileiros, o feijão também tende a apresentar aumento na área no próximo ciclo. Projeta-se um incremento de 1,2% em relação a 2023/2024. Como a produtividade das lavouras tende a apresentar ligeira queda, a colheita da leguminosa deverá se manter dentro de uma estabilidade próxima a 3,28 milhões de toneladas, a maior desde 2016/2017. Com isso, a produção segue ajustada à demanda e deverá continuar proporcionando boa rentabilidade ao produtor.
Cenário positivo – A Conab também prevê um novo aumento para a área destinada à cultura do algodão, podendo chegar a 2 milhões de hectares, elevação de 3,2% em relação à safra 2023/2024. Na região do Matopiba, que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, é onde se espera o maior crescimento em termos proporcionais. Os produtores têm investido na fibra, uma vez que o produto apresenta boa rentabilidade em relação a outros grãos, grande facilidade de comercialização antecipada e excelente competitividade em termos de preço e de qualidade da pluma brasileira no mercado internacional. Esses fatores influenciam na expectativa de produção da temporada 2024/2025, quando se espera uma colheita de 3,68 milhões de toneladas apenas da pluma.
Cenário positivo também é previsto para a produção de soja. Mesmo com a pressão baixista nos preços nacionais e os desafios de rentabilidade, a oleaginosa continua a ser uma cultura lucrativa e com alta liquidez. A crescente demanda global, impulsionada pelo aumento do esmagamento e pela expansão da produção de biocombustíveis, tanto no Brasil quanto internacionalmente, alimenta expectativas de crescimento nas exportações e no esmagamento interno. Esse panorama influencia na projeção de aumento da área plantada, podendo chegar a 47,4 milhões de hectares. A produtividade tende a apresentar recuperação, após problemas climáticos nos principais estados produtores brasileiros. A combinação de maior área e melhor desempenho nas lavouras resulta na projeção de uma colheita em torno de 166,28 milhões de toneladas, 12,82% superior à safra 2023/2024.
Já para o milho, o cenário é de manutenção da área a ser cultivada. Apesar disso, a produtividade deve apresentar recuperação, o que contribui para uma expectativa de alta na produção, estimada em 119,8 milhões de toneladas. Mesmo com o crescimento na safra do cereal, as exportações estão projetadas em 34 milhões de toneladas no ciclo 2024/2025, queda de 5,6%, se comparada com as vendas da safra 2023/2024. No mercado interno, a demanda pelo grão deverá se manter aquecida, uma vez que o bom desempenho do mercado exportador de proteína animal deverá sustentar o consumo por milho, especialmente para composição de ração animal. Além disso, é esperado um aumento da procura do grão para produção de etanol, sendo estimado um crescimento de 17,3% para a produção do combustível produzido a partir do milho.
Artigo Banco do Brasil – Pela primeira vez, a Perspectivas para a Agropecuária é realizada em parceria com o Banco do Brasil. Trata-se da materialização do início de parceria inédita firmada entre a Companhia e o Banco do Brasil, por meio de Acordo de Cooperação Técnica, que abrangerá atividades de pesquisa, de desenvolvimento, de treinamento, de intercâmbio de tecnologias e de metodologias, de produção de informações agropecuárias e de ações promocionais conjuntas em feiras e eventos estratégicos para as instituições. No trabalho, a instituição financeira abordou a importância do crédito rural como fomentador de uma agricultura que visa ao desenvolvimento dos negócios por meio de ações ambientais, sociais e de governança; de forma que haja adequação dos processos produtivos ao comportamento climático atual, diversificação da matriz energética, rastreabilidade, certificado de origem da produção, práticas conservacionistas, certificação, crédito para a recuperação ambiental, custeio anual ou que melhorem toda a gestão da atividade rural.
Outras informações sobre o panorama dos principais grãos cultivados no país estão disponíveis na publicação Perspectivas para a Agropecuária na Safra 2024/2025. O documento também traz a projeção de produção e de mercado para carnes bovinas, suínas e aves em 2025.
Fonte: Conab