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Exportação de milho em março já passa de 1,1 milhão de toneladas superando previsão da Anec
Publicado por Notícias Agrícolas em 27/03/2023 15:25

Os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), apontam que o Brasil já exportou 1.139.989,1 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) até este momento do mês de março.
Sendo assim, o volume acumulado apenas nos 18 primeiros dias úteis do mês já representa 7.983% mais do que o total de 14.278,9 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de março de 2022.
Com isso, a média diária de embarques ficou em 63.332,7 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 9.657,9% com relação as 649 do segundo mês de 2022.
Para o total de março, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estimava exportação de 900 mil toneladas neste momento e que os embarques do cereal entram em um período de menores volumes, uma vez que a soja está dominante nos portos em função da colheita da safra.
O Analista da Consultoria Agro do Itaú BBA, Francisco Queiroz, alerta que o Brasil já embarcou 8,3 milhões de toneladas de milho apenas nos dois primeiros meses do ano, sendo que 1,1 milhão teve como destino a China, que já se tornou a segunda principal compradora do grão nacional. Para o restante de 2023, a previsão é de manutenção dos altos volumes exportados.
Em termos financeiros, o Brasil arrecadou um total de US$ 343,269 milhões no período, contra US$ 6,181 milhões de todo março do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com aumento de 6.686,8% ficando com US$ 19,070 milhões por dia útil contra US$ 281 mil no último mês de março.
Por outro lado, o preço por tonelada obtido recuou 30,4% no período, saindo dos US$ 432,90 no ano passado para US$ 301,10 no mês.
Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas
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“Conexão Andav: Mulheres da Distribuição” chega a sua terceira edição
No dia 14 de março de 2023 a Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav) promove a terceira edição do Conexão Andav: Mulheres da Distribuição. O encontro, organizado pela Zest Eventos, reunirá profissionais do agronegócio para compartilhar experiências sobre sustentabilidade, inclusão, diversidade e o protagonismo feminino. O evento será transmitido ao vivo das 14h às 17h no horário de Brasília.

Contando com apresentação da jornalista, Lilian Munhoz, a primeira palestra abordará “O ESG em prática e seus desdobramentos na sociedade”, e será ministrada pela Diretora de Sustentabilidade LATAM Bayer Crop Science, Carolina Graça.
Reunindo lideranças femininas da Distribuição de Insumos Agropecuários, o painel “Diversidade, Inclusão e Equidade no Agronegócio”, será mediado por Lilian Munhoz, e vai contar com a participação da Diretora de Assuntos Corporativos LATAM da Nutrien, Catharina Pires; da Gerente de Desenvolvimento da Adagro, Priscila Favaretto; da Gerente Geral de Negócios da Ciarama Máquinas, Rosineide Campos; e da Diretora Corporativa Agrícola Kanadá, Roberta Barrios.
Para encerrar a sequência de exposições, a CEO da Agrogalaxy, Sheilla Albuquerque, apresenta a palestra A voz da mulher da Distribuição.
Além da programação expositiva, o participante concorre a prêmios em sorteios realizados durante a transmissão do evento. Os interessados devem realizar sua inscrição gratuita no site oficial do Conexão Andav: eventosandav.com.br/conexao-andav/
Sobre o Conexão Andav O Conexão Andav é uma série de eventos digitais realizada pela Andav e organizada pela Zest Eventos. São encontros segmentados que conectam setor de distribuição de insumos agropecuários com os demais eixos do agronegócio.
Serviço:
“Conexão Andav: Mulheres da Distribuição”
Data: 14/03/2023
Horário: Das 14h às 17h
Investimento: Inscrições gratuitas
Inscrições e detalhes da programação: eventosandav.com.br/conexao-andav/
Comunicação Andav:
comunicacao@andav.com.br | (19) 98149-8517
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Em todas as pontas da cadeia, Brasil tem pelo menos 30 mil mulheres a frente dos negócios cafeeiros no país
Desde o campo até a tomada de decisão: As cafeicultoras do Brasil ano após ano se destacam mundo afora
Na semana da mulher nada mais justo que o Entrelinhas do Cafezal seja dedicado para elas: as mulheres da cafeicultura brasileira, que ligam todas as pontas do setor, estão presentes desde o campo até a xícara.
E se falando em Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, segundo maior consumidor, o setor ainda conta com uma comunicação efetiva que trabalha diariamente para levar informação ao produtor, ao comprador no exterior e também ao consumidor final, sempre com o intuito de fomentar cada vez mais o consumo da bebida.
Você sabia que atualmente pelo menos 30 mil mulheres comandam negócios na cafeicultura brasileira? Os números recentes fazem parte de uma pesquisa realizada pela illycaffè em parceria com a FIA Business School.
O levantamento apontou ainda que esse número corresponde a 13,2% da produção nacional, ocupando 815 mil hectares, o que corresponde a 9,1% do total da área total de produção de café do Brasil. Os dados da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) mostram que a cafeicultura está presente em 34 regiões do Brasil, e posso dizer, sem medo de errar, que em cada uma delas existem mulheres trabalhando diretamente com café.
A pesquisa mostrou que a participação da mulher na cafeicultura teve um avanço significativo nos últimos anos, possibilitando assim maior acesso à informação, capacitação profissional e, inclusive, melhoria na qualidade do café.
Não podemos negar que a velocidade das informações nas redes sociais hoje também colaboram para que a comunicação seja mais efetiva, mas também não podemos nos esquecer de nomes que há muitos, muito antes da era digital, trabalham à frente da cafeicultura brasileira.
Entre as ações do setor no Brasil, a pesquisa da illy destacou a criação da Aliança Internacional das Mulheres do Café – IWCA Brasil, com uma das pioneiras para dar visibilidade à presença feminina no setor.
“As diversas iniciativas da IWCA no Brasil abriu espaço para discussão de outros temas que estão interseccionados com o gênero. Dentre eles, a questão da raça, que está na origem da produção de café no país, quando muitos escravizados negros trabalhavam nas lavouras e em outras atividades”, antes.

do Brasil
O Brasil é líder em pesquisa cafeeira e neste quesito elas também fazem história. Ivone Botone Bazioli é um dos nomes de impacto. “Dona Ivone” como ficou conhecida no meio cafeeiro, por 65 anos dedicou sua vida às pesquisas do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). “Esta senhora, Dona Ivone, tornou-se um ícone da existência e relevância do trabalho que mulheres de todas as raças sempre desempenharam na cultura do café no Brasil”, destaca a pesquisa.
Entre as várias pesquisas em que participou, uma delas merece destaque: Dona Ivone colaborou com as pesquisas para as variedades de café Mundo Novo e Catuaí. Duas das principais cultivares que compõem o parque cafeeiro brasileiro até os dias atuais.
No ano de 2021 ela recebeu uma homenagem internacional, pela Coffee Coalition for Racial Equity, e “emprestou” seu nome para implementação do Programa de Bolsas de Estudos para pessoas negras interessadas em estudar assuntos relacionados ao café.
Com quase 300 anos de história cafeeira, é praticamente impossível conhecer e listar todos os grandes nomes que ajudaram no desenvolvimento da cultura no Brasil. Por muitos anos as mulheres ficaram apenas nos bastidores, cenário já bem diferente do que o que observamos atualmente.
Carmem Lucia Chaves de Brito, a famosa “Ucha”, é outro nome que fez história com os cafés do Brasil. A história da primeira mulher a assumir a presidência da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) vai muito além do trabalho eficiente na produção de qualidade e de representatividade do setor. Um dos principais nomes femininos no café do Brasil carrega também uma característica ímpar dos cafeicultores: de não deixar o legado de uma família para trás.

Recentemente a cafeicultura global reconheceu os anos de trabalho realizados por Vanusia Nogueira. Filha de cafeicultores, depois de adulta Vanusia retornou para os negócios da família no Sul de Minas Gerais e por 15 anos representou o Brasil mundo afora como como diretora da BSCA. No ano passado, Vanusia foi nomeada como diretora executiva da Organização Internacional do Café (OIC). Ela foi a primeira mulher na história a assumir o cargo.

Falar sobre as produtoras do Brasil é mergulhar em um mar infinito de nomes que se tornaram referência. Há alguns anos o setor produtivo reconheceu que nas lavouras onde há participação feminina efetiva, a qualidade da bebida se sobressai. O olhar atento, a procura pelos detalhes e a forma de fazer café como elas fazem, levam muita diferença para o consumidor final. Conheça algumas produtoras:

Sul de Minas Gerais




Mas, mais do que isso, atualmente elas também têm transformado a cafeicultura feita por suas famílias. Assumindo posições de liderança, elas estudam, pesquisam e aplicam novas tecnologias em busca de uma produção altamente sustentável.





A busca por sustentabilidade também faz parte das ações das entidades que representam o Brasil no exterior. Os parâmetros ESG, tanto falado no mercado, fazem parte de um trabalho a longo prazo sendo realizado por elas. Na comercialização e em cargos importantes nas mais diversas cooperativas do país, elas também apresentam forte atuação.
Guardando a história e apresentando o café do Brasil para o mundo
Com uma trajetória rica de histórias inspiradoras e de grande peso para o desenvolvimento da economia brasileira, por aqui o setor cafeeiro tem um grande aliado para mater viva a nossa história em todos os seus detalhes: o Museu do Café, que tem atualmente na sua diretoria executiva Alessandra Almeida.

Atualmente o posicionamento do Museu do Café tem como foco continuar buscando os fatos históricos no âmbito econômico, social, cultural e até educacional do país, mas também mostrar o que está acontecendo hoje. “A gente entendeu que o café vive um novo capítulo da história e ela precisa ser guardada. Estamos tentando entender tudo o que está sendo processado pelo café, o que está acontecendo na cadeia para contar e guardar essa história daqui pra frente”, comenta.
Aqui ou para a mídia internacional, as comunicadoras do café também fazem a diferença no setor. Nas cooperativas, elas são responsáveis por ligar toda a mídia ao campo, ao produtor e a realidade do agronegócio brasileiro. Nas mais variadas plataformas digitais existentes atualmente elas estão presentes: cada uma com seu jeito particular de informar sobre e para um dos principais setores do Brasil.
Conheça também alguns rostos que representam o setor mundo afora:




do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil


Conselho de Administração na Expocaccer
Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas
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Fevereiro/23 acaba com exportação de milho quase 3 vezes maior do que em 2022
Chegada da China no mercado brasileiro deve sustentar exportação de até 50 milhões de toneladas no ano
As exportações brasileiras de milho encerraram fevereiro de 2023 contabilizando embarque de 2.276.898,3 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Sendo assim, o volume acumulado nos 18 dias úteis do mês representa 196,3% mais do que o total de 768.396,6 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de fevereiro de 2022.
Com isso, a média diária de embarques ficou em 126.499,4 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 212,8% com relação as 40.441,9 do segundo mês de 2022.
Para o total de fevereiro, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estimava que o Brasil iria exportar 1,95 milhão de toneladas, volume que acabou sendo superado em 16,7%.
O analista da Céleres acredita que o Brasil deva continuar com grande volume de embarques no segundo semestre e finalizar o ciclo com 50 milhões de toneladas exportadas até fevereiro de 2024.
“O volume será fomentado tanto pelos mercados tradicionais brasileiros, quanto pela presença da China como compradora desse milho mais recentemente. A exportação deve sustentar os prêmios e dar mais liquidez ao mercado interno”, pontua Nogueira.
Em termos financeiros, o Brasil arrecadou um total de US$ 693,933 milhões no período, contra US$ 205,805 milhões de todo fevereiro do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com aumento de 255,9% ficando com US$ 38,551 milhões por dia útil contra US$ 10,831 milhões no último mês de fevereiro.
Outra elevação apareceu no preço por tonelada obtido, que subiu 13,8% no período, saindo dos US$ 267,8 no ano passado para US$ 304,80 no mês.
Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas
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Exportação brasileira de milho se aproveita de espaço no mercado internacional e já mais do que dobrou resultado de fev/22
Em apenas 13 dias país já embarcou 1,6 milhões de toneladas, 119% mais do que ano passado
As exportações brasileiras de milho seguem evoluindo e nos 13 primeiros dias úteis de fevereiro de 2023 já contabilizou 1.685.190 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Sendo assim, o volume acumulado neste período já representa 119,3% mais do que o total de 768.396,6 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de fevereiro de 2022.
Com isso, a média diária de embarques ficou em 129.630 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 220,5% com relação as 40.441,9 do segundo mês de 2022.
Para o total de fevereiro, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estima que o Brasil irá exportar 1,99 milhão de toneladas, reduzindo a estimativa da semana anterior que era de 2,11 milhões.
O analista de inteligência de mercado da StoneX, João Pedro Lopes, acredita que uma maior produção de milho no Brasil em 2023 vai gerar mais excedente exportável, o que deve sustentar novos recordes de embarque para o cereal brasileiro.
“É um cenário que os Estados Unidos vêm de uma safra abaixo do seu potencial, a Argentina também com problemas, a Ucrânia com preocupações sobre a continuidade do acordo de exportação. Acaba que o mercado se volta para o Brasil e tudo caminha para o aumento das exportações brasileiras”, pontua.
Em termos financeiros, o Brasil arrecadou um total de US$ 506,076 milhões no período, contra US$ 205,805 milhões de todo fevereiro do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com aumento de 259,4% ficando com US$ 38,929 milhões por dia útil contra US$ 10,831 milhões no último mês de fevereiro.
Outra elevação apareceu no preço por tonelada obtido, que subiu 12,1% no período, saindo dos US$ 267,8 no ano passado para US$ 300,30 no mês.
Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas
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Transparência e valorização do produtor: SCA testa novo protocolo para avalição dos cafés especiais
Flávio Borém explica que não está prevista uma nova escala, mas sim uma forma diferente de se chegar à nota global
O mercado de café especiais é crescente. Se no campo o produtor cada vez mais se empenha para entregar uma bebida de qualidade diferenciada, na outra ponta da cadeia esse consumidor é cada vez mais exigente.
Neste sentido, todo o setor está empenhado para que as exigências sejam atendidas e que a cafeicultura especial seja cada vez mais rentável para quem está no início de tudo. Neste sentido, um novo protocolo de provas sensoriais está sendo testado pela Specialty Coffee Association – SCA.
O novo descritivo foi apresentado em um evento que está acontecendo em Honduras, na América Central, e que conta com a participação de brasileiros especialistas em produção de café. Entre eles, o professor Flávio Borém – um dos principais nomes da cafeicultura nacional e também presidente da comissão julgadura do Especialíssimo – programa de cafés especiais da Cooxupé.
“O mercado hoje de cafés especiais é totalmente baseado na SCA, no protocolo que até então é usado. A intenção é realmente positiva porque a escala atual é muito estreita, porque a maioria dos cafés especiais varia de 82 a 87 pontos. E agora é o que bom ser ressaltado como bom, excelente ou excpecional e o que não é tão bom se distanciar mais desses cafés”, explica.
Ainda de acordo com o produtor, o saldo é positivo porque o grande objetivo é favorecer o produtor, valorizando as qualidades que esse café que é feito com muita dedicação possui. “Oferecendo mais oportunidades para os produtores apresentarem a qualidade do seu café para diferentes aplicações ou compradores. Isto quer dizer que a inclusão da análise descritiva busca distinguir lotes com a mesma pontuação, mas que podem ter diferentes perfis sensorais”, explica.
O assunto chamou atenção nas redes sociais nesta quinta, apesar do lançamento oficial estar previsto para acontecer apenas em abril, em uma feira em Portland, nos Estados Unidos. Após a aprovação e lançamento oficial do novo protocolo, a SCA prevê um período de treinamento a nível mundial para apresentar a nova metodologia, e na sequência uma fase de transição entre as metodologias.
“Não está previsto uma nova escala, mas sim uma forma diferente de se chegar à nota global”, finaliza.
Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas
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Agronegócio no Brasil dá salto em 20 anos e hoje equivale ao PIB da Argentina
Crescimento, segundo especialistas, está calcado no investimento em pesquisa e nas políticas públicas para o campo
A safra recorde de mais de 300 milhões de toneladas esperada para o Brasil neste ano evidencia a proporção que o agronegócio tomou dentro da economia brasileira. Entre 2002 e 2022, o PIB agrícola do País saltou (em números deflacionados) de US$ 122 bilhões para US$ 500 bilhões – o equivalente a uma Argentina.
De acordo com o economista José Roberto Mendonça de Barros, o agronegócio brasileiro apresentou um crescimento extraordinário nos últimos 40 anos, com destaque para os últimos 20 anos. “Diferentemente do que aconteceu no setor urbano, seja na indústria ou em serviços, o crescimento do agronegócio é persistente e essa é a primeira lição que o agro dá. Crescer sempre é mais importante do que crescer muito em alguns anos e cair nos anos seguintes. É um crescimento sustentável, o que torna o agronegócio bastante competitivo.”
Esse crescimento, segundo especialistas, está calcado no investimento em pesquisa e nas políticas públicas para o campo, que têm propiciado sucessivos recordes na produção agrícola. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deve romper este ano a barreira das 300 milhões de toneladas de grãos, firmando-se como o terceiro maior produtor mundial de cereais, atrás da China e dos Estados Unidos.
Em 20 anos, a safra de grãos subiu de 120,2 milhões de toneladas para 310,6 milhões, uma alta de 258%. Já a área plantada passou de 43,7 milhões para 76,7 milhões de hectares, um aumento de 76,5%. Os números mostram que a produção cresceu três vezes mais do que a área ocupada pelas lavouras, o que se deve ao ganho de produtividade, graças a investimentos em pesquisa e tecnologia.
O destaque nos campos brasileiros é a soja, oleaginosa que se adaptou aos diversos microclimas do País, sendo cultivada tanto em regiões mais frias do extremo Sul quanto no clima tropical do Norte e do Nordeste. O Brasil ultrapassou os EUA e se tornou o maior produtor do grão, sendo também hoje o principal exportador.
Enquanto a safra 2002/03 rendeu 47,4 milhões de toneladas de soja, a atual terá produção de 152,9 milhões, um aumento de 322%, segundo a Conab. O milho, usado na rotação de culturas com a soja, cresceu 260%, de 47,4 milhões para 123 milhões de toneladas.
O PIB do agronegócio, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo, só será divulgado no próximo mês, mas deve ficar próximo de US$ 500 bilhões, segundo a pesquisadora Nicole Rennó, da área de macroeconomia do Cepea. A queda no valor ocasionada pelos elevados custos do setor foi, em parte, compensada pelas boas safras.
Dobrando a média
A engenheira agrônoma Tamires Tangerino, de 33 anos, consultora técnica da Stoller, empresa especializada em fisiologia vegetal e nutrição, tem aplicado seus conhecimentos para ajudar produtores do sudoeste paulista a atingir altos níveis de produtividade.
No último dia 14, em um plantio comercial de soja da Cooperativa Agrícola de Capão Bonito, ela obteve produtividade de 6.672 kg por hectare, o dobro da média nacional e acima da excelente média regional, de 4.800 kg/ha – uma mostra do impacto da pesquisa como motor do crescimento.
Soja e milho na mesma área
Na área da Cooperativa Agrícola de Capão Bonito, é possível ter uma ideia da expansão da soja no sudoeste paulista. Em 2005, a cooperativa tinha 55 agricultores associados e nenhum tinha a soja como cultura principal – o feijão era o carro-chefe, e o milho só era plantado no verão.
Hoje, com 102 associados, a cooperativa planta 24 mil hectares com soja, com produção média de 80 sacas por hectare e, no caso do milho, mais de 70% do total é cultivado na safrinha.
Um dos cooperados, o produtor Walter Kashima, de 48 anos, que cultiva cerca de 2,5 mil hectares de soja próximo à área urbana de Capão Bonito, colhia na última quinta-feira, 16, uma média 80 sacas (4.800 quilos) de soja por hectare.
Na mesma área, ele estava semeando o milho que será colhido entre junho e julho. “Estamos aproveitando a trégua dada pelas chuvas que têm sido insistentes. Esse solzinho está sendo uma bênção”, disse Kashima.
Tropicalização
A virada na agricultura brasileira começou com o advento da soja no Sul do País, segundo o coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV), Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura.
“Foi o grande pontapé inicial, pois a soja, de ciclo mais curto, permitiu fazer uma cultura de inverno depois dela, como o trigo, aveia ou sorgo. A soja possibilitou a segunda safra. Com o tempo, esse processo evoluiu para outras regiões do País, com outras características”, explicou.
Nos Estados onde não chove no inverno, como boa parte do Sudeste, do Centro-Oeste e do Nordeste, não era possível plantar uma segunda cultura, mas isso não deteve os produtores, segundo Rodrigues.
“Quando era ministro da Agricultura (de 2003 a 2006, no primeiro governo Lula), eu lancei com a Embrapa a integração lavoura-pecuária, mais tarde lavoura-pecuária-floresta, permitindo fazer duas culturas também em regiões onde não chove no inverno, basicamente por causa do pasto. Você planta milho, soja ou algodão, que são culturas de verão, e depois da colheita você tem o pasto formado para o gado.”
A evolução prosseguiu com a irrigação, que possibilitou ao produtor fazer três culturas efetivamente agrícolas, como soja, milho e feijão, irrigando quando é preciso. “É uma soma de processos de evolução ao longo do tempo que começou com a soja, uma cultura praticamente nova no País”, afirma Rodrigues.
Ele afirma se lembrar que, em 1965, quando se formou em Economia, havia no Brasil só 400 mil hectares de soja, produzindo 1.200 quilos (por hectare). Hoje tem 44 milhões de hectares, produzindo 3.600 quilos. “A evolução tecnológica, a tropicalização da soja e de outras culturas permitiram esse progresso espetacular na produtividade. Vamos evoluir muito mais, pois temos o principal, o empreendedorismo do agricultor brasileiro. O céu é o limite”.
Para Mendonça de Barros, além dos recursos naturais, o Brasil evoluiu em tecnologia no campo. “Temos pesquisa, difusão de informação e competência das pessoas. Nosso setor agropecuário é aberto ao mundo, não tendo problema de limitações de mercado, por isso pode aumentar significativamente a produção. Organismos internacionais projetam que, diante do crescimento da demanda global de alimentos nos próximos 10 ou 15 anos, o Brasil será provedor de pelo menos 30% a 35%.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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Volume de apreensões de defensivos agrícolas aumentou mais de 100% em 2022
Um dos fatores para o avanço desse número é o aumento da fiscalização em todo o território nacional
A incidência do contrabando de insumos agrícolas ilegais vem aumentando consideravelmente nos últimos anos. É possível observar a dimensão disso por meio do número de apreensões, que é crescente. Entre 2019 e 2022, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) registrou a apreensão de mais 925 toneladas de agrotóxicos ilegais em vários estados do país. Somente em 2021, foram 209 toneladas confiscadas.
De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF), o uso de defensivos agrícolas ilegais já representa 25% de todo o mercado. Produtos ilegais são todos aqueles que possuem origem ilegítima, ou seja, obtidos por meio de contrabando, falsificação ou até mesmo roubo e furto. Nestes casos, a ilegalidade pode estar, portanto, na origem ou posse do produto. O produtor rural que for pego fazendo uso desses insumos irregulares pode responder por crime ambiental, contrabando ou receptação e, eventualmente, terá a sua lavoura destruída e a mercadoria ilegal apreendida.
Nilto Mendes, Gerente do Comitê de Combate a Produtos Ilegais da CropLife Brasil (CLB), destaca que o crescimento dessa atividade ilegal não oferece apenas um grande prejuízo para economia, mas também sérios riscos para a saúde humana. “É, de fato, um número expressivo. Muitos produtores optam por utilizar esse tipo de produto pelo baixo custo, muitas vezes alheios aos perigos que a utilização desses insumos ilegais pode oferecer, tanto para quem transporta e manuseia quanto para o consumidor, que pode ser exposto a um alimento contaminado, já que o uso seguro de defensivos depende da observação da bula, do receituário agronômico e de outras boas práticas ignoradas pelo mercado ilegal”, alerta.
Somente a Operação Controle Brasil, coordenada pelo Ministério da Justiça, registrou a apreensão de 189 toneladas de produtos agrícolas irregulares em um período de três meses em 2022. Segundo informações do Observatório de dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Rio Grande do Sul se tornou uma das principais portas de entrada de agrotóxicos ilegais no Brasil. Foram cerca de 65 toneladas apreendidas no Estado.
De acordo com o especialista, uma série de fatores justificam o avanço das apreensões em todo o Brasil. Um deles é a conscientização e troca de informações entre órgãos de segurança pública, de defesa vegetal e da agricultura, do meio ambiente e aduaneiros. Outro fator importante foi o aumento do número de operações e fiscalizações de repressão. Apenas nos últimos 12 meses, a PRF apreendeu cerca de 396 toneladas de produtos ilegais.
“O agricultor que adquire um produto ilegal oriundo do contrabando, infelizmente, opera de forma consciente. Ele acredita que está comprando um insumo mais potente, por um menor preço, mas não é bem assim. Este tipo de produto é proibido no Brasil justamente por ser extremamente prejudicial à saúde e ao meio ambiente. A maioria possui uma concentração de substâncias químicas desconhecidas e inúmeros outros ingredientes que podem ser extremamente prejudiciais para a sua cultura e contaminar a propriedade”, reforça Mendes.
CropLife Brasil e o combate ao uso de produtos ilegais no campo
Em 2022, a CropLife Brasil foi uma das apoiadoras da Operação Controle Brasil, que reuniu, de forma inédita, diferentes instituições de segurança e fiscalização, como a Secretaria de Operações Integradas (Seopi), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Polícias Militares e Civis de regiões de fronteiras do País (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul), Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Receita Federal (RFB). A ação apreendeu 189 toneladas de agrotóxicos ilegais, além de outros produtos, em oito estados da federação.
Ainda nesse período, a Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a CropLife Brasil, promoveu o Curso de Introdução aos Mercados de Insumos Agrícolas Ilegais e o 1º curso de Policiamento Ostensivo de Insumos Agrícolas Ilegais, vislumbrando a capacitação de profissionais que combatem tais ilícitos, como policiais e agentes de segurança.
“Duas grandes ferramentas que temos para o combate desse mercado ilegal é a educação e a informação. Os policiais precisam saber identificar os produtos que são fruto de um contrabando ou falsificação e quais os riscos que eles podem oferecer para a sociedade”, informa o Gerente do Comitê de Combate a Produtos Ilegais.
Muitos estados também não possuem meios para garantir um destino correto dos produtos ilícitos apreendidos. Por isso, a CLB colabora com os órgãos de fiscalização e repressão. Em 12 meses, a entidade auxiliou na destinação correta de 423.5 toneladas de produtos ilegais apreendidos em diversos estados do Brasil e de 16.5 toneladas de equipamentos utilizados para a falsificação de agrotóxicos.
“Somente por meio da informação, educação e oferta de formação de excelência para os profissionais da segurança é que teremos êxito no combate a essas práticas que impactam negativamente em toda cadeia produtiva brasileira”, finaliza Mendes.
Para mais informações sobre como combater o uso de produtos ilegais no campo, acesse o site: https://materiais.croplifebrasil.org/evite-produtos-ilegais.
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Analista detalha realidades diferentes para os preços da soja em Chicago e no Brasil e sugere estratégias para garantir margens positivas na comercialização
Marcos Araújo – Analista da Agrinvest
Apesar de muito menor que no ano passado, margem operacional da soja é positiva nas principais regiões produtoras do Brasil, confira
Por: Aleksander Horta
Fonte: Notícias Agrícolas
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Produção mundial de café foi estimada em 167,2 milhões de sacas de 60kg
A previsão total da produção e do consumo de café, em nível mundial, estimados para o período de 12 meses seguidos, especificamente de outubro de 2022 a setembro de 2023, tendem a se manter relativamente estáveis.