
Por que a transformação digital pode revolucionar o setor agrícola?
Como a transformação digital transformará a vida nos campos? Qual impacto terá este grande setor?
Sem dúvida, a agricultura é uma das principais atividades na América Latina. De fato, segundo dados da LEDS LAC, a região tem mais de 500 milhões de hectares cultiváveis das 995 milhões que existem. Para impulsionar o crescimento deste setor, a transformação digital retoma as centrais de dados que permitem melhorar o processo de produção e distribuição de alimentos. A realidade é que, segundo dados da ONU, para 2050 a produção de alimentos tende a aumentar cerca de 70% para sustentar uma população em crescimento constante; em um mundo que atualmente desperdiça 300 milhões de toneladas de alimentos.
Os métodos de trabalho também se transformam
A transformação digital contribui para atualizar e melhorar a forma de trabalho no campo. Um dos maiores desafios de agricultores hoje em dia é cultivar, produzir, e entregar seus produtos da forma mais eficiente, com boa qualidade e rapidamente. Estima-se que 50% dos produtos agrícolas nunca chegam para os consumidores por conta do desperdício e dos altos preços. A combinação de uma nuvem com IoT e Big Data proporcionará um grande potencial na planificação, supervisão e desenvolvimento de soluções que otimizam a eficiência dos agricultores e fazem os produtos chegarem mais rapidamente aos seus destinos finais. Por exemplo, hoje podemos otimizar seu tempo e trabalho ao contar com soluções para monitorar o maquinário, a criação e a vigilância dos cultivos. O impacto da transformação digital também pode alcançar outras atividades como a pesca, proporcionando soluções inteligentes para a cria de animais, assim como os sistemas de segmentos de gado e o Alerta Geral de morte de animais.
A análise de dados
A gestão de dados é crítica e a transformação digital implica que todos os detectores, tais como sensores de campos, drones e maquinário estejam conectados, fazendo da análise da informação parte das ferramentas para a agroindústria. Hoje já somos capazes de medir remotamente as condições de solo para determinar com exatidão o momento de regar os campos de uva e assegurar que recebam a quantidade correta de água que a matéria-prima necessita para a produção de cada tipo de vinho. Toda esta operação já ocorre sem interrupção humana e é fruto da análise de dados automatizada por softwares e sua integração com a robótica e dispositivos conectados.
A transformação tecnológica
A inovação tecnológica permite incrementar o rendimento do cultivo, melhorar os métodos de fertilização, de maquinário e proteção de cultivos. A realidade é que a infraestrutura de banda larga fixa é deficiente em muitas comunidades rurais, por este motivo a banda larga móvel será parte do futuro da agricultura.
Definitivamente, as tecnologias digitais convidam a indústria alimentícia a fazer frente aos desafios da globalização e satisfazer, ao mesmo tempo, a crescente demanda do consumidor. Em um mundo cada vez mais digital, avançar para melhorias tecnológicas não é um mero detalhe, é uma vantagem competitiva e um habilitador de negócios.

Escola de samba criticará o agro no carnaval 2017
Imperatriz Leopoldinense usa argumentos dos ecologistas para atacar o agronegócio e a produção de alimentos no Brasil. A réplica é do blog Código Florestal
A escola de samba Imperatriz Leopoldinense trará ao Carnaval de 2017 um samba-enredo com críticas ao agro. Ainda no final do ano passado, este velho bloggueiro cansado começou a receber informações via whatsapp sobre o samba da Imperatriz. Como vocês sabem, o Brasil é o país do samba que vive do agro, mas o odeia. Ainda bem que não é o contrário. Se dependêssemos do samba para sustentar a economia, seríamos um país bem pior.
A escola de samba resolveu enaltecer os índios do Parque Indígena do Xingu e decidiu fazer isso esculhambando os produtores rurais. Uma das alas da escola de samba se chamará “fazendeiros e seus agrotóxicos”, outra se chamará “pragas e doenças” e uma outra se chamará “a chegada dos invasores”, refletindo uma teoria histórica recente de que o Brasil não foi descoberto, mas invadido pelos portugueses no século XVI.
Sobre o agro, chamado de “o belo monstro”, o samba diz “sangra o coração do meu Brasil, o belo monstro rouba as terras dos seus filhos, devora as matas e seca os rios. Tanta riqueza que a cobiça destruiu”. Haverá também uma ala chamada “os olhos da cobiça”.
Veja ainda:
O brasileiro urbano e os gringos gostam de potoca. O samba-enredo da Imperatriz está cheio de potocas. Eu acho que a Imperatriz Leopoldinense será campeã do carnaval carioca.
Aliás, carioca é uma palavra de origem tupi-guarani. É uma corruptela do termo akari oca. Acarí é um peixe cascudo e oca é casa. Akari oca era como os índios tupis, que viviam onde hoje é a cidade do Rio de Janeiro, chamavam uma pequena fortificação de pedra cascuda construída por Gonçalo Coelho em 1503 na praia do Flamengo. A praia do Flamengo fica pertinho do Sambódromo.
A fortificação de Gonçalo Coelho serviu de base para o comércio do pau-brasil com os índios tupis. Os europeus davam espelhos aos índios e recebiam pau-brasil em troca. Foi construída na foz de um pequeno rio que nasce na Floresta da Tijuca, corta a cidade do Rio de Janeiro e deságua na Praia do Flamengo, o Rio akari oca, ou Carioca. Durante muitos anos a cidade do Rio de Janeiro bebeu as águas do Rio akari oca. Mas hoje não bebe mais.
Hoje, o Rio akari oca, ou carioca, é um rio de cocô e esgoto sanitário que corre soterrado pela cidade do Rio de Janeiro, passa ao lado do Sambódromo e deságua sua podridão na Praia do Flamengo. Talvez a urina dos sambistas e passistas da Imperatriz Leopoldinense escorra para o esgoto do rio akari oca.
Tampouco os índios tupi-guarani que viviam na região existem mais. A maioria das etnias e culturas indígenas do litoral brasileiro foram extintas. Da Mata Atlântica, que cobria toda a região do Rio de Janeiro, só existe 7%.
Sabe onde tem etnia indígena protegida, floresta e rio correndo sem cocô?
No Mato Grosso.
No Mato Grosso onde está o agro.
O agro que é criticado pela Imperatriz Leopoldinense que mija do Rio Carioca onde não tem mais índio nem floresta.
Como eu disse no início: O Brasil é o país do samba sustentado pelo agro. Fosse o contrário, seria o caos.
Fonte: Blog Código Florestal
Samba-enredo da Imperatriz Leopoldinense acusa o agronegócio por destruição, e revolta produtores
Polêmica no Carnaval!!! escola carioca usa argumentos dos ecologistas para atacar o agronegócio e a produção de alimentos no Brasil. O contraditório está motivando as lideranças do agro a se posicionarem e usarem o debate para esclarecer a sociedade sobre as virtudes da agricultura sustentável que é praticada no Brasil.
Com o samba enredo “Xingu, o Clamor da Floresta”, a escola de samba Imperatriz Leopoldinense irá desfilar em 2017. Em uma homenagem ao Parque Nacional do Xingu, a escola utiliza um tom crítico para falar do desmatamento. Ouça abaixo comentário do jornalista Fábio Mezzacasa para a rádio Meridional FM, em Sinop (MT).
Veja a matéria completa no Notícias Agrícolas.

O Futuro da agricultura
Em palestra na FAEMG, o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, falou sobre os cenários e as oportunidades para o agronegócio nas próximas décadas e recordou o milagre promovido pelo Brasil ao desenvolver, nos anos 1970, uma agricultura tropical inexistente no mundo, baseada em ciência e tecnologia. Tão bem-sucedida que, em meio à severa crise econômica enfrentada pelo país, continua obtendo bons resultados e as perspectivas são promissoras.
Assista a apresentação completa:
Diante de uma plateia formada por técnicos da Federação e animada com o bom desempenho do agronegócio mineiro em 2016 – que encerra o ano com crescimento do PIB estimado em 5,18% –, Lopes enfatizou a necessidade de acompanhar as evoluções do mundo e não se isolar no campo. Disse que o futuro da nossa civilização, e também do setor, está no empreendedorismo, sendo fundamental que as ciências agrárias se integrem à tecnologia de informação.
Ele apontou tendências que merecem atenção do setor, como a urbanização, o desenvolvimento tecnológico e o clima: “O futuro está em se adequar à nova conformação da população, que se tornará cada vez mais urbanizada, esclarecida e exigente; às mudanças climáticas, que têm impacto direto nas atividades agropecuárias; e às inovações tecnológicas, acompanhando e incorporando os avanços, sem permitir que ocorra uma ruptura”.
Para o presidente da Embrapa, o país tem de reconhecer os avanços que o setor conquistou nas últimas décadas, mantendo o olhar no futuro: “O Brasil tem que perceber que será necessariamente grande provedor de alimentos para o mundo. Ainda detém áreas para expansão de uma agricultura moderna, muito produtiva e sustentável. O mundo vai precisar disto”.
Entre os cenários trabalhados pela Embrapa, destacou o mercado asiático: “Há crescimento populacional explosivo na Ásia, onde se conformará um modelo de consumo sofisticado, com expansão da classe média, e temos que nos preparar para atender a este novo padrão. Para isto, temos que olhar com cuidado para a sociedade, que tipos de desejos, demandas e expectativas estão se formando em função do processo de urbanização. Vamos ter que pensar numa agropecuária que faça esta leitura”.
Lopes também lembrou a trajetória do país que, nos últimos 40 anos, deixou de ser importador de alimentos e se tornou um dos maiores exportadores do planeta: “O que o Brasil fez é realmente surpreendente. Praticamente, só o setor da agropecuária conseguiu dar esse grande salto e se tornar intensivo em conhecimento, em ciência. E a razão é relativamente simples: não tínhamos de onde copiar um modelo de agricultura, fomos forçados a desenvolver o nosso próprio. Isso fez toda a diferença”.
Repercussão
“A fala do presidente da Embrapa, Maurício Lopes, nos faz pensar que as mudanças que batem à nossa porta são grandes e rápidas. Nosso produtor rural tem que se preparar para não ficar pelo caminho, lamentando. Agradeço ao Maurício por nos fazer este alerta. Todos que lidam com agropecuária tinham que ouvir suas ponderações, para pensar um pouco e refletir sobre para onde estamos indo. O conhecimento é fundamental para que a gente prossiga desenvolvendo uma agricultura sustentável.”
Roberto Simões, presidente do Sistema FAEMG
“O que mais me chamou a atenção foram os desafios da agropecuária mundial. Foi fantástica esta chacoalhada que o professor nos deu. Certamente vamos ter que reinventar muita coisa daqui pra frente.”
Rodrigo Alvim, diretor da FAEMG
“A palestra foi fantástica. O mais importante foi ter mostrado os desafios e as oportunidades que estão por surgir. Teremos que quebrar paradigmas e nos modernizar, assimilar tendências e tecnologias. Não podemos ficar parados, esperando as coisas acontecerem. Temos que andar no mesmo ritmo. Acho isso fundamental. O que fazíamos anteriormente, hoje talvez já não valha mais a pena. Portanto, temos que estar abertos a mudanças e, principalmente, às inovações que acontecem diariamente.”
Breno Mesquita, diretor da FAEMG
“Vi dois recados muito importantes. O primeiro é que quem não pensar em inovação, perdeu o bonde da história. E o outro é para meus filhos e netos: o emprego está acabando. A vez é a dos empreendedores. As pessoas precisarão ser muito mais sonhadoras. Não existirá mais um profissional de determinada área. Muitas profissões estão acabando e outras ainda vão surgir.”
Altino Rodrigues Neto, superintendente técnico da FAEMG
“Estamos num momento de fazer nosso planejamento estratégico até 2020. Precisamos conhecer os cenários à nossa volta. Nesta palestra, vimos algumas mudanças que estão por vir no agronegócio. O Maurício trouxe para a equipe de gestores do SENAR/Minas aspectos para os quais devemos nos atentar, competências que devem ser consideradas pela formação profissional rural. Não dá para continuarmos fazendo o que sempre fizemos, apesar dos bons resultados. Precisamos inovar.”
Antônio do Carmo, superintendente do SENAR MINAS.
“O que Maurício nos mostrou foi a amplitude de linhas de desenvolvimento que existem, hoje, para a agropecuária. A Embrapa tem enfrentado todos os desafios e mantido linhas de trabalho bastante inovadoras que, em curto espaço de tempo, trarão revoluções para a produção tropical brasileira. É um mundo novo. E não estamos atrasados em relação à indústria e ao setor de serviços. A Embrapa é fundamental para esse avanço, e cabe ao produtor rural correr atrás desse conhecimento.”
Pierre Vilela, superintendente do INAES.
“Os temas abordados foram de extrema importância e são completamente viáveis para potencializar nossa produção. Passa pela ILPF, pelo trigo tropical do cerrado e por outras várias iniciativas que nos encaminham para, como ele disse, a resiliência. São tecnologias e práticas que dão condições aos produtores rurais de potencializar e organizar sua produção. Nisso, o Sistema FAEMG já atua, levando tecnologia para o campo, debatendo esses assuntos. A Embrapa é uma parceira fundamental para que continuemos este trabalho.”
Aline Veloso, coordenadora da Assessoria Técnica da FAEMG
“Acho que temos que atuar mais incisivamente. Como o palestrante mostrou, tecnologia já existe, o que precisamos é conseguir uma forma de transferi-la aos produtores. A característica de Minas é peculiar. A maior parte dos produtores é de pequeno ou médio porte. Os grandes são minoria. Então, como inserir essas tecnologias? Como trazer intensificação para a produção? Como aumentar a eficiência do uso da água? A palestra foi excelente porque reforçou esses aspectos, dentro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU. O que me deixou muito feliz foi a riqueza de informações que o Maurício passou para os colaboradores da FAEMG, para a diretoria e sindicatos presentes.”
Ana Paula Mello, coordenadora da Assessoria de Meio Ambiente da FAEMG

Agropecuária supera obstáculos e segue liderando a economia brasileira em 2016
O setor agropecuário liderou a economia brasileira em 2016 ao superar dificuldades conjunturais e a crise política. Aumentou de 21,5% para 23% sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) e, hoje, representa 48% das exportações totais do país. A agricultura e a pecuária não estão imunes à crise, mas geraram 50 mil novas vagas nos primeiros dez meses do ano, enquanto os demais setores da economia cortaram 792 mil postos de trabalho.
Números da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) indicam que o PIB do agronegócio terá crescimento ao final de 2016 de 2,5% a 3%, um resultado expressivo devido à recessão econômica enfrentada pelo país desde o ano passado.
A instabilidade climática, dependendo da região de plantio, terá menos influência na produção de grãos em 2017.
Na avaliação da CNA, a agropecuária deverá continuar crescendo em 2017, liderando o início da retomada econômica do país. Grandes desafios, contudo, ainda terão de ser superados. Uma questão estratégica para o setor é a elaboração da lei agrícola plurianual, em contrapartida ao modelo em vigor, de programas anuais.
Com planejamento de longo prazo, a agropecuária brasileira terá melhor desempenho e a classe média rural será fortalecida.
Comércio exterior – As vendas externas do agronegócio têm garantido seguidos superávits da balança comercial brasileira. Em 2016, os produtos do agronegócio deverão garantir saldo comercial significativo ao país: US$ 72,5 bilhões.
Tem sido decisiva a participação dos produtos do agronegócio nas exportações brasileiras. De janeiro a novembro deste ano, os 15 principais produtos do agronegócio representaram 38% do total das vendas externas do país.
Para 2017, a expectativa é de continuidade no crescimento do volume de exportações, com abertura de novos destinos para os produtos agropecuários e agroindustriais.
O mercado global de commodities seguirá marcado pela cautela relacionada à variação cambial e às incertezas políticas mundiais. A combinação desses fatores poderá influenciar a dinâmica e o fluxo do comércio global, criando desafios e oportunidades para o produtor rural brasileiro.
Nesse cenário, o Brasil tem alguns caminhos a seguir, como:
- Construir uma ampla rede de acordos preferenciais de comércio, que garantam a abertura novos mercados e manutenção daqueles já consolidados;
- Atrair investimentos, especialmente voltadas aos elos da cadeia produtiva da agropecuária que possam agregar valor aos produtos exportados;
- Promover a qualidade do modelo produtivo brasileiro e os requisitos de sustentabilidade cumpridos pelo setor, com objetivo de suprir a demanda de uma sociedade cada vez mais exigente e consciente dos desafios ambientais do planeta.

Nos próximos dez anos, ritmo de crescimento do agronegócio brasileiro será maior do que no resto do mundo
O desempenho do agronegócio brasileiro no período de 2016 a 2026 será melhor do que a média mundial para produtos como soja, milho, açúcar e carnes (bovina, suína e frango), aumentando a participação do País no mercado global. Apesar disso, não repetirá para os próximos dez anos a robusta taxa de crescimento apresentada na última década em relação à produção e às exportações das principais culturas.
A conclusão é do “Outlook Fiesp 2026 – Projeções para o Agronegócio Brasileiro”, levantamento elaborado pelo Departamento de Agronegócio (Deagro) da Fiesp, que reúne diagnósticos e projeções do setor para a próxima década, em termos de produção, produtividade, consumo doméstico e exportações.
Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp, ressalta que “há muitos e grandes desafios de curto prazo, especialmente da situação econômica do País, que afetam diretamente o desempenho do agronegócio, mas também há muitas oportunidades”. Skaf lembra que atualmente, 60% das exportações do setor passam por algum tipo de industrialização. “Precisamos abrir novos mercados, como o asiático, para aumentar essa proporção. Se o governo fizer o que precisa ser feito em termos de política comercial, alcançaremos números ainda mais significativos.”
De acordo com o Outlook Fiesp 2026, a participação de mercado do Brasil nas exportações mundiais de soja, por exemplo, chegará a 49% em 2026, com crescimento anual de 4,6%, acima dos 2,7%, em média, dos demais produtores.
A projeção para o milho brasileiro, que passou a ser disputado no mercado internacional pela sua qualidade, é de crescimento anual de 8,8%, com a participação nas exportações mundiais indo a 23% ao final do período projetado. Para a safra 2025/2026, estima-se aumento de 21% no consumo interno, puxado pelo setor de proteínas animais.
No caso do açúcar, o país, que já é o grande supridor mundial, em dez anos será responsável por metade do que é comercializado internacionalmente, segundo as projeções da Fiesp, com taxa de crescimento de 2,2% ao ano. Vale destacar que 2016 foi um ano importante de recuperação para o setor, impulsionado pela forte alta do preço do açúcar, em razão do desequilíbrio ocorrido no quadro de suprimento global.
Pela mesma razão, os preços da laranja deram um fôlego a produtores e indústrias, assim como o do café, mesmo com a valorização do real que, de forma atípica, acabou contribuindo para o desempenho dessas três culturas, ao melhorar os custos na lavoura e ao oferecer certo alívio para as indústrias com dívidas em dólar. Dessa forma, iniciarão o próximo ano em situação mais favorável.
Segundo o gerente do Deagro, Antonio Carlos Costa, 2017 também pode marcar o início da recuperação para as carnes, como a de frango e suína, que enfrentaram uma “tempestade perfeita” em 2016, com aumentos históricos dos custos de produção, somados ao consumo estagnado por conta da redução do poder de compra da população. Como resultado, os integradores registraram margens negativas nos primeiros seis meses do ano para aves e, no caso de suínos, o cenário continua negativo. Os prejuízos acumulados neste elo da cadeia produtiva devem chegar a R$ 4 bi até o final do ano, segundo cálculos da Fiesp. A carne bovina, cuja demanda doméstica foi fortemente afetada pela crise econômica, registra neste ano o pior consumo per capita em 15 anos.
Mesmo com uma recuperação da economia em ritmo menor do que o esperado, esses segmentos devem ser os um dos primeiros a se beneficiar com uma melhora da conjuntura macroeconômica. O milho também deve contribuir para que o próximo ano seja melhor, com os preços voltando à paridade de exportação a partir da recuperação esperada para a segunda safra.
O cenário projetado para a carne bovina aponta para um crescimento anual das exportações de 4,5%, com sua fatia do mercado internacional se elevando para 18% na próxima década, marcando uma melhora em relação ao desempenho registrado entre 2005-2015 (0,3% e 15% para crescimento e fatia do mercado mundial, respectivamente). No entanto, a abertura recíproca entre Brasil e EUA para o produto sinaliza, no médio prazo, a possibilidade de acesso a novos mercados, mais exigentes e que remuneram melhor o produto brasileiro, o que poderá resultar em números ainda mais positivos.
A projeção para os próximos dez anos para a carne suína também é favorável, com crescimento anual das exportações de 3,0% – contra retração de 1,2% ao ano na década anterior – e participação no mercado internacional de 10%. A carne de frango manterá sua expressiva fatia do mercado global, com 41% do total comercializado.
Riscos
O gerente do Deagro explica que o agronegócio já mostrou que não está blindado do que ocorre na economia brasileira, já que a queda na renda e na confiança do consumidor atingem o consumo de alimentos mais elaborados, e a situação fiscal do País lança um enorme desafio para a política agrícola brasileira – especialmente para o crédito e o seguro rural, instrumentos fundamentais para assegurar o desempenho futuro. O primeiro impacta diretamente os investimentos, com consequências para a produtividade das lavouras. Além disso, o ponto de equilíbrio do câmbio e o possível surgimento de uma onda protecionista jogam elementos adicionais de preocupação no curto prazo. “Para o país que detém o maior superávit comercial do agronegócio do mundo, movimentos protecionistas são ruins por princípio. No entanto, temos que estar atentos a oportunidades, mesmo com este horizonte, como uma maior aproximação com a Ásia, por exemplo”.
Estudo na íntegra está no site da Fiesp: www.fiesp.com.br/outlook

Agricultores que investem na gestão da propriedade conseguem aumentar a rentabilidade em até 20%
Assim como em qualquer empresa ou atividade econômica, nas propriedades rurais é preciso utilizar as ferramentas de gestão estratégica para reduzir custos e riscos e garantir a saúde financeira do negócio. No entanto, muitos produtores brasileiros ainda têm dificuldade de mensurar financeiramente o resultado do seu negócio.
O bom planejamento financeiro, com controle de custos e resultados, entre outras práticas, é tão necessário quanto a correta adubação ou o controle eficiente de pragas e doenças. O produtor rural precisa adotar a condução profissional do seu negócio. “Isso significa que não basta apenas ter uma boa produtividade, sem saber quais são os seus custos. Não são raros os casos de fazendeiros cujas lavouras alcançam altos índices de produtividade, porém, acompanhados de custos de produção muito elevados que inviabilizam o resultado financeiro positivo do negócio”, explica o presidente da Albaugh Brasil, Renato Seraphim.
De acordo com dados do Senar (Sindicato Nacional de Aprendizagem Rural) de Mato Grosso do Sul, a correta gestão rural proporciona elevação na lucratividade entre 15% a 20%. Segundo a entidade, somente o registro regular de custos e despesas, por exemplo, pode gerar uma economia de até 3%. Caso haja adesão ao cooperativismo, os produtores rurais podem obter lucro de até 50% nas negociações de produtos.
Uma das formas eficientes de reduzir os custos de uma propriedade é planejar a compra de insumos com antecedência, optando quando possível pelos defensivos genéricos, que são mais baratos e têm eficiência e qualidade garantida. “Adquirir os produtos por meio de barter com os fabricantes de agroquímicos e distribuidores também é uma excelente alternativa de planejamento e de previsibilidade de custos”, orienta Seraphim.
Como os preços das commodities agropecuárias são definidos pelo mercado, a melhor alternativa para o fazendeiro elevar seu lucro é investir na otimização de custos com a utilização eficiente de máquinas e mão de obra e compra planejada de insumos, além de negociação antecipada de parte da colheita.

Boas expectativas marcam o início da safra de grãos
A expectativa de uma boa safra de grãos está gerando reflexos positivos em setores da economia que dependem da agricultura. Influenciada por condições climáticas mais favoráveis para o desenvolvimento das lavouras neste ano, a previsão para a safra 2016/2017 é de mais de 210 milhões de toneladas de grãos produzidas, segundo os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Essas expectativas positivas acendem o sinal verde para outros setores da economia que dependem diretamente da produção agropecuária. No caso das máquinas agrícolas por exemplo, segundo os dados da Associação dos Fabricantes (Anfavea), outubro já registrou um crescimento de 35% em relação a setembro deste ano, dados estes que compravam um retorno no otimismo dos empresários e produtores do setor rural.
Atual quarto maior estado produtor de grãos, Goiás segue na mesma expectativa nacional, com previsão de safra recorde neste ano. Segundo os dados da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), a produção goiana de grãos deve atingir nesta safra os 21,2 milhões de toneladas, com grande destaque para as culturas da soja e do milho, que juntas representam cerca de 93% do total produzido.
Esses produtos abastecem a vasta cadeia agroindustrial do estado, sendo insumos básicos na produção de carnes e lácteos e também para a indústria alimentícia. No caso da soja, mesmo sendo exportada apenas cerca de 35% da nossa produção total, a oleaginosa é o principal produto da balança comercial do estado, sendo responsável por cerca de 25% do total exportado em 2015.
A principal região produtora de grãos no estado é o Sudoeste Goiano, porém a produção goiana já se encontra bastante dispersa, com crescimento significativo nos últimos anos nas novas fronteiras agrícolas goianas, o Vale do Araguaia e o Extremo Norte do estado. Entre os municípios, Rio Verde, Jataí e Cristalina são os maiores produtores estaduais.
A safra gera boas expectativas também aos produtores rurais, que ano após ano vêm enfrentando problemas de perdas em função do clima. “Nas últimas três safras tivemos problemas relacionados com a falta de chuvas, seja na safra de soja no verão, ou no milho na safrinha. Uma safra cheia nesses dois períodos é mais do que bem-vinda e pode amenizar a situação financeira complicada que muitos produtores se encontram atualmente”, afirma o assessor técnico da Faeg, Cristiano Palavro. Porém o consultor alerta que a safra ainda esta começando, e as previsões podem se alterar durante o ciclo produtivo.
As condições da safra também trazem reflexos aos consumidores finais, pois os níveis de oferta destes produtos impactam diretamente nos preços. É o que assessor técnico da Faeg, Pedro Arantes. “Os efeitos nos preços sofrem interferência de outras variáveis, porém a oferta desses produtos é a principal delas. No caso de produtos básicos, que vão direto para a mesa das famílias, como o arroz e o feijão, por exemplo, esse efeito é direto. Já para as cadeias da soja e do milho, os efeitos mais significativos podem ser observados nos preços das carnes, suína e de frango, principalmente, nos derivados de leite”, ressalta ele.

Fazenda usa água do mar e sol para cultivar tomates
Foi inaugurada na última semana, em pleno deserto australiano, a primeira fazenda do mundo a usar um sistema que combina água do mar dessalinizada e sol para produzir alimento. Iniciativa do grupo inglês Sundrop Farms, espera-se que a fazenda, que tem 19,6 hectares e está localizada na cidade de Port Augusta, cultive 17 mil toneladas de tomate por ano sem nenhum tipo de pesticida, combustíveis fósseis ou água subterrânea – método comum de irrigação na agricultura tradicional.
A água, que vem do Golfo Spencer, a cerca de 1,9 quilômetros de distância da instalação, é bombeada para uma usina de dessalinização alimentada por energia solar. Em seguida, é utilizada para irrigar 180 mil pés de tomate plantados em uma estufa forrada com um tipo de papelão embebido em água do mar, para que a temperatura para o cultivo seja ideal, contrariando o clima seco da região.
A energia solar utilizada para o cultivo é gerada por 23 mil espelhos que refletem a luz do sol para uma torre receptora de 115 metros de altura. Em um dia ensolarado, mais de 39 megawatts de energia podem ser produzidos, o suficiente para alimentar a estufa e o sistema de dessalinização.
Publicidade
Os frutos são cultivados com a técnica hidropônica, método que não utiliza o solo, substituído por uma solução nutritiva. No caso do empreendimento da Sundrop, as plantas florescem em cascas de coco. O método hidropônico aliado ao uso da água dessalinizada e da energia solar abre uma nova porta para a produção sustentável de leguminosas.
Um ponto negativo do projeto é o custo. Para montar a fazenda do zero, foram gastos nada menos que US$ 200 milhões – cerca de R$ 640 milhões na cotação atual -, isso sem levar em consideração o valor de manutenção do empreendimento.

Tecnologia e empreendedorismo no meio rural tornam o Brasil protagonista na produção de alimentos
A agropecuária desempenha papel fundamental na segurança alimentar mundial. Neste domingo (16/10) é comemorado o Dia Mundial da Alimentação, estabelecido pela FAO
Brasília (14/10/2016) – Grande parte dos alimentos consumidos pela população mundial é resultado da produção agropecuária brasileira. Nesse sentido, o Brasil tem dado uma inegável e expressiva contribuição. Nos últimos 35 anos, a agricultura brasileira cresceu 335% em produção e atingiu 202 milhões de toneladas de grãos e fibras na safra 2014/2015. A expansão da pecuária também acompanhou o desenvolvimento rural agrícola, com um aumento de 38,2% nos últimos 10 anos, contando 12,38 milhões de toneladas de carne bovina, em 2015.
Neste domingo (16/10) é comemorado o Dia Mundial da Alimentação, estabelecido em 1979 na 20ª Conferência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). A data marca o dia da fundação da FAO, ocorrida em 1945. Todos os anos, a entidade lança um tema de comemoração e o deste ano será “o clima está mudando: a alimentação e a agricultura também”.
No cenário mundial, o Brasil apresenta um importante papel na segurança alimentar. Além de reunir os recursos necessários de produção, como condições climáticas favoráveis, água em abundância e 383 milhões de hectares agricultáveis, possui ainda tecnologia de produção e o empreendedorismo dos produtores, o que torna o País um dos principais protagonistas na tarefa de alimentar o mundo. O setor agropecuário brasileiro evoluiu muito nos últimos anos, passando de importador de alimentos, na década de 1960, para autossuficiente e exportador, desde a década de 1980. O Brasil também passou a ser a principal referência em pesquisa científica em agricultura tropical, incrementando cada vez mais tecnologia aos sistemas produtivos – principal pilar da competitividade nacional.
O aumento da produtividade permitiu uma verticalização da produção evitando avanço sobre novas áreas e produzindo mais em um mesmo espaço. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) faz parte deste desenvolvimento, atuando diretamente na promoção da ampliação da capacidade dos pequenos, médios e grandes produtores rurais, promovendo políticas ambientais, de crédito e de orientações públicas. Além disso, estimula a implementação de tecnologias, capacitação de mão de obra e cumprimento de leis que regulamentam o setor. Segundo o coordenador de Sustentabilidade, da CNA, Nelson Ananias, “a busca por segurança alimentar tem como pilar o alimento, em quantidade e qualidade. Essa é a meta da CNA e do produtor rural”, afirma.
Agro em Questão – Para entender e debater o atual cenário de gestão estratégica da segurança alimentar e qualidade do alimento, a CNA realiza, em 1º de novembro, o seminário Agro em Questão – Alimentos Saudáveis. Estudos de caso de países que possuem mercado relevante e regulado, como os Estados Unidos, servirão de referência nas discussões.
As experiências compartilhadas neste evento poderão ajudar o Brasil a encontrar soluções para os problemas de forma mais rápida e eficaz. Também está prevista apresentação sobre produção orgânica, convencional, transgênica e de modelos nacionais de governança e casos nacionais de gestão. O evento contará com a presença de gestores internacionais, produtores rurais, técnicos e representantes dos governos federal e estaduais.
Para o coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias, o evento busca comparar as realidades entre sistemas produtivos, tanto dentro da cadeia produtiva, quanto comparada à de outros países. “Queremos divulgar e comparar as diversas maneiras adotadas nos sistemas produtivos do Brasil e absorver o que está funcionando mundo afora”.
Fonte: CNA

Escolha de defensivos agrícolas é fundamental para a segurança
Um problema muito presente em todo mundo é a venda e o consequente uso de produtos falsificados e contrabandeados. Na agricultura essas práticas afetam a segurança dos agricultores e do meio ambiente. Assim como nos mercados de sementes e fertilizantes, alvos de frequentes operações de busca e apreensão pelo Ministério Público – como o ocorrido nesta semana no Rio Grande do Sul -, o segmento de agroquímicos também é visado pelos criminosos.
Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), mais de 600 toneladas de produtos ilegais foram apreendidas nos últimos quinze anos em todo o País, por meio da campanha contra produtos ilegais. Apreensões estas que impediram que mais de 1,7 milhão de hectares recebesse defensivos irregulares, evitando assim a perda de produtividade e até a destruição de lavouras inteiras.
O preço, muitas vezes mais atrativo, costuma ser decisivo para o produtor que opta por esse tipo de compra. Porém, na maior parte das vezes, o desempenho do produto não é o prometido e, o que parecia mais barato, acaba saindo muito caro. “O agricultor deve ficar atento ao adquirir um defensivo agrícola, pois utilizando um produto ilegal ele poderá perder toda a sua lavoura”, alerta Silvia de Toledo Fagnani, diretora executiva do Sindiveg.
Verdadeiro ou falso?
Para identificar se um defensivo é verdadeiro ou não, o produtor deve verificar alguns aspectos visuais das embalagens, como os selos metálicos. O lacre deve estar intacto e preferencialmente conter a logomarca da fabricante. Outro ponto importante para verificar se o produto é legal, é observar se a marca da empresa está diretamente impressa na embalagem, e não apenas no rótulo, já que uma das falsificações mais comuns encontradas é a remoção do rótulo e a sua inserção em um recipiente falso.
A recomendação do Sindiveg é que os agricultores adquiram os defensivos agrícolas de revendedores, cooperativas e canais de distribuição credenciados pelas indústrias, sempre acompanhados dos documentos exigidos pela Lei, a nota fiscal e a receita agronômica, para evitarem o uso de produtos ilegais em suas lavouras.
Por fim, a escolha de uma marca de defensivos agrícolas que tenha todas as certificações legais garante ao agricultor a qualidade do insumo adquirido. “As empresas que possuem laboratórios acreditados pela CGCRE (Inmetro) trazem mais segurança ao agricultor, já que oferecem produtos dentro dos padrões de qualidade além dos exigidos por lei e das regras vigentes”, explica João Henrique Fernandes, coordenador de Controle de Qualidade do Laboratório da Adama (leia-se Adamá), em Londrina (PR), que neste ano, recebeu mais uma vez a acreditação pelo Inmetro.
Laboratório da Adama foi o primeiro agrícola a obter acreditação
O laboratório da Adama foi o primeiro do segmento agrícola a obter a acreditação ISO/IEC 17025, por parte da CGCRE (Inmetro), em 2003. Esta certificação é relacionada ao controle de qualidade dos processos laboratoriais, o que traz mais segurança e confiabilidade ao agricultor. A cada dois anos, o órgão audita os laboratórios acreditados e renova ou não a certificação do espaço, por conta das boas práticas laboratoriais e da qualidade dos equipamentos e dos produtos desenvolvidos.
“No Brasil, a Adama possui laboratórios de desenvolvimento de Síntese Orgânica, Analítico (BPL) e de Formulações, responsáveis por desenvolver os novos produtos e ensaios para o Brasil ou para outros países. Estamos sempre em contato com a equipe técnica, entendendo a necessidade do campo e recebendo ideias para a criação de novas formulações, com rapidez e qualidade. Dessa forma, o produtor terá sempre uma solução da Adama que atenda às demandas de sua lavoura, além da tranquilidade de possuir um defensivo com alto padrão de qualidade”, destaca Fernandes.
Nos últimos anos, a Adama vem investindo na modernização dos equipamentos do laboratório, sempre alinhada com as diretrizes legais dos órgãos regulatórios para os processos laboratoriais. “Nossa equipe atua constantemente para manter o padrão de produção exigido pelas normas, sendo altamente qualificada e eficiente, entregando um produto final com alto valor agregado e com segurança para o agricultor”, finaliza o coordenador.
O que um defensivo legal oferece
-Proteção das culturas contra pragas, doenças e plantas daninhas. Aplicado conforme orientação de rótulo, receita agronômica e uso de EPI, não representa riscos para os usuários e meio ambiente.
-Garantia de produto seguro, desde que aplicado conforme as boas práticas, pois tem a aprovação dos Ministérios da Agricultura, do Meio Ambiente, por meio do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), e da Saúde, através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
-Tecnologia testada para as lavouras.
Disque-denúncia
A campanha nacional contra os defensivos ilegais, criada pelo Sindiveg em 2001, mantém um serviço Disque-denúncia, criado para dar suporte à ação das autoridades brasileiras. O número é 0800-940-7030 e a ligação, grátis. As denúncias são repassadas diretamente às autoridades policiais e fiscalização. O canal não utiliza identificadores de chamada ou “binas” e não solicita ao denunciante que se identifique – a denúncia é anônima.
Os delitos de produção, transporte, compra, venda e utilização de agroquímico contrabandeado ou falsificado são considerados crimes de sonegação, contrabando e descaminho e também enquadrados na Lei dos Crimes Ambientais (Lei nº 9605, de 12 de fevereiro de 1988); contrabando ou descaminho (art. 334 e 334-A do Código Penal) e na Lei dos Agrotóxicos (Lei 7.802/89).