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Exportações mundiais de café batem recorde com 122,45 milhões de sacas no ano cafeeiro 2016/17
As exportações de países produtores de café no mundo bateram recorde no ano cafeeiro 2016/17 ao atingirem volume total de 122,45 milhões de sacas, o que representou crescimento de 4,8% em relação ao ano cafeeiro 2015/16, maior volume até então exportado, quando foram vendidas 116,89 milhões de sacas de 60kg. Nesse contexto, as exportações de Suaves Colombianos aumentaram 8% e somaram 14,66 milhões de sacas; Outros Suaves 15,6% – 27,02 milhões; Naturais Brasileiros 2,6% – 35,84 milhões; e as exportações de Robusta mantiveram-se estáveis com volume de 44,93 milhões de sacas. A produção mundial do ano-safra de 2016/17 foi de 157,44 milhões de sacas.
Esses dados e análises da cafeicultura mundial constam do Relatório sobre o mercado de Café – Outubro 2017, da Organização Internacional do Café – OIC, que está disponível na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café. Tal Relatório, entre outros, analisou a performance dos principais países produtores e exportadores no ano cafeeiro 2016/17, a saber: Brasil, Vietnã, Colômbia e Indonésia.
Com relação especificamente ao Brasil, as exportações nesse período foram de 31,58 milhões de sacas e, a produção, conforme a OIC, foi 55 milhões de sacas. Em comparação com o ano cafeeiro de 2015/16, a Organização indica que houve redução de 8,8% das exportações de café verde e solúvel do Brasil, que somaram 28,13 milhões e 3,4 milhões de sacas, respectivamente.
E, para o Vietnã, o Relatório demonstrou que as exportações cresceram 5,5% por ano, em média, nos últimos 15 anos e, ainda, que no ano cafeeiro de 2016/17 exportou 24,76 milhões de sacas, volume 6,4% inferior ao período anterior. Apesar de os embarques exclusivamente de café verde terem diminuído 12% nesse período, para 22,79 milhões de sacas, as exportações de café solúvel mais que triplicaram, passando a 1,97 milhão de sacas. Com isso, a produção do Vietnã para o ano-safra de 2016/17 foi estimada em 25,5 milhões de sacas, 11,3% inferior ao ano anterior.
Com relação à Colômbia, as exportações foram de 13,49 milhões de sacas e a produção do país de 14,5 milhões no ano cafeeiro 2016/17, com acréscimos de 9,6% e 3,5%, respectivamente, em comparação ao ano cafeeiro 2015/16, segundo a OIC. E, com relação à Indonésia, as exportações de café aumentaram de 6,12 milhões de sacas no ano cafeeiro de 2015/16 para 11,1 milhões de sacas em 2016/17, ou seja, mais de 81%, de acordo com dados da Organização.
O Relatório também apresentou como destaque as exportações de café verde de Honduras, que cresceram 41,8% no ano cafeeiro de 2016/17 e alcançaram volume recorde de 7,29 milhões de sacas, e “Isso representa a terceira temporada consecutiva de crescimento e faz de Honduras o quinto maior exportador no ano cafeeiro de 2016/17”. Para a OIC, “o clima favorável e maiores rendimentos, resultado em parte de projetos de renovação dos cafeeiros, contribuíram para o aumento da produção e das exportações”.
A OIC, com base em novos dados recebidos dos países membros, revisou a estimativa da produção total no ano-safra de 2016/17, que passou a ser 157,44 milhões de sacas, volume que representa aumento de 3,4% em relação a 2015/16. A produção de Arábica subiu 14,7% para 101,55 milhões de sacas e a de Robusta foi estimada em 55,89 milhões de sacas, com queda de 12,2% em relação ao ano-safra anterior.
O Relatório da OIC divulga mensalmente análises do mercado cafeeiro, contendo dados de produção, exportação, consumo, preços indicativos diários dos grupos da Organização: Arábicas (Colombian Milds, Other Milds e Brazilian Naturals) e Robustas, assim como, arbitragem entre as bolsas de Nova York e Londres, volatilidade da média dos indicativos de preços, diferenciais de preços, volume e valor das exportações mundiais de café, equilíbrio da oferta/demanda mundial, total das exportações, entre outros dados de interesse do setor.
Acordo Internacional do Café (AIC) – Para saber mais sobre a participação do Brasil no AIC, acesse o site da OIC (http://www.ico.org/pt/ica2007p.asp). No contexto desse Acordo, a Embrapa Café, por meio do Comitê Diretor do Acordo Internacional (CDAI), do Conselho Deliberativo da Política do Café – CDPC/Mapa, participa da análise, discussão, aprovação e gestão das ações, projetos e programas relacionados ao panorama dos mercados externos do café.
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Falta de chuva compromete potencial da safra 2018 de café em MG
A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) divulgou no seu mais recente comunicado que as chuvas ocorridas nos últimos dez dias do mês de setembro colaboraram para a abertura de uma grande florada, que inclusive foi apontada pelo Departamento de Desenvolvimento Técnico de Cooxupé como a principal desta safra, já que as lavouras até então estavam submetidas a um intenso estresse hídrico e térmico.
As altas temperaturas e a falta de chuvas na região de Guaxupé, sul de Minas Gerais, devem comprometer o potencial produtivo da safra de café de 2018. O Departamento informou ainda que as temperaturas altas, associadas ao déficit hídrico acentuado durante a florada, além de comprometera estrutura do botão floral, diminuiu o índice de pegamento, podendo inclusive causar a queda dos “chumbinhos” recém-formados.
De acordo com o meteorologista da Climatempo Alexandre Nascimento, nos próximos meses a chuva deve ficar dentro da normalidade climatológica na região de Guaxupé, inclusive com possibilidade de superá-la em dezembro. “As temperaturas também estão mais baixas em relação ao que se observava em outubro, e a partir de agora só devemos ter períodos curtos de temperaturas elevadas, e não mais semanas de calor como aconteceu nos dois meses anteriores”, explica Nascimento.
O padrão climatológico mudou e deve se aproximar cada vez mais do que é considerado normal. Apesar de ter tido seu potencial comprometido, o meteorologista dá uma boa notícia com relação às safras: “A de 2017/18 deve ser melhor do que a anterior, que por sua vez foi melhor do que a de 2015/16”. Isso acontece porque a safra do café começa o seu ciclo no ano anterior, ou seja, a safra 2017/18 começou a florada neste ano, mas só será colhida no ano que vem.
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Cafés importados com valor agregado têm preço médio 77 vezes superior aos exportados pelo Brasil
País importou 3,4 mil sacas com preço médio de US$ 13.265 e exportou 17 milhões de sacas com preço médio de US$ 172,1 nos oito primeiros meses de 2017
As exportações dos Cafés do Brasil, nos primeiros oito meses de 2017, totalizaram 17,06 milhões de sacas de 60kg, com preço médio de US$ 172,1 por saca, que geraram US$ 2,94 bilhões de receita cambial. Nesse mesmo período, o País importou o equivalente a 3400 sacas de 60kg, com preço médio de US$ 13.265, que totalizaram US$ 45,1 milhões de dispêndio. Essa diferença expressiva do preço médio do café exportado, que majoritariamente é vendido como café cru (verde), em relação ao importado, é atribuída ao elevado valor agregado do produto adquirido do exterior na forma de cafés torrados, essências e concentrados à base de café e café solúvel, entre outros.
Esses diferenciais dos quantitativos e dos preços dos cafés crus em relação aos de alto valor agregado, apontados no SUMÁRIO EXECUTIVO CAFÉ – setembro 2017, da Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa, demonstram que o preço médio do café importado foi 77 vezes superior ao preço médio do café exportado, embora o volume dos importados tenha correspondido a apenas 0,02% da quantidade exportada. Dessa forma, tais números sinalizam que os Cafés do Brasil têm potencial para conquistar e consolidar mercados internos e externos com a venda de cafés e também produtos à base de café com agregação de valor. ´
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Exportações mundiais de café atingem 100 milhões de sacas
Em julho de 2017, os quatro principais países exportadores de café foram: Brasil – 1,75 milhão de sacas; Vietnã – 1,55 milhão; Indonésia – 1,24 milhão; e Colômbia – 1 milhão de sacas
As exportações mundiais de café, no período de outubro de 2016 a julho de 2017, foram de 100 milhões de sacas de 60kg, o que representou um acréscimo no volume de 5,7 milhões em relação ao mesmo período anterior, quando foram exportadas 96,3 milhões de sacas. Especificamente no mês de julho deste ano, as exportações de café se mantiveram elevadas, pois foram exportadas 9,4 milhões de sacas, número que representa um incremento de 11%, se comparado com julho de 2016. Contudo, uma análise detalhada do desempenho dos dados relativos às exportações dos principais países produtores revela particularidades em cada um deles.
Acesse o Relatório sobre o mercado de Café – Agosto 2017, e acompanhe as avaliações e análises da performance da cafeicultura em nível mundial e, no caso, especificamente as exportações dos quatro principais países exportadores de café em julho de 2017, quais sejam: Brasil (1,75 milhão de sacas), Vietnã (1,55 milhão), Indonésia (1,24 milhão), e Colômbia (1 milhão de sacas).
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Produção brasileira de café deve alcançar 44,77 milhões de sacas
Conab
A safra 2017 de café deverá ficar em 44,77 milhões de sacas de 60 kg. A área total cultivada no país deve alcançar 2,21 milhões de hectares, sendo 345,19 mil hectares em formação e 1,86 milhão de hectares em produção. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (21) pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). A produção brasileira de arábica deve chegar a 34,07 milhões de sacas.
A bienalidade negativa na maior parte dos estados produtores acarreta uma produtividade média menor do que a da safra anterior. A área relativa a esta cultura será de 1,78 milhão de hectares, sendo 299,83 mil hectares em formação (16,8%) e 1,48 milhão de hectares em produção (83,2%). A produção brasileira prevista de conilon é de 10,71 milhões de sacas.
A estimativa é de que a produtividade se recupere frente à forte escassez de chuvas dos últimos anos. A área destinada a essa cultura será de 427 mil hectares, sendo 45,35 mil hectares em formação (10,6%) e 381,62 mil hectares em produção (89,4%).
Em Minas Gerais, a produção de café deverá ser 20,7% menor do que na safra 2016, também devido à bienalidade negativa. O estado deverá colher 24,04 milhões de sacas de arábica e 334,1 mil sacas de conilon, totalizando 24,38 milhões de sacas. No Espírito Santo, a queda na produção total deve ser de 1,5%. Entre as razões estão as condições climáticas desfavoráveis atravessadas pelas lavouras de conilon em 2016 e a falta de mudas para plantio. Há também o ciclo de bienalidade negativa no arábica.
A estimativa é de que o estado produza 5,9 milhões de sacas de conilon e 2,9 milhões de sacas de arábica, o que dá um total de 8,8 milhões de sacas. Em São Paulo deverão ser colhidas 4,37 milhões de sacas devido ao ciclo de bienalidade negativa e ao alto índice de podas. A produção deverá chegar a 3,36 milhões de sacas na Bahia, 1,94 milhão de sacas em Rondônia, 1,21 milhão de sacas no Paraná, 349,1 mil sacas no Rio de Janeiro, 180,1 mil sacas em Goiás, 84,5 mil sacas no Mato Grosso e 7,5 mil sacas no Amazonas.
O relatório está disponível (clique aqui).
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Abic lança aplicativo para consumidor verificar qualidade de café em tempo real
Consumidores brasileiros de café poderão verificar em tempo real a qualidade do produto por meio de um aplicativo lançado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), informou a entidade em nota nesta sexta-feira.
O aplicativo “De Olho no Café”, que será lançado na próxima terça-feira, permitirá ao consumidor verificar as certificações conferidas pela entidade.
O Brasil, além de ser o maior produtor e exportador global de café, é o segundo maior consumidor, atrás dos Estados Unidos.
O “De Olho no Café” será oferecido gratuitamente para consumidores pelo Google Play e App Store.
Fonte: Terra
ABIC desenvolve app para consulta do consumidor aos cafés certificados
A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) está lançando um aplicativo de celular que permite ao consumidor verificar, em tempo real, se os produtos disponíveis nas gôndolas dos supermercados são certificados no Selo de Purezae/ou no Selo de Qualidade, bem como sua categoria (Tradicional, Superior ou Gourmet), além de diferenciá-los dos Não Associados.
Para usar o aplicativo, disponível gratuitamente aos usuários de Android e Iphone, é fácil: basta o consumidor abrir o programa e “scanear” o código de barras da embalagem de café. Há duas opções para isso: usando o leitor da câmera ou digitando o código de barras da embalagem no teclado do celular. A partir daí, o cliente receberá uma mensagem na tela do telefone informando se o produto é certificado ou não pela ABIC, com o aviso adicional “Café certificado sempre vai bem”, em linha com a campanha de marketing da empresa.
Além de verificar se o produto é certificado ou não, o consumidor também poderá avaliar os cafés (em uma escala de até 5 estrelas), podendo enviar comentários e opiniões sobre o produto. Os dados serão compilados e informados às empresas associadas por meio de relatórios periódicos.
Com o aplicativo, os usuários também poderão informar sobre os produtos não certificados que estejam estampando Selo de forma indevida. Ou seja, se o consumidor scaneia um produto e recebe a mensagem de que ele não é certificado, e observa que ainda assim possui algum Selo na embalagem, poderá enviar essa informação à Associação Brasileira da Indústria de Café, que investigará o uso indevido do Selo.
Segundo a Abic, o app ainda está em desenvolvimento e será lançado em breve.
Fonte: Café Point
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Café: Desfolha de lavouras preocupa produtores e terá reflexos na produção da safra 2018/19, aponta Procafé
A intensa desfolha das lavouras tem preocupado os produtores de café do Brasil e deve ter reflexos consideráveis na produção da safra 2018/19, que é de bienalidade positiva e poderia, segundo analistas internacionais, chegar a um recorde de 60 milhões de sacas de 60 kg entre arábica e conilon. No entanto, diante das condições climáticas atuais, esse volume poderá ser menor, segundo a Fundação Procafé.
“Essa desfolha é uma proteção natural das plantas que, pensando em diminuir a evapotranspiração, perde as folhas. Com essa condição, as plantas vão acabar tendo maior dificuldade para o pegamento das floradas e, consequentemente, impactos na produção do próximo ano”, afirma o engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, em Franca (SP), Marcelo Jordão Filho. O pesquisador salienta que já são quase 60 dias sem chuvas na região da Alta Mogiana.
Clique na foto para ampliar:
De acordo com o cafeicultor Gustavo Emídio de Bom Jesus da Penha (MG), no Sul do estado, principal região produtora de café do país, a situação das lavouras é delicada, apesar de parte de suas plantações já terem recebido a primeira florada. “Tenho 99% de certeza que essa florada não vinga. O clima está muito seco para os cafezais. As lavouras dos meus amigos estão morrendo por falta de água e isso está presente em 60% a 70% das plantações da região”, diz.
Dados do Sismet (Sistema de monitoramento Meteorológico da Cooxupé) evidenciam a situação. Em todo o mês de agosto, Guaxupé (MG) teve déficit hídrico de 24,1%, Nova Resende (MG) registrou 28,3%, Carmo do Rio Claro teve 39,6% e Coromandel (MG) anotou 70%. O portal fornece informações meteorológicas atualizadas de cada região cooperada, desde o Sul de Minas até o Cerrado.
Emídio salienta que a previsão inicial era de que a colheita em 2018 seria bem maior do que a da safra atual, que está praticamente finalizada, mas já existe o temor de produção menor com as lavouras sendo prejudicadas pelo clima.
Analistas internacionais chegaram a apontar nas últimas semanas que a próxima safra do Brasil poderia chegar a 60 milhões de sacas de 60 kg de arábica e também conilon, um recorde, já que será de bienalidade positiva e as condições climáticas eram benéficas. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima a produção do país em 2017 em 45,56 milhões de sacas.
A condição dessas lavouras contrasta com outras que já floresceram, mas que fatalmente terão pegamento sem melhores condições climáticas. Mapas climáticos apontam que o clima deve permanecer seco pelo menos pelos próximos sete dias no cinturão de café do Brasil. Apenas o Norte do Espírito Santo e Bahia podem receber chuvas entre quinta-feira e sábado.
Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas
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Cafés especiais de Minas derrubam fronteiras
Matéria do Estado de Minas
Produtores da região de Guaxupé investem no produto diferenciado, que permite ganhos acima do valor médio em países como Japão e Reino Unido. Exportações devem crescer
Guaxupé – Um lote de 30 mil sacas de 60 quilos de cafés especiais está sendo preparado para embarque neste mês em Guaxupé, no Sul de Minas Gerais, com destino ao Japão e ao Reino Unido, entre outros mercados conquistados pelos grãos de alta qualidade produzidos na região. A venda é resultado de uma nova cultura implantada nas lavouras, que envolve desde o conhecimento técnico ao investimento no aperfeiçoamento dos tratos da terra e do beneficiamento do fruto do tipo arábica. Ingressar nesse mercado significa desfrutar de preços mais de 20% superiores à remuneração média oferecida no setor e de taxas de produtividade por hectare maiores que as 27 sacas registradas no país, além de aproveitar as possibilidades que a exigente demanda abre às fazendas.
As sacas que vão seguir por rodovia até o porto de Santos (SP) mostram, ainda, o avanço das metas de exportação dos cafés especiais, comparadas ao escoamento do primeiro lote, em julho, de 10 mil sacas, conta satisfeito o cafeicultor Osvaldo Bachiao, representante do conselho administrativo da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), maior exportador individual de café do mundo. “É um resultado excepcional do trabalho de assistência aos cooperados, para dar oportunidade a todos eles de ter acesso a esse mercado”, afirma.
O esforço de produção dos chamados cafés diferenciados motivou a Cooxupé a criar em 2009 uma empresa dedicada ao segmento, a SMC Comercial Exportadora de Café S/A, para comercializar e fornecer cafés finos, especiais e certificados. Se o universo dos lotes preparados neste ano parece modesto ante as 3,8 milhões de sacas que os cooperados deverão entregar, para os cafeicultores se trata de ganho importante. Segundo Osvaldo Bachiao, o desafio é embarcar 120 mil sacas em 2017, todas elas com classificação acima dos 82 pontos preconizados pela metodologia da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA, na grafia original em inglês – Specialty Coffee Association of America).
“Para vender café a R$ 420 a saca, é preciso produzir mais de 30 sacas por hectare. O desafio é que o produtor ainda não tem tanta informação sobre a diferenciação do café. Ele investe conforme a capacidade dele e só dá para investir se a família estiver vivendo bem”, afirma Osvaldo Bachiao. O cafeicultor que alcança esse grupo de fazendas de elite, certamente, otimizou processos e absorveu conhecimento, segundo o presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Nelson Carvalhaes. A instituição estima que os embarques de cafés diferenciados devem alcançar 5,2 milhões de sacas em 2017.
Os grãos especiais, de fato, despontam nesse volume, representando 80%, com perspectiva de chegar a 3 milhões de sacas neste ano, em lugar da média obtida nos últimos períodos, de 2,5 milhões de sacas. “Qualidade é difícil de definir, mas o café brasileiro é reconhecido internacionalmente como fornecedor que consegue produção organizada, devidamente certificada, e faz embarques com absoluto rigor”, afirma.
EXPANSÃO O primeiro contêiner com 320 sacas da nova safra de café despachado no fim de agosto pela Fazenda Planalto, em Nova Resende, vizinha de Guaxupé, confirma a boa expectativa com as exportações deste ano. Administrador da propriedade, Sebastião de Castro Ferreira conta que a produção vem indicando bom rendimento, embora seja esperada uma pequena quebra em razão da seca de janeiro que atrapalhou a floração das plantas. O objetivo é obter 16 mil sacas de café arábica, quase 30% mais frente ao volume produzido em 2016. O desempenho da lavoura reflete a extensão do plantio com a renovação de áreas e uma produtividade que vem aumentando e já alcança 35 a 40 sacas por hectare.
“Temos trabalhado muito pela qualidade do café, uma produção refinada. Tudo indica que 2017 será um bom ano, apesar de o preço (R$ 435 por saca, em média, no mercado interno) não estar ajudando”, diz Sebastião Ferreira. Há estimativas de que a remuneração ao produtor caiu ao redor de 20% neste ano. A colheita mecanizada na fazenda começou em julho e deve se estender até dia 15. Avaliadas em R$ 850 mil, as máquinas operam por oito a nove horas, substituindo o trabalho de 200 homens. O próximo contêiner dirigido ao mercado internacional deverá sair da propriedade ainda em setembro. As vendas externas têm representado 40% da produção e abastecem principalmente clientes no Canadá e Japão.
Leia a notícia completa na íntegra no site: Estado de Minas
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Café especial: Inscrições no Cup of Excellence Brazil 2017 vão até setembro
A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) informa que estão abertas as inscrições para o “Cup of Excellence – Brazil 2017”, principal concurso de qualidade do País, que é realizado dentro do projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE).
Os produtores brasileiros de café arábica cultivado por via úmida (cerejas descascados/despolpados) podem encaminhar suas amostras para a categoria “Pulped Naturals” até o dia 6 de setembro. Já os cafés arábicas produzidos pela via natural (colhidos e secos com casca) devem enviar seus lotes para a categoria “Naturals” até o dia 12.
Desde o ano passado, a BSCA unificou o processo de avaliação dos cafés naturais e produzidos por via úmida na mesma edição e criou duas modalidades de vencedores: Cup of Excellence Winners e National Winners. “Essas alterações confirmaram a expectativa que tínhamos. Em 2016, foi possível antecipar a chegada dos cafés naturais ao mercado, que vinham mais tardiamente em função de o leilão ocorrer muito depois, e também permitiu o reconhecimento da qualidade dos cafés especiais que se enquadram em uma escala de pontuação reconhecida mundialmente, mas que, no Brasil, devido à elevação do nível de corte para 86 pontos na escala de zero a 100 do concurso, não participavam do leilão dos vencedores”, comenta Vanusia Nogueira, diretora da BSCA.
Os cafés naturais e cerejas descascados que forem avaliados, na fase internacional do concurso, com notas entre 84 e 85,99 pontos serão eleitos “National Winners”, possibilitando que tenham uma remuneração condizente com a qualidade que possuem no leilão da modalidade. Já os “Cup of Excellence Winners” serão os cafés campeões do concurso, que serão os que obtiverem notas iguais ou superiores a 86 pontos e serão ofertados no pregão dos vencedores. O regulamento do concurso pode ser acessado no site da BSCA: http://bsca.com.br/assets/CoE2017RegComp.pdf.
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Receita bruta da cafeicultura de R$ 21,6 bilhões corresponde a 6% das lavouras em 2017
Faturamento dos cinco maiores estados produtores de café – MG, ES, SP, BA e RO – corresponde a 95% da receita
O faturamento da cafeicultura brasileira em 2017, expresso no Valor Bruto da Produção, foi estimado em R$ 21,632 bilhões, que correspondem a aproximadamente 6% do montante total de R$ 367,978 bilhões, o qual foi calculado com base no faturamento das 21 principais lavouras cultivadas no País. O valor da receita bruta do café de 2017 representa queda de 11,4% em relação ao faturamento de 2016, que foi de R$ 24,404 bilhões.
A Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa, calcula mensalmente o Valor Bruto da Produção – VBP com base no faturamento de 21 produtos agrícolas e cinco produtos da pecuária. O VBP de julho de 2017, no contexto global da produção agropecuária, incluindo os dois setores, foi de R$ 535,435 bilhões, sendo os mencionados R$ 367,978 bilhões da lavoura e R$ 167.456 bilhões da pecuária. Essas análises e dados do VBP estão disponíveis no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
O ranking dos cinco estados brasileiros que mais se destacaram em relação ao faturamento bruto do café, em nível nacional, é o seguinte: Minas Gerais, com R$ 12,141 bilhões, corresponde a 56,12%; Espírito Santo, com R$ 3,959 bilhões (18,3%); São Paulo, com R$ 2,068 bilhões (9,6%); Bahia, com R$ 1,509 bilhões (7%); e Rondônia, com R$ 984 milhões (4,5%). Com base nesses dados, verifica-se que os cinco maiores estados produtores de café são responsáveis por 95,5%, que representam R$ 20,661 bilhões do faturamento. Demais estados produtores de café correspondem a R$ 969 milhões da receita bruta, ou seja, 4,5% do VBP café.
No contexto global do VBP, incluindo todos os produtos da lavoura e da pecuária, contata-se que os valores da produção regional estimados pela SPA/Mapa mostram hegemonia da Região Sul do País, cujo VBP é de R$ 141,3 bilhões, seguida pelo Centro-Oeste (R$ 138,6 bilhões), Sudeste (R$ 137,5 bilhões), Nordeste (R$ 50,1 bilhões) e Norte (R$ 32,5 bilhões). Os estados de São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás e Bahia, representam conjuntamente 70,5% do VBP neste ano.








