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Consumo de café dispara na China, e Brasil pega carona em ‘hype’ que tem até delivery por drones
País do chá está abraçando o café, diante de mudança de hábito de jovens chineses. Fenômeno fez Brasil mais que triplicar exportações do grão à China em 2023, e acelerar negociações para os próximos anos.
Por Paula Salati, g1 | 16/10/2024 05h30
A China, país que inventou o chá há milênios, começou a “descobrir” o café só na última década, e, mais recentemente, a bebida acabou virando moda entre os jovens chineses.
Até 2009, o consumo de café na China não passava de 300 mil sacas de 60 quilos por ano, número que, hoje, chega a 6 milhões, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
“Para os chineses, o café é uma bebida muito nova. A cultura de deles café foi criada nesses últimos anos”, conta o barista campeão mundial Boram Um, brasileiro que tem parceria com uma cafeteria chinesa.

📈A mudança na China “bateu forte” no Brasil só em 2023, quando as vendas nacionais do produto dispararam 275% ao país asiático, em relação a 2022, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), que participa de novos acordos com o país.
Essa alta catapultou a China da 20ª para a 6ª posição no ranking dos principais importadores de café do Brasil, que é o maior produtor e exportador mundial do grão.

Tudo isso coincidiu com o ano em que a China se tornou líder mundial em número de cafeterias de marca, alcançando 49,6 mil lojas, segundo a consultoria britânica World Coffee Portal.
Os chineses ultrapassaram ninguém menos que os EUA (42,8 mil lojas), criador da Starbucks, cafeteria com o maior número de franquias do planeta.
☕Por trás desse marco, há vários motivos. Um deles é a expansão acelerada da cafeteria chinesa Luckin Coffee. Fundada em Pequim, em 2017, a empresa cresceu expressivamente no último ano, ao saltar de 8 mil lojas no início de 2023, para 20 mil, atualmente, em toda a China, conta Fernando Maxiliano, analista de mercado de café da StoneX.
E os exportadores brasileiros conseguiram aproveitar essa onda. “Hoje, 50% de todo o café que a Luckin Coffee compra é só do Brasil. O resto é dividido com outros países”, diz o diretor-geral da Cecafé, Marcos Matos.
Até um dos embaixadores globais da marca chinesa é brasileiro: o próprio Boram Um, que também é um dos responsáveis por escolher os cafés que a Luckin compra, além de desenvolver novas bebidas para a empresa.

Apesar da proximidade com o café brasileiro, os chineses têm outras formas de consumo. Para eles, o grão é mais um ingrediente de bebidas misturadas com leite ou água de coco (que fazem muito sucesso entre os jovens) e até mesmo com suco de limão ou “moutai”, um tradicional licor chinês.
É bem diferente do brasileiro que se contenta com a apresentação solo do cafezinho na forma de um coado ou espresso.
Mas nem isso é uma barreira para o grão nacional: até um museu sobre o café brasileiro será inaugurado em novembro, na cidade chinesa de Kunshan, conta o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana, que participa de negociações com o país parceiro.
Além da Luckin, outras cafeterias chinesas estão crescendo no país, assim como fábricas de torrefação, o que aponta que a China vai continuar bebendo café por mais tempo, observa Matos.
Estrangeiras também estão presentes, como a própria Starbucks, que está na China desde 1999. Uma viajante brasileira conseguiu até que um pedido da loja fosse entregue por drone no meio de uma rua de Shenzhen (veja vídeo na matéria do G1).
Fonte notícia: G1.globo.com/economia/agronegocios
Esta notícia e todas as imagens foram captadas do site G1 apenas para fim de informação.
Foto destaque: Swapnil Bapat
Gráficos e informações: G1 | Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) | Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)
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Rota do Café entre Minas Gerais e São Paulo vira monumento nacional
O caminho percorrido pelo café produzido nos estados de Minas Gerais e São Paulo até o Porto de Santos, e todo o desenvolvimento promovido por essa produção nos séculos 19 e 20, foram declarados monumento nacional. A lei 14.718/2023 publicada nesta sexta-feira (3), no Diário Oficial da União, torna a Rota do Café o 14º lugar no país a receber o título.
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Dia Mundial, Internacional ou Nacional do Café?
De fato, nós, apaixonados por café, sabemos que todo dia é dia do café, então não nos falta motivo para celebrar o dia daquele que nos acorda com um aroma irresistível e um sabor intenso. Quem aprecia um café de qualidade sabe muito bem disso.
O café é tão importante na nossa vida que tem 03 datas para ser comemorado. São eles:
- Dia Mundial do Café: 14/04
- Dia Nacional do Café: 24/05
- Dia Internacional do Café: 01/10

Dia 24 de maio, dia 14 de abril ou dia 01 de outubro. Afinal, qual é o dia do café?
Embora seja muito gostoso celebrar o café, precisamos entender o porquê de tantas datas diferentes.
De fato, todas as datas estão corretas. Embora pareça tudo a mesma coisa, mas não é. Poderia haver uma unificação das datas que celebrasse o café no mundo todo, mas, eu não me incomodo de comemorar o café 3 vezes ao ano e você?

DIA 14 DE ABRIL
No dia 14 de abril costumava ser celebrado o Dia Mundial do Café. Nesta data, a indústria cafeeira mundial celebra a 2ª bebida mais consumida do mundo, perdendo apenas para a água. Esta talvez seja a data mais conhecida quando se trata de referências na internet.
DIA 24 DE MAIO
Já em 24 de maio se celebra não só o Dia Nacional do Café, mas também o dia barista, que é o profissional especialista no preparo de bebidas à base de café. O dia 24 de Maio foi oficializado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) em 2005, com ela entra em cena simbolizando a época de abertura das colheitas na maior parte das regiões produtoras do país. Portanto, trata-se de uma data comemorativa apenas no Brasil.
DIA 01 DE OUTUBRO
Por fim, em 01 de outubro temos o Dia Internacional do Café. Sendo assim, essa é uma celebração global por conta da existência de muitos apaixonados por café espalhados pelo mundo. Em resumo, a data foi escolhida em 2015 pela Organização Internacional do Café (OIC), com o objetivo de unificar as celebrações ao redor do mundo.
E agora deu aquela vontade de tomar um cafezinho especial né?
Imagens: pixabay
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Além do campo: Café é forte ferramenta de mudança social e ajuda mudar vida de jovens pelo país
Projeto Ubuntu Café nasce em São Paulo com foco de apresentar a potência e oportunidades do café para jovens em áreas periféricas
Sempre maior produtor e exportador de café do mundo, há cerca de 20 anos o Brasil está vendo o cenário para a cadeia dos cafés especiais avançando, seja em termos de produção ou de consumo no mercado interno. Ainda assim, é utopia imaginar que o produto está disponível para todas as classes sociais.
Com custo mais elevado do campo até a xícara, o café especial caminha a passos lentos para polarização da bebida no país. Mas, “do outro lado da ponte” os projetos sociais envolvendo desde a planta de café até à xícara, são os grandes responsáveis para apresentar o imenso universo de oportunidades existente através do café.

Nascido e criado em uma zona periférica na cidade de Contagem, em Minas Gerais, Ronaldo Soares viu a própria trajetória sendo mudada com café e agora trabalha para que outros jovens, também de áreas periféricas, possam transformam as próprias realidades através de uma xícara de café.
No entanto, para entender como tudo começou, é preciso traçar uma linha do tempo. O jovem que perdeu a mãe ainda na infância, aos seis anos, foi criado pela avó que também carregou no seu DNA as características de um empreendedorismo social com foco nas pessoas da comunidade aonde estava inserida.
A avó morou na rua até aos 16 anos, foi adotada com essa idade, ganhou um terreno no bairro Areia Branca, área periférica da cidade e ali cedeu o espaço para a construção de uma igreja. E posteriormente o espaço também foi utilizado para aplicação de aulas para as crianças da comunidade.

“Minha vó começou a cuidar de crianças. Quem podia pagar, pagava. Quem não podia pagar, quem não podia fazia uma faxina, mas em muitos casos as famílias não voltavam, então minha família biológica é bem grande. Eu cresci nessa atmosfera de trabalhar desde cedo, de cuidar dos mais novos. Minha vó foi uma grande empreendedora social. Eu venho dessa realidade, mas antigamente as pessoas não davam nome, as pessoas não tinha conhecimento do que elas faziam”, conta Ronaro.
Foi vendo a avó trabalhando em prol de outras pessoas e acreditando que era esse o caminho que naturalmente ele acabou seguindo os mesmos passos, apesar de todas as dificuldades que iam desde a infraestrutura até a alimentação de todos que ali cresciam. “Com pouco minha vó fez muito. Minha vó faleceu quando eu tinha 17 anos, fiquei sozinho já que ela era a base, estrutura da minha família e cada um foi seguindo. Foi muito difícil. Lembro que eu comecei fazer faculdade e tive que trancar porque não tinha condições de pagar”, relembra.
Alguns anos depois, Ronaro cantava em uma igreja e conheceu uma família com uma situação financeira muito diferente do que ele tinha conhecido até aquele momento. Foi com essa família que, pela primeira vez, ele saiu de Minas Gerais e passou alguns dias em São Paulo. Aos 21 anos ele foi adotado por essa família e viu a própria realidade mudar.
“Morando com eles eu comecei a ter acesso a ferramentas e oportunidades que eu não tinha antes. Comecei a me desenvolver, fiquei uns três anos morando com eles e vim morar em São Paulo. Quando vim, já vim com emprego porque tinha um amigo que já trabalhava em uma cafeteria que tem fazenda, torrefação e fui para trabalhar no administrativo”, conta.
Foi ali, naquela cafeteria que ele entendeu a potência e oportunidades que poderiam existir naquela produção. Conheceu pela primeira vez uma fazenda de café e passou a se interessar um pouco mais pela cafeicultura. “Eu comecei a fazer uns cursos e em troca do pagamento eu tirava algumas fotos. Então eu fazia os cursos de cupping e fazia essa troca, assim comecei a estudar”, comenta.
Na correria do dia a dia, Ronaro nem percebeu que já estava ajudando outras pessoas com workshops sobre métodos de preparo. O “ensinar” outros jovens foi acontecendo de forma natural até que ele foi trabalhar em uma cafeteria que tinha como prioridade a contratação por gênero e etnia.
“Foi a minha primeira experiência com café e com pessoas em vulnerabilidade social. Foi ali que comecei a ter essas experiências e conectar essas pessoas. Depois a gastronomia periférica me chamou para trabalhar com eles e é um projeto de gastronomia que forma pessoas no Brasil inteiro, eles dão todo suporte para eles participarem das aulas de gastronomia de café”, conta.

Foi a partir desse projeto que ele passou a enxergar o café como uma ferramenta de mudança de social. “Comecei a estudar sobre empreendedorismo social, participei de algumas experiências, com pessoas referências nas áreas. E comecei a desenvolver o meu projeto social que chama Ubuntu Café porque essa é a minha experiência. O café transformou a minha vida, porque acham que porque fui adotado que eles pagam as minhas contas, mas não é isso. Eu sempre paguei as minhas contas, eu só deixei de pagar aluguel e passei a pagar coisas que me trazem acesso a outras ferramentas e oportunidades”, afirma.
O Ubuntu Café nasceu em um momento em que o Ronaro, inserido nesse universo, percebeu que era um mercado em expansão. “Eu falei: por que não criar um projeto que traz formação técnica na área de café. Eu sei que já tem, mas conversei com pessoas que já fazem projetos sociais dentro da área do café no Brasil e todas elas me incentivaram, me fizeram enxergar que realmente tem demanda, que a gente precisa e a formação no café é rápida e barata”, comenta.
O projeto é composto por nomes referências no cenário do café especial para administrar essas aulas, mas também por pessoas que vieram de situação de vulnerabilidade e agora estão aptas para apresentar esse mercado de trabalho para novas pessoas. “Eu montei esse projeto que é para trazer formação técnica para pessoas em áreas de periferia. Essa formação vai durar três meses, com uma aula por semana e eles conseguem ir acompanhando da própria casa”, comenta.

Apresentar o café além da xícara é o primeiro módulo do projeto e na sequência esses alunos também são apresentados ao mercado de trabalho. Segundo Ronaro, nessa segunda etapa é neste momento é que eles passam a ter uma visão geral do mercado, podendo ir além do barismo. O curso também reserva um espaço especial para falar sobre empreendedorismo social, justamente para mostrar a necessidade de projetos com esse perfil.
“Eu vim de uma periferia e foi um longo caminho para chegar até aqui. Primeiro eu vivi isso, depois eu desenvolvi isso para ajudar essas pessoas”, afirma. A primeira turma terá 20 aulas, para alunos de São Paulo. A escolha do estado foi justamente pela proximidade que Ronaro consegue ter com essas áreas, o que vai facilitar o acompanhamento, mas a ideia é ampliar o projeto para outros estados e inclusive para países de origem africano que falam a língua portuguesa.
“Eu quero atuar com o Brasil e com alguns países no continente africano porque o café está crescendo. Nós sabemos das oportunidades, mas não é fácil, é preciso muito trabalho para alcançar esses voos. O café ele é uma ferramenta de mudança social, é a minha experiência, funcionou muito para mim e eu já funcionando na prática para muitas pessoas. Não é só uma formação no café, é uma história: ancestralidade, política, economia, ferramenta social, tudo isso é o café”, complementa.

A importância dos projetos sociais com o café
O Brasil é o maior produtor de café do mundo e apesar de estar na rotina do brasileiro tomar pelo menos uma xícara de café por dia. Neste sentido, os projetos sociais ganham ainda mais peso com foco em apresentar para outras pessoas a realidade de produção e potência da bebida.
Ele comenta ainda que a ideia é que eles conheçam essa outra realidade, além do café tradicional. “É entender que existe esse outro universo. Não é para parar de consumir esse café de todos os dias, mas é saber que você tem essa outra oportunidade, possibilidade. E não pode ser nada imposto porque não é tão acessível, mas todos merecem conhecer esse outro universo”, complementa.
O projeto está sendo lançado oficialmente neste mês de maio e tem então como principal objetivo apresentar essa realidade e empregar novos profissionais do café, que é de fato um mercado que está em ascensão no Brasil. Na produção, os cafeicultores nas mais de 30 regiões produtoras do país, estão virando a chave para a qualidade e na cidade, os jovens vêm impulsionando o consumo da bebida dentro e fora do lar.
“Projetos sociais no mundo do café são de uma importância imensa, pois o café ele é um produto feito por muitas mãos, numa jornada longa e dentro de uma cadeia complexa. Ao passar por muitos profissionais e envolver todos eles de forma muito intensa, o café muita vezes ele chega para ser consumido sem dar valor e visibilidade para essa trajetória. Então os projetos sociais eles são um resgate minucioso dessa jornada, eles aproximam os elos e apertam os nós que vão se afrouxando ao longo do processo”, complementa Mariana Proença, jornalista especializada em café e que há 20 anos acompanha o desenvolvimento da cadeia de ponta a ponta no país.
Ela complementa ainda que apesar dos projetos atuarem em etapas específicas da cadeia do café, todos eles acabam apresentando todas as etapas do café, o que enriquece a visão da população na construção desse produto, valorizando cada passo e cada pessoa que participou desse projeto.
Para saber sobre o Ubuntu Café basta acessar o Instagram do projeto. Vale destacar que apesar do lançamento oficial, Ronaro ainda busca voluntários para atender as mais variadas demandas dentro do projeto social e fazer com a potência do café chegue cada vez mais nas áreas periféricas, apresentando e ajudando a mudar a vida de novos jovens através da xícara.
Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas
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Em todas as pontas da cadeia, Brasil tem pelo menos 30 mil mulheres a frente dos negócios cafeeiros no país
Desde o campo até a tomada de decisão: As cafeicultoras do Brasil ano após ano se destacam mundo afora
Na semana da mulher nada mais justo que o Entrelinhas do Cafezal seja dedicado para elas: as mulheres da cafeicultura brasileira, que ligam todas as pontas do setor, estão presentes desde o campo até a xícara.
E se falando em Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, segundo maior consumidor, o setor ainda conta com uma comunicação efetiva que trabalha diariamente para levar informação ao produtor, ao comprador no exterior e também ao consumidor final, sempre com o intuito de fomentar cada vez mais o consumo da bebida.
Você sabia que atualmente pelo menos 30 mil mulheres comandam negócios na cafeicultura brasileira? Os números recentes fazem parte de uma pesquisa realizada pela illycaffè em parceria com a FIA Business School.
O levantamento apontou ainda que esse número corresponde a 13,2% da produção nacional, ocupando 815 mil hectares, o que corresponde a 9,1% do total da área total de produção de café do Brasil. Os dados da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) mostram que a cafeicultura está presente em 34 regiões do Brasil, e posso dizer, sem medo de errar, que em cada uma delas existem mulheres trabalhando diretamente com café.
A pesquisa mostrou que a participação da mulher na cafeicultura teve um avanço significativo nos últimos anos, possibilitando assim maior acesso à informação, capacitação profissional e, inclusive, melhoria na qualidade do café.
Não podemos negar que a velocidade das informações nas redes sociais hoje também colaboram para que a comunicação seja mais efetiva, mas também não podemos nos esquecer de nomes que há muitos, muito antes da era digital, trabalham à frente da cafeicultura brasileira.
Entre as ações do setor no Brasil, a pesquisa da illy destacou a criação da Aliança Internacional das Mulheres do Café – IWCA Brasil, com uma das pioneiras para dar visibilidade à presença feminina no setor.
“As diversas iniciativas da IWCA no Brasil abriu espaço para discussão de outros temas que estão interseccionados com o gênero. Dentre eles, a questão da raça, que está na origem da produção de café no país, quando muitos escravizados negros trabalhavam nas lavouras e em outras atividades”, antes.

do Brasil
O Brasil é líder em pesquisa cafeeira e neste quesito elas também fazem história. Ivone Botone Bazioli é um dos nomes de impacto. “Dona Ivone” como ficou conhecida no meio cafeeiro, por 65 anos dedicou sua vida às pesquisas do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). “Esta senhora, Dona Ivone, tornou-se um ícone da existência e relevância do trabalho que mulheres de todas as raças sempre desempenharam na cultura do café no Brasil”, destaca a pesquisa.
Entre as várias pesquisas em que participou, uma delas merece destaque: Dona Ivone colaborou com as pesquisas para as variedades de café Mundo Novo e Catuaí. Duas das principais cultivares que compõem o parque cafeeiro brasileiro até os dias atuais.
No ano de 2021 ela recebeu uma homenagem internacional, pela Coffee Coalition for Racial Equity, e “emprestou” seu nome para implementação do Programa de Bolsas de Estudos para pessoas negras interessadas em estudar assuntos relacionados ao café.
Com quase 300 anos de história cafeeira, é praticamente impossível conhecer e listar todos os grandes nomes que ajudaram no desenvolvimento da cultura no Brasil. Por muitos anos as mulheres ficaram apenas nos bastidores, cenário já bem diferente do que o que observamos atualmente.
Carmem Lucia Chaves de Brito, a famosa “Ucha”, é outro nome que fez história com os cafés do Brasil. A história da primeira mulher a assumir a presidência da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) vai muito além do trabalho eficiente na produção de qualidade e de representatividade do setor. Um dos principais nomes femininos no café do Brasil carrega também uma característica ímpar dos cafeicultores: de não deixar o legado de uma família para trás.

Recentemente a cafeicultura global reconheceu os anos de trabalho realizados por Vanusia Nogueira. Filha de cafeicultores, depois de adulta Vanusia retornou para os negócios da família no Sul de Minas Gerais e por 15 anos representou o Brasil mundo afora como como diretora da BSCA. No ano passado, Vanusia foi nomeada como diretora executiva da Organização Internacional do Café (OIC). Ela foi a primeira mulher na história a assumir o cargo.

Falar sobre as produtoras do Brasil é mergulhar em um mar infinito de nomes que se tornaram referência. Há alguns anos o setor produtivo reconheceu que nas lavouras onde há participação feminina efetiva, a qualidade da bebida se sobressai. O olhar atento, a procura pelos detalhes e a forma de fazer café como elas fazem, levam muita diferença para o consumidor final. Conheça algumas produtoras:

Sul de Minas Gerais




Mas, mais do que isso, atualmente elas também têm transformado a cafeicultura feita por suas famílias. Assumindo posições de liderança, elas estudam, pesquisam e aplicam novas tecnologias em busca de uma produção altamente sustentável.





A busca por sustentabilidade também faz parte das ações das entidades que representam o Brasil no exterior. Os parâmetros ESG, tanto falado no mercado, fazem parte de um trabalho a longo prazo sendo realizado por elas. Na comercialização e em cargos importantes nas mais diversas cooperativas do país, elas também apresentam forte atuação.
Guardando a história e apresentando o café do Brasil para o mundo
Com uma trajetória rica de histórias inspiradoras e de grande peso para o desenvolvimento da economia brasileira, por aqui o setor cafeeiro tem um grande aliado para mater viva a nossa história em todos os seus detalhes: o Museu do Café, que tem atualmente na sua diretoria executiva Alessandra Almeida.

Atualmente o posicionamento do Museu do Café tem como foco continuar buscando os fatos históricos no âmbito econômico, social, cultural e até educacional do país, mas também mostrar o que está acontecendo hoje. “A gente entendeu que o café vive um novo capítulo da história e ela precisa ser guardada. Estamos tentando entender tudo o que está sendo processado pelo café, o que está acontecendo na cadeia para contar e guardar essa história daqui pra frente”, comenta.
Aqui ou para a mídia internacional, as comunicadoras do café também fazem a diferença no setor. Nas cooperativas, elas são responsáveis por ligar toda a mídia ao campo, ao produtor e a realidade do agronegócio brasileiro. Nas mais variadas plataformas digitais existentes atualmente elas estão presentes: cada uma com seu jeito particular de informar sobre e para um dos principais setores do Brasil.
Conheça também alguns rostos que representam o setor mundo afora:




do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil


Conselho de Administração na Expocaccer
Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas
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Transparência e valorização do produtor: SCA testa novo protocolo para avalição dos cafés especiais
Flávio Borém explica que não está prevista uma nova escala, mas sim uma forma diferente de se chegar à nota global
O mercado de café especiais é crescente. Se no campo o produtor cada vez mais se empenha para entregar uma bebida de qualidade diferenciada, na outra ponta da cadeia esse consumidor é cada vez mais exigente.
Neste sentido, todo o setor está empenhado para que as exigências sejam atendidas e que a cafeicultura especial seja cada vez mais rentável para quem está no início de tudo. Neste sentido, um novo protocolo de provas sensoriais está sendo testado pela Specialty Coffee Association – SCA.
O novo descritivo foi apresentado em um evento que está acontecendo em Honduras, na América Central, e que conta com a participação de brasileiros especialistas em produção de café. Entre eles, o professor Flávio Borém – um dos principais nomes da cafeicultura nacional e também presidente da comissão julgadura do Especialíssimo – programa de cafés especiais da Cooxupé.
“O mercado hoje de cafés especiais é totalmente baseado na SCA, no protocolo que até então é usado. A intenção é realmente positiva porque a escala atual é muito estreita, porque a maioria dos cafés especiais varia de 82 a 87 pontos. E agora é o que bom ser ressaltado como bom, excelente ou excpecional e o que não é tão bom se distanciar mais desses cafés”, explica.
Ainda de acordo com o produtor, o saldo é positivo porque o grande objetivo é favorecer o produtor, valorizando as qualidades que esse café que é feito com muita dedicação possui. “Oferecendo mais oportunidades para os produtores apresentarem a qualidade do seu café para diferentes aplicações ou compradores. Isto quer dizer que a inclusão da análise descritiva busca distinguir lotes com a mesma pontuação, mas que podem ter diferentes perfis sensorais”, explica.
O assunto chamou atenção nas redes sociais nesta quinta, apesar do lançamento oficial estar previsto para acontecer apenas em abril, em uma feira em Portland, nos Estados Unidos. Após a aprovação e lançamento oficial do novo protocolo, a SCA prevê um período de treinamento a nível mundial para apresentar a nova metodologia, e na sequência uma fase de transição entre as metodologias.
“Não está previsto uma nova escala, mas sim uma forma diferente de se chegar à nota global”, finaliza.
Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas
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Produção mundial de café foi estimada em 167,2 milhões de sacas de 60kg
A previsão total da produção e do consumo de café, em nível mundial, estimados para o período de 12 meses seguidos, especificamente de outubro de 2022 a setembro de 2023, tendem a se manter relativamente estáveis.
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Produtividade da lavoura de café cresce 38% em dez anos, aponta Fiesp
Estudo lançado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revela que, na última década, a produtividade média em valor (R$/ha) das propriedades de café do Brasil teve uma alta de 38%. De acordo com o levantamento Agronegócio do Café – Produção, Transformação e Oportunidades, o setor gerou, em média, R$ 16,8 mil por hectare no período de 2008-2011 e alcançou R$ 21,7 mil por hectare na média do intervalo de 2018-2021.
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Os pilares ESG aliados com a paixão em produzir, que transforaram a vida de uma família com o café especial
No coração do Cerrado Mineiro, família abriu espaço para produzir café responsável, ganhou destaque na mídia especializada e tradicional, além de estar entre os finalistas da Melhor História de um Agricultor

Sustentabilidade, café especial, família ou paixão em produzir, qualquer uma dessas características traduzem na prática a história da família Urtado, responsável pela Fazenda Três Meninas, localizada em Monte Carmelo, no Cerrado Mineiro e que ganhou destaque na mídia especializada, na grande mídia e foi um dos grandes finalistas da segunda premiação da Melhor História de um Agricultor do Notícias Agrícolas.

Diferente de muitos outros produtores em que a internet foi forte fonte de conexão, o primeiro encontro com a história da Fazenda Três Meninas aconteceu pessoalmente, no mês de junho, durante uma semana de trabalho para desbravar e conhecer mais da potência em produzir do Cerrado Mineiro, que inclusive está em festa em 2022, completando 50 anos de uma cafeicultura inteligente, sustentável e de muito peso para a cafeicultura nacional.
Veja a matéria completa no site do Notícias Agrícolas:
https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/cafe/324180-os-pilares-esg-aliados-com-a-paixao-em-produzir-que-transforaram-a-vida-de-uma-familia-com-o-cafe-especial.html#.YvPkpnbMKUl
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Safras estima colheita de café 2022/23 no Brasil em 35% até 21/junho
A colheita de café da safra brasileira 2022/23 está em 35% até o dia 21 de junho. O número faz parte do levantamento semanal de SAFRAS & Mercado para a evolução da colheita da safra. Na semana anterior, o índice era de 28%.
Tomando por base a estimativa de SAFRAS para a produção de café do Brasil em 2022/23, de 61,1 milhões de sacas de 60 quilos, é apontado que foram colhidas 21,26 milhões de sacas até o dia 21 de junho.
A colheita está atrasada em relação ao ano passado, quando 40% da safra estava colhida neste período. Os trabalhos também estão atrasados contra a média dos últimos 5 anos, que é de 44%.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, a colheita de café está atrasada por conta de uma maturação irregular e carência de mão de obra, especialmente para o café conilon, além de um maior volume em relação ao ano passado.
A colheita de arábica alcança 26% da safra, ligeiramente abaixo das 27% de igual época do ano passado e bem abaixo dos 35% de média dos últimos 5 anos para o período. Os trabalhos com conilon chegam a 50% do potencial da safra, ainda bem abaixo dos 63% em igual época do ano passado e dos 66% de média no período entre 2017 a 2021.
Fonte: Safras & Mercado