- Home
- /
- trigo

Tempo: Previsão de geada e até neve em áreas do Centro-Sul do BR nos próximos dias pode impactar agricultura
Por: Notícias Agrícolas
Imagem de satélite nesta quarta-feira (03) em todo o Brasil – Fonte: Inmet
A onda de frio segue derrubando as temperaturas sobre o Sul do Brasil e avança para outras regiões nos próximos dias. A previsão do tempo aponta que, com o avanço da massa de ar frio de origem polar no decorrer da semana, as chances de geada são altas em áreas do Sul, Centro-Oeste e Sudeste com possíveis danos para a agricultura.
Em áreas do Sudeste e Centro-Oeste do país, as geadas devem ser de fraca a moderada intensidade no final de semana, segundo os principais institutos meteorológicos, com impactos para o café. Já no Sul do país, a condição deve ser de até elevada intensidade, com reflexos nas culturas de inverno.
O pico do frio no Centro-Sul do Brasil será no sábado (06), quando a massa chega no Norte do estado do Paraná, Oeste e Sul de São Paulo, Centro-sul de Mato Grosso do Sul e no Sul de Minas Gerais. “As geadas serão fortes, avisa a meteorologista”, ressalta a Climatempo.
“Há grande possibilidade de danos para a agricultura, especialmente para os campos de cevada e trigo que se encontram em fase de florescimento em algumas regiões. No, Paraná, as lavouras de milho safrinha, encontram-se com 25%, em estágio de florescimento em algumas áreas do estado”, complementa a empresa.
Veja o mapa com a previsão de temperatura mínima para até 93 horas (02/07 a 05/07) em todo o Brasil:
Fonte: Inmet
Jorge Luis Moreira, meteorologista do Inmet em Belo Horizonte (MG), destaca que nas novas atualizações dos mapas meteorológicos áreas produtoras de café de Minas Gerais podem ser afetadas por geadas de moderada intensidade, mas com curta duração.
“Por enquanto, as chances de geadas em áreas de café em Minas são para sábado (06) e domingo (07). No final da semana e início da próxima, essa massa já começa a perder forças. Se elas vão causar danos, depende de muita coisa”, destaca o meteorologista.
Além das chances de geadas em várias áreas do Centro-Sul do país, também há possibilidade de nevar no Sul do Brasil. A maior probabilidade de nevar e/ou ocorrer precipitações de inverno será no dia 5 de julho, próxima sexta-feira.
Veja o mapa das áreas com alerta de geada na quinta-feira (04) em todo o Brasil:
Fonte: Inmet
Veja o mapa das áreas com alerta de geada na sexta-feira (05) em todo o Brasil:
Fonte: Inmet
Veja o mapa das áreas com alerta de geada no sábado (06) em todo o Brasil:
Fonte: Inmet
“As condições de umidade, pressão e temperatura do ar que possibilitam a formação da neve, e de outros tipos de precipitação de inverno como chuva congelada, chuva congelante, e fenômenos belíssimos como o sincelo, estão sendo cada vez mais confirmadas”, disse a Climatempo.
Baixas temperaturas já estão sendo registradas em estações do Inmet no Sul e Sudeste do Brasil. As cinco mínimas recordes na terça-feira (02) foram em Itatiaia (RJ): -1,9°C, Quaraí (RS): -0,8°C, Alegrete (RS): 1°C, Dom Pedrito (RS): 1,1°C e São Gabriel (RS): 1,5°C.
O Inmet emitiu alerta de onda de frio nesta quarta-feira em áreas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, onde também deve ter chuva intensa. No Leste de São Paulo, há aviso de vendaval e em localidades de Minas Gerais há baixa umidade.
Veja o mapa das áreas com alerta nesta 4ª feira no Brasil:
Fonte: Inmet
Previsão estendida de chuvas para o Brasil
De acordo com o mapa de previsão estendida do centro de previsão da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), no período de 03 até 11 de julho, as chuvas mais volumosas caem sobre áreas da faixa Norte do país, mas também voltam de leve a moderada intensidade ao Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
De 11 de julho até 19 de julho, as precipitações mais volumosas voltam a se concentrar sobre áreas ao extremo Norte do Brasil, praticamente cessam na maior parte do Sudeste e Centro-Oeste, mas seguem e se elevam em áreas da região Sul. A maior parte da região central do país terá tempo firme.
Veja o mapa com a tendência de precipitação acumulada para o período de 03 até 19 de julho:
Fonte: National Centers for Environmental Prediction/NOAA
Após dias de sol se inicia a semeadura de trigo no oeste de Santa Catarina. Envio de Ednilson Angonese Eng. Agrônomo
Foto na região noroeste do Rio Grande do Sul. Envio de Dirley Mangini
Foto em Rio Verde (GO). Envio de Alex Zamonaro
Foto em Rio Verde (GO). Envio de Alex Zamonaro
Foto em Caarapó (MS). Envio de Osmar Franco
- Home
- /
- trigo

Natal terá panetones e doces mais caros; saiba o motivo
A colheita do trigo terminou nos últimos dias no Paraná, mas – apesar da abundância do produto – o preço teve alta de 3,5% em novembro no estado, segundo o Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP.
A tonelada chegou a R$ 647,90. “Esse cenário se deve à baixa oferta do cereal de boa qualidade, que restringe a intenção de vendedores em negociar”, informou em nota o Cepea. Essa qualidade mais baixa se deve a problemas climáticos. “Neste ano houve a maior quebra de safra desde 2013”, lembra Daniel de Azevedo Kümmel presidente do Sinditrigo – Sindicato da Indústria do Trigo do Paraná.
A alta deve impactar diretamente o consumidor final já neste final de ano, pois afeta o preço da farinha produzida pelos moinhos do estado. Kümmel conta que o volume disponível para os próximos meses está ficando baixo. O resultado deve ser o crescimento das importações de trigo da Argentina.
Com estoques mais baixos, o Paraná – maior produtor de trigo do Brasil – está com menos matéria-prima de qualidade para panificação e confeitaria, o que deve levar à alta de pães e derivados do trigo, como os doces, nas padarias, supermercados e indústrias. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras), por exemplo, aponta aumento de 7,45% nos preços dos panetones no em 2017, deixando Natal mais ‘salgado’ – mesmo assim a expectativa é de quase 10% de aumento nas vendas do produto.
Padarias e confeitarias
O presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado do Paraná (Sipcep), Vilson Felipe Borgmann, destaca que a alta do trigo já era esperada. Ele diz que a maior oscilação deve ser para pães do que para confeitaria, por conta da redução do consumo desses últimos produtos durante a crise econômica dos últimos três anos.
“Não temos muito que fazer: a correção de preços é necessária para o agricultor continuar a plantar trigo. E o Paraná precisa dar esse incentivo para não depender das importações, que custam ainda mais caro”, afirma.
Segundo Borgmann, o aumento do trigo acontece em paralelo ao aumento de outros custos, como a energia. Além desses fatores, o fim de ano ainda traz despesas extras, como 13º salário para os funcionários.
“Estamos orientando as panificadoras a fazerem suas planilhas de custos da forma mais justa possível, verificar o que é possível absorver desses aumentos e repassar o mínimo possível [ao consumidor]. Vender menos significaria dispensa de mão de obra – um custo a mais”, destaca o presidente do Sipcep.
Além do aumento no atual período, o presidente do Sinditrigo conta que os moinhos contarão com outro desafio para o próximo ano: “Estamos com uma grande discussão com o governo do estado sobre o ICMS”. Atualmente, segundo o Decreto 5.807 o valor varia de 4% a 8% sobre os produtos derivados do trigo. “Um aumento pode levar a menor competitividade do setor”, finaliza Daniel Kümmel. Resta saber se o possível aumento do imposto recairá em novos reajustes de preços.
Preço do pão em Curitiba
Atualmente, o preço do pão varia de R$ 8,80kg até R$ 14kg em Curitiba e Região Metropolitana, segundo estimativa do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado do Paraná (Sipcep). O presidente da entidade, Vilson Borgamann, afirma que o sindicato não recomenda um percentual específico de aumento aos associados, devido às particularidades de cada estabelecimento.