
BASF anuncia novas diretoras na Divisão de Soluções para Agricultura
Graciela Mognol chega para liderar Sistema de Cultivo Soja do time Brasil – Juliana Justi é a liderança em Recursos Humanos para América Latina
A BASF apresenta ao mercado duas novas diretoras como parte das mudanças recém anunciadas na Divisão de Soluções para Agricultura. Graciela Mognol e Juliana Justi são profissionais experientes que lideram áreas estratégicas da empresa.
Graciela é engenheira agrônoma formada pela Universidade de Passo Fundo, com especialização em Marketing pela Northwestern University – Kellogg Schoof of Management em Chicago, EUA. Tem 23 anos de experiência em vendas e marketing com passagem por grandes empresas multinacionais do agronegócio e da construção civil. Graciela também é professora associada da Cumbre Agro. Agora, retorna a BASF após 10 anos para assumir a posição de Diretora de Marketing para o Sistema de Cultivo Soja.
“O objetivo da empresa é fortalecer a visão holística dos sistemas de cultivos dos agricultores para desenvolver soluções que contribuam com a longevidade da produção. Com o cliente no centro da nossa estratégia, vamos entender cada vez mais as dores e desafios dos agricultores para contribuir com o legado do agro”, afirma Graciela.
Juliana Justi tem longa carreira na área de Recursos Humanos da empresa, com 23 anos de atuação na BASF. Ela é formada em Psicologia pela Universidade Metodista de São Paulo e com MBA em Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas. Já atuava na liderança do RH de Agro com o cargo de gerente sênior, sendo promovida a diretora de RH da Divisão de Soluções para Agricultura da BASF na América Latina.
“Assim como a experiência do cliente é um dos pilares estratégicos da empresa, a experiência do colaborador é fundamental para o sucesso do negócio. É preciso olhar para além do profissional e enxergar as necessidades e expectativas das pessoas em um cenário de alta competitividade como é o agronegócio”, explica Juliana.
Fonte: BASF

Nota de Posicionamento da Andav: Enem 2023
Em relação à recente realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no último domingo, 5 de novembro de 2023, a Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav) manifesta sua preocupação e apoio público à anulação das questões 70, 71 e 89 da prova aplicada. Essa manifestação se baseia na importância do Enem e na constatação de que as referidas questões se embasaram em fontes que propagam informações imprecisas e inverídicas, que não condizem com a realidade da Agroeconomia Brasileira.

Soluções em nuvem aceleram transformação digital do agro
O mercado de agricultura digital deve crescer 15,9% ao ano até 2026, é o que aponta uma pesquisa da consultoria 360 Research & Reports. No Brasil, a utilização de novas tecnologias tem avançado conforme a demanda por maior produtividade. Cerca de 84% dos produtores rurais brasileiros, por exemplo, afirmam usar pelo menos uma ferramenta digital como apoio à produção agrícola.
À medida que o interesse por novas tecnologias aumenta, também cresce a necessidade de armazenamento dos dados provenientes dos sistemas utilizados. Nesse cenário, as soluções em nuvem se destacam por oferecer maior flexibilidade e escalabilidade. Além disso, os dados são protegidos de ataques, garantindo a segurança de informações confidenciais e valiosas da empresa.
“A computação em nuvem é hoje a alternativa mais moderna para disponibilizar serviços. Dessa forma, o cliente não precisa investir na instalação e manutenção de servidores físicos, pois todos os sistemas utilizados por ela, e seus respectivos dados, ficam disponíveis online”, explica Carlos Silva, Diretor de Produtos da Aliare, empresa especialista no desenvolvimento de tecnologias para o agronegócio.
Em busca de auxiliar na digitalização do agro, a Aliare oferece aos clientes soluções em nuvem própria, a Aliare Cloud. Jackson da Silva é analista de sistemas da empresa Cultivar Agrícola, uma das primeiras a testar os sistemas em nuvem. Segundo ele, o maior benefício é não se preocupar com manutenções. “O fato de a responsabilidade da cloud estar a cargo da Aliare nos permite focar em outras demandas mais estratégicas”, explica Jackson.
Para Carlos Silva, empresas que adotam soluções em nuvem se tornam mais competitivas e preparadas para o futuro do agronegócio. “O foco em estratégia deve ser prioridade em qualquer negócio agrícola hoje. E a tecnologia é quem ajuda nessa transição, pois consegue automatizar processos manuais e de rotina”, diz o diretor.
Além da praticidade em relação à infraestrutura, a Aliare Cloud ajuda na redução de custos, pois não é necessário que a empresa invista em hardware e licenciamento de software. As empresas que utilizam os serviços em nuvem também se beneficiam da escalabilidade, uma vez que é simples adicionar novos recursos e usuários de acordo com a necessidade de cada negócio.
Sobre a Aliare
A Aliare é uma companhia especializada no desenvolvimento de tecnologias de gestão para o agro. As soluções Aliare são utilizadas por mais de 40% das distribuidoras agrícolas das principais bandeiras do país e das grandes cooperativas do setor.
Fonte: Assessoria de Imprensa

Jovens do Agro debatem novas gerações e liderança em evento inédito
Com uma proposta inovadora, trazendo “causos e cases”, será realizado no próximo dia 30 de outubro, no Terra Parque Eco Resort, em Pirapozinho, a cerca de 500 km da capital paulista, o 1º ENJA – Encontro Nacional de Jovens do Agro, que reunirá centenas de estudantes e profissionais do agro para debater ideias e tendências sobre os desafios enfrentados pelos jovens dentro e fora da porteira.
O evento é organizado pela J.A Marketing Digital – a agência raiz do agro, a primeira agência especializada no agenciamento de influenciadores agro do país, liderada pelos irmãos Saile Farias e Cesinha Farias, do perfil @jovensdoagro. Na programação, mesas redondas e debates propondo uma integração entre gerações, liderança, tendências e futuro.
“Estaremos com jovens do agro do país inteiro em um encontro que vai reunir gerações em painéis sobre o atual cenário do agronegócio abordando temas da atualidade, além de comunicação, marketing digital, sustentabilidade, pesquisa e muito mais”, afirma a engenheira agrônoma Saile Farias, idealizadora do evento e sócia-fundadora da JA Marketing Digital.
“Os jovens profissionais se cobram muito e, por diversas vezes, têm dúvidas sobre suas áreas de atuação e sobre as oportunidades que o agro oferece. Diante disso traremos um time com forte atuação no mercado, para compartilhar suas experiências”, completa o engenheiro agrônomo César Farias, também idealizador do evento e sócio fundador da JA Marketing Digital.
O tema Causos e Cases visa reunir, gerar networking, inspirar e fortalecer o movimento dos Jovens do Agro de dentro e de fora da porteira. Ao final, um sorteio com brindes especiais e um happy hour bem diferente: Arraiá dos Jovens do Agro, com boa música e comidas típicas, em comemoração aos oito anos da criação do Perfil Jovens do Agro, que foi pioneiro no marketing de influência do setor.
O evento tem patrocínio prata da Corteva Biologicals, patrocínio bronze da Romancini Tronco e Balanças e apoio institucional da CNA e da ABCZ Jovem.
Inscrições, mais informações e programação no site:
https://www.even3.com.br/enja2023/
Fonte: ENJA

Exportações do agro mineiro atingem cerca de US$ 9,5 bilhões de janeiro a agosto
O café, carro-chefe do setor, apresentou recuperação no último mês, com alta de 22% no preço em comparação ao mesmo período de 2022
As exportações do agronegócio mineiro alcançaram US$ 9,49 bilhões e 10 milhões de toneladas embarcadas entre janeiro e agosto deste ano. Os números representam um acréscimo de 12,5% no volume e uma retração de 7,6% na receita em comparação ao mesmo período de 2022. O cenário é influenciado pelo declínio de 17% no preço médio das commodities no mercado internacional, fator que impacta o comércio externo de todo o Brasil.
“O recuo no valor pode ser explicado, de forma global, pela diminuição do preço médio pago pelas commodities, bem como, de forma pontual, pelo arrefecimento das compras dos nossos maiores parceiros comerciais, a China, a Alemanha e a Itália”, explica a assessora técnica da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Manoela Teixeira.
Nos primeiros oito meses de 2023, o agro foi responsável por 36,1% das vendas de Minas Gerais no exterior. Os principais destinos da produção agropecuária mineira foram a China (US$ 3,3 bilhões), Estados Unidos (US$ 750 milhões), Alemanha (US$ 554 milhões), Japão (US$ 382 milhões) e Itália (US$ 378 milhões). No total, 171 países receberam produtos do estado.
Os itens mais exportados do catálogo em Minas, no intervalo, foram café (36%), complexo soja (31%), complexo sucroalcooleiro (11%), carnes (9%) e produtos florestais (8%). O levantamento é do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
Café
O café, carro-chefe das exportações do agronegócio mineiro, registrou vendas no valor de US$ 3,40 bilhões, com o embarque de 15 milhões de sacas no acumulado dos oito primeiros meses de 2023.
O produto, que vem sofrendo recuos de preços ao longo do ano, apresentou recuperação em agosto, com alta de 22% em comparação ao oitavo mês do ano passado, enquanto o volume cresceu 31% no período. Os registros correspondem a US$ 463 milhões e 2,17 milhões de sacas. A boa notícia reforça a perspectiva de restabelecimento no segundo semestre deste ano.
Complexos soja e sucroalcooleiro
O complexo soja segue na segunda colocação do ranking de produtos mais exportados do agro em Minas, seguido pelo complexo sucroalcooleiro. O faturamento das vendas externas da soja em grãos, farelo e óleo somou US$ 2,9 bilhões. Os grãos representam os itens mais comercializados no segmento.
Já o complexo sucroalcooleiro apresentou receita de US$ 1 bilhão, com expressivo aumento de 39% em comparação a janeiro a agosto de 2022. O açúcar é o campeão do segmento, com US$ 992 milhões e acréscimo de 43%. O desempenho do álcool também foi positivo, de US$ 86 milhões, 5% superior ao intervalo semelhante do ano passado.
Carnes
O cenário das carnes permanece arrefecido, com US$ 870 milhões e 264 mil toneladas, números que correspondem às baixas de 25% no valor e 6,5% no volume exportado, no comparativo com janeiro a agosto de 2022.
As carnes bovinas lideram o comércio exterior no período, registrando US$ 601 milhões e 129 mil toneladas, seguidas pelas suínas, com US$ 31 milhões e 14 mil toneladas. A carne suína teve o melhor desempenho no intervalo, com avanço de 43%, e a novidade de o Uruguai ter ultrapassado Hong Kong como o maior parceiro comercial na compra do produto.
Produtos florestais
As vendas externas dos produtos florestais mineiros continuam aquecidas, tendo contabilizado US$ 749 milhões e 1,14 milhão de toneladas de janeiro a agosto. A celulose é novamente o item mais embarcado do segmento, especialmente para a China, que adquiriu 46% das remessas.
Fonte: Seapa

Brasil e Argentina discutem colaboração em fertilizantes e nutrição de plantas
Dois grandes produtores agrícolas mundiais, o Brasil e a Argentina importam mais do que 70% dos adubos que usam
A delegação do Ministério da Agricultura e Pecuária está em missão na Argentina para tratar de oportunidades de colaboração bilateral para a produção de adubos e fertilizantes, insumos primordiais no desenvolvimento do setor agrícola.
O secretário executivo adjunto do Mapa, Cleber Soares, esteve reunido, recentemente, com o secretário da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, Juan Jose Bahillo, quando foram discutidas ações e trocas de informações e, em especial, sobre os planos nacionais de fertilizantes de cada país vizinho.
“Estamos aqui para apresentar e identificar pontos convergentes para relação bilateral de futuro comércio de fertilizantes e oportunidades em bioinsumos. Precisamos conhecer melhor as potencialidades da Argentina na produção de fertilizantes nitrogenados a partir de gás natural e na produção de potássio – elementos essenciais para os cultivos brasileiros. Por outro lado, é importante para o Brasil abrir mercado para bioinsumos, tanto biofertilizantes como biodefensivos, segmento que somos líderes no mundo”, considera Cleber Soares.
“Estive reunido com o secretário Cleber Soares e a equipe técnica para tratar da situação regional em matéria de fertilizantes. Ambos os países compreendem a importância e a vitalidade de um _input_ estratégico para o setor agrícola na região e no mundo. Por isso, estamos empenhados em construir em conjunto programas e projetos para o bom uso e aproveitamento dos mesmos”, ressalta Bahillo.
“A produção de gás natural de Vaca Muerta e as reservas de potássio em Rio Colorado-Mendoza, geram oportunidades muito relevantes nesse segmento”, complementa o secretário de Agricultura argentino.
Dois grandes produtores agrícolas mundiais, o Brasil e a Argentina importam mais do que 70% dos adubos que usam.
A missão brasileira é composta, além do secretário executivo adjunto, que chefia a delegação, do assessor José Carlos Polidoro; a adida agrícola em Buenos Aires, Andrea Parrilla; o conselheiro da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), Leonardo Valverde Corrêa da Costa; o primeiro e segundo secretários do setor Econômico da Embaixada do Brasil em Buenos Aires, Paulo Gustavo Barbosa Martins e Igor Goulart Teixeira.
Participou ainda das reuniões o representante do IICA (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura) no Brasil, Gabriel Delgado.
Da parte argentina, esteve presente, além do secretário de Agricultura, o responsável pelas Relações Internacionais da Secretaria de Agricultura, Ariel Martínez; o diretor nacional de Agricultura, Agustín Pérez Andrich; e o chefe de Gabinete, Juan Manuel Fernández Arocena.
A comitiva brasileira reuniu ainda com a diretoria do INTA (Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária), na sede daquela instituição, onde discutiram temas para parcerias em fertilizantes, nutrição de plantas e bioinsumos. Por parte do INTA, as discussões foram lideradas por seu presidente Mariano Garmendia e pela vice-presidente Nacira Belén Muño.
Está programada para esta segunda-feira (11) a participação dos representantes brasileiros na XIV Argentina Oil & Gas Expo, em Buenos Aires. No dia 12 (terça-feira) se juntarão à comitiva do Ministério de Minas e Energias do Brasil, chefiada pelo secretário de Mineração, Vitor Saback, para uma visita à mina e às instalações de exploração de potássio, no Rio Colorado, localizadas em Mendoza. Na ocasião, haverá assinatura de contrato de venda da empresa PRC S.A.. A empresa, da qual um dos sócios é brasileiro, é destinada à exploração de potássio, em Malargue.
Fonte: MAPA

Brasil assume o topo como maior exportador global de milho
Isso não acontecia desde 2013, quando os EUA perderam produção por causa de seca
Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), relativos à safra 2022/2023, o Brasil conquistou a posição de maior exportador de milho do mundo, superando os Estados Unidos. Isso marca a primeira vez em uma década em que o Brasil conquista esse feito, sendo a última vez em 2013, quando os EUA enfrentaram perdas na produção devido a uma seca devastadora. A exportação de milho é crucial para o abastecimento de rebanhos em todo o mundo.
Na safra encerrada em 31 de agosto, o Brasil representou 32% das exportações globais de milho, enquanto os Estados Unidos, que dominaram o mercado de milho por mais de um século, ficaram com cerca de 23%. As projeções da USDA indicam que o Brasil exportou 56 milhões de toneladas de milho na safra 2022/2023, enquanto os EUA venderam 41,277 milhões de toneladas, contribuindo para um total mundial de aproximadamente 177,5 milhões de toneladas.
Várias razões explicam a ascensão do Brasil à liderança das exportações de milho. Primeiro, o país colheu uma safra de milho excepcional. Além disso, a China, um grande comprador de milho dos EUA, busca diversificar seus fornecedores de grãos. Enquanto isso, a produção de milho dos EUA diminuiu devido a condições climáticas adversas e ao aumento dos custos. Os EUA também estão alocando mais milho para a produção de biocombustíveis, farelo e óleos vegetais.
Além do milho, o Brasil está pronto para liderar as exportações de farelo de soja, deixando a Argentina, atual maior exportadora global desse produto, em segundo lugar. Essa mudança de cenário é resultado de uma redução na produção argentina devido a uma severa seca na região.
Vale ressaltar que o Brasil já foi o principal fornecedor mundial de farelo de soja na safra 1997/98, conforme informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP). De acordo com a USDA, na safra 2022/2023, as exportações de farelo de soja devem se configurar da seguinte maneira: Brasil exportando 21,500 milhões de toneladas, Argentina com 21,200 milhões de toneladas e o total de todos os exportadores alcançando 66,478 milhões de toneladas.

Afinal, o que é agro?
Começo aqui um novo projeto de opinar aos leitores de VEJA sobre o agronegócio. O objetivo é o de levar informações e conhecimento visando auxiliar tanto no entendimento deste complexo setor da nossa economia, bem como auxiliar na tomada de decisões, algo tão difícil neste mundo onde as “variáveis variam violentamente”.
Antes de mais nada, precisamos ter a mesma linguagem para que possamos entender as mesmas coisas. Estamos falando de conceitos. Fica a pergunta deste texto ao leitor: quem é maior, o agro ou a agricultura?
Para responder esta pergunta, temos que voltar a 1957, quando dois professores da Universidade de Harvard, John Davis e Ray Goldberg, cunharam o termo “agribusiness”,
que em português foi traduzido para “agronegócios”, ou, mais recentemente, simplificado para “agro”. O motivo de proporem este conceito hoje mundialmente consolidado foi que a agricultura americana na
nas décadas de 1930 a 1950 englobava muitas atividades que acabaram saindo de dentro das fazendas para serem realizadas por empresas próprias,
tais como a produção de fertilizantes, químicos, atividades de processamento de produtos e outras. Então, a agricultura, com a saída destas atividades de dentro das fazendas,
foi perdendo importância econômica; era necessário um conceito que trouxesse todos para dentro novamente, de forma holística e que mostrasse o encadeamento das atividades e seu tamanho.
Assim, aparece o termo “agribusiness”, como conceito para a soma das operações de todas as empresas que se encontram: (1) antes das fazendas, vendendo insumos a estas
(fertilizantes, defensivos, sementes, máquinas, equipamentos, entre outras); (2) o dentro das fazendas (produção de grãos, hortifrutis, animais, fibras, fumo, madeira e muitos outros);
e o (3) depois das fazendas, incluindo as atividades de industrialização (processamento de alimentos, fibras, têxteis, couros, celulose, móveis, biocombustíveis, biogás e outros), as atividades
as atividades de distribuição (supermercados, restaurantes, empresas de refeições coletivas) e a chegada dos produtos ao consumidor final.
O conceito engloba também todos os prestadores de serviços, tais como transportadoras, estocadoras, certificadoras, financiadoras, agências de comunicação, de eventos, serviços jurídicos, de consultoria e por aí vai.
Percebemos com isto que o agro é extremamente maior que a agricultura, já que este segundo termo representa apenas o elo “dentro da fazenda”. Quem respondeu “agro”, acertou. Esta definição é consolidada, tal como as definições de célula, ossos, sangue e outras da medicina. Não se questiona mais.
Outra questão importante, que ainda confunde muitas pessoas no Brasil, é a visão de que o agro é composto apenas por quem é de grande porte. Isto é falso.
No agro estão as pequenas, médias e grandes empresas de todos os setores, seja do agrícola (pequenas, médias e grandes fazendas), dos insumos, industriais, de distribuição e de serviços.
Este é o setor mais importante da economia brasileira, representando ao redor de 35% do PIB e metade de tudo o que o Brasil exporta ao mundo. Sejam bem-vindos à nossa coluna, que terá como objetivo falar, de forma simples, das atividades deste setor em todos os seus elos.
Marcos Fava Neves é professor titular (em tempo parcial) das Faculdades de Administração da USP (Ribeirão Preto – SP) da FGV (São Paulo – SP)
e fundador da Harven Agribusiness School (Ribeirão Preto – SP). É especialista em Planejamento Estratégico do Agronegócio. Confira textos e outros materiais em DoutorAgro.com e veja os vídeos no Youtu…
Fonte: https://veja.abril.com.br/coluna/mundo-agro/afinal-o-que-e-agro/

Congresso Andav 2023 reúne mais de 12 mil participantes e registra recordes em sua 12ª edição
O Congresso Andav 2023 reuniu 12,2 mil profissionais e ressaltou a pujança, o crescimento e a importância do mercado de insumos agropecuários para o Brasil. Realizado entre os dias 8 e 10 de agosto, no Transamérica Expo Center, em São Paulo, contou com a presença de 220 marcas, em 160 empresas expositoras, que apresentaram novidades em tecnologias e produtos e soluções inovadoras do setor.
Ponto de encontro da distribuição de insumos agropecuários e veterinários, o Congresso Andav 2023 é uma realização da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav) e organização da Zest Eventos.
Para a próxima edição, que será realizada de 6 a 8 de agosto, no Transamérica Expo Center, a expectativa é de uma nova expansão.
Plenária do Congresso Andav
O Congresso Andav contou com uma programação robusta, com cerca de quinze eventos de conteúdo, entre painéis, palestras, fórum e talk show, e a participação de mais de 4B8r3B4p7yhRXuBWLqsQ546WR43cqQwrbXMDFnBi6vSJBeif8tPW85a7r7DM961Jvk4hdryZoByEp8GC8HzsqJpRN4FxGM9 congressistas e debateu o tema “Agroeconomia brasileira: um olhar para o futuro”.
Com o auditório completamente lotado, a cerimônia oficial de abertura do Congresso Andav 2023 contou com os pronunciamentos de Oswaldo Abud, presidente do Conselho Diretor da Andav, Paulo Tiburcio, presidente executivo da Andav, do secretário da Agricultura e Pecuária de São Paulo, Antônio Júlio Junqueira de Queiroz, do superintendente de Agricultura e Pecuária de São Paulo, Guilherme Campos, e da presidente da Embrapa, Silvia Massruhá. A palestra magna ficou a cargo do economista Luiz Carlos Mendonça de Barros.
Um dos destaques foi a divulgação da 8ª Pesquisa Nacional da Distribuição, uma realização da Andav. Os resultados foram apresentados por Paulo Tiburcio e retratou o crescimento sustentável do setor e os avanços em diversas áreas realizados pelos Distribuidores Associados da Andav para a entrega de produtos, soluções, serviços e tecnologia ao produtor rural, com ainda mais confiabilidade, qualidade e precisão.
Na programação, houve a realização do Fórum Green Deal: As Implicações do Pacto Verde Europeu ao Brasil, em parceria com a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), que teve as participações de Ingo Plöger, vice-presidente da ABAG; Samanta Pineda, advogada especialista em Direito Socioambiental da Pineda & Kranh Advogados; e Sueme Mori, diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Esta edição contou com a participação de especialistas internacionais. No painel O cenário global da distribuição de insumos, Alberto Yoshida, Diretor Conselheiro Andav; Daniel Quiñonez, CEO Ansa Sapi, do México; e Johan Nienaber, Diretor Regional Inteligro, da África do Sul, apresentaram as dinâmicas do mercado de distribuição no mundo. A moderação foi de Matheus Cônsoli, Sócio Markestrat. Já a o pai do marketing moderno, o professor universitário americano Philip Kotler, falou sobre os principais conceitos do Marketing 5.0.
Novos negócios para a distribuição também ganharam destaque através do painel Distribuição 360°: Novos Negócios e Oportunidades que reuniu Marco Antonio Lima Menezes, sócio-proprietário da AP Agrícola, Mário Augusto Silveira, CEO da Agroshop, Roberto Motta, CEO da Agro Amazônia e Antonio Ferreira de Castilho, Forte e Fértil Soluções Agrícolas. Contando com a moderação de Junior Crosara, sócio-proprietário da Crosara Consultoria.
Comunicação, educação e sociedade no agro
O Agro Brasileiro tem que envolver a sociedade urbana sobre os benefícios do agronegócio através de dados e fatos e das boas histórias, contadas com linguagem adequada para que a comunicação seja efetiva e não fique apenas no próprio segmento. No painel “Comunicação, Educação e Sociedade: análises transversais sobre o agro”, durante o Congresso Andav 2023, especialistas entendem que a falha na comunicação requer o que chamaram de “Plano da verdade e da transparência”, com parâmetros e métricas.
Marcos Amazonas, CEO da Connect Entretenimento e Educação, disse que é preciso mostrar a performance do setor em diferentes canais que alcancem todos os públicos com mensagens diretas às novas gerações. Letícia Jacintho, presidente do De Olho No Material Escolar (DONME), concorda e lembra que o Brasil é o país que mais perde jovens do campo para as cidades.
Mônika Bergamaschi, presidente do Conselho da Associação Brasileira do Agronegócio da Região de Ribeirão Preto (ABAG-RP), diz que a boa comunicação está na compreensão correta e que é preciso descobrir o propósito dos jovens para melhor envolvê-los. Cassiano Ribeiro, diretor de Redação da Globo Rural e Valor, diz que o desconhecimento e o distanciamento físico e social são algumas razões na faixa da população desfavorável ao agro. Ricardo Nicodemos, presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA), entende que é preciso construir um posicionamento que ultrapasse os limites do setor e do campo.
Da economia e política brasileira à inovação – No encerramento do Congresso Andav 2023, o apresentador Alexandre Garcia disse que o Agro precisa de mais vozes na política, na mídia e nas escolas. E na sequência, encerrando a agenda na plenária do evento, o professor da Escola de Comunicações e Artes da USP, Clóvis de Barros Filho, abordou a inovação como um movimento permanente de melhoria.
Ao longo dos três dias, a Plenária do Congresso Andav 2023 tratou de temas ligados à inovação, tecnologia, crédito, comunicação, educação, sociedade, inclusão, diversidade, reforma tributária e panorama político-econômico. Entre as reflexões feitas pelos painelistas, os destaques ficaram por conta do Brasil ter uma produção sustentável no Agro, que precisa ser melhor comunicada aos mercados consumidores, de encontrar as oportunidades de novos negócios com uso de tecnologia e inovação, do papel protagonista do distribuidor de insumos para disseminação de novos produtos, serviços, tecnologia e informação ao produtor rural; do crescimento de crédito e investimentos privados no setor; e do trabalho contínuo dos Distribuidores para manter o setor em crescimento e desenvolvimento.
Fonte: Andav

Agronegócio responde por 27% do estoque de empregos do Brasil, diz CNA
O salário médio no agronegócio registrou um aumento de 5,9% no período analisado, ligeiramente acima da média nacional
No primeiro trimestre de 2023, o agronegócio registrou a participação de 28,1 milhões de pessoas em atividades relacionadas ao campo, o maior contingente de trabalhadores desde 2012.
A informação é da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que lançou o boletim “Mercado de Trabalho do Agronegócio Brasileiro”, uma publicação inédita feita em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para analisar a população ocupada no setor a cada trimestre e a evolução do “estoque de empregos”, comparando com a série histórica já feita pelo Cepea desde 2012.
Apesar do aumento no número absoluto de trabalhadores, o agronegócio vem perdendo participação no total da força de trabalho do país, caindo de 29,2% em 2012 para 27% no ano atual.
O boletim analisa a conjuntura e estrutura do mercado de trabalho no agronegócio brasileiro, abordando os segmentos: insumos, produção primária, agroindústria e agrosserviços.
No 1º trimestre de 2023, o setor registrou 290,4 mil trabalhadores, aumento de 1% em relação ao 4º trimestre de 2022 e 0,9% em relação ao 1º tri/2022.
O destaque foi para o setor de agrosserviços, com crescimento de 6,7%.
A publicação também monitora o número de trabalhadores com produção própria, contando atualmente com 5,3 milhões de pessoas.
O perfil de mão de obra mostra crescimento de 6,1% de empregados com carteira assinada em relação ao 1º trimestre de 2022 e alta de 2,1% em comparação ao 4º trimestre de 2022.
No segmento feminino, houve aumento de 1,3% em relação a 2022 e 0,8% em relação ao último trimestre de 2022.
O salário médio no agronegócio registrou um aumento de 5,9% no período analisado, ligeiramente acima da média nacional. Os setores de insumo e dentro da porteira apresentaram os maiores reajustes salariais.
A pesquisa utilizou principalmente dados da Pnad-Contínua do IBGE e empregou metodologias próprias para identificar as atividades relacionadas ao agronegócio.