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Tarifas dos EUA podem ser oportunidade ao agronegócio do Brasil, diz Fávaro
(Reuters) – As tarifas adicionais aplicadas pelos Estados Unidos podem ser oportunidade para o agronegócio do Brasil, que é “muito competitivo”, afirmou nesta quinta-feira o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, antes de evento sobre etanol de milho em Mato Grosso.
Segundo Fávaro, “infelizmente” as ações do governo Donald Trump podem atrapalhar os mercados internacionais.
“Mas o Brasil tem competência e certamente vai saber usufruir disso e fazer disso uma grande oportunidade”, afirmou o ministro, que participa nesta quinta-feira de conferência sobre etanol de milho promovida pela consultoria Datagro e pela União Nacional do Etanol de Milho (Unem).
“O Brasil é muito competitivo principalmente na agropecuária, isso pode não se tornar, se soubermos agir…, vai se tornar uma oportunidade para o Brasil”, disse ele, conforme áudio da entrevista distribuído pela assessoria de imprensa do evento.
Ele admitiu também que a alta da taxa Selic desafia a chamada equalização de juros para o Tesouro subsidiar as taxas do próximo Plano Safra.
Como alternativa, ele destacou que o governo brasileiro vai priorizar agricultores médios, nos moldes das ações já realizadas para os pequenos produtores, no próximo Plano Safra, com o objetivo de garantir produção de alimentos a baixos custos para a população, em meio a preocupações inflacionárias.
“Vamos dar prioridade ao Pronamp (médios produtores), muito parecido aos moldes do Pronaf, que é agricultura familiar.”
(Por Roberto Samora, em São Paulo)
Fonte: Reuters
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Milho deve manter preços altos no Brasil mesmo após a entrada da safrinha, diz analista da Germinar
Para Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora, produtores devem apostar no cultivo da segunda safra de milho mesmo com a janela ideal mais apertada, em função das boas perspectivas de mercado e demanda para o cereal
Roberto Carlos Rafael – Germinar Corretora
2020 promete ser mais um ano bastante positivo para os preços do milho no Brasil. Segundo o analista de mercado da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, o alto volume de exportação do milho (que deve fechar o ano agrícola em 31 de janeiro com 42,5 milhões de toneladas) levou à redução dos estoques brasileiros e deve manter o mercado aquecido neste ano.
Rafael acredita em estoques de passagem de 11 milhões de toneladas, o que nas contas do analista, são suficientes para, no máximo, 60 dias de consumo no Brasil. “Agora retomamos o ano (após o período de festas) com viés de alta porque os estoques de passagem são baixos e vamos ter colheitas muito isoladas, com a safra verão começando a chegar mesmo na segunda quinzena de março”, aponta.
Na visão do analista, os preços do milho já vêm em patamares de boa rentabilidade ao produtor há algum tempo e devem se manter altos, pelo menos, até a entrada da safrinha no mês de junho. “O mercado deve seguir firme até mesmo no período pós safrinha porque as expectativas de estoque de passagem para o ano que vem também é baixo”, afirma Rafael.
Diante deste cenário positivo, a recomendação de Roberto Carlos Rafael é que o produtor, mesmo indeciso quanto ao cultivo do milho segunda safra devido ao encurtamento da melhor janela de cultivo (após o atraso da soja), aposte no plantio do cereal.
“Eu não tenho terra para plantar, mas se eu tivesse e tivesse floreira no meu apartamento, eu plantaria até na floreira do meu apartamento. A oportunidade é muito boa, os preços estão muito bons”, diz o analista.
Confira a entrevista completa com o analista de mercado da Germinar Corretora no vídeo.
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Café: Mercado avança, recupera perdas da manhã e opera com altas em NY
O mercado futuro do café arábica operava em alta no início da tarde desta terça-feira (3) na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Às 12h05 (horário de Brasília), os principais contratos registravam altas de até 150 pontos.
Dezembro/19 subia 75 pontos, cotado a 122,25 cents/lbp, março/20 tinha elevação de 175 pontos, cotado a 123,65 cents/lbp, maio/20 tinha alta de 135 pontos, cotado a 125,60 cents/lbp e julho/20 também subia 135 pontos, cotado a 127,50 cents/lbp.
O mercado reage após iniciar o dia com movimentações técnicas em Nova York. Na segunda-feira, os contratos registraram altas de até 300 pontos nos principais vencimentos. “Confirmou ontem (segunda-feira) uma sub onda 5 de topo, de uma onda 3 principal nos 123 e portanto a tendência é de fazermos uma onda 4 entre 116 e 112 e depois fazermos uma nova pernada de alta para 125 , 135 e 145”, afirma João Grafista sobre o março 2020.
No Brasil, o mercado interno acompanhou Nova York e também registrou algumas variações.
O tipo 6 duro teve a maior variação registrada em Guaxupé/MG, com alta de 2,94% e precificado por R$ 525,80 cents/lbp. Poços de Caldas/MG manteve a estabilidade por R$ 500,00. Em Patrocínio/MG o aumento foi de 1,96%, estabelecendo os valores por R$ 520,00.
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Maggi defende mais abertura do mercado brasileiro para impulsionar exportações
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, defendeu hoje (26), em São Paulo, a expansão das importações brasileiras no setor agrícola, mesmo em áreas exportadoras como meio de conquistar mais clientes no mercado globalizado. Essa estratégia é adotada pela China que, mesmo sendo o maior importador de alimentos do mundo, é o maior país agrícola, observou o ministro. Ele fez as declarações no fim da manhã, pouco antes de embarcar para o Peru onde vai discutir questões bilaterais.
Maggi citou a Polônia como exemplo de parcerias e disse que este país tem demonstrado interesse em vender carne suína para o Brasil. Se eles tiverem condições de atender as exigências, vamos liberar”, afirmou o ministro. A produção brasileira de suínos está em torno de 3,7 milhões de toneladas, mas, conforme o ministro, as exportações ainda enfrentam restrições fitossanitárias.
Segundo o ministro, as vendas externas de carne in natura poderão ter melhor desempenho a partir do próximo ano, pois está prevista para abril de 2018, a conquista da certificação livre de aftosa com vacinação para o produto.
As afirmações foram feitas em palestra a empresários e executivos da suinocultura, na 5ª Semana Nacional da Carne Suína, promovida pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), com o apoio do ministério e do Serviço Basileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae).
Economia deve crescer
Em sua fala, o ministro voltou a destacar a previsão de uma supersafra estimada em mais de 240 milhões de toneladas de grãos. Entre os benefícios da boa colheita, apontou o retorno aos investimentos dos criadores de suínos, lembrando que os preços de um dos principais itens de engorda destes animais, o milho, baixaram de preços em relação ao ano passado.
Na avaliação de Maggi, nada impedirá a economia brasileira de seguir adiante na retomada do crescimento, nem mesmo a nova denúncia contra o presidente Michel Temer encaminhada pela Procuradoria-Geral da República à Câmara dos Deputados por crime de obstrução à Justiça e organização criminosa. “Vamos decolar na economia brasileira”, disse o ministro, acreditando no descolamento das ações do mercado do andamento das questões políticas.
Os produtores de suínos estão em campanha para aumentar as vendas ao mercado interno e, para isso, iniciaram ações de esclarecimento aos consumidores quanto aos aspectos nutricionais, de qualidade e saudabilidade da carne suína como proteína, atingindo 589 pontos do comércio varejista 18 estados.
/Edição: Nádia Franco
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Ásia é o mercado com maior potencial para expandir exportações do agro brasileiro
O agronegócio brasileiro vai continuar, nos próximos anos, com a responsabilidade de sustentar os superávits comerciais brasileiros, pautado na exportação de commodities para mais de 200 países. No entanto, o governo precisará se preocupar cada vez mais com o mercado internacional, porque existe risco grande de redução de exportação dos produtos brasileiros no Ocidente. A saída estará na Ásia, que detém 61% do mercado mundial, com destaque para China, Índia, Indonésia, Japão e Coréia do Sul, que já se consolidam como grandes consumidores do futuro. O Brasil precisa se inserir urgentemente nesses mercados mais dinâmicos.
Esse foi o principal recado passado por dois dos melhores especialistas brasileiros em questões globais do agronegócio: Marcos Sawaya Jank, consultor da Agência para o Programa de Acesso a Mercados do Agronegócio e Alimentos (PAM-Agro); e Augusto Castro, gerente executivo da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Ambos participaram de uma videoconferência com a diretoria da Embrapa no último dia 19 de julho, com transmissão para todas as unidades descentralizadas, e falaram sobre como agregar valor à parceria comercial com os países asiáticos. Destacaram a importância da presença naquele mercado, onde a Embrapa tem papel estratégico, e a busca por melhoria na qualidade dos produtos exportados.
“Esse tema muito nos interessa, porque o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento conta com a Embrapa para ajudar a Apex-Brasil em sua missão”, afirmou o presidente Maurício Lopes no início do encontro. “O continente asiático é também mercado para nossas tecnologias, mas acima de tudo temos o compromisso de auxiliar políticas públicas com estudos e dados qualificados, que possam embasar a criação de uma imagem positiva dos produtos brasileiros nesses mercados e a defesa dos interesses brasileiros”, completou.
Jank apresentou pontos da estratégia delineada pela Apex para os próximos meses e anos para aumentar a exportação de produtos brasileiros, relatou os problemas que o país vem atravessando no mercado internacional de carnes por conta dos desdobramentos da operação Carne Fraca e das denúncias envolvendo dirigentes da JBS e da preocupação com o baixo valor agregado dos nossos produtos exportados. “Temos que exportar menos commodities e cada vez mais produtos com valor agregado.”
Informação de qualidade
O consultor pediu maior colaboração da Embrapa na geração de informação qualificada sobre os produtos brasileiros. Sugeriu até a criação de um site ou página especial para ser utilizada em eventos internacionais, que possam mostrar que os produtos nacionais exportados têm qualidade, são produzidos sem gerar desmatamentos ou trabalho escravo e são fruto do conhecimento tropical gerado por cientistas reconhecidos no mundo inteiro. Apontou ainda cinco desafios internacionais para o país: competitividade, acesso a mercados, valor adicionado, melhoria da imagem e internacionalização.
Elísio Contini, chefe da Secretaria de Inteligência e Macroestratégia (SIM) da Embrapa, considerou o evento positivo e importante para consolidar uma parceria mais estreita com a Apex. “A pedido do presidente, vamos coordenar a partir do segundo semestre deste ano esses estudos qualificados sobre os produtos brasileiros voltados para a exportação, mobilizando observatórios, unidades, portfólios e arranjos”, adiantou.
Participaram da videoconferência representantes de todas as UDs e dos observatórios do Agropensa e também gestores e técnicos das principais UCs envolvidas com o tema.
Apex-Brasil
A Apex-Brasil é uma instituição jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, de interesse coletivo e de utilidade pública, criada em 2003 com a responsabilidade de executar políticas de promoção de exportações de produtos brasileiros em cooperação com o poder público, inclusive ações para promoção de investimentos. Atua também de forma coordenada com atores públicos e privados para atrair investimentos estrangeiros diretos para setores estratégicos da economia brasileira, com foco no desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do país.
Para alcançar esses objetivos, a Apex-Brasil realiza ações diversificadas, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil.
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Boas expectativas marcam o início da safra de grãos
A expectativa de uma boa safra de grãos está gerando reflexos positivos em setores da economia que dependem da agricultura. Influenciada por condições climáticas mais favoráveis para o desenvolvimento das lavouras neste ano, a previsão para a safra 2016/2017 é de mais de 210 milhões de toneladas de grãos produzidas, segundo os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Essas expectativas positivas acendem o sinal verde para outros setores da economia que dependem diretamente da produção agropecuária. No caso das máquinas agrícolas por exemplo, segundo os dados da Associação dos Fabricantes (Anfavea), outubro já registrou um crescimento de 35% em relação a setembro deste ano, dados estes que compravam um retorno no otimismo dos empresários e produtores do setor rural.
Atual quarto maior estado produtor de grãos, Goiás segue na mesma expectativa nacional, com previsão de safra recorde neste ano. Segundo os dados da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), a produção goiana de grãos deve atingir nesta safra os 21,2 milhões de toneladas, com grande destaque para as culturas da soja e do milho, que juntas representam cerca de 93% do total produzido.
Esses produtos abastecem a vasta cadeia agroindustrial do estado, sendo insumos básicos na produção de carnes e lácteos e também para a indústria alimentícia. No caso da soja, mesmo sendo exportada apenas cerca de 35% da nossa produção total, a oleaginosa é o principal produto da balança comercial do estado, sendo responsável por cerca de 25% do total exportado em 2015.
A principal região produtora de grãos no estado é o Sudoeste Goiano, porém a produção goiana já se encontra bastante dispersa, com crescimento significativo nos últimos anos nas novas fronteiras agrícolas goianas, o Vale do Araguaia e o Extremo Norte do estado. Entre os municípios, Rio Verde, Jataí e Cristalina são os maiores produtores estaduais.
A safra gera boas expectativas também aos produtores rurais, que ano após ano vêm enfrentando problemas de perdas em função do clima. “Nas últimas três safras tivemos problemas relacionados com a falta de chuvas, seja na safra de soja no verão, ou no milho na safrinha. Uma safra cheia nesses dois períodos é mais do que bem-vinda e pode amenizar a situação financeira complicada que muitos produtores se encontram atualmente”, afirma o assessor técnico da Faeg, Cristiano Palavro. Porém o consultor alerta que a safra ainda esta começando, e as previsões podem se alterar durante o ciclo produtivo.
As condições da safra também trazem reflexos aos consumidores finais, pois os níveis de oferta destes produtos impactam diretamente nos preços. É o que assessor técnico da Faeg, Pedro Arantes. “Os efeitos nos preços sofrem interferência de outras variáveis, porém a oferta desses produtos é a principal delas. No caso de produtos básicos, que vão direto para a mesa das famílias, como o arroz e o feijão, por exemplo, esse efeito é direto. Já para as cadeias da soja e do milho, os efeitos mais significativos podem ser observados nos preços das carnes, suína e de frango, principalmente, nos derivados de leite”, ressalta ele.