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Colheita de laranja em Sergipe (Foto: Edinah Mary/Divulgação-ASN)

A produção mineira de grãos alcançou volume recorde de 14,1 milhões de toneladas na safra 2016/2017. Com o período de colheita encerrado no mês de junho, o volume confirmado é 19,8% superior à safra passada. A área plantada também registrou crescimento de 2,4%, alcançando 3,4 milhões de hectares. Os números fazem parte do 11º levantamento de safra da Conab e foram analisados pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
Segundo o Superintendente de Abastecimento e Economia Agrícola João Ricardo Albanez, esse ganho na produção é resultado do aumento da produtividade das lavouras. “A utilização de tecnologia está presente não só em máquinas e implementos, mas também em sementes, nos sistemas de cultivo, além do uso da irrigação. As condições climáticas favoráveis nesta safra somadas à adoção de tecnologias também foram fundamentais para este resultado”, analisa.
A produção total de milho, no estado, foi de 7,6 milhões de toneladas, com crescimento de 28,1% em relação à safra anterior. A área plantada com o grão alcançou 1,3 milhão de hectares (+5,7%) e a produtividade deve ser de 6 mil quilos por hectare (+21,2%). A produção de soja alcançou 5 milhões de toneladas (+6,7%), numa área plantada de 1,5milhão de hectares e produtividade de 3,4 mil quilos por hectare (+7,6%).
“O milho contribui com 54% da safra de grãos no estado e a participação da soja é de 35,5%. Os dois produtos, somados, representam quase 90% da produção mineira de grãos. “Soja e milho têm uma importância estratégica para a pecuária mineira, com participação expressiva na formulação das rações. Resultados positivos na produção destes dois cereais asseguram fontes de proteínas (carnes, ovos, leite), além de serem matérias-primas para a produção de óleos vegetais”, explica o Superintendente.
Em relação à exportação dos grãos, soja e milho têm destinos diferentes. Enquanto mais de 95% do milho cultivado no estado são destinados ao consumo interno, cerca de 40% da soja são exportados. No período de janeiro a julho deste ano, os principais países importadores da soja mineira foram a China (72,5%), Tailândia (6,5%) e Holanda (4,3%).
Outros produtos, apesar de menor representatividade, contribuíram para a produção recorde de grãos, como o sorgo que registrou crescimento expressivo (+91,2%). De acordo com o Superintendente João Albanez, esse índice foi estimulado pelo crescimento do plantio do grão na segunda safra, que é realizada nos meses de fevereiro a março. “Como existe a possibilidade de veranicos neste período, as regiões do Triângulo Mineiro, Noroeste e Alto Paranaíba estão investindo no sorgo como alternativa ao milho por ser mais resistente à falta de chuva característica do período”, explica. Além da soja, milho e sorgo, vários outros itens que compõem a safra de grãos no estado também registraram crescimento.
Safra Grãos MG 2016/2017
Milho – 7,6 milhões de toneladas (+28,1%)
Soja – 5 milhões de toneladas (+6,7%)
Sorgo – 666 mil toneladas (+91,2%)
Feijão – 544 mil toneladas (+4,7%)
Trigo – 230 mil toneladas (+5,2%)
Girassol – 13 mil toneladas (+94%)
Amendoim – 9,4 mil toneladas (+23,7%)
Arroz – 15 mil toneladas (Mesma produção da safra anterior)
Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais

De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, a área semeada com trigo no Estado se encontra com 95% das lavouras em desenvolvimento vegetativo e 5% em floração. No geral, o aspecto das lavouras melhorou com a recente ocorrência de chuvas, o que possibilitou um melhor crescimento vegetativo e viabilizou os trabalhos de adubação nitrogenada em cobertura, que estava atrasada. Em termos sanitários, as lavouras estão com bom aspecto, sem presença significativa de doenças e pragas.
Entretanto, as lavouras de trigo deverão ter redução de produtividade em relação à expectativa inicial, devido ao longo período sem chuvas mais abundantes durante o perfilhamento e emborrachamento das plantas. Algumas regiões, como Fronteira Noroeste e Missões, estimam diminuição entre 5% e 15%, respectivamente. Porém, neste momento, estes percentuais deverão ser melhor apurados no período da plena floração e espigamento das lavouras, daqui a 20 dias. A pouca comercialização de trigo só ocorre para troca de insumos para as lavouras de verão, ao preço médio de R$ 32,32 para a saca de 60 kg.
Da área semeada na safra da canola (52,5 mil ha), 28% ainda estão em desenvolvimento vegetativo uma vez que foi plantado no final do período recomendado, ao passo que 47% estão em floração e 25% já se encontram em enchimento do grão, que são as lavouras plantadas mais cedo. Em termos gerais, a produtividade da cultura está comprometida pelas geadas ocorridas no início de julho e pela falta de chuva regular por um longo período. Com as recentes precipitações, parte das lavouras do tarde poderão se beneficiar. Dependendo da região, estimativas preliminares preveem redução em relação à produtividade, mas uma melhor avaliação deverá ser realizada no decorrer de agosto, pois há diversas solicitações de Proagro em todas as regiões produtoras.
Outra cultura de inverno, a aveia branca, que tem lavouras em floração e formação de grãos, apresenta aspecto geral considerado ruim, inclusive com incidência de doenças foliares, espigas pequenas e grãos chochos, devido ao longo período com baixa umidade do solo. A expectativa de produtividade terá redução de 20% a 30% sobre a inicial, dependendo da região, necessitando ainda de avaliação final das equipes municipais. Há solicitação de Proagro de algumas lavouras devido à péssima expectativa de produção.
SAFRA DE VERÃO
O plantio das lavouras de milho do cedo no RS já iniciou e se intensificou na última semana após as chuvas. Na região de Santa Rosa, por exemplo, já atinge 18% da área prevista de 140 mil hectares da área de milho destinado à colheita de grão (englobando a primeira e a safrinha), com uma expectativa de produtividade ao redor dos 6 mil kg/ha. Tal estimativa preliminar é válida apenas para esta região.
Normalmente nesta época do ano, uma grande quantidade de lavouras a ser implantadas com milho já estaria semeada, mas com a falta de umidade do solo em julho o plantio atrasou.
OLERÍCOLAS
A chuva da semana foi benéfica para as hortas e as temperaturas beneficiam o desenvolvimento das hortaliças, ainda assim é necessário continuar a irrigação para suprir o déficit hídrico. Enquanto isso, os cultivos hidropônico e semi-hidropônico em ambientes protegidos têm mantido a oferta de produtos, porém em volumes menores e com preços mais elevados.
Na cultura do alho, as condições climáticas são benéficas para a emergência das últimas lavouras plantadas e para o desenvolvimento vegetativo das demais áreas. Plantas com boa sanidade, crescimento e uniformidade, mantendo, para a Serra, a perspectiva de aumento de 12% na área cultivada, totalizando 1.700 ha na região.
FRUTÍCOLAS
O retorno das chuvas e as baixas temperaturas beneficiam os macieirais e abrandam os ânimos dos maleicultores. Na Serra, segue forte a prática cultural da poda seca, que atinge 80% da área, além da retirada de ramos contaminados e eliminação (queima) de restos de poda. Durante a semana foram aplicados tratamentos com calda sulfocálcica para reduzir a presença de pragas e incidência de fitomoléstias nas fases vegetativas e reprodutivas.
Na região Ijuí, o pêssego encontra-se em final de floração, com formação inicial de frutos. Produtores realizam a poda em atraso na maioria dos pomares. Videiras em dormência, embora os produtores estejam realizando a poda para antecipar a produção.
PISCICULTURA
A queda da temperatura da água dificultou a piscicultura e os piscicultores aguardam melhores condições ambientais para voltar a alimentar os peixes e adubar os açudes, evitando transtornos alimentares e por consequência a morte de peixes. O piscicultor deve aproveitar esse período para adubar e corrigir a qualidade da água para o próximo ciclo de crescimento.
Na Lagoa Mirim a safra de pesca está em andamento e há captura de espécies como Viola (comercializado a R$ 3,00/kg), Cascudo (comercializado a R$ 2,00/kg) e Trairão (comercializado a R$ 5,50/kg). Já em Santa Vitória do Palmar, os pescadores destacam a forte escassez de peixes nas lagoas, o que impacta de forma negativa na renda do pescador.
Apicultura – Na região de Bagé, as temperaturas mais elevadas em pleno julho estão antecipando em um mês os trabalhos de manutenção das colmeias e de organização dos favos e dos ninhos para a postura da rainha. A floração também foi antecipada nos bosques de eucalipto e nativas, aumentando a atividade dos enxames. O período é de realização do manejo de inverno, fazendo limpeza de favos velhos e alimentando as colmeias mais fracas. Apicultores constroem e reformam as caixas.

Por Estadao conteudo
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Colheita de laranja em Sergipe (Foto: Edinah Mary/Divulgação-ASN)
Os produtos agrícolas brasileiros perderam espaço no mercado internacional. Isso é o que revela a OMC em seu informe sobre a política comercial brasileira, que faz uma análise detalhada da situação do País.
Com a quarta maior superfície agrícola do mundo, o Brasil continua sendo o terceiro maior exportador do planeta, superado apenas pelos EUA e Europa. Mas, ainda assim, a fatia no mercado internacional encolheu. Na avaliação anterior feita pela OMC, em 2012, o Brasil correspondia a 7,3% do fornecimento mundial. No atual exame, a constatação é de que essa taxa caiu para 5,1%. A OMC destaca que o Brasil manteve a liderança mundial na venda de açúcar, suco de laranja e café.
Mas uma das constatações aponta para o fato de que o crescimento médio anual da produtividade no campo foi desacelerado, passando de 4,08% entre 2000 e 2009 para 3,99% entre 2000 e 2015. A OMC ainda sustenta que a produtividade do trabalho rural é quase quatro vezes inferior à produtividade nos demais setores da economia.
Para a organização, esta realidade da produtividade no Brasil é o reflexo da existência de duas agriculturas no País. A produção intensiva e em grande escala coexiste com um grande número de pequenos agricultores relativamente “improdutivos”.
O governo garante que não concede subsídios para a exportação. Mas a OMC notou que a ajuda alimentar dada pelo Brasil ao exterior passou de 47 mil toneladas em 2010 para mais de 230 mil toneladas até 2014 – 83% dela consistia em arroz. De forma drástica, a ajuda alimentar foi reduzida para apenas 1,9 mil toneladas em 2016.
Governos suspeitam que a ajuda alimentar tem sido usada como forma de subsidiar a exportação nacional, mascarando o crédito a uma atuação humanitária para ajudar a combater a fome.
Internamente, a OMC destaca que a ajuda dada pelo governo aos produtores nacionais é baixa. Mas ela consiste também em taxas de juros administradas, linhas de crédito e mecanismos de preço, além de seguros. A entidade admite que o elevado nível da dívida rural é um desafio importante. Mas questiona a eficiência do crédito dado para os agricultores nacionais.
Usando dados da OCDE, o raio-x sobre o Brasil alerta que o sistema de crédito agrícola gera riscos para o governo e produtores, especialmente diante da crise econômica.
“A maior disponibilidade de fundos poderia gerar uma oferta em demasia”, alertou. Além disso, o crédito se concentra nos subsídios de empréstimos de curto prazo, “distorcendo ainda mais o mercado”.
A OMC, portanto, sugere que se reduza os empréstimos para o capital de exploração, a simplificação de regras e uma mudança de orientação para apoiar investimentos em terras agrícolas que incorporem inovação.
A renda dos agricultores também poderia ser protegida de forma mais eficiente, avalia a OMC, com investimentos diretos em infraestrutura e investimentos públicos para “estimular o crescimento do setor agrícola com maior eficiência”.
Fonte: G1 – http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/brasil-perdeu-espaco-no-mercado-agricola-mundial-afirma-omc.ghtml

Brasil deve ultrapassar os 240 milhões de toneladas de grãos neste ano. Globo Rural fala com agricultores para saber o que melhorou na vida deles.
Triângulo Mineiro, Mato Grosso e Paraná
O Brasil deve ultrapassar os 240 milhões de toneladas de grãos neste ano, mas e a renda do agricultor, melhorou nessa safra recorde? Para conversar com os produtores sobre o assunto, três equipes de reportagem do Globo Rural foram ao campo: uma no Paraná, outra em Mato Grosso e ao Triângulo Mineiro.
Triângulo Mineiro
Cautela é a palavra que mais se ouve em Minas Gerais. Uberaba, no Triângulo Mineiro, é a região responsável pela maior parte da soja e do milho produzidos no estado. Nos campos, o milho safrinha ainda está em final de cultivo.
Em uma cooperativa, que reúne dois mil associados, o movimento dos caminhões é para a retirada da soja. O silo da cooperativa tem capacidade para armazenar 54 mil toneladas de grãos. Ele é dividido em três partes. A soja que já estava vendida está sendo retirada para chegada do milho safrinha. Mas as outras duas partes estão cheias de soja até o limite.
O diretor da cooperativa explica que tem muito produtor segurando o produto à espera de preços melhores.
Thomaz Mendes e Silva plantou sorgo na safrinha. Ele estuda agronomia e comemora a produtividade que atingiu na safra de soja. Enquanto a média de produtividade das fazendas da região fica em 64 sacas por hectare a dele foi maior. “A média foi 72 sacas em uma fazenda”.
De olho no lucro, Thomaz já ‘namora’ uma plantadeira nova enquanto espera a chegada do pulverizador de segunda mão recém-comprado. Em uma concessionária de tratores da região, o gerente confirma que os negócios vão muito bem.
Em outra propriedade, em Conceição de Alagoas, cidade vizinha a Uberaba, os insumos para a próxima safra já foram comprados. A plantadeira, que está no galpão, foi adquirida no ano passado, mas o produtor estuda novas compras. Um dos objetivos é comprar um trator maior para a operação e outro para a pulverização.
O milho que ainda está no campo não vai sair da fazenda. Vai virar silagem e alimentar o novo investimento: o rebanho de gado. O produtor também decidiu guardar a maior parte da soja colhida e espera por um preço melhor. Em um mês, a soja subiu quase 10% na Bolsa de Chicago por causa de problemas na safra norte-americana.
Outro investimento na região é em mão-de-obra. Um curso do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) ensina os fundamentos para quem vai trabalhar como tratorista. Assista a reportagem completa no vídeo.
Mato Grosso
De cada quatro sacas de grãos produzidas no Brasil, pelo menos uma sai das lavouras de Mato Grosso, líder nacional na produção de soja, milho e algodão. A colheita da pluma está começando agora.
“Estamos acreditando em produtividade melhor, mercado melhor para que cubra os custos de anos anteriores em que a rentabilidade não foi tão boa”, diz o agricultor Herlan Meinke.
Mais renda, novos planos: com o lucro da safra, ele vai pagar contas passadas, investir no solo e tirar um sonho antigo do papel. “Adquirimos um terreno para poder fazer este investimento em uma indústria de benefício de algodão”, conta Herlan.
O terreno foi comprado em parceria com outros agricultores da região. Quando a futura beneficiadora ficar pronta, vai agregar valor ao algodão que sai do campo, gerando pelo menos 50 empregos diretos.
Quem também está feliz com a boa safra é o Adelar Ebert, gerente de fazenda. “Com certeza tinha um carro, troquei, peguei um melhor, já foi um sonho realizado”, conta.
Se no algodão os preços ainda ajudam a encorajar investimentos, no milho é o tamanho da safra que faz a diferença: quase 30 milhões de toneladas em Mato Grosso, um recorde. Na propriedade dos sócios Marcos Ioris e André Sabará, em Nova Mutum, a colheita começou melhor que na última safra. “Milho, ano passado, foi 90 sacas e este ano já estamos tendo uma produtividade de 115 sacas por hectare”, conta o agricultor Marcos Ioris.
O bom desempenho do milharal confirma 2017 como um ano indiscutivelmente bom para o pessoal da fazenda. É que na safra de verão as lavouras de soja também produziram bem mais do que no ano passado. Com a colheita farta, a rentabilidade da fazenda ficou na dependência de uma boa comercialização da produção, e ela aconteceu. A aposta na venda antecipada funcionou.
O dinheiro da safra também vai ser investido em agricultura de precisão e para atender a nova demanda, reforço na mão-de-obra. Uma consultoria da região, que hoje tem nove funcionários, vai crescer. “A gente contratou, na safra passada, e nessa safra a gente está contratando novamente, agora entre agosto e setembro estamos contratando mais duas pessoas”, conta o consultor Thiago Cândido.
Em Nova Mutum, quase tudo gira em torno da renda da agricultura. “Hoje nós temos indústrias esmagadoras de soja, gira imposto, emprego, e a economia gira no município. Então quando a safra é boa todos ganham”, afirma o secretário de Agricultura de Nova Mutum, Renato Kremer.
Paraná
Em um sítio em Ivatuba, no Paraná, é hora de colher o milho segunda safra ou safrinha. A lavoura pertence a três famílias de pequenos agricultores, cada um com 45 hectares. As três famílias, que são parentes, desfrutam a vida no campo com conforto: carro na garagem e casa boa, como a casa da Júlia e Nivaldo Zacanini.
O maior gasto este ano, está num tratamento dentário, que Nivaldo está fazendo: um implante que custa caro. “Só esse ano tive que gastar R$15 mil, fora o raio-x. Isso tudo com dinheiro da roça”, conta Nivaldo Zacanini.
Já na família da vizinha e agricultora Adenilce Acceti, o dinheiro desta safra vai aliviar, e muito, o peso do que ela já gasta com a educação do filho. Além da faculdade de agronomia do filho, a Adenilce também resolveu realizar um velho sonho, e entrou para faculdade de pedagogia. “Isso era meu maior sonho, estudar e ter uma faculdade. Somando as despesas chegam a R$ 3 mil por mês, e o dinheiro vem todo da roça”, fala Adenilce.
Fonte: G1 – Para ver o vídeo vinculado a matéria acesse aqui

As bandeirinhas coloridas já enfeitam os ambientes. É tempo de festa junina. De clima de cidade do interior, de roupas com estampas xadrez e de músicas com letras que lembram a vida simples do antigo sertanejo. Época de calçar a bota, colocar o vestido de chita, pegar aquele CD antigo de forró, pular fogueira e saborear as diversas comidas típicas, muitas delas vindas das mãos da agricultura familiar.
Entre os toques da zabumba e das sanfonas, uma das grandes atrações das festas juninas são as barraquinhas, com os diversos sabores dessa época. Entre os produtos, pipoca, canjica, pé de moleque e o famoso milho. Por trás delas, muitas famílias e muito trabalho na zona rural.
Há quem diga que as festas juninas surgiram na Europa para celebrar a colheita do trigo. Mas, aqui no Brasil, um outro grão roubou a cena da festa: o milho. As comemorações viraram tradição brasileira e atraem milhões de visitantes nas mais diversas festas espalhadas pelo país. Para acompanhar o milho, outros produtos entraram no arraial, como o amendoim e o cocô.
Muitas receitas dependem do milho. Seja para prepará-lo assado, na palha, ou como canjica e até a tradicional pipoca. Outras receitas, como bolo e cural, também trazem o sabor do típico grão amarelo.
As festas começam no meio do ano, mas o trabalho com os grãos começa bem antes, como conta o agricultor familiar e produtor de milho verde lá em Limoeiro do Norte (CE), Antônio Rodrigues, de 53 anos. “A gente começa a plantar e, cerca de 70 dias depois, a gente já consegue colher algumas espigas para comer”, explica o produtor.
Antônio vem de uma típica família do interior e há 10 anos trabalha com a produção de milho. O agricultor fica feliz em ver a mulher e os quatros filhos envolvidos na produção. Seu Antônio conta que a colheita do grão sempre foi motivo para reunir os integrantes da família e os amigos. “Todos os anos a gente planta e tem o milho para comer assado na fogueira de São João. Quando chega a época, junta todo mundo para quebrar o milho e assar, em volta da fogueira”.

Novidade já está em uso e foi apresentada durante seminário da StartAgro em Ribeirão Preto
A economia colaborativa também começa a ganhar terreno no agronegócio. Uma das atrações do seminário da StartAgro, realizado na Agrishow, que foi até esta sexta-feira (05/05/17), em Ribeirão Preto (SP), foi a apresentação do Uller, aplicativo de compartilhamento de máquinas agrícolas.
Por hora ainda restrita a fornecedores do sul de Minas Gerais, a ferramenta tem como princípio funcionar como uma plataforma digital onde o produtor rural pode alugar sua máquina para quem necessita do equipamento, mas não deseja adquiri-lo ou locá-lo em prestadores de serviços tradicionais.
Segundo Danielle Fonseca, executiva do Uller, o aplicativo tem como uma de suas funcionalidades a geolocalização, que identifica a máquina agrícola mais próxima de quem deseja alugá-la. De acordo com Danielle, a ferramenta conta com uma espécie de ranking, que classifica as máquinas, conforme a avaliação de quem as utilizou. “Na prática é um selo de qualidade para quem fornece a máquina e um indicativo de confiança para quem pretende alugar.”
Danielle revela que a ferramenta, lançada no final do ano passado, já conta com 67 produtores-fornecedores cadastrados. “Nosso modelo de negócios é corretagem, no qual recebemos um determinado percentual por operação realizada.” Presente ao evento, o empresário Maurílio Biagi Filho, uma das principais lideranças do setor sucroenergético e do agronegócio brasileiro, disse que a economia colaborativa faz todo o sentido no mundo moderno, e o setor rural não pode ficar fora disso. “Todavia, o compartilhamento só fará sentido se houver benefício econômico para todos os envolvidos.”
Paulo Beraldi, diretor de vendas da fabricante de máquinas agrícolas Valtra, avalia o modelo de compartilhamento como uma tendência inexorável na agricultura, independentemente de ser por meio de plataformas online ou operações offline.
Fonte: Infomoney

O casal de agricultores familiares José Ferreira de Souza, 58 anos, e Margarida Ferreira de Lima, 56, produz hortaliças e legumes, como coentro, beringela, alface, beterraba e mandioca, em meio a caatinga. Mas isso só foi possível pela força de vontade, experiência e insistência de seu José. O agricultor escavou manualmente uma cacimba até encontrar a água. A atitude de José superou a dificuldade de recursos da região e rendeu ao casal a produção de novas culturas, um incentivo para continuarem firmes na produção.
José e Margarida moram desde 2004 pertinho do município paraibano Cuité, na microrregião do Curimataú. Lá começaram as dificuldades, mas logo acessaram o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), o que deu um gás no trabalho do casal. No início, seu José buscava água no vizinho para manter o cultivo de milho, feijão e fava. Mas desde 2015, quando resolveu escavar a cacimba, deu início a outros tipos de plantação. “A água ainda é pouca, mas é apropriada e dá para manter a produção. Lá na frente, se Deus quiser, vamos conseguir mais”, afirma o agricultor.
Mesmo com a estiagem, o casal consegue vender a produção para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), junto as prefeituras de Cuité-PB e Japi-RN, graças ao suporte oferecido pela Organização Social para o Desenvolvimento Sustentável e Capacitação (Odesc). O grupo desenvolve Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), orienta e realiza planejamentos para a participação dos produtores rurais em programas governamentais.
De acordo com o técnico de Ater da Odesc Rogaciano Souto Medeiros, o seu José e a dona Margarida são exemplos para a região, pois mesmo com todas as dificuldades, inclusive, os seis anos de estiagem, eles não pararam de produzir. “Eles têm um oásis no meio do deserto”, comentou o técnico.
Os próximos passos, segundo seu José, serão para finalizar o atual financiamento feito por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e usar os recursos para a construção de um poço artesiano na propriedade. Os dois ainda querem acessar neste ano o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Mariana Guedes
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Assessoria de Comunicação
Contatos: (61) 2020-0128 / 0122 e imprensa@mda.gov.br

Entre o campo e trabalhos artesanais, mulheres encontram o seu empoderamento
A mulher carimbou o protagonismo no meio rural. O papel de quem só era responsável pelas atividades cotidianas da casa, como os afazeres domésticos e o cuidado dos filhos, ficou para trás. Melhor dizendo, bem para trás. De salto alto ou não, lá estão elas na lida do campo, acompanhando a produção de perto, e mais, tomando frente na gestão do negócio, planejando, executando e tomando decisões.
“Temos mulheres com perfil para pecuária, outras para agricultura, e até mesmo mulheres envolvidas no setor florestal. Muitas empresas, inclusive, dão preferência para a mão de obra feminina, pois as máquinas são altamente tecnológicas e sensíveis e a mulher tem um zelo maior com a ferramenta de trabalho. Elas resolveram abraçar a causa e sair da zona de conforto”, destaca a diretora-secretária do Sistema Famasul e coordenadora educacional do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar/MS, Terezinha Cândido.
Muitas mulheres utilizam também seus dons na produção de alimentos artesanais, como queijos, doces e pães, e também nos trabalhos artísticos e manuais, como crochê, bordado e tecelagem. Seja no campo ou fora dele, a perspectiva delas é uma só: a geração de renda.
No Mato Grosso do Sul a força da mulher está bem evidente nas estatísticas. De acordo com o censo populacional do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – de 2000, 5.782 lares na zona rural eram chefiados por mulheres. Uma década depois esse número mais que triplicou. No censo de 2010, 19.648 mulheres do campo eram responsáveis por suas famílias, o que corresponde a um crescimento de quase 240%.
Fonte: Famasul

A crise hídrica é um grave problema que vem se espalhando pelo Brasil. No início deste ano foi a vez da capital do país reforçar medidas de racionamento da água para tentar reverter a escassez. Nesta semana, o Governo do Distrito Federal (GDF) declarou situação de emergência para os próximos seis meses. Nos últimos dias, além do rodízio no abastecimento das regiões administrativas abastecidas pela Bacia do Alto do Descoberto, também foram anunciadas mudanças no uso da água para o meio rural. A Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) divulgou um plano de ação no intuito de orientar e apoiar os agricultores para adequar a atividade agropecuária a esta realidade.
A área rural atingida possui 800 imóveis, aproximadamente 36 mil hectares. A prioridade da Seagri é conseguir recuperar canais de irrigação e fazer com que o recurso potável chegue às propriedades via tubulação e não mais por meio de valas. A expectativa é que a perda de água por evaporação e infiltração diminua em 45%.
André Ricardo Gonçalves, de 32 anos, é um dos agricultores familiares do Capão da Onça, em Brazlândia. Ele tem uma chácara de 25 hectares e conta que já se preocupava com o uso racional dos recursos naturais, mas que muitos produtores por ali não têm essa cultura. Por isso eleve com bons olhos a medida do GDF. “É extremamente importante o governo anunciar novas ações, porque muita gente é focada só no ganho da produção e não preserva o meio. Se trabalharmos de forma correta, além de não agredir o solo, estamos ajudando o lugar onde vivemos. Consumimos de fato os recursos, mas na agricultura, uma parte disso pode voltar para a terra”, explica.
Uma das atividades do pacote proposto pelo GDF é substituir o sistema de irrigação por aspersão pelo de gotejamento nas fazendas. Essa medida vai ter o auxílio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) junto aos agricultores que não a conhecem. No caso do André, essa alternativa de sistema já é utilizada há três anos para irrigar a produção de hortaliças. A preferência pelo gotejamento foi a redução de recurso e custo, por consumir menos água e energia.
Outra ação do GDF é recuperar a vegetação nas áreas degradadas da Bacia do Descoberto, o que já é promovido pelo governo em parceria com as pessoas interessadas da comunidade. Consciente disso, o agricultor familiar entrevistado se antecipou no ano passado e plantou 300 mudas no leito do rio da chácara.
A reestruturação de estradas e construção de quebra-molas é outra meta. E, neste caso, vai ser realizada com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) para reverter a erosão e reduzir a deposição de sedimentos nas nascentes que deságuam no Descoberto. Também com auxílio da Novacap, outra sugestão é preparar bacias de retenção dentro das propriedades para evitar o carreamento (transporte de sedimentos pela água).
O plano abrange também o terraceamento, que é a divisão do solo em rampas niveladas para evitar a formação de sulcos e de erosões nas lavouras. Além disso, está previsto nas propriedades o revestimento dos reservatórios para irrigação com lona plástica, procedimento necessário para conservar o volume de água armazenado.
“Eu e minha família aqui na propriedade já tínhamos noção da nossa responsabilidade com o meio ambiente e vamos continuar contribuindo. Estamos abertos a receber sugestões aqui dentro da chácara e adotar novas ações para melhorar sempre”, conclui o agricultor André Gonçalves sobre o plano de racionamento para o meio rural.
Como saber se a irrigação está eficiente
A aferição da umidade do solo estabelece a quantidade de água infiltrada, independentemente do modelo de irrigação usado. O sistema consiste em um equipamento com cerâmica porosa em uma ponta junto com um medidor de água, que é enterrado próximo à raiz da planta, além de uma cápsula com marcação de volume.
O material identifica o nível de infiltração no solo para saber até que ponto o líquido se acumula. O mecanismo custa na faixa de R$ 300, com um kit de seis medidores. Porém, o próprio produtor pode improvisá-lo com uma vela de filtro e um recipiente com marcador de volume. Nesse caso, o custo total gira em torno de R$ 60.
Com o manejo de irrigação, é possível produzir um volume hídrico adequado na raiz, no início do crescimento da planta. Dessa forma, a estrutura fica maior e mais resistente a pragas. O resultado é o melhor aproveitamento da água e também a produtividade das culturas.
Geraldo Sant´Ana de Camargo Barros é professor sênior da Universidade de São Paulo; é líder e coordenador Científico do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da USP/ESALQ. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Macroeconomia e suas relações com o agronegócio. A evolução da produtividade agropecuária, com suas causas e desdobramentos, é temática de boa parte de seus trabalhos. O professor Geraldo graduou-se em Engenharia Agronômica pela ESALQ, onde também fez mestrado. Seu doutorado em Economia foi desenvolvido na Universidade Estadual da Carolina do Norte (1976), sendo sua tese premiada como melhor tese de PH.D em Economia Rural nos Estados Unidos. Fez também o pós-doutorado naquele país, na Universidade de Minnesota (UMN). Como parte de sua carreira acadêmica, já orientou 34 dissertações de mestrado e 25 teses de doutorado; atualmente, têm mais cinco orientados. Já publicou livros e centenas de artigos, sendo cerca de 70 em periódicos de grande relevância. Também presidiu a Sober (Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural) e tem atuado como consultor do Banco Mundial, FAO/ONU, Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&FBovespa) e Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) entre outras instituições.
A menos de 3 dias da cerimônia de posse de Donald Trump como o 45º presidente dos EUA, o Notícias Agrícolas consultou o Professor Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros, professor Sênior da Universade de São Paulo e coordenador Científico do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada ( Cepea) , da USP/Esalq para analisar os possíveis cenários que se desenham para economia mundial e as consequências para o agronegócio, acompanhe a entrevista:
Notícias Agrícolas – Como o discurso protecionista de Donald Trump poderia impactar no cambio/dólar em relação às demais moedas do mundo?
Professor Geraldo – O dólar no mercado internacional deverá se valorizar em decorrência do aumento dos juros nos Estados Unidos. Os juros deverão aumentar por causa do final do processo de “quantitative easing” e das novas medidas (aumento de gastos e redução de impostos) de Trump que deverão aumentar a dívida pública americana e trazer consequências inflacionárias devidas ao protecionismo (importações mais caras). Uma consequência direta é a valorização do dólar.
Notícias Agrícolas – Em caso de dólar forte frente às moedas, uma desvalorização das moedas emergentes, entre elas a brasileira, seria inevitável ?
Professor Geraldo – Haverá uma valorização do dólar externo. Isso provocará alguma queda no preço internacional de nossas commodities. O dólar no mercado interno poderá ter trajetória própria dependendo do ambiente político e institucional no Brasil, da reforma fiscal e da atitude do Banco Central. Quanto mais seguro e previsível o ambiente de negócios, mais o dólar interno tenderá a cair. Assim a queda do preço em dólar das commodities fica potencializada porque o dólar no mercado interno valerá menos reais. Isso prejudica o agronegócio por ser muito ligado à exportação. Além disso, dificulta ainda mais a ampliação das exportações industriais. Evidentemente, tudo se inverterá se as reformas não avançarem. Se o dólar disparar no mercado interno, as exportações em geral se beneficiam, mas a inflação poderá voltar e com ela os juros mais altos e o prolongamento da recessão.
Notícias Agrícolas– No caso da China, os grandes bancos avaliam que essa desvalorização do yuan frente ao dólar poderia ser mais intensa para que os chineses mantivessem sua competitividade na exportação, diante de uma possível taxação das importações dos EUA, isso é possível ?
Professor Geraldo – O mais provável agora é que o Yuan mantenha sua paridade com o dólar, num patamar desvalorizado, como o atual. A pressão, entretanto, – dos Estados Unidos e outros países desenvolvidos – é no sentido de que a China valorize sua moeda, o que se justificaria devido a sua pujança econômica em escala global. A China vai tentar postergar esse ajuste o quanto puder. Quando o fizer será num contexto de barganha em que possa ganhar algo importante, como o reconhecimento de ser uma economia de mercado. Se Trump não negociar a China pode escalar a desvalorização.
Notícias Agrícolas– Essa desvalorização do Yuan seria natural ou artificial ( imposta pelo governo chines) ?
Professor Geraldo – O atual nível desvalorizado decorre de controle no mercado cambial, motivo de muita queixa, entre outros de Trump. Novas desvalorizações do Yuan viriam de acirramento do controle.
Notícias Agrícolas– Estamos na iminência de um deslocamento das paridades entre as moedas? E podemos ver uma guerra cambial decretada?
Professor Geraldo – Teremos que ver como Trump vai agir. Creio que vai pressionar da seguinte forma: ou a China valoriza sua moeda ou, então, vão ser impostas altas barreiras às suas exportações aos Estados Unidos. O ingresso definitivo na OMC deverá ser parte do embate.
Notícias Agrícolas– Estamos diante de uma mudança de referência do dólar, principalmente em relação às commodities agrícolas?
Professor Geraldo – Há uma tendência de longo prazo no sentido de o dólar perder parte de seu papel de moeda de troca e de reserva mundial. Para isso a China teria que abrir seu mercado, reduzir a presença do Estado e deixar sua moeda flutuar, o que a levaria no sentido da valorização.
Notícias Agrícolas– E como o agro brasileiro pode responder à essas mudanças ? Tem benefícios? Pra quem?
Professor Geraldo – Uma valorização do Yuan favoreceria o agronegócio porque aumentaria o poder de compra dos Chineses enquanto o dólar for a moeda em que são denominadas as commodities brasileiras. No Brasil, porém, o dólar no mercado interno joga um papel que pode ser preponderante. Uma forte valorização do real como a havida na primeira década de 2000 prejudicou muito o agronegócio, que pouco se beneficiou com o boom das commodities. Uma forte valorização do real agora, quando o dólar no mercado internacional também deve se valorizar, pode prejudicar duplamente o agronegócio. Felizmente para o Brasil, o agronegócio conta com alta resiliência na forma de um crescimento de produtividade de longo prazo mesmo sob as condições mais adversas.
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