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Conab projeta aumento das safras de arroz, algodão, feijão, milho e soja no ciclo 2024/25
Com área e produtividade maiores, a expectativa é de uma colheita de soja de 166,28 mi de t, 12,82% superior a 23/24
Em meio aos desafios climáticos que se apresentam a cada nova safra, arroz e feijão devem apresentar novo crescimento no volume a ser colhido no ciclo 2024/2025. A alta é influenciada pela ligeira recuperação na área plantada dos dois principais produtos de consumo dos brasileiros, como mostra a 12ª edição das Perspectivas para a Agropecuária. A publicação, divulgada nesta terça-feira (17) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Banco do Brasil (BB), aponta ainda que a produção de grãos na temporada 2024/2025 tem potencial para atingir 326,9 milhões de toneladas, o que seria um novo recorde na série histórica.
De acordo com a análise da Conab, a projeção é de um incremento na área destinada ao arroz na temporada 2024/2025 mais intenso do que o identificado na safra 2023/2024. Os preços e a rentabilidade da cultura encontram-se em um dos melhores patamares históricos para o produtor. Com isso, a perspectiva é de uma alta expressiva de 11,1% na área destinada para o grão, e uma produção que deve ficar em torno de 12,1 milhões de toneladas, recuperando o volume obtido na safra 2017/2018. Para a safra de 2024/2025, a perspectiva de maior disponibilidade interna do grão, aliada à demanda aquecida do mercado internacional pelo arroz brasileiro, e a projeção de arrefecimento dos preços internos, abre espaço para um possível aumento das exportações do produto, que podem chegar a 2,0 milhões de toneladas.
Dupla do arroz no prato dos brasileiros, o feijão também tende a apresentar aumento na área no próximo ciclo. Projeta-se um incremento de 1,2% em relação a 2023/2024. Como a produtividade das lavouras tende a apresentar ligeira queda, a colheita da leguminosa deverá se manter dentro de uma estabilidade próxima a 3,28 milhões de toneladas, a maior desde 2016/2017. Com isso, a produção segue ajustada à demanda e deverá continuar proporcionando boa rentabilidade ao produtor.
Cenário positivo – A Conab também prevê um novo aumento para a área destinada à cultura do algodão, podendo chegar a 2 milhões de hectares, elevação de 3,2% em relação à safra 2023/2024. Na região do Matopiba, que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, é onde se espera o maior crescimento em termos proporcionais. Os produtores têm investido na fibra, uma vez que o produto apresenta boa rentabilidade em relação a outros grãos, grande facilidade de comercialização antecipada e excelente competitividade em termos de preço e de qualidade da pluma brasileira no mercado internacional. Esses fatores influenciam na expectativa de produção da temporada 2024/2025, quando se espera uma colheita de 3,68 milhões de toneladas apenas da pluma.
Cenário positivo também é previsto para a produção de soja. Mesmo com a pressão baixista nos preços nacionais e os desafios de rentabilidade, a oleaginosa continua a ser uma cultura lucrativa e com alta liquidez. A crescente demanda global, impulsionada pelo aumento do esmagamento e pela expansão da produção de biocombustíveis, tanto no Brasil quanto internacionalmente, alimenta expectativas de crescimento nas exportações e no esmagamento interno. Esse panorama influencia na projeção de aumento da área plantada, podendo chegar a 47,4 milhões de hectares. A produtividade tende a apresentar recuperação, após problemas climáticos nos principais estados produtores brasileiros. A combinação de maior área e melhor desempenho nas lavouras resulta na projeção de uma colheita em torno de 166,28 milhões de toneladas, 12,82% superior à safra 2023/2024.
Já para o milho, o cenário é de manutenção da área a ser cultivada. Apesar disso, a produtividade deve apresentar recuperação, o que contribui para uma expectativa de alta na produção, estimada em 119,8 milhões de toneladas. Mesmo com o crescimento na safra do cereal, as exportações estão projetadas em 34 milhões de toneladas no ciclo 2024/2025, queda de 5,6%, se comparada com as vendas da safra 2023/2024. No mercado interno, a demanda pelo grão deverá se manter aquecida, uma vez que o bom desempenho do mercado exportador de proteína animal deverá sustentar o consumo por milho, especialmente para composição de ração animal. Além disso, é esperado um aumento da procura do grão para produção de etanol, sendo estimado um crescimento de 17,3% para a produção do combustível produzido a partir do milho.
Artigo Banco do Brasil – Pela primeira vez, a Perspectivas para a Agropecuária é realizada em parceria com o Banco do Brasil. Trata-se da materialização do início de parceria inédita firmada entre a Companhia e o Banco do Brasil, por meio de Acordo de Cooperação Técnica, que abrangerá atividades de pesquisa, de desenvolvimento, de treinamento, de intercâmbio de tecnologias e de metodologias, de produção de informações agropecuárias e de ações promocionais conjuntas em feiras e eventos estratégicos para as instituições. No trabalho, a instituição financeira abordou a importância do crédito rural como fomentador de uma agricultura que visa ao desenvolvimento dos negócios por meio de ações ambientais, sociais e de governança; de forma que haja adequação dos processos produtivos ao comportamento climático atual, diversificação da matriz energética, rastreabilidade, certificado de origem da produção, práticas conservacionistas, certificação, crédito para a recuperação ambiental, custeio anual ou que melhorem toda a gestão da atividade rural.
Outras informações sobre o panorama dos principais grãos cultivados no país estão disponíveis na publicação Perspectivas para a Agropecuária na Safra 2024/2025. O documento também traz a projeção de produção e de mercado para carnes bovinas, suínas e aves em 2025.
Fonte: Conab
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Preços do milho no Brasil subiram 10% no último mês impulsionados pelo câmbio, explica analista

Os preços do milho no mercado brasileiro estão recebendo apoio positivo das movimentações cambiais nos últimos dias. Nos cálculos de Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora, as cotações do milho no Brasil subiram cerca de 10% no último mês, enquanto o dólar se valorizou cerca de 8% ante ao real no mesmo período.
Outro fator de suporte para o mercado nacional são as exportações, que registraram volumes robustos em agosto e setembro e já tem line-up para mais de 10 milhões de toneladas comprometidas para outubro.
Neste cenário, Rafael acredita que os produtores brasileiros podem repensar a estratégia da segunda safra de 2024, voltando a investir mais no pacote tecnológico da safrinha.
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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas
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Brasil assume o topo como maior exportador global de milho
Isso não acontecia desde 2013, quando os EUA perderam produção por causa de seca
Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), relativos à safra 2022/2023, o Brasil conquistou a posição de maior exportador de milho do mundo, superando os Estados Unidos. Isso marca a primeira vez em uma década em que o Brasil conquista esse feito, sendo a última vez em 2013, quando os EUA enfrentaram perdas na produção devido a uma seca devastadora. A exportação de milho é crucial para o abastecimento de rebanhos em todo o mundo.
Na safra encerrada em 31 de agosto, o Brasil representou 32% das exportações globais de milho, enquanto os Estados Unidos, que dominaram o mercado de milho por mais de um século, ficaram com cerca de 23%. As projeções da USDA indicam que o Brasil exportou 56 milhões de toneladas de milho na safra 2022/2023, enquanto os EUA venderam 41,277 milhões de toneladas, contribuindo para um total mundial de aproximadamente 177,5 milhões de toneladas.
Várias razões explicam a ascensão do Brasil à liderança das exportações de milho. Primeiro, o país colheu uma safra de milho excepcional. Além disso, a China, um grande comprador de milho dos EUA, busca diversificar seus fornecedores de grãos. Enquanto isso, a produção de milho dos EUA diminuiu devido a condições climáticas adversas e ao aumento dos custos. Os EUA também estão alocando mais milho para a produção de biocombustíveis, farelo e óleos vegetais.
Além do milho, o Brasil está pronto para liderar as exportações de farelo de soja, deixando a Argentina, atual maior exportadora global desse produto, em segundo lugar. Essa mudança de cenário é resultado de uma redução na produção argentina devido a uma severa seca na região.
Vale ressaltar que o Brasil já foi o principal fornecedor mundial de farelo de soja na safra 1997/98, conforme informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP). De acordo com a USDA, na safra 2022/2023, as exportações de farelo de soja devem se configurar da seguinte maneira: Brasil exportando 21,500 milhões de toneladas, Argentina com 21,200 milhões de toneladas e o total de todos os exportadores alcançando 66,478 milhões de toneladas.
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Exportação de milho em março já passa de 1,1 milhão de toneladas superando previsão da Anec
Publicado por Notícias Agrícolas em 27/03/2023 15:25

Os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), apontam que o Brasil já exportou 1.139.989,1 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) até este momento do mês de março.
Sendo assim, o volume acumulado apenas nos 18 primeiros dias úteis do mês já representa 7.983% mais do que o total de 14.278,9 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de março de 2022.
Com isso, a média diária de embarques ficou em 63.332,7 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 9.657,9% com relação as 649 do segundo mês de 2022.
Para o total de março, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estimava exportação de 900 mil toneladas neste momento e que os embarques do cereal entram em um período de menores volumes, uma vez que a soja está dominante nos portos em função da colheita da safra.
O Analista da Consultoria Agro do Itaú BBA, Francisco Queiroz, alerta que o Brasil já embarcou 8,3 milhões de toneladas de milho apenas nos dois primeiros meses do ano, sendo que 1,1 milhão teve como destino a China, que já se tornou a segunda principal compradora do grão nacional. Para o restante de 2023, a previsão é de manutenção dos altos volumes exportados.
Em termos financeiros, o Brasil arrecadou um total de US$ 343,269 milhões no período, contra US$ 6,181 milhões de todo março do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com aumento de 6.686,8% ficando com US$ 19,070 milhões por dia útil contra US$ 281 mil no último mês de março.
Por outro lado, o preço por tonelada obtido recuou 30,4% no período, saindo dos US$ 432,90 no ano passado para US$ 301,10 no mês.
Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas
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Fevereiro/23 acaba com exportação de milho quase 3 vezes maior do que em 2022
Chegada da China no mercado brasileiro deve sustentar exportação de até 50 milhões de toneladas no ano
As exportações brasileiras de milho encerraram fevereiro de 2023 contabilizando embarque de 2.276.898,3 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Sendo assim, o volume acumulado nos 18 dias úteis do mês representa 196,3% mais do que o total de 768.396,6 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de fevereiro de 2022.
Com isso, a média diária de embarques ficou em 126.499,4 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 212,8% com relação as 40.441,9 do segundo mês de 2022.
Para o total de fevereiro, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estimava que o Brasil iria exportar 1,95 milhão de toneladas, volume que acabou sendo superado em 16,7%.
O analista da Céleres acredita que o Brasil deva continuar com grande volume de embarques no segundo semestre e finalizar o ciclo com 50 milhões de toneladas exportadas até fevereiro de 2024.
“O volume será fomentado tanto pelos mercados tradicionais brasileiros, quanto pela presença da China como compradora desse milho mais recentemente. A exportação deve sustentar os prêmios e dar mais liquidez ao mercado interno”, pontua Nogueira.
Em termos financeiros, o Brasil arrecadou um total de US$ 693,933 milhões no período, contra US$ 205,805 milhões de todo fevereiro do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com aumento de 255,9% ficando com US$ 38,551 milhões por dia útil contra US$ 10,831 milhões no último mês de fevereiro.
Outra elevação apareceu no preço por tonelada obtido, que subiu 13,8% no período, saindo dos US$ 267,8 no ano passado para US$ 304,80 no mês.
Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas
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Exportação brasileira de milho se aproveita de espaço no mercado internacional e já mais do que dobrou resultado de fev/22
Em apenas 13 dias país já embarcou 1,6 milhões de toneladas, 119% mais do que ano passado
As exportações brasileiras de milho seguem evoluindo e nos 13 primeiros dias úteis de fevereiro de 2023 já contabilizou 1.685.190 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Sendo assim, o volume acumulado neste período já representa 119,3% mais do que o total de 768.396,6 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de fevereiro de 2022.
Com isso, a média diária de embarques ficou em 129.630 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 220,5% com relação as 40.441,9 do segundo mês de 2022.
Para o total de fevereiro, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estima que o Brasil irá exportar 1,99 milhão de toneladas, reduzindo a estimativa da semana anterior que era de 2,11 milhões.
O analista de inteligência de mercado da StoneX, João Pedro Lopes, acredita que uma maior produção de milho no Brasil em 2023 vai gerar mais excedente exportável, o que deve sustentar novos recordes de embarque para o cereal brasileiro.
“É um cenário que os Estados Unidos vêm de uma safra abaixo do seu potencial, a Argentina também com problemas, a Ucrânia com preocupações sobre a continuidade do acordo de exportação. Acaba que o mercado se volta para o Brasil e tudo caminha para o aumento das exportações brasileiras”, pontua.
Em termos financeiros, o Brasil arrecadou um total de US$ 506,076 milhões no período, contra US$ 205,805 milhões de todo fevereiro do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com aumento de 259,4% ficando com US$ 38,929 milhões por dia útil contra US$ 10,831 milhões no último mês de fevereiro.
Outra elevação apareceu no preço por tonelada obtido, que subiu 12,1% no período, saindo dos US$ 267,8 no ano passado para US$ 300,30 no mês.
Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas
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Restando ainda 1 semana de outubro, Brasil já mais do que dobrou importações de milho com relação a out/20
O Brasil finalizou a quarta semana de outubro importando um acumulado de 436.606,8 toneladas de milho não moído, exceto milho doce, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Isso significa que, nos quinze primeiros dias úteis do mês, o país já recebeu 128,8% a mais do que todo o registrado em outubro de 2020 (190.809,9 toneladas). Sendo assim, a média diária de importação ficou em 29.107,1 toneladas contra 9.540,5 do mesmo mês do ano passado, aumento de 205,09%.
O décimo mês de 2021 também representou elevações nos valores médios diários gastos que saíram de US$ 1.250,7 mil em 2020 para US$ 6.950,6 mil em 2021, aumento de 455,74% e nos preços dispensados por tonelada importada, que subiram 82,15% saindo de US$ 131,10 para US$ 238,80.
De acordo com os dados consolidados da Secex, de janeiro até setembro, o Brasil já importou 1.634.865 toneladas de milho, número 125,3% maior do que o mesmo período do ano anterior.
Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas
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Brasil pode se tornar maior produtor mundial de milho, diz FPA
Projeto Mais Milho debate às 20h desta quinta-feira, 14, as relações internacionais e o cenário político para a cadeia do cereal
O milho é o segundo grão mais produzido no Brasil. Segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na safra 2019/2020, os produtores rurais deverão colher mais de 102,3 milhões de toneladas do cereal. O volume estimado representa um crescimento de 2,3% em relação à temporada anterior, na qual, os agricultores colheram 100 milhões de toneladas do grão.
“Investindo em pesquisa e tecnologia, podemos ampliar a nossa produtividade em percentual elevado rapidamente. O Brasil pode e será o maior produtor mundial de milho, essa cultura irá transformar cada dia mais o nosso símbolo de sucesso no agro brasileiro”, acredita o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira (MDB-RS).
Atualmente, o Brasil ocupa a terceira posição na produção global de milho, conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os Estados Unidos lideram a produção do cereal, com mais de 347,05 milhões de toneladas produzidas na safra 2019/2020, já a China aparece em segundo lugar, com 260,77 milhões de toneladas do grão.
Dada a sua importância para o agronegócio e para a balança comercial brasileira, o Projeto Mais Milho promove conteúdos especiais para o setor durante o mês de maio. Nesta quinta-feira, 14, uma transmissão será comandada pelo vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Glauber Silveira, que abordará as relações internacionais o cenário político para a cadeia do cereal.
Participam da live ao vivo, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira (MDB-RS), o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Orlando Leite Ribeiro e o presidente da Cargill no Brasil, Paulo Sousa. O encontro virtual será transmitido pelo site, Facebook, Instagram e Youtube do Canal Rural, a partir das 20h de Brasília.
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Milho deve manter preços altos no Brasil mesmo após a entrada da safrinha, diz analista da Germinar
Para Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora, produtores devem apostar no cultivo da segunda safra de milho mesmo com a janela ideal mais apertada, em função das boas perspectivas de mercado e demanda para o cereal
Roberto Carlos Rafael – Germinar Corretora
2020 promete ser mais um ano bastante positivo para os preços do milho no Brasil. Segundo o analista de mercado da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, o alto volume de exportação do milho (que deve fechar o ano agrícola em 31 de janeiro com 42,5 milhões de toneladas) levou à redução dos estoques brasileiros e deve manter o mercado aquecido neste ano.
Rafael acredita em estoques de passagem de 11 milhões de toneladas, o que nas contas do analista, são suficientes para, no máximo, 60 dias de consumo no Brasil. “Agora retomamos o ano (após o período de festas) com viés de alta porque os estoques de passagem são baixos e vamos ter colheitas muito isoladas, com a safra verão começando a chegar mesmo na segunda quinzena de março”, aponta.
Na visão do analista, os preços do milho já vêm em patamares de boa rentabilidade ao produtor há algum tempo e devem se manter altos, pelo menos, até a entrada da safrinha no mês de junho. “O mercado deve seguir firme até mesmo no período pós safrinha porque as expectativas de estoque de passagem para o ano que vem também é baixo”, afirma Rafael.
Diante deste cenário positivo, a recomendação de Roberto Carlos Rafael é que o produtor, mesmo indeciso quanto ao cultivo do milho segunda safra devido ao encurtamento da melhor janela de cultivo (após o atraso da soja), aposte no plantio do cereal.
“Eu não tenho terra para plantar, mas se eu tivesse e tivesse floreira no meu apartamento, eu plantaria até na floreira do meu apartamento. A oportunidade é muito boa, os preços estão muito bons”, diz o analista.
Confira a entrevista completa com o analista de mercado da Germinar Corretora no vídeo.
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Retrospectiva Milho: Cinco pontos para analisar em 2019
Guilherme Dorigatti – Jornalista
JANEIRO
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até a segunda semana de janeiro.
Os trabalhos com a segunda safra de milho já se iniciaram em diversas localidades do Brasil. Com a antecipação do plantio de soja, as colheitas também começaram mais cedo e propiciaram o aparecimento de áreas já plantadas do milho safrinha, em especial no dois maiores estados produtores do país, Mato Grosso e Paraná.
FEVEREIRO
O clima registrado durante a safra brasileira de grãos no ciclo 2018/19 acarretou perdas para a soja, enquanto safra de verão de milho apresenta bom andamento no Rio Grande do Sul. Segundo levantamento da consultoria INTL FCStone, é esperado um novo recuo na produção da oleaginosa, para 112,2 milhões de toneladas, volume que representaria queda de 5,9% em relação a 2017/18.
>> INTL FCStone: Brasil produz menos soja, mas deve recuperar ‘safrinha’ de milho
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até a segunda semana de fevereiro.
MARÇO
A safra de grãos 2018/2019 deve alcançar a marca de 233,3 milhões de toneladas, mantendo-se como a segunda maior registrada na série histórica do país. O bom desempenho é impulsionado pela melhora da produção do milho na segunda safra do grão. Os dados estão no 6º levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira (12).
>> Conab prevê recuperação do milho e estima safra em 233,3 milhões de toneladas
O IMEA (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgou relatório apontando que a comercialização da safra 2017/18 de milho no estado alcançou 99,27% da produção, um aumento de 0,91%. A demanda do mercado interno continua pautando os negócios, como o principal consumidor neste período de entressafra, exibindo um preço médio comercializado de R$ 22,64/sc.
>> Safra de milho 2017/18 já está 99,27% vendida no Mato Grosso; vedas de 2018/19 chegam em 52,90%
A safra de soja 2018/19 do Brasil deve alcançar 116,41 milhões de toneladas, projetou nesta sexta-feira a Safras & Mercado, em um aumento de quase 1 por cento frente a previsão anterior, conforme uma “melhora climática” após a estiagem de dezembro e janeiro não só estancou as perdas como também impulsionou os rendimentos em certas áreas.
>> Safras cita clima e eleva previsões para soja e safrinha de milho do Brasil
ABRIL
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até a primeira semana de abril.
>> Média diária de exportações brasileiras de milho em março é mais de 400% maior do que ano passado
As vendas de milho da safra 2018/19 do Brasil até a semana passada superavam o total comprometido há um ano para o ciclo anterior, enquanto a comercialização de soja perdeu ritmo e agora está atrás do observado em igual momento de 2017/18, informou nesta segunda-feira a Datagro.
>> Vendas de milho 18/19 do Brasil superam às do ano passado; soja tem atraso, diz Datagro
A Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho) apontou que as expectativas para a safrinha do cereal eram altas com a possibilidade de grandes produtividades nas lavouras que ainda estavam em desenvolvimento.
>> ABRAMILHO espera grande produção para safrinha e aconselha produtor buscar vendas antecipadas
MAIO
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até a segunda semana de maio.
>> Média diária de exportações brasileiras de milho em maio é 1235% maior do que ano passado
Relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), publicado esta quinta-feira (9), em Roma, aponta que o Brasil consolidou sua rápida ascensão na produção de milho, tornando-se o segundo maior exportador mundial do cereal. Há 10 anos, o país detinha apenas 1% do mercado global e agora já é responsável por 25% do total mundial das vendas do produto.
>> Brasil já é o segundo maior exportador mundial de milho
O Conselho Internacional de Grãos (IGC) reduziu nesta quinta-feira sua previsão para a produção mundial de milho na temporada 2019/2020, impulsionada por uma perspectiva menor para a safra norte-americana.
>> IGC corta previsão para produção mundial de milho em 2019/20
JUNHO
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou seu relatório mensal apontando as estimativas de safras. Segundo os dados apresentados, o milho safrinha 2019 deve ter produção de 70,677 milhões de toneladas.
>> Conab eleva estimativa do milho safrinha para mais de 70 milhões de toneladas
O Brasil havia colhido até esta semana 12,5% de sua área de milho segunda safra, em ritmo acelerado que supera os 3,9% registrados na mesma época em 2018, informou nesta quarta-feira a consultoria Arc Mercosul.
>> Adiantada, colheita de milho do Brasil atinge 12,5% da área, diz Arc Mercosul
O Brasil, segundo exportador global de milho, exportará um volume recorde de 38 milhões de toneladas do cereal em 2019, com o produto nacional mais competitivo que o dos Estados Unidos, em um ano em que os brasileiros estão colhendo uma safra gigantesca e os norte-americanos enfrentam atrasos históricos no plantio, avaliou nesta segunda-feira a Agroconsult.
>> Brasil exportará recorde de 38 mi t de milho no ano, com vendas até aos EUA, diz Agroconsult
Com essa perspectiva de quebra da safra americana, o Brasil despontava como grande beneficiado desta situação.
>> Brasil ganha no preço do milho com quebra da safra dos EUA, mas perderá competitividade nas carnes
JULHO
Uma audiência pública para discutir a cobrança do Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habitação) sobre a produção do milho está marcada para acontecer na Assembleia Legislativa do Estado do Mato Grosso no dia 16 de julho.
>> Audiência pública na Assembleia Legislativa do MT vai discutir cobrança do Fethab do milho
A produção total de milho do Brasil na temporada 2018/19 deverá somar 99,7 milhões de toneladas, disse nesta terça-feira a consultoria INTL FCStone, elevando sua estimativa frente aos 98,2 milhões projetados no mês anterior.
>> FCStone eleva projeção de safra total de milho do Brasil em 2018/19 para 99,7 mi t
A produtividade da safrinha também registrou elevação impulsionada pelo clima favorável e manejos corretos dos produtores.
Ao mesmo tempo, a possibilidade de quebra na safra americana refletia nas cotações da Bolsa de Chicago (CBOT), o que impactava também os preços aqui no Brasil.
AGOSTO
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final de julho.
>> Exportações brasileiras de milho batem recorde histórico em julho
A expectativa de um cenário de preços favoráveis para o milho na nova temporada deverá favorecer um aumento de 3,46% no plantio do cereal no Brasil, diante de perspectivas de que o país feche 2019 com exportações recordes da commodity em meio a uma quebra de safra nos Estados Unidos.
>> Plantio de milho do Brasil crescerá 3,46% em 2019/20, terá novo recorde, apontam analistas
SETEMBRO
As exportações de milho do Brasil dispararam em agosto, para um novo recorde mensal de 7,65 milhões de toneladas, elevando o total exportado no ano para 23 milhões de toneladas, mais que o dobro do visto nos oito primeiros meses de 2018 (9,19 milhões de toneladas), de acordo com dados divulgados pelo governo nesta segunda-feira.
>> Exportação de milho do Brasil mais que dobra no ano; a de soja cai mais de 10%
Junto com com essa elevação, os preços do milho brasileiro também aumentavam com cerca de 70% da safrinha já negociada à esta altura do ano.
A exportação de milho do Brasil nas três primeiras semanas de setembro somaram 4,76 milhões de toneladas, acumulando no ano 27,46 milhões de toneladas, um volume que já supera com folga o total exportado em todo o ano passado, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pelo governo.
>> Exportação de milho do Brasil no acumulado do ano supera embarques de 2018 completo
As projeções para o restante do ano também eram animadoras no que diz respeito as exportações brasileiras de milho, elevando a expectativa do volume final de embarques.
OUTUBRO
As exportações de milho alcançaram recorde histórico para os meses de setembro em quantidade e valor. Foram exportadas 6,5 milhões de toneladas (+93,4%), equivalente a US$ 1,1 bilhão (+85,5%).
>> Exportação de milho continua em alta e soma US$ 1,1 bi em setembro
Em setembro último, o Brasil embarcou diariamente 75,0% mais milho em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
>> Exportações brasileiras de milho seguem firmes
Esse números elevados atuaram diretamente para impulsionar as cotações do milho também no mercado interno, que começavam a se aproximar dos praticados nos portos.
>> Milho deve seguir valorizado no Brasil, mas altas podem estar próximas do limite
Outro componente nesta alta de preços do cereal brasileiro foi o aumento da demanda para a produção de etanol de milho. A produção deste tipo de bicombustível cresceu 66% em Mato Grosso neste ano e hoje já corresponde à 1,4 bilhão de litros no país.
NOVEMBRO
Os exportadores de milho do Brasil estão desfrutando de um ótimo ano graças a uma grande safra e a melhorias logísticas, ampliando o status do país como um importante fornecedor global do produto e ameaçando o tradicional domínio dos Estados Unidos no setor.
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A demanda por milho brasileiro nunca cresceu tanto no país, com as indústrias de carne aumentando o consumo do principal ingrediente da ração para aves e suínos, ao mesmo tempo em que o Brasil tem agora uma crescente produção de etanol a partir do cereal, disse o diretor-presidente da SLC Agrícola, uma das maiores companhias do setor no país, nesta quinta-feira.
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Esse boom na demanda começou a acender um sinal de alerta para uma possível crise de abastecimento do milho no Brasil para o ano de 2020 e a manutenção das cotações estáveis e altas, pelo menos até o início da colheita da safra verão.
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DEZEMBRO
As exportações de milho do Brasil atingiram históricas 40,6 milhões de toneladas de janeiro até a primeira semana de dezembro, de acordo com dados do governo publicados nesta segunda-feira.
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A manutenção destes fatores de altas exportações com a demanda mais aquecida levou analistas a projetarem novas valorizações para o milho em 2020 com a saca do cereal podendo até os R$ 60,00 em algumas localidades e registro de falta de produto disponível para o consumo interno.
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Em um balanço do ano 2019, a Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho) apontou que o ano foi positivo para o produtor de milho brasileiro. Os destaques foram o índice de produção, o recorde de exportação, o aumento da demanda e a alta nos preços.
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