- Home
- /
- agricultura
- /
- Page 7

Congresso Andav discutirá os desafios da imagem do agronegócio
Os principais temas voltados à Distribuição de Insumos Agropecuários estarão em debate na Plenária do Congresso, cujo tema central é “Agroeconomia brasileira: um olhar para o futuro”
O agro brasileiro tem sido fundamental para o Brasil, ao gerar emprego, renda e desenvolvimento social e econômico em diversas regiões e para comunidades locais. Contudo, o setor enfrenta constantemente desafios de reputação e de imagem, que distorcem a realidade de produtores rurais, de agroindústrias e dos demais atores da Cadeia Produtiva.
Para superar essas questões, o setor tem implementado projetos que retratam o dia a dia de quem atua no agro nacional. Essas iniciativas serão apresentadas no painel Comunicação, Educação e Sociedade: análises transversais sobre o Agro, durante o Congresso Andav 2023, uma realização da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav), organizado pela Zest Eventos, no terceiro dia da Plenária, 10 de agosto, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.
Moderado pela jornalista Lilian Munhoz, o painel terá as participações de Cassiano Ribeiro, diretor de Redação da Globo Rural e Valor; Letícia Jacintho, presidente do De Olho No Material Escolar (DONME); Marcos Amazonas, CEO da Connect Entretenimento e Educação; Mônika Bergamaschi, presidente do Conselho da Associação Brasileira do Agronegócio da Região de Ribeirão Preto (ABAG-RP); e Ricardo Nicodemos, presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA).
Eles avaliarão ainda como esses projetos em comunicação, educação e interações com diferentes públicos sociais têm difundindo as contribuições do setor para o desenvolvimento do país e, consequentemente, contribuindo para uma imagem ainda mais positiva do setor. Também discorrerão sobre as melhores práticas que podem ser adotadas por empresas, pelo mercado e pelos segmentos.
A Plenária do Congresso Andav 2023 contará com uma programação para vai debater o tema central Agroeconomia brasileira: um olhar para o futuro. Serão cerca de quinze eventos de conteúdo, entre painéis, palestras, fórum e talk show, que contarão com a participação de mais de 40 especialistas dos setores do agro, economia, finanças, direito, agronomia, pesquisa, marketing e comunicação, entre autoridades governamentais, CEOs, proprietários e diretores de empresas, presidentes e representantes de entidades setoriais, professores e doutores da academia, economistas, advogados, jornalistas e produtores rurais.
O principal encontro da distribuição de insumos agropecuários está marcado entre os dias 8 e 10 de agosto de 2023 e reunirá mais de 160 marcas, que apresentarão as tendências desse mercado e os principais lançamentos, produtos e tecnologias para atender as demandas por produtividade e eficiência nas propriedades rurais brasileiras, visando uma produção sustentável e de qualidade. A expectativa é receber ao menos 10 mil profissionais, entre palestrantes, expositores, congressistas e visitantes.
SOBRE OS ORGANIZADORES
Andav
A Andav – Associação Nacional dos Distribuidores de Insumo Agrícolas e Veterinários há mais de 32 anos representa o Distribuidor de Insumos Agropecuários e atualmente reúne mais de 2.700 empresas de todas as regiões do Brasil, responsáveis por levar as boas práticas ao campo e acima de tudo zelar pelo bom funcionamento da cadeia produtiva, ao estender conhecimento, produtos, serviços e tecnologia.
Zest Eventos
A Zest Eventos nasce da união de mais de 12 anos de excelência e sucesso em construir eventos e trabalhar em equipe. Uma empresa dedicada a entregar experiências: além de criar e promover eventos físicos, digitais e híbridos, é especialista em desenvolver consultorias especializadas em marketing, vendas e projetos especiais para o setor B2B.
SERVIÇO
Congresso Andav 2023
Data: 8 a 10 de agosto de 2023
Horário da Plenária: Dia 8 das 14h às 18h | dia 9 das 9h30 às 18h | dia 10 das 9h30 às 16h
Horário de Exposição:
Dia 8 das 9h às 22h (9h – abertura exclusiva aos expositores | 10h – abertura solene para convidados | 11h – abertura para o público geral | 20h – encerramento do credenciamento)
Dia 9 das 8h30 às 22h (20h – encerramento do credenciamento)
Dia 10 das 8h30 às 18h (16h – encerramento do credenciamento)
Local: Transamerica Expo Center
Endereço: Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro – São Paulo-SP
Mais informações: https://eventosandav.com.br/
Fonte: ANDAV
- Home
- /
- agricultura
- /
- Page 7

Brasil e Arábia Saudita criam grupo de trabalho para formação de parceria no setor agropecuário
Ministro Carlos Fávaro apresentou proposta para recuperação de pastagens
No primeiro dia de agenda da missão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na Arábia Saudita, o ministro Carlos Fávaro se reuniu com o ministro de Meio Ambiente, Água e Agricultura, Abdulrahman Abdulmohsen A. AlFadley, neste domingo (30), na capital Riad.
Durante o encontro, os ministros ressaltaram os aspectos de complementaridade entre Brasil e Arábia Saudita para a formação de um grupo de trabalho visando a estruturação e implementação de parceria conjunta no setor agropecuário e de insumos agrícolas.
Neste sentido, eles trataram do maior programa de produção sustentável de alimentos do mundo, encabeçado pelo Mapa para dobrar a área de produção de alimentos no país sem desmatamento.
Diante da proposta, que contribui para o controle das mudanças climáticas e a segurança alimentar do planeta, o ministro saudita informou que sua pasta irá atuar no sentido de pavimentar o caminho para que a Saudi Agriculture and Livestock Investment Company (Salic) e empresas do setor privado do país ingressem na iniciativa.
Fonte MAPA
- Home
- /
- agricultura
- /
- Page 7

Agro 5.0: o que esperar do futuro da tecnologia no campo
Você já ouviu falar em agro 5.0? A revolução que promete conectar a cadeia produtiva do Agro de ponta a ponta pode estar mais perto do que você imagina.
Entenda o que esse termo realmente significa, suas principais tendências e como ficar antenado para garantir que o futuro do agro chegue, primeiro, na sua propriedade.
O que é o agro 5.0?
A maioria dos estudiosos definem o agro 5.0 como a conexão tecnológica de ponta a ponta do setor produtivo, ou seja, é uma agricultura mais conectada do começo ao fim da safra, que utiliza tecnologias de sensores trabalhando de forma integrada como caminho para produzir mais, melhor e com menos custos.
A tecnologia vem avançando e transformando os mais diversos mercados, porém, no agro, essa evolução está chegando a passos largos.
Muitos acreditavam que o setor teria uma evolução mais lenta em conectar todas as pontas, a pandemia do coronavírus, que tomou conta do mundo no ano de (2020) e ainda está presente na nossa rotina, entretanto, acelerou esse processo e hoje os especialistas já apontam a presença do agro 5.0 na maioria das propriedades até 2023.
As agtechs e seu papel na disseminação do agro 5.0

Assim como qualquer avanço tecnológico, o agro 5.0 avança aos poucos, com empresas pioneiras no setor que aos poucos vêm crescendo e ganhando respaldo no mercado.
Essas empresas são chamadas de agtechs, empresas de tecnologia focadas no agronegócio, categoria onde a NetWord Agro se encaixa.
A importância das agtechs nesse cenário de mudanças e transformações é fundamental, visto que por serem essencialmente empresas de tecnologia, elas trazem para o agro uma dinamicidade e capacidade de adaptação mais do que necessária.
Quais as principais transformações que o agro 5.0 vai trazer para o campo?
Machine learning e dados
Não há dúvidas de que os dados são a moeda do futuro, e esse paradigma também se aplica no agro. Com tecnologias preditivas e monitoramentos constantes, as agtechs estão criando bancos de informações incríveis sobre como está e para onde vai a produção no campo.
Máquinas autônomas
Máquinas controladas por computador, que não exigem necessariamente um operador já existem, entretanto, ainda são pouco usuais aqui no Brasil.
Esse cenário, porém, tende a mudar, principalmente devido às tecnologias embarcadas nesses equipamentos.
IoT (Internet das Coisas)
A internet das coisas já está no campo, ela pode ser encontrada em tecnologias embarcadas em diversos aparatos agrícolas. Porém, apesar de ter essa possibilidade no pátio de casa, muitos produtores rurais ainda não encontraram soluções onde entrem valer a pena usá-las.
É nesse cenário que o agro 5.0 vem para mudar, com a popularização das agtechs, soluções baseadas em IoT serão mais comuns.
Os sensores de solo da NetWord Agro já dispõe de módulo IoT para transmissão em tempo real das informações monitoradas.
Decisões baseadas em dados
Com tanta informação sendo gerada por equipamentos, VANTS e sensores, o empresário rural vai se sentir cada vez mais confortável em tomar decisões baseadas em dados (data driven), afinal, elas serão mais assertivas e, é claro, lucrativas.
Por isso o monitoramento de toda a área plantada e de todos os processos são tão importantes, especialmente quando o assunto é o controle de pragas.
De acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), através do monitoramento de pragas é possível reduzir até 50% dos custos com aplicação.
Existem diferentes tipos de monitoramento que podem ser feitos na sua lavoura, descubra cada um deles através desse link abaixo.
Tecnologias preditivas
Na realidade da propriedade rural hoje, ainda se gasta muito por falta de informação. É nessa dor que as tecnologias preditivas moram, elas vêm para apontar os problemas da lavoura antes que eles aconteçam, oferecendo ao empresário rural ações mais inteligentes, econômicas e efetivas.
Podemos usar o exemplo da NetWord Agro, uma tecnologia que prevê pragas, doenças e daninhas que podem afetar a lavoura e emite um mapa de aplicação indicando apenas nos pontos da lavoura onde esses danos podem acontecer.
Dessa forma, ao invés do produtor precisar gastar com insumos para investir em toda lavoura, ele aplica apenas onde é necessário, economizando tempo e dinheiro.
Principais desafios do agro 5.0
Como nem tudo são flores, para sermos capazes de testemunhar o agro 5.0 totalmente integrado em 2022, existem alguns desafios estruturais que o Brasil precisa superar:
Conectividade

O número de propriedades rurais no Brasil que possuem conexão com a internet ainda é muito pequeno, se for somar as conexões com infraestrutura para comportar esse tipo de integração, o número é ainda menor.
Para se ter uma ideia, mais de 73% das propriedades espalhadas pelo país ainda não estão conectadas, segundo o Ministério da Agricultura e a associação ConectarAgro.
E onde a internet influencia em todo o processo? Se em uma propriedade não há conexão, os gestores não conseguem ter o controle na palma da mão, ou seja, perdem eficiência, tempo e dinheiro.
Como estamos falando de Agro 5.0, nada mais é que a tecnologia em tempo real, com informações sobre todas as operações em um milésimo de segundos, desde funcionamento dos equipamentos e até mesmo das condições do solo e do clima.
Mas vai muito além disso. A conectividade permite fazer o monitoramento de pragas, por exemplo. Muitos aplicativos disponibilizam a compra de insumos de maneira imediata, ou até mesmo você consegue vender seus grãos pelo celular.
Por isso é tão importante ter a conectividade porteira a dentro e esse desafio é grande. Quando haverá internet disponível em todo o país? Infelizmente essa pergunta será difícil de responder em um futuro a médio e longo prazo.
Mão de obra especializada
Com a chegada de novas tecnologias no campo, a mão de obra não sai de cena, porém, muda de perspectiva, tornando-se mais técnica e especializada.
É necessário focar em especializar os trabalhadores do campo para garantir uma geração capaz de acompanhar as mudanças tecnológicas do setor.
Aprovar Agropecuária com a missão de ajudar o agricultor e empresário rural
Nossa razão de existir é comercializar produtos e serviços de alta performance, para entregar ao homem do campo uma ótima safra.
Conheça as culturas que somos especializados no link https://aprovaragropecuaria.com.br/culturas/
- Home
- /
- agricultura
- /
- Page 7

Atenção aos períodos de vazio sanitário da soja em 2023
Em abril de 2023, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estabeleceu os períodos de vazio sanitário para cultura da soja que deverão ser seguidos pelos estados produtores em todo o país durante o ano de 2023. O calendário está definido através da Portaria nº 781 de 2023. Essa medida fitossanitária, anualmente adotada, é uma das mais importantes para o controle da ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.
O vazio sanitário é o período contínuo, de no mínimo 90 dias, em que não se pode plantar e nem manter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento na área determinada. O objetivo é reduzir ao máximo possível o inóculo da doença, minimizando os impactos negativos durante a safra seguinte.
Os prazos de Vazio Sanitário para a cultura da soja são estabelecidos anualmente pelo Mapa e devem ser seguidos pelos estados produtores, em todo o país. A ferrugem asiática é considerada uma das mais severas doenças que incidem na cultura da soja, podendo ocorrer em qualquer estádio fenológico. Nas diversas regiões geográficas onde o fungo foi relatado em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.
Confira os períodos de vazio sanitário para a cultura da soja:
- Acre: 22 de junho a 20 de setembro
- Alagoas: 01 de janeiro a 01 de abril
- Amapá: 01 de dezembro a 28 de fevereiro
- Amazonas: 15 de junho a 15 de setembro
- Bahia: 01 de julho a 30 de setembro
- Ceará: 03 de novembro a 31 de janeiro
- Distrito Federal: 01 de julho a 30 de setembro
- Goiás: 27 de junho a 24 de setembro
- Maranhão Região I*: 03 de julho a 30 de setembro
- Maranhão Região II*: 03 de agosto a 31 de outubro
- Maranhão Região III*: 02 de setembro a 30 de novembro
- Minas Gerais: 01 de julho a 30 de setembro
- Mato Grosso: 15 de junho a 15 de setembro
- Mato Grosso do Sul: 15 de junho a 15 de setembro
- Pará Região I*: 15 de junho a 15 de setembro
- Pará Região II*: 01 de agosto a 30 de outubro
- Pará Região III*: 15 de agosto a 15 de novembro
- Paraná: 10 de junho a 10 de setembro
- Piauí Região I*: 01 de setembro a 30 de novembro
- Piauí Região II*: 01 de agosto a 30 de outubro
- Piauí Região III*: 01 de julho a 29 de setembro
- Rio Grande do Sul: 03 de julho a 30 de setembro
- Rondônia Região I*: 10 de junho a 10 de setembro
- Rondônia Região II*: 15 de junho a 15 de setembro
- Roraima: 19 de dezembro a 18 de março
- Santa Catarina: 22 de junho a 20 de setembro
- São Paulo: 15 de junho a 15 de setembro
- Tocantins: 01 de julho a 30 de setembro
*Consulte das informações das regiões destacadas na Portaria Portaria nº 781 de 2023
- Home
- /
- agricultura
- /
- Page 7

Bayer entrega primeira carga de soja com pegada de carbono mensurada e livre de desmatamento
A Bayer fez a entrega da primeira carga de soja brasileira com pegada de carbono mensurada, rastreada e livre de desmatamento (DCF – Deforestation and Conversion FREE Soy). Chamada PRO Carbono Commodities, a iniciativa é a primeira que vem a público de um programa global da companhia para reforço de sua estratégia de sustentabilidade, o Bayer Proteção de Florestas, que busca demonstrar como o agronegócio pode ser parte da solução para enfrentar as mudanças climáticas e preservar a biodiversidade.
- Home
- /
- agricultura
- /
- Page 7

Além do campo: Café é forte ferramenta de mudança social e ajuda mudar vida de jovens pelo país
Projeto Ubuntu Café nasce em São Paulo com foco de apresentar a potência e oportunidades do café para jovens em áreas periféricas
Sempre maior produtor e exportador de café do mundo, há cerca de 20 anos o Brasil está vendo o cenário para a cadeia dos cafés especiais avançando, seja em termos de produção ou de consumo no mercado interno. Ainda assim, é utopia imaginar que o produto está disponível para todas as classes sociais.
Com custo mais elevado do campo até a xícara, o café especial caminha a passos lentos para polarização da bebida no país. Mas, “do outro lado da ponte” os projetos sociais envolvendo desde a planta de café até à xícara, são os grandes responsáveis para apresentar o imenso universo de oportunidades existente através do café.

Nascido e criado em uma zona periférica na cidade de Contagem, em Minas Gerais, Ronaldo Soares viu a própria trajetória sendo mudada com café e agora trabalha para que outros jovens, também de áreas periféricas, possam transformam as próprias realidades através de uma xícara de café.
No entanto, para entender como tudo começou, é preciso traçar uma linha do tempo. O jovem que perdeu a mãe ainda na infância, aos seis anos, foi criado pela avó que também carregou no seu DNA as características de um empreendedorismo social com foco nas pessoas da comunidade aonde estava inserida.
A avó morou na rua até aos 16 anos, foi adotada com essa idade, ganhou um terreno no bairro Areia Branca, área periférica da cidade e ali cedeu o espaço para a construção de uma igreja. E posteriormente o espaço também foi utilizado para aplicação de aulas para as crianças da comunidade.

“Minha vó começou a cuidar de crianças. Quem podia pagar, pagava. Quem não podia pagar, quem não podia fazia uma faxina, mas em muitos casos as famílias não voltavam, então minha família biológica é bem grande. Eu cresci nessa atmosfera de trabalhar desde cedo, de cuidar dos mais novos. Minha vó foi uma grande empreendedora social. Eu venho dessa realidade, mas antigamente as pessoas não davam nome, as pessoas não tinha conhecimento do que elas faziam”, conta Ronaro.
Foi vendo a avó trabalhando em prol de outras pessoas e acreditando que era esse o caminho que naturalmente ele acabou seguindo os mesmos passos, apesar de todas as dificuldades que iam desde a infraestrutura até a alimentação de todos que ali cresciam. “Com pouco minha vó fez muito. Minha vó faleceu quando eu tinha 17 anos, fiquei sozinho já que ela era a base, estrutura da minha família e cada um foi seguindo. Foi muito difícil. Lembro que eu comecei fazer faculdade e tive que trancar porque não tinha condições de pagar”, relembra.
Alguns anos depois, Ronaro cantava em uma igreja e conheceu uma família com uma situação financeira muito diferente do que ele tinha conhecido até aquele momento. Foi com essa família que, pela primeira vez, ele saiu de Minas Gerais e passou alguns dias em São Paulo. Aos 21 anos ele foi adotado por essa família e viu a própria realidade mudar.
“Morando com eles eu comecei a ter acesso a ferramentas e oportunidades que eu não tinha antes. Comecei a me desenvolver, fiquei uns três anos morando com eles e vim morar em São Paulo. Quando vim, já vim com emprego porque tinha um amigo que já trabalhava em uma cafeteria que tem fazenda, torrefação e fui para trabalhar no administrativo”, conta.
Foi ali, naquela cafeteria que ele entendeu a potência e oportunidades que poderiam existir naquela produção. Conheceu pela primeira vez uma fazenda de café e passou a se interessar um pouco mais pela cafeicultura. “Eu comecei a fazer uns cursos e em troca do pagamento eu tirava algumas fotos. Então eu fazia os cursos de cupping e fazia essa troca, assim comecei a estudar”, comenta.
Na correria do dia a dia, Ronaro nem percebeu que já estava ajudando outras pessoas com workshops sobre métodos de preparo. O “ensinar” outros jovens foi acontecendo de forma natural até que ele foi trabalhar em uma cafeteria que tinha como prioridade a contratação por gênero e etnia.
“Foi a minha primeira experiência com café e com pessoas em vulnerabilidade social. Foi ali que comecei a ter essas experiências e conectar essas pessoas. Depois a gastronomia periférica me chamou para trabalhar com eles e é um projeto de gastronomia que forma pessoas no Brasil inteiro, eles dão todo suporte para eles participarem das aulas de gastronomia de café”, conta.

Foi a partir desse projeto que ele passou a enxergar o café como uma ferramenta de mudança de social. “Comecei a estudar sobre empreendedorismo social, participei de algumas experiências, com pessoas referências nas áreas. E comecei a desenvolver o meu projeto social que chama Ubuntu Café porque essa é a minha experiência. O café transformou a minha vida, porque acham que porque fui adotado que eles pagam as minhas contas, mas não é isso. Eu sempre paguei as minhas contas, eu só deixei de pagar aluguel e passei a pagar coisas que me trazem acesso a outras ferramentas e oportunidades”, afirma.
O Ubuntu Café nasceu em um momento em que o Ronaro, inserido nesse universo, percebeu que era um mercado em expansão. “Eu falei: por que não criar um projeto que traz formação técnica na área de café. Eu sei que já tem, mas conversei com pessoas que já fazem projetos sociais dentro da área do café no Brasil e todas elas me incentivaram, me fizeram enxergar que realmente tem demanda, que a gente precisa e a formação no café é rápida e barata”, comenta.
O projeto é composto por nomes referências no cenário do café especial para administrar essas aulas, mas também por pessoas que vieram de situação de vulnerabilidade e agora estão aptas para apresentar esse mercado de trabalho para novas pessoas. “Eu montei esse projeto que é para trazer formação técnica para pessoas em áreas de periferia. Essa formação vai durar três meses, com uma aula por semana e eles conseguem ir acompanhando da própria casa”, comenta.

Apresentar o café além da xícara é o primeiro módulo do projeto e na sequência esses alunos também são apresentados ao mercado de trabalho. Segundo Ronaro, nessa segunda etapa é neste momento é que eles passam a ter uma visão geral do mercado, podendo ir além do barismo. O curso também reserva um espaço especial para falar sobre empreendedorismo social, justamente para mostrar a necessidade de projetos com esse perfil.
“Eu vim de uma periferia e foi um longo caminho para chegar até aqui. Primeiro eu vivi isso, depois eu desenvolvi isso para ajudar essas pessoas”, afirma. A primeira turma terá 20 aulas, para alunos de São Paulo. A escolha do estado foi justamente pela proximidade que Ronaro consegue ter com essas áreas, o que vai facilitar o acompanhamento, mas a ideia é ampliar o projeto para outros estados e inclusive para países de origem africano que falam a língua portuguesa.
“Eu quero atuar com o Brasil e com alguns países no continente africano porque o café está crescendo. Nós sabemos das oportunidades, mas não é fácil, é preciso muito trabalho para alcançar esses voos. O café ele é uma ferramenta de mudança social, é a minha experiência, funcionou muito para mim e eu já funcionando na prática para muitas pessoas. Não é só uma formação no café, é uma história: ancestralidade, política, economia, ferramenta social, tudo isso é o café”, complementa.

A importância dos projetos sociais com o café
O Brasil é o maior produtor de café do mundo e apesar de estar na rotina do brasileiro tomar pelo menos uma xícara de café por dia. Neste sentido, os projetos sociais ganham ainda mais peso com foco em apresentar para outras pessoas a realidade de produção e potência da bebida.
Ele comenta ainda que a ideia é que eles conheçam essa outra realidade, além do café tradicional. “É entender que existe esse outro universo. Não é para parar de consumir esse café de todos os dias, mas é saber que você tem essa outra oportunidade, possibilidade. E não pode ser nada imposto porque não é tão acessível, mas todos merecem conhecer esse outro universo”, complementa.
O projeto está sendo lançado oficialmente neste mês de maio e tem então como principal objetivo apresentar essa realidade e empregar novos profissionais do café, que é de fato um mercado que está em ascensão no Brasil. Na produção, os cafeicultores nas mais de 30 regiões produtoras do país, estão virando a chave para a qualidade e na cidade, os jovens vêm impulsionando o consumo da bebida dentro e fora do lar.
“Projetos sociais no mundo do café são de uma importância imensa, pois o café ele é um produto feito por muitas mãos, numa jornada longa e dentro de uma cadeia complexa. Ao passar por muitos profissionais e envolver todos eles de forma muito intensa, o café muita vezes ele chega para ser consumido sem dar valor e visibilidade para essa trajetória. Então os projetos sociais eles são um resgate minucioso dessa jornada, eles aproximam os elos e apertam os nós que vão se afrouxando ao longo do processo”, complementa Mariana Proença, jornalista especializada em café e que há 20 anos acompanha o desenvolvimento da cadeia de ponta a ponta no país.
Ela complementa ainda que apesar dos projetos atuarem em etapas específicas da cadeia do café, todos eles acabam apresentando todas as etapas do café, o que enriquece a visão da população na construção desse produto, valorizando cada passo e cada pessoa que participou desse projeto.
Para saber sobre o Ubuntu Café basta acessar o Instagram do projeto. Vale destacar que apesar do lançamento oficial, Ronaro ainda busca voluntários para atender as mais variadas demandas dentro do projeto social e fazer com a potência do café chegue cada vez mais nas áreas periféricas, apresentando e ajudando a mudar a vida de novos jovens através da xícara.
Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas
- Home
- /
- agricultura
- /
- Page 7

Valor Bruto da Produção Agropecuária de 2023 é estimado em R$ 1,216 trilhão
Previsão é 4,7% superior em relação ao valor de 2022. Soja, milho e cana-de-açúcar, puxam o VBP
O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2023, com base nas informações de safras de abril, é estimado em R$ 1,216 trilhão, 4,7% superior em relação ao valor de 2022, que foi de R$ 1,161 trilhão.
As lavouras têm previsão de faturamento de R$ 4B8r3B4p7yhRXuBWLqsQ546WR43cqQwrbXMDFnBi6vSJBeif8tPW85a7r7DM961Jvk4hdryZoByEp8GC8HzsqJpRN4FxGM9 relação a 2022.
A previsão para a pecuária é de faturamento de R$ 347,9 bilhões, com retração de 2,6% em relação ao ano passado.

Um conjunto de produtos formado por cana-de-açúcar, feijão, laranja, milho,soja e tomate, apresenta neste ano recorde de faturamento. Entre estes, milho, soja e cana-de-açúcar, representam 72,8% do VBP das lavouras.
Outros produtos que têm apresentado bom desempenho são amendoim (11,2%), banana (14,0%), cacau (8,2%), cana-de-açúcar (10,1%), mandioca (37,3%), milho (6,5%), soja (10,5%), tomate (13,3%), feijão (20,9%) e laranja (28,3%).
A Pecuária mostra-se favorável para suínos, ovos e leite. Carne bovina e de frango têm apresentado retração do VBP neste ano. Na pecuária, os preços estão em alta para suínos, leite e ovos.
Os preços agrícolas mostram-se acima dos vigentes no ano passado para vários produtos relevantes, como amendoim, arroz, banana, cacau, cana-de-açúcar, feijão, laranja, mandioca e tomate.
Exportações
O mercado internacional gerou uma receita de exportações de U$ 50,6 bilhões de janeiro a abril (Agrostat, 2023) A tendência é de beneficiar os produtos exportados e dessa forma trazer uma significativa contribuição à Balança Comercial.
Foram particularmente beneficiados com o comércio internacional, os estados de Mato Grosso. com, 21,4% das exportações, São Paulo 15,3%, Paraná. 10,81%, Rio Grande do Sul 9,17% e Minas Gerais 8,58%.
Fonte: MAPA
- Home
- /
- agricultura
- /
- Page 7

Soja e derivados operam com estabilidade na Bolsa de Chicago nesta manhã de 4ª feira
Nesta quarta-feira (26), os futuros da soja operam com pequenos ganhos na Bolsa de Chicago. Depois de duas sessões de perdas intensas nesta semana, as cotações testam pequenos ganhos, que variavam de 3 a 5,50 pontos nos principais vencimentos, levando o julho a US$ 14,20 e o agosto a US$ 13,66 por bushel.
O mercado segue refletindo um quadro que já conhece e buscando por novas informações. Enquanto isso, depois das baixas, passa por uma correção técnica e pela realização de lucros, à espera de novas notícias.
O clima e o plantio nos EUA são dois dos principais vetores do mercado de grãos agora, porém, até este momento, os traders apostam apenas em uma safra regular para o país. Do mesmo modo, monitoram o fluxo de comércio da safra recorde dos EUA, a quebra na Argentina, o comportamento da demanda e o mercado de derivados.
Nesta quarta, tanto farelo, quanto óleo também operam com estabilidade na CBOT.
Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas
- Home
- /
- agricultura
- /
- Page 7

UM MILHÃO DE MULHERES NO COMANDO: DADOS COMPROVAM FORÇA DA PRESENÇA FEMININA NO AGRO BRASILEIRO
O agronegócio brasileiro tem sido tradicionalmente liderado por homens, mas, nas últimas décadas, a representatividade feminina vem ganhando cada vez mais espaço no setor. E os resultados dessa mudança reflete nas pesquisas.
De acordo com o estudo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em conjunto com a Embrapa e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente as mulheres administram mais de 30 milhões de hectares – equivalente a 8,4% das áreas rurais do país. Segundo levantamento do SEBRAE, são cerca de 1 milhão de representantes femininas comandando propriedades do agronegócio no Brasil.
Além de liderar propriedades, as mulheres têm ocupado posições de destaque em empresas, indústrias e cooperativas. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), elas representam cerca de 30% dos profissionais do setor.
Tamanho protagonismo se reflete, também, em eventos. Um dos mais expressivos é o Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio (CNMA), o maior evento da América Latina de mulheres do agro. Diante do sucesso da última edição em 2022, que bateu recorde de público com mais de 2,5 mil congressistas, nos dias 25 e 26 de outubro ocorre sua 8ª edição.
O estudo de perfil, realizado após o evento, mostrou que os três Estados com maior presença foram São Paulo, Mato Grosso e Paraná. Os setores de atuação mais presentes foram soja, carne, milho, leite, hortifruti, cana, café, algodão e arroz. Dentre os TOP 5 principais cargos estavam proprietárias, gerentes e diretoras.

Para a diretora executiva da ABAG e membro do conselho de conteúdo do 8º CNMA, Gislaine Balbinot, dentro dos centros urbanos “as mulheres têm atuado no agro de forma direta ou indireta, como gestoras, consultoras e diretoras. Já dentro da porteira, fazem a gestão das propriedades, lideram os negócios, além de muitas que se especializam e prestam serviços dentro das fazendas, como agrônomas, veterinárias, microbiologistas, entre outros. Então, temos as mulheres presentes em todas as cadeias produtivas do setor”.
Segundo o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), em 2020, cerca de 53% dos alunos que fizeram os cursos oferecidos pela instituição eram mulheres.

E por falar em conhecimento, elas também vêm se destacando em pesquisas e no meio acadêmico. A chefe geral de Meio Ambiente da Embrapa e membro do conselho de conteúdo do 8º CNMA, Ana Paula Packer, conta que “hoje, é muito perceptível o aumento da presença feminina em faculdades de agronomia e, consequentemente, a maior inserção nos diferentes ‘braços’ de pesquisas”, diz.
Mas, para que esse cenário continue crescendo, políticas públicas mais inclusivas e uma comunicação mais integrada também são importantes. “Essa inserção de liderança feminina em grandes empresas públicas, por exemplo, é um movimento recente. Eu sou a primeira mulher a ocupar meu atual cargo. Esses últimos 50 anos foram disruptivos de várias formas, então estamos favorecidas neste ponto de mostrarmos nosso potencial, nossas pesquisas, e colocar isso pra fora, comunicar nossos esforços, o que estamos fazendo”, explica.

O Brasil (muito bem) representado por elas
Para levar ao congresso a força feminina do agro nacional, as embaixadoras, nomeadas pelo segundo ano consecutivo, representarão as cinco regiões do País, trazendo a perspectiva de cada uma e compartilhando seus conhecimentos sobre o setor.
Edineia Becker, embaixadora representante da região Sul, explica que o CNMA cria conexões valiosas entre as participantes e as empresas, o que gera uma rede ainda mais unificada e sólida. “Independentemente do segmento em que trabalham, todas as mulheres devem sempre buscar novas conexões com outras mulheres, para expandir nosso protagonismo no agro”, diz.
Para Sônia Bonato, embaixadora representante do Centro-Oeste, o Congresso tem uma grande relevância para as produtoras rurais. “É o reflexo da nossa contribuição e o reconhecimento do nosso trabalho. Nós estamos presentes em toda a cadeia do setor, porque sabemos que alimentar pessoas é responsabilidade de manter vidas”, relata.
Já a representante da região Norte, Renata Salatini, compartilha que ser nomeada como embaixadora foi um misto de emoções e desafios. “É uma oportunidade excelente para alavancar o profissional de cada participante e permite que diversas regiões do Brasil se encontrem por meio de um networking incrível. Cada mulher retorna para sua realidade renovada e cheia de ideias para colocar em prática.”
“Acredito que uma mulher forte do agro faz progresso onde quer que esteja, pois esse setor que nos integra também alavanca todo o seu entorno, promovendo educação, desenvolvimento e gerando emprego, com equilíbrio social e ambiental”, compartilha Ani Sanders, embaixadora que representa o Nordeste.
“Trocamos o salto por uma botina, em busca do desenvolvimento de uma produção agropecuária sustentável, com segurança de rebanhos, e uma agricultura de precisão, aliada ao campo digital. Somos do agro e temos um mega orgulho disso”, ressalta Chris Morais, embaixadora representante do Sudeste.
E, em celebração ao Dia da Mulher, o CNMA inicia hoje as vendas do 1º lote de inscrições, com preço promocional.
- Home
- /
- agricultura
- /
- Page 7

Mercado de trabalho/Cepea: Com conjuntura favorável, população ocupada no agro é a maior desde 2015
O número de pessoas atuando no agronegócio brasileiro somou 18,97 milhões de pessoas em 2022, o maior contingente desde 2015, quando totalizava 19,04 milhões de pessoas, segundo pesquisas realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a partir de informações dos microdados da PNAD-Contínua e de dados da RAIS.
Esse resultado evidencia que as ocupações perdidas em 2020 em decorrência dos desdobramentos da pandemia de covid-19 já foram totalmente recuperadas, superando até mesmo os contingentes observados antes da crise sanitária. Ressalta-se que o movimento de recuperação dos postos de trabalho já vinha sendo observado ao longo de 2021 e se consolidou em 2022. Vale lembrar que o agronegócio nacional vivenciou uma boa conjuntura de meados de 2020 a 2021, o que influenciou positivamente a geração de empregos. Em 2022, o agronegócio brasileiro conseguiu avançar em termos de faturamento, o que ajuda a explicar o resultado observado para o mercado de trabalho.
O aumento no número de pessoas ocupadas no agronegócio em 2022 foi de 2,76% frente ao de 2021 e de expressivos 8,52% em relação ao de 2020. No Brasil como um todo, 98,04 milhões de pessoas estavam ocupadas em 2022, acima das 91,29 milhões no mesmo período do ano anterior. Diante disso, a participação do agronegócio no mercado de trabalho brasileiro foi de 19,35% em 2022, um pouco abaixo da observada em 2021, quando esteve em 20,22%.
Pesquisadores do Cepea indicam que esse crescimento no número de trabalhadores no setor está atrelado aos desempenhos observados nos segmentos de insumos, da agroindústria e de agrosserviços.
Fonte: Cepea