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Safras estima colheita de café 2022/23 no Brasil em 35% até 21/junho
A colheita de café da safra brasileira 2022/23 está em 35% até o dia 21 de junho. O número faz parte do levantamento semanal de SAFRAS & Mercado para a evolução da colheita da safra. Na semana anterior, o índice era de 28%.
Tomando por base a estimativa de SAFRAS para a produção de café do Brasil em 2022/23, de 61,1 milhões de sacas de 60 quilos, é apontado que foram colhidas 21,26 milhões de sacas até o dia 21 de junho.
A colheita está atrasada em relação ao ano passado, quando 40% da safra estava colhida neste período. Os trabalhos também estão atrasados contra a média dos últimos 5 anos, que é de 44%.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, a colheita de café está atrasada por conta de uma maturação irregular e carência de mão de obra, especialmente para o café conilon, além de um maior volume em relação ao ano passado.
A colheita de arábica alcança 26% da safra, ligeiramente abaixo das 27% de igual época do ano passado e bem abaixo dos 35% de média dos últimos 5 anos para o período. Os trabalhos com conilon chegam a 50% do potencial da safra, ainda bem abaixo dos 63% em igual época do ano passado e dos 66% de média no período entre 2017 a 2021.
Fonte: Safras & Mercado
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Genes de resistência à Ferrugem do Cafeeiro são alvos de pesquisa da Embrapa Café
Resultados de pesquisas genômicas realizadas pela Embrapa Café contribuirão para a seleção de cultivares da espécie arábica com resistência duradoura à ferrugem do cafeeiro, doença causada pelo fungo Hemileia vastatrix (H. vastatrix) e de grande impacto na cafeicultura no Brasil e no mundo. Parte dos resultados dessa pesquisa está sendo apresentada na publicação “Os Loci SH3 Envolvidos na Resistência à Ferrugem são Complexos, Multialélicos e Divergentes em Genomas de Coffea”, que acaba de ser lançada.
A pesquisadora Paula Cristina Angelo estuda alguns dos genes de cafeeiros relacionados com a resistência à ferrugem. Ela faz parte da equipe de um projeto que tem objetivos mais abrangentes na mesma linha de pesquisa liderado por Eveline Caixeta e que conta também com a participação de Luiz Filipe Pereira, todos pesquisadores da Embrapa Café.
Em genética, locus (do latim “lugar”) ou loci, se estiver no plural, é uma posição fixa e específica em um cromossomo, como um endereço, onde estão localizados determinados genes ou marcadores genéticos, uma vez que cada cromossomo carrega muitos genes.
Paula Angelo explica que, no caso do locus SH3, que tem sido o foco do estudo, muitas variantes do mesmo gene de resistência estão inseridas no mesmo locus. Essa característica do locus SH3 foi inicialmente divulgada em em 2011 em estudo realizado com a cultivar de café Arábica IAPAR 59 por pesquisadores brasileiros e franceses, dentre eles Alessandra Ribas.
A análise de genes que codificam proteínas determinantes de resistência ao fungo H. vastatrix nos loci SH3 cria oportunidade para o desenvolvimento de marcadores genéticos que podem ser usados para identificar qual ou quais das variantes do gene de resistência estão inseridos no SH3 das diferentes variedades de cafeeiro e, a partir disso, identificar qual é a importância de cada variante para cada resistência.
Resultados de pesquisa que foram alcançados a partir de 2018 demonstraram que o locus SH3 também é bastante complexo e diverso em outros cafeeiros. As diferenças encontradas no SH3 podem estar associadas, em conjunto com outros fatores, aos mecanismos que plantas de café possuem de reconhecimento de raças fisiológicas de H. vastatrix, o que determina se esses cafeeiros são ou não são resistentes a essas raças do fungo.
De acordo com o Pesquisador do IDR-Paraná, Gustavo H. Sera, que é parte da equipe do projeto, o desenvolvimento de cultivares com vários genes SH que codifiquem diferentes proteínas de resistência é de extrema importância para obter uma resistência durável, visto que existem pelo menos 15 raças de H. vastatrix registradas apenas no Brasil.
“Pesquisas em que as ferramentas da Biologia Molecular são utilizadas no melhoramento de plantas são oportunidades para a geração e disponibilização para a sociedade de cultivares com muito valor agregado em tempo relativamente curto, o que é uma vantagem no controle de doenças que se propagam com relativa facilidade, como é o caso da ferrugem do cafeeiro”, afirma, Paula Angelo.
Sobre a Ferrugem do Cafeeiro – A doença ferrugem do cafeeiro é causada pelo fungo Hemileia vastatrix Berk e pode provocar a desfolha precoce e a seca de ramos da planta antes da época de florescimento, com impactos negativos no vingamento de frutos da safra em que houve o acometimento da doença, como prejuízos na produção do ano seguinte. Dependendo da altitude, das condições climáticas e do estado nutricional da planta, a ferrugem pode causar até 50% de perdas na produção, em cultivares suscetíveis, quando nenhuma medida de controle efetivo é adotada.
Outro trabalho realizado no âmbito do Consórcio Pesquisa Café apresenta cultivares de café resistentes à ferrugem que apresentaram características que as tornam alternativas viáveis para a cafeicultura das Matas de Minas, importante região para a cafeicultura e onde há grande incidência da doença. Os resultados do estudo estão na publicação “Cultivares de café resistentes à ferrugem: alternativa viável para a cafeicultura das Matas de Minas”, que também pode ser acessado pelo endereço eletrônico https://www.embrapa.br/cafe/publicacoes.
Fonte: Embrapa Café
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Café: Com a chegada das chuvas do Verão, esse é o momento de recuperação nutricional das plantas
No próximo dia 21 de dezembro acontecerá, às 12h59 (horário de Brasília), o Solstício de Verão do Hemisfério Sul, dando início à estação do Verão que deverá estender-se por 88 dias 23 horas e 34 minutos.
O Verão
O verão, astronomicamente falando, tem início com o solstício, que é o momento em que o a Terra alcança a inclinação máxima em relação ao sol sobre o Trópico de Capricórnio no hemisfério sul. Nesse dia os raios solares incidem perpendicularmente na latitude de 23 graus e 27 minutos. No Brasil ocorre o dia mais longo e a noite mais curta do ano, o que é mais visivelmente percebido quanto mais próximo se está do extremo sul do país.
O verão, meteorologicamente falando, pode ser considerado iniciado no dia primeiro de dezembro e com término previsto para o último dia de fevereiro. De modo semelhante as demais estações começam, do ponto de vista meteorológico, no primeiro dia dos meses em que ocorrem os equinócios e solstícios. Devido ao calor, que é característica mais marcante dessa estação, ocorre maior evaporação a partir da superfície terrestre e, portanto, maiores ocorrências de chuvas em forma de pancadas, que são aquelas chuvas rápidas com grande volume de água e quase sempre acompanhadas de muito vento, raios e trovões.
O fenômeno ENOS
As anomalias dos ventos convergentes de leste sobre o Pacífico equatorial-central devem permanecer mais fortes que o normal durante o verão. Esse fato, em associação com as atuais temperaturas da superfície do oceano Pacífico, mais elevadas na porção Oeste e mais frias na porção Leste, devem assegurar a presença do La Niña até o final do verão sendo provável que, no final do outono, o atual La Niña se dissipe.
O final da primavera
Nos últimos 30 dias na região Sul do Brasil as chuvas ficaram abaixo do esperado para o período, tendo o volume acumulado variado entre 10 e 50mm aproximadamente. Em São Paulo o volume acumulado de chuvas chegou até 100 mm em algumas localidades. Já nas mesorregiões Central de Minas e Metropolitana de Belo Horizonte o volume de chuvas chegou alcançar 350 mm. Apesar de todo o volume ocorrido no último mês alguma regiões ainda se encontam com solos com volume de água abaixo do desejado (Figura 1).
No Sul/Sudoeste de Minas a umidade do solo atualmente varia desde 20%, na região de Pouso Alegre, até 50% em Passos. Na Zona da Mata varia desde valores abaixo de 10% em Muriaé, até 70% em Cataguases; e desde 70% em Coromandel, até 10 em Comendador Gomes no Triângulo Mineiro.
As chuvas e as temperaturas nos próximos três meses
Em janeiro há probabilidade de que o volume de chuvas ocorra acima da média nas mesorregiões do Norte de Minas, Vale do Jequitinhonha e na porção mais a oeste do Triângulo Mineiro.
Em fevereiro as chuvas poderão ocorrer dentro da normalidade ou pouco abaixo da média do período na mesorregião do Noroeste, no Norte de Minas e Rio Doce, nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, e na porção mais ao norte da Zona da Mata mineira. No Sul de Minas e no Campo das Vertentes há probabilidade de que as chuvas ocorram acima da média, assim como também em todo o estado de São Paulo.
No mês de março o volume de chuvas poderá ocorrer abaixo da média nas mesorregiões do Norte de Minas e Metropolitana de Belo Horizonte.
Já nas próximas semanas as chuvas deverão continuar concentradas na região central do Brasil.
Com relação às temperaturas, nos próximos meses é esperado que na região Sudeste do Brasil ocorram dentro da média do verão.
Café
Com a proximidade do início do verão, devido ao calor, maiores ocorrências de chuvas, em forma de pancadas, nas principais regiões produtoras de café, vêm recuperando o vigor vegetativo dos cafezais.
Os produtores já iniciaram os tratos culturais para a recuperação do estado nutricional das plantas fazendo adubações e pulverizações para repor os nutrientes removidos pelo período anterior de seca severa. Apesar dos altos preços dos insumos agrícolas, tal fato não deve impedir que os produtores realizem os tratos culturais. Todavia, devem ter mais critérios e realizar os tratos partindo dos resultados de análises de solos, que devem ser realizadas após a colheita; e a análise das folhas, que deverá ser realizada no mês de dezembro, quando os frutos estiverem no estádio de chumbinho. Além dessas, devem também ser avaliadas as flutuações populacionais de pragas e doenças, além de um bom manejo das plantas espontâneas.
Associado ao bom volume de chuvas da próxima estação é recomendado que os produtores aproveitem este final de ano para recuperar o estado nutricional de suas lavouras, realizando pelo menos duas adubações e pulverizações neste período, além de outros tratos culturais.
Na eventualidade da realização de novos plantios, após 30 dias deve ser feita, com base no resultado da análise de solos, a primeira adubação de cobertura com nitrogênio e potássio, e que deve ser repetida de 45 em 45 dias até o final do período das águas. Nas lavouras adultas, a dose de adubo anual recomendada, com base nas análises, deve ser distribuída durante todo o período das águas; entretanto, o ideal é que dois terços dessa dose sejam aplicadas até o final de dezembro.
Com relação à nutrição foliar, quando a planta se encontra no estádio de chumbinho, em dezembro é o período ideal para realizar a amostragem de folhas para análise vegetal. A parte que servirá como amostra da planta deve ser colhida no terceiro e, ou, no quarto pares de folhas, a partir do ápice de ramos produtivos, na altura média da planta. Recomenda-se a coleta de quatro folhas por planta em ambos os lados da planta, totalizando 100 folhas para cada talhão. A partir da análise foliar, o produtor poderá realizar a nutrição de modo mais equilibrado e aumentar a resistência das plantas ao ataque de pragas e doenças e, consequentemente, aumentar também a produtividade.
Como em dezembro ocorre o início de crescimento da curva populacional da ferrugem, o produtor deve coletar amostras foliares para verificar o nível de dano da doença nas suas lavouras.
Para a ocorrência da broca é também necessário fazer a coleta de amostra dos frutos para verificar o nível de dano da praga e, caso seja necessário, o controle deve ser feito aproximadamente 90 dias após a maior florada, que normalmente coincide com o mês de dezembro.
Ressalta-se que alguns cafeicultores já vêm adotando a chamada “agricultura regenerativa” que pode ser classificada como um conjunto de práticas de planejamento a longo prazo que propõe recuperar o ecossistema no qual se encontram as lavouras. Essas práticas têm sido adotadas para o controle de pragas com base na redução do uso de defensivos e preservação do meio ambiente.
O controle de plantas espontâneas neste período também é importante para reduzir a competição destas com as plantas de café. O método de controle que mais aumenta a matéria orgânica dos solos é a realização da roçada com roçadeiras manuais, cujo rendimento de trabalho é muito eficiente.
Nas lavouras que foram podadas o produtor deve ficar atento às desbrotas, e principalmente ao excesso de ramos ladrões na parte de baixo do ramo ortotrópico. Destaca-se que as lavouras que foram podadas normalmente apresentam deficiência generalizada de Zinco e Boro, e devem ser corrigidas por meio das pulverizações.
No período de chuvas mais fortes e concentradas, nas propriedades que possuem controle de erosão, deverá ser realizada a limpeza dos terraços e das caixas de contenção de águas. É importante ressaltar que é fundamental, para a conservação das estradas, a recuperação dos quebra-molas que direcionam as águas para dentro das caixas de contenção.
Prognóstico
As análises e prognósticos climáticos aqui apresentados foram elaborados com base nas estatísticas e nos históricos da ocorrência de fenômenos climáticos globais, principalmente daqueles atuantes na América do Sul. Considerou-se, também, as informações disponibilizadas livremente pelo NOAA; pelo Instituto Internacional de Pesquisas sobre Clima e Sociedade — IRI; pelo Met Office Hadley Centre; pelo Centro Europeu de Previsão de Tempo de Médio Prazo — ECMWF; pelo Boletim Climático da Amazônia elaborado pela Divisão de Meteorologia (Divmet) do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e com base nos dados climáticos disponibilizados pelo INMET. (5º Disme) / CPTEC-Inpe.
O prognóstico climático faz referência a fenômenos da natureza que apresentam características caóticas e são passíveis de mudanças drásticas. Desta forma, a EPAMIG e a Embrapa Café não se responsabilizam por qualquer dano ou prejuízo que o leitor possa sofrer, ou vir a causar a terceiros, pelo uso indevido das informações contidas no texto. Portanto, é de total responsabilidade do leitor o uso das informações aqui disponibilizadas.
*Williams Ferreira é pesquisador da Embrapa Café/EPAMIG Sudeste na área de Agrometeorologia e Climatologia, atua principalmente em pesquisas voltadas para o tema Mudanças Climáticas Globais e cafeicultura. – williams.ferreira@embrapa.br
Por: Williams ferreira e Marcelo Ribeiro
Fonte: Epamig
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Aprovada reserva do Funcafé para produtores atingidos pelas geadas
Por recomendação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Conselho Monetário Nacional (CMN) reservou R$ 1.318.582.400,00 do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para medidas de apoio aos produtores que venham a ser indicadas após avaliação dos efeitos econômicos decorrentes das geadas que ocorreram em julho.
O valor corresponde a 20% do valor das linhas de Custeio, Comercialização, Capital de Giro e Financiamento para Aquisição de Café (FAC), e 100% do valor da linha de Recuperação de Cafezais Danificados.
Em abril de 2021, o CMN aprovou a distribuição de recursos, para o ano agrícola 2021/2022, para as linhas de financiamento do Funcafé. Durante o mês de julho de 2021, ocorreram geadas nas principais regiões produtoras de café de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, e levantamentos preliminares indicam que foram atingidos cerca de 200 mil hectares de cafezais.
A reserva já tinha sido aprovada pelo Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) para atender os cafeicultores prejudicados pelas geadas nas últimas semanas. Os recursos fazem parte dos R$ 5,9 bilhões aprovados para aplicação nas linhas de financiamento do Funcafé na safra 2021/2022. Com a reserva, os agentes financeiros terão R$ 4,6 bilhões para as linhas de crédito de custeio, comercialização, capital de giro e aquisição de café. Os contratos estão no final de processamento.
As informações são da Imprensa MAPA.
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Pesquisadores da EPAMIG e da Embrapa Café orientam cafeicultores sobre o que fazer após as geadas
O material elaborado pelos pesquisadores Vinícius Andrade (Consórcio de Pesquisa Café/EPAMIG), Gladyston Carvalho (EPAMIG), César Botelho (EPAMIG) e André Dominguetti (Embrapa Café) explica porque as geadas ocorrem e traz recomendações para o levantamento dos danos e sobre as ações necessárias no momento e a médio e longo prazo.

Introdução
Estamos muito tristes por todos os produtores afetados pela geada. Sabemos o trabalho, dedicação e investimento dispendidos às lavouras para serem perdidos em uma noite. Entretanto, temos uma indústria a “céu aberto” e eventos climáticos ocorrem com determinada frequência e com a geada não é diferente. Nós como agricultores e técnicos devemos minimizar as chances de perdas por meio de técnicas de manejo, gerenciamento técnico e financeiro do negócio. Cada caso deve ser analisado com critério e estar fundamentando em conhecimento científico e empírico, adaptados a cada situação.
Nosso objetivo nesse documento é simular uma conversa com o produtor, pensando como ele, neste momento tão difícil. Basicamente, as perguntas poderiam ser:
- O que é a geada e por que ela ocorre?
- O que devo fazer?
- Como manejar a lavoura após o dano?
- Como proceder no médio e longo prazo?
- Qual o impacto na cafeicultura do Brasil?
O que é a geada e por que ela ocorre?
A geada é um fenômeno natural que pode ocorrer em frequência variada de acordo com a latitude, altitude e orografia do ambiente de cultivo. As causas, são geralmente, massas de ar polar vindas dos Andes ou do Oceano Atlântico. A ocorrência se dá quando a temperatura é menor que 2ºC no abrigo e -2 a -3ºC na relva. Para o cafeeiro a temperatura letal é menor que -2ºC.
A frequência de ocorrência de geadas é feita analisando-se sua severidade e o número de vezes que o fenômeno foi identificado em uma série histórica. A classificação de severidade é realizada pela temperatura mínima medida nas estações climatológicas. Desde 1890 até hoje, com resultados de estudos feitos nos estados do Paraná e São Paulo, as geadas podem ser classificadas e previstas como:
- Severíssima – a cada 20-30 anos (última em 1994)
- Severa – a cada 6-10 anos (danos parciais ou totais)
- Moderada – a cada 3 anos (áreas mais baixas)
Aparentemente, por meio de dados históricos, a partir de 1970 elas se tornaram mais recorrentes. Publicações indicam que, apesar do aquecimento global previsto na média da temperatura, eventos extremos de clima estão ficando mais frequentes. O ciclo do carbono, na nova era do Antropoceno, pode estar influenciando esses fenômenos por haver indícios de alteração no ciclo de energia do planeta.
O que devo fazer?
Por enquanto nenhuma intervenção deve ser feita na lavoura, principalmente por dois motivos. 1) Ainda vem uma nova onda de frio e o período histórico de ocorrência de geada ainda não terminou, apesar de no mês de agosto a ocorrência ser menor. Podar agora deixa as plantas mais expostas ao esfriamento. 2) Ainda não se sabe a dimensão do dano nas plantas. O ideal é esperar por aproximadamente 30 a 60 dias, após o frio passar e se ter maior certeza de como e onde atuar. Pode-se até esperar as primeiras chuvas e até mesmo a florada para se ter mais certeza do prejuízo na safra de 2022.
No momento o produtor deve quantificar seus prejuízos para fazer suas contas focando no fluxo de caixa e orçamento para o próximo ano. O levantamento deve conter a área afetada na propriedade e a classificação da intensidade dos danos nas lavouras, pois os danos são variáveis pelos motivos já mencionados. Com o levantamento em mãos o produtor deve readequar seu planejamento agrícola de acordo com o dano provocado pela geada e gastar o mínimo possível nas áreas mais afetadas.
Mesmo não sabendo como irá proceder no momento, com relação à intervenção nas lavouras, as adubações e controles fitossanitários devem ser reduzidos nas áreas com maior redução de safra. Normalmente, será um manejo de lavoura com poda tipo decote ou mais drástica, por recepa ou esqueletamento. O pensamento deve ser, já que vou colher menos, irei gastar menos, desde que a decisão seja tecnicamente analisada para não comprometer a produtividade da lavoura em sua vida útil.
COMO MANEJAR A LAVOURA APÓS O DANO
A decisão é tomada em função da magnitude da morte dos tecidos nos cafeeiros. Quanto maior a quantidade de tecidos mortos mais drástica vai ser a intervenção, que pode chegar até mesmo na substituição das lavouras. Mediante a necessidade de podas a regra é, quanto menos cortar melhor. Com relação à renovação da lavoura, deve-se considerar a mortalidade de plantas, que gerarão o estande produtivo quando a lavoura se recuperar.
Nas lavouras em formação em que o dano foi severo, causando a morte das plantas por queima das folhagens e ramos ou pela canela de geada, deve-se renovar a lavoura. Caso o dano seja superficial, não afetando o ramo ortotrópico (tronco principal) não é preciso fazer nada. A planta vai brotar e continuar seu desenvolvimento, mesmo que em atraso. Em plantas de 1,5 anos pode ser necessário o decote para retirar a parte queimada. Se o dano no caule foi até mais embaixo, deve-se esperar as novas brotações iniciarem seu estabelecimento, desbrotar e eliminar a parte velha queimada na geada, restaurando uma nova planta.
Com relação às lavouras produtivas deve-se analisar a necessidade de poda, lembrando que quanto menos drástica a poda melhor. Podemos citar algumas situações:
- Dano superficial nas bordas de toda a planta – Somente as folhas da extremidade dos ramos foi afetada, permanecendo o interior da planta verde. Ação: Não fazer nada. Provavelmente a parte não afetada produzirá café em 2022.
- Dano severo do terço superior do cafeeiro – A geada queimou folhas e ramos apenas da parte superior da planta, “geada de capote”. Ação: Poda por decote, eliminando apenas a parte morta.
- Dano severo em grande parte dos ramos plagiotrópicos – Ação: Poda por esqueletamento, cortando no início da porção dos ramos que está viva para eliminar apenas as partes mortas.
- Dano severo nos ramos plagiotrópicos e ortotrópico – Planta morta de baixo para cima, tanto nos ramos produtivos como no tronco principal. Ação: Recepa, cortando pouco abaixo do limite de tecidos mortos da planta. Caso haja ramos plagiotrópicos não queimados na parte debaixo da planta eles não precisam ser removidos, fazendo apenas uma retirada da parte queimada.
- Morte de plantas – Ação: verificar a proporção de plantas mortas e decidir ou não pela renovação do cafezal. Em plantas adultas esse fenômeno é mais raro de acontecer.
Como proceder no médio e longo prazo?
Conforme mencionamos anteriormente, as geadas são um fenômeno frequente e por isso, suas ocorrências, além da tristeza e prejuízos, devem induzir à evolução no processo produtivo. O produtor deve-se perguntar e consultar os técnicos sobre o grau de risco que sua lavoura tem de ser afetada pela geada e pelo frio, que apesar de não queimar as plantas, diminui a produtividade de algumas lavouras. Após essa forte geada de julho de 2021, o produtor tem basicamente duas opções. A primeira é decidir por não cultivar mais café no local afetado. Nos últimos dez ou quinze anos o produtor, em geral, “perdeu o medo” da geada e plantou lavouras em locais de risco. Plantios foram realizados abaixo da linha da geada, que foi estudada e respeitada no passado. Dessa forma a geada nos reforça a necessidade de uma criteriosa escolha da área para o plantio de lavouras de café.
A segunda alternativa é que nas áreas mais sujeitas à geada e a temperaturas menores deve-se pensar na arborização das lavouras de forma sistemática por meio do plantio de linhas de cafeeiros intercalados com linhas de árvores. Com a colheita mecanizada, a arborização distribuída por toda a lavoura é dificultada, mas nada impede que em distâncias determinadas conforme o local de plantio e orografia da área, se plante linhas de árvores. Essas árvores ajudarão a proteger as lavouras das geadas por auxiliarem na manutenção da temperatura mais alta em noites de frio, servirão de quebra vento, amenizarão extremos de temperatura alta e insolação, contribuirão para a diversificação biológica, ciclagem de nutrientes, sequestro de carbono, além de poder gerar lucro extra quando manejadas para esse fim pelo plantio de espécies específicas. Além disso, promovem o aumento de produtividade em áreas mais frias, mesmo sem a ocorrência de geada. No Paraná, o uso de feijão guandu ou de tremoço nas entrelinhas já foi usado com sucesso, em lavouras novas plantadas em locais de risco.
Outras formas de se diminuir as chances de ocorrência de geada incluem a nutrição adequada da planta. Planta com maiores concentrações de carboidratos e proteínas tendem a suportar melhor o frio. Em último caso, em caráter de emergência, a nebulização se mostrou efetiva na amenização dos efeitos da geada. Em áreas irrigadas os danos podem ser evitados por meio do molhamento antes e no dia do resfriamento. A promoção de vento dentro da lavoura é usada em parreirais na Europa, por exemplo.
Qual o impacto na cafeicultura do brasil?
Ainda é cedo para estimar-se a perda de produção para a safra de 2022 com grau de confiança aceitável. A última safra de bienalidade positiva e com clima favorável nas principais regiões produtoras de Arábica foi em 2020, com produção total de 63 milhões de sacas, sendo 48,7 milhões de Arábica. Em um cenário otimista, antes das geadas de julho de 2021, havia a expectativa de que a safra de 2022 fosse 10% superior à de 2020 (a safra 2020 foi 2,3% acima que a de 2018), teríamos uma produção de 68 milhões de sacas totais e 54 milhões de café Arábica.
Considerando-se que as áreas atingidas pelas geadas foram as demonstradas na tabela 1 e que nessas regiões a perda de produção ocorreu cenários de 10%, 20% e 30% de redução, a produção de café Arábica pode variar de 50 a 43 milhões de sacos de 60 Kg, com reduções de quatro a onze milhões de sacas. É preponderante lembrar que estimativas precisas da área afetada e da magnitude do dano nas lavouras serão realizadas pelos técnicos de instituições públicas, cooperativas e empresas privadas, que por meio de uma criteriosa análise in loco poderão aumentar a chance de acerto. O sensoriamento remoto pode ajudar no fornecimento de informações precisas e com melhor custo-benefício que visitas a campo, além de poder ter uma abrangência geral do estrago nas lavouras de café.
Independentemente da quantidade de café perdido para 2022, tem-se que ter em mente que a recuperação da capacidade produtiva brasileira nas regiões afetadas pela geada terá início somente a partir de 2024 e deve se estabilizar em 2025 ou 2026. Isso dependerá da quantidade de lavouras em formação que precisarão ser substituídas e da taxa de renovação, uma vez que as mudas disponíveis para esse ano já possuem destino e muitas delas foram afetadas irrecuperavelmente pela geada.
Portanto, o momento é de “curar as feridas da tristeza”, se acalmar, mensurar o dano, o fluxo de caixa (contas a pagar) e planejar-se para as próximas safras, sempre agindo nas análises de curto prazo sem perder o futuro de vista. Algumas lições podem ser enfatizadas para nos forçar a errar menos no futuro, tais como: 1) trabalhar com capital próprio o máximo possível; 2) a geada é fenômeno recorrente e natural na cafeicultura; 3) escolher as áreas de plantio de forma criteriosa; 4) arborizar áreas mais frias da propriedade e com risco de geadas; 5) Estabelecer um porcentual de cada safra para fazer trocas de produtos e outras operações financeiras, deixando a maior parte do café a ser produzido sem comprometimento. As crises nos fortalecem, já diz o ditado popular, “o que não mata engorda”.
Força produtores, não é a primeira crise que passamos na cafeicultura e não vai ser a última. A história mostra que a cafeicultura brasileira “amadureceu” com as crises biológicas, financeiras e sociopolíticas, transformando-se em referência na exportação de cafés, conhecimentos e produtos. Acreditamos na resiliência, inteligência e dedicação dos produtores em superarem-se para vencer esse desafio. A EPAMIG-Embrapa Café estão à disposição dos produtores e da sociedade como um todo.
Vinícius T. Andrade, Gladyston Rodrigues Carvalho, César Elias Botelho, André D. Ferreira
Lavras-MG
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Ingerir café pode diminuir risco de arritmias cardíacas, segundo estudo
Pesquisa foi publicada nesta segunda-feira (19) na revista científica Jama Internal Medicine
Sandee LaMotte, CNN
Tomar Café não irá fazer o seu coração disparar. Pelo contrário, segundo estudo publicado nesta segunda-feira (19) na revista científica Jama Internal Medicine. O trabalho descobriu que o hábito de ingerir café está associado à diminuição dos riscos de desenvolver arritmias cardíacas, como a fibrilação arterial, caracterizada por uma frequência cardíaca irregular e muitas vezes acelerada, que geralmente provoca má circulação sanguínea.
O estudo analisou o consumo de café de mais de 386 mil pessoas, por um período de três anos, comparando-o com ocorrências de arritmias cardíacas, incluindo a fibrilação arterial.
Após descartar hábitos e doenças que poderiam causar palpitações, os pesquisadores descobriram que “cada xícara de café consumida estava associada à diminuição em 3% dos riscos de incidência de arritmia”, escreveu o professor Gregory Marcus, da divisão de cardiologia da Universidade da Califórnia e um dos autores do estudo.
O gene do café
Os autores também investigaram genes associados à agitação provocada pelo café. O CYP1A2, chamado de “gene do café”, ajuda no metabolismo da cafeína. Pessoas que têm esses genes ativos – o que pode ser afetado por hábitos como fumar – metabolizam o café normalmente. O que significa que esses indivíduos podem tomar café sem sentir nenhum efeito colateral.
No entanto, quando há alguma mutação nesse gene, o organismo pode passar a metabolizar o café mais lentamente, fazendo com que os efeitos da cafeína tenham uma duração maior ou sejam mais sentidos. O estudo não identificou nenhuma associação significativa entre a dificuldade para metabolizar o café e o desenvolvimento de arritmia.
A ideia de que o café causa palpitações surgiu de estudos menores e antigos, incluindo um que focava exclusivamente em médicos do sexo masculino, escreveram Marcus e sua equipe da Universidade da Califórnia. Atualmente, a ciência tem uma visão diferente. Uma revisão de 201 meta-análises revelou que o consumo moderado de café é, provavelmente, mais benéfico do que prejudicial à saúde, segundo Marcus.
Além disso, já foram descobertos diversos outros potenciais benefícios da cafeína e do café, como redução dos riscos de câncer, diabetes, doenças cardíacas e mortalidade em geral, de acordo com o estudo.
(Texto traduzido. Leia o original, em inglês)
Fonte: CNN Brasil
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Exportações de café do Brasil totalizam 3,3 milhões de sacas em fevereiro
Exportações em fevereiro apresentaram crescimento de 9% em relação ao mesmo mês de 2020 enquanto que o bimestre registrou aumento de 6%
O Brasil exportou 3,3 milhões de sacas de café em fevereiro, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. O dado representa um aumento de 9% em relação ao mesmo mês do ano passado. A receita cambial gerada com os embarques foi de US$ 423,7 milhões, crescimento de 4,7% em relação a fevereiro de 2020. Na conversão em reais, o valor foi de R$ 2,3 bilhões, apresentando aumento de 30,6%. Já o preço médio da saca foi de US$ 129,19 no período. Os dados são do relatório compilado pelo Cecafé, Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.
No segundo mês deste ano, as exportações de café verde (arábica + conilon) atingiram 3 milhões de sacas de, registrando crescimento de 11,2% ante fevereiro do ano anterior. Com relação às variedades embarcadas, o café arábica representou 81,9% do volume total exportado no mês (2,7 milhões de sacas), o conilon (robusta) ocupou 9,5% de participação nas exportações (312,3 mil sacas) e o solúvel, 8,5% dos embarques (278,4 mil sacas). Tanto o café arábica quanto o conilon apresentaram aumento nos volumes exportados, de 8,5% e 42,7%, respectivamente, quando comparado a fevereiro de 2020.
“As exportações brasileiras de café se mantiveram firmes no mês de fevereiro, registrando o crescimento de 9% em relação ao ano anterior. Analisando-se os números parciais do ano safra 2020/21, observa-se recorde das exportações entre julho de 2020 e fevereiro de 2021 em relação ao mesmo período de anos anteriores, refletindo as ótimas condições da safra passada e o potencial cenário para um novo recorde no encerramento do ciclo. Esses resultados demonstram que os diferenciais brasileiros continuam competitivos e que somados à excelente qualidade e à sustentabilidade aplicada nas lavouras, tornam o café brasileiro mais atrativo e fortemente demandado na bolsa de Nova Iorque, onde o país se destacou como uma das principais origens de entrega de cafés de qualidade”, declara Nicolas Rueda, presidente do Cecafé.
Ano Civil
No primeiro bimestre de 2021, o Brasil exportou 6,9 milhões de sacas de café, apresentando um desempenho positivo em relação ao mesmo período do ano passado, com crescimento de 6% nos embarques. As exportações de café verde apresentaram alta de 8,1%, atingindo 6,3 milhões de sacas, sendo que os embarques de café arábica (5,8 milhões de sacas) cresceram 6,7% e os de conilon (553,8 mil sacas), 25,1%. A receita cambial gerada no período foi de US$ 889,7 milhões, aumento de 1,3%, e o preço médio foi de US$ 129,46.
Principais destinos
No ano civil até agora (janeira a fevereiro de 2021), o principal destino de café brasileiro, os Estados Unidos, importaram 1,3 milhão de sacas, dado que representa 19,4% do volume exportado no período. A Alemanha, segundo maior consumidor, importou 1,2 milhão, equivalente a 17,8% de participação nos embarques. Na sequência, os países que mais importaram o produto foram a Bélgica, com 561,8 mil sacas (8,2%); Itália, com 514,2 mil (7,5%); Japão, com 350 mil (5,1%); Colômbia, com 240 mil (3,5%); Federação Russa, com 192,2 mil (2,8%); França, com 167,7 mil (2,4); Turquia, com 155,1 mil (2,3%); e Canadá, com 130,6 mil (1,9%).
Entre os destinos listados se destacaram as exportações para a Colômbia, que registraram aumento de 173%; para a Bélgica, alta de 59,9%; e para a França, crescimento de 19,4%. Os embarques para os EUA e Alemanha também apresentaram desempenho positivo com o aumento de 8,4% e 6,6%, respectivamente, em relação ao primeiro bimestre do ano passado.
Com relação às exportações por continente, grupos e blocos econômicos, a Europa registrou aumento de 3% no consumo do café brasileiro ante o primeiro bimestre de 2020, totalizando 3,6 milhões de sacas exportadas para o continente no período. As exportações para a América do Norte apresentaram aumento de 5,5% (chegando a 1,5 milhão de sacas); na América do Sul, alta de 73,7% (434 mil); na África, de 13,9% (155,6 mil); na América Central, de 158,9% (41,3 mil); nos Países Árabes, de 19,1% (304 mil); e nos países produtores, de 74% (486,5 mil). Já as exportações de café verde, especificamente, para os países produtores registraram aumento de 131,7, com o embarque de 400,2 mil sacas para eles.
Cafés diferenciados
O Brasil exportou 1 (um) milhão de sacas de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis) no primeiro bimestre deste ano, volume que representa 14,9% das exportações totais de café no período. A receita cambial gerada pelos embarques da modalidade atingiu US$ 173,7 milhões, correspondendo a 19,5% do valor total gerado no bimestre. Já o preço médio da saca de cafés diferenciados foi de US$ 169,31.
Os 10 maiores países importadores da modalidade representaram 80,5% dos embarques. Os Estados Unidos seguem sendo o país que mais recebe cafés diferenciados do Brasil, com 260 mil sacas exportadas (equivalente a 25,3% de participação nas exportações da modalidade), seguido pela Bélgica, com 130,8 mil sacas (12,8%) e Alemanha, com 127,6 mil (12,4%). Na sequência estão: Japão, com 81,2 mil sacas (7,9%); Itália, com 70,6 mil (6,9%); Turquia, com 38,3 mil (3,7%); Reino Unido, com 34,3 mil (3,3%); Canadá, com 30,8 mil (3%); Suécia, com 29,5 mil (2,9%); e Países Baixos, com 22,3 mil (2,2%).
Ano-Safra 2020/21
Nos oito primeiros meses do Ano-Safra 2020/21 (jul/20-fev/21), o Brasil exportou 31,6 milhões de sacas de café, o melhor resultado para o período dos últimos cinco anos, com destaque para o crescimento de 18% nas exportações na mesma base comparativa da safra anterior. A receita cambial com os embarques no período atingiu US$ 3,9 bilhões, aumento de 15% em relação ao período anterior e equivalente a R$ 21,2 bilhões na conversão em reais, o que representa, neste caso, alta de 51,6%. Já o preço médio foi de US$ 124,56.
As exportações de café verde no Ano-Safra até agora apresentaram aumento de 20%, com 28,9 milhões de sacas, sendo que os embarques de café arábica registraram crescimento de 19,9% (chegando a 25,6 milhões de sacas), enquanto que os embarques de conilon tiveram alta de 21% (totalizando 3,3 milhões de sacas).
Portos
O Porto de Santos ocupa a liderança como via de escoamento do café neste ano, com 78% de participação (5,4 milhões de sacas embarcadas por ele). Já os portos do Rio de Janeiro figuraram o segundo lugar, com 16,2% de participação (1,1 milhão de sacas embarcadas por eles).
Fonte: Cecafé
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Brasil exporta 3 milhões de sacas de café em julho, diz Cecafé
Apesar do cenário mundial desafiador, exportações de café de Brasil em julho deste ano bateram o segundo maior recorde para o mês em termos de volume
Em julho deste ano, o país exportou 3 milhões de sacas de café, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. O volume representa o segundo recorde histórico de exportações brasileiras de café para um mês de julho já registrado, apesar do atual cenário de pandemia por coronavírus. A receita cambial gerada pelos embarques foi de US$ 356,8 milhões, equivalente a R$ 1,9 bilhão, o que representa um aumento de 22,3% em reais em relação a julho de 2019. Já o preço médio da saca de café foi de US$ 117,4. Os dados são do Cecafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.
Em relação às variedades embarcadas no mês, o café arábica correspondeu a 74,4% do volume total das exportações, equivalente a 2,3 milhões de sacas. O café conilon (robusta) atingiu a participação de 14,7%, com o embarque de 446,4 mil sacas, enquanto que o solúvel representou 10,9% das exportações, com 331,8 mil sacas exportadas.
“Os volumes de exportação registrados em julho mostram que iniciamos bem o ano cafeeiro, com uma boa entrada do café brasileiro no mercado e bons resultados em reais. Apesar do cenário de crise gerado pela pandemia, os resultados indicam que o agronegócio café irá se consolidar nos próximos meses com qualidade e sustentabilidade e, principalmente, tomando os cuidados necessários em relação aos protocolos privados, desde a colheita, passando pelos armazéns, transporte e chegando com segurança ao consumidor. Temos informações dos Estados produtores de que a colheita está em um ritmo muito bom, tanto em volume quanto em qualidade, o que sinaliza uma boa performance para o ano cafeeiro”, declara Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
Ano civil
No período de janeiro a julho deste ano, as exportações de café atingiram 22,9 milhões de sacas. Neste caso, o volume exportado também representa o segundo recorde histórico de exportações brasileiras de café para o mundo no período.
A receita cambial foi de US$ 3 bilhões, equivalente a R$ 14,7 bilhões, crescimento de 29% em reais em relação ao período anterior. Já o preço médio foi de US$ 128,9/saca, registrando crescimento de 3,2%.
Entre as variedades embarcadas de janeiro a julho, o café arábica representou 78,4% do volume total exportado, equivalente a 18 milhões de sacas, enquanto que o café conilon (robusta) atingiu a participação de 11,2%, com o embarque de 2,6 milhões de sacas, e o solúvel representou 10,3%, com 2,4 milhões de sacas. Entre as variedades, as exportações de conilon se destacaram no período ao registrarem crescimento de 15% em relação a janeiro a julho de 2019.
Principais destinos
No ano civil (jan-jul), os dez principais destinos de café brasileiro foram: os Estados Unidos, que importaram 4,3 milhões de sacas de café (18,6% do total embarcado no período); a Alemanha, com 3,9 milhões de sacas importadas (17,1% da participação total no período); Itália, com 1,8 milhão de sacas (8,1%); Bélgica, com 1,7 milhão (7,2%); Japão, com 1,2 milhão de sacas (5,1%); Federação Russa, com 755,8 mil sacas (3,3%); Turquia, com 736,4 mil sacas (3,2%); Espanha, com 568 mil sacas (2,5%); México, com 537,4 mil sacas (2,3%) e Canadá, com 482,5 mil sacas (2,1%).
Entre os principais destinos, o México e a Federação Russa registraram os maiores crescimentos no consumo de café brasileiro no ano civil, com aumento de 31,3% e 22,2%, respectivamente.
Já entre os continentes e blocos econômicos destacam-se o crescimento de 21,1% nas exportações para os países da América do Sul; 49,8% para a África; 94,8% para a América Central; 24,5% para os países do BRICS; 15,6% para o Leste Europeu, além do aumento de 41,3% nos embarques para os países produtores de café.
Diferenciados
No ano civil, o Brasil exportou 3,8 milhões de sacas de cafés diferenciados (que são os cafés que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis). O volume, que foi o segundo maior embarcado para o período nos últimos cinco anos, corresponde a 16,6% do total de café exportado de janeiro a julho deste ano.
A receita cambial gerada com a exportação de cafés diferenciados do Brasil foi de US$ 625,6 milhões, representando 21,1% do total gerado pelo Brasil em receita com as exportações no ano civil de 2020 até agora.
Os principais destinos de cafés diferenciados foram: EUA, que importaram 660,7 mil sacas (17,3% do volume total do tipo de café embarcado no ano civil); Alemanha, com 551,2 mil sacas (14,4% de participação); Bélgica, com 486 mil sacas (12,7%); Japão, com 326 mil sacas (8,5%); Itália, com 271,6 mil sacas (7,1%); Espanha, com 176,4 mil sacas (4,6%); Reino Unido, com 140,7 mil sacas (3,7%); Suécia, com 127,6 mil sacas (3,3%); Canadá, com 112,5 mil sacas (2,9%) e Países Baixos, com 100,7 mil sacas (2,6%).
Portos
O Porto de Santos segue na liderança da maior parte das exportações no ano civil de 2020, com 79,9% do volume total exportado a partir dele (equivalente a 18,3 milhões de sacas). Em segundo lugar estão os portos do Rio de Janeiro, com 12,6% dos embarques (2,9 milhões de sacas).
Fonte: Cecafé
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Consumo de café aumenta nos EUA mesmo com cafeterias fechadas
Muitas das icônicas redes de café dos Estados Unidos ainda estão fechadas, mas isso não significa que a demanda esteja em queda, de acordo com a Olam International, umas das maiores tradings da commodity do mundo.
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Café: colheita de arábica se intensifica
As atividades de colheita da temporada 2020/21 estão ganhando ritmo neste final de mês, segundo colaboradores do Cepea. Alguns agentes ressaltam que a colheita manual (realizada na Zona da Mata, Sul de Minas e algumas localidades de São Paulo) pode ser um pouco mais lenta nesta temporada, devido à pandemia do coronavírus. Ainda que não tenham sido relatados grandes problemas, alguns produtores têm optado por trazer um menor número de colhedores de outras regiões, para facilitar a adaptação dos alojamentos e do transporte. Este cenário também tem levantado dúvidas quanto ao impacto na produção de café cereja – a colheita deste tipo deve ser mais acelerada, para evitar que os grãos sequem. As preocupações quanto à mão de obra em tempos de pandemia também têm sido motivo de alerta em outras origens. Segundo agências de notícias internacionais, países da América Central e a Colômbia relatam dificuldades na contratação de colhedores, devido aos problemas de adaptação dentro das próprias fazendas e às restrições na circulação de pessoas entre países vizinhos – é bastante comum que parte da mão de obra venha de fora destes países.